A Torre de Astronomia escrita por Li


Capítulo 60
Capítulo 59


Notas iniciais do capítulo

Peço imensa desculpa pelo capítulo atrasado, eu tentei postar ontem, mas não consegui acabar de o escrever. DESCULPEMMMMMM :)
Boa leitura :)



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—Eu pensei que ele, ela, não sei quem tivesse desistido. – lamentou-se Rose depois de mostrar o bilhete anónimo que recebeu.

—Não querendo desanimar princesa, mas quem quer que seja que anda a mandar os bilhetes não tem aspeto de querer desistir. – disse Scorpius o mais sincero possível - Possivelmente quis que nós pensássemos isso. Como se quisesse que nós pensássemos que estávamos seguros e agora volta a atacar.

—Eu não consigo pensar em nenhuma solução para resolver isto, Scorpius. Sinto-me completamente impossibilitada.

—Princesa vai correr tudo bem. Tenho a certeza disso. – encorajou Scorpius abraçando Rose – Agora vamos para a aula.

Rose e Scorpius seguiram para as estufas para a sua aula de Herbologia.

Depois de Scorpius saber que precisava de melhorar a sua nota de Herbologia para seguir a carreira de Auror, isto tornou-se numa das suas prioridades. Todos os dias juntava-se a Rose para estudar. Assim conseguia manter sempre a matéria em dia.

Aos poucos, todo este esforço de Scorpius começou a ser notado. O seu desempenho era completamente diferente e as suas notas dos trabalhos tinham melhorado consideravelmente. Mais uma vez Rose Weasley tinha conseguido que outro aluno de Hogwarts melhorasse as notas.

Claro que este facto não passou despercebido à diretora McGonagall. Quando, nas férias de Natal, tinha recebido uma carta de Dayara Wikilson mencionando que existia uma aluna que queria ser professora em Hogwarts, McGonagall ficou radiante, mas precavida. Agendou a reunião para investigar mais sobre o assunto. Claro que não ficou surpreendida quando descobriu que a aluna era Rose Weasley. Tal como a sua mãe, também Rose era uma mente brilhante. Mas, para McGonagall, isso não bastava. Ela tinha de saber como Rose lidaria com alunos, como os podia motivar.

E, depois de analisar o caso de Roxanne Weasley, mencionado por Wikilson, McGonagall voltou a ver o mesmo no caso de Scorpius Malfoy.

—Depois do almoço tenho outra reunião com a McGonagall. – mencionou Rose enquanto arrumava as suas coisas.

—Isso está mesmo a ficar sério. – disse Scorpius.

—Não sei. É verdade que ela ficou impressionada comigo depois da primeira vez que falamos mas, depois disso, ela não disse mais nada. Nem ela, nem a Wikilson. Não sei o que esperar desta reunião.

—Rose, eu sei que vai correr tudo bem.

—Não sei Scorpius. Ela pode querer falar comigo para dizer que não precisa de professores. Eu não tenho muita esperança nisto.

—Princesa, se eu consegui melhorar a nota de Herbologia para ser Auror, tu também consegues ser professora. Não vamos desanimar, Rose. Não podes ser tão pessimista. – encorajou Scorpius.

—Não sei se sou eu que sou pessimista ou se és tu que és otimista demais. – brincou Rose.

—Obviamente és tu que és pessimista. – provocou Scorpius.

—Como se tu fosses dizer algum dos teus defeitos. – respondeu de volta Rose.

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Tal como Rose, também Scorpius não tinha aulas de tarde, naquele dia. Como Rose estava na reunião com McGonagall, Scorpius aproveitou para estar com Albus. Octavia tinha aula de Defesa Contra a Arte das Trevas durante a tarde.

—Nós devíamos estar a estudar, Al. – repreendeu Scorpius enquanto seguia Albus pelos corredores de Hogwarts.

—Quem és tu e que o que fizeste com o meu melhor amigo? – perguntou Albus, chocado, parando para encarar Scorpius como se ele fosse um E.T.

—Tu sabes que nós precisamos de estudar, Al.

—Tu estudas todos os dias. Qualquer dia ficas com os neurónios queimados. Além do mais, eu preciso da tua ajuda.

—E precisas da minha ajuda exatamente para o quê? – perguntou Scorpius.

—Há algum tempo que eu ando a investigar algo. – contou Albus chamando a completa atenção de Scorpius – Sobre a Sarah.

—Por Merlin, o que diabos andas tu a tentar descobrir sobre a melhor amiga da tua namorada? A Octavia sabe disso?

—Claro que a Octavia não sabe disto. Ela matava-me se soubesse. Mas temos de esquecer esse pequeno pormenor agora.

—Como queres que eu esqueça isso, Al? – perguntou Scorpius em choque – Se te ajudar, torno-me teu cúmplice e assim a Octavia não te mata só a ti. Eu ainda sou muito novo para morrer.

—Não sejas medricas. Só tens de pensar que ela te dará uma morte rápida e sem sofrimento. – provocou Albus.

—Dizes tu. – respondeu Scorpius – Mas afinal o que é que andas a investigar sobre a Finnigan?

—Eu acho que ela está apaixonada pela Octavia. – revelou Albus deixando Scorpius em choque.

—A Finnigan gosta da Octavia? – perguntou Scorpius tentando absorver as últimas informações – Estás completamente tramado. Uma slytherin no teu caminho pela conquista do coração de alguém? Já foste!

—Muito obrigado pela consideração. – disse Albus, ironicamente.

—Eu só não percebo o porquê de te preocupares com isso. Não me vais dizer agora que és homofóbico.

—Claro que não! – respondeu Albus, ofendido – Eu não me importo se a Sarah gosta de homens, mulher, dos dois. O que me preocupa é o que ela possa fazer para me separar da Octavia. A Octavia contou-me que às vezes a Sarah vai com conversas estranhas para perto dela sobre mim. E eu tenho medo que algum dia a Octavia acredite nela e me deixe. 

—É a Octavia! – disse Scorpius como se aquela afirmação fosse algo que Albus entendesse – Ela não se vai deixar levar pelos desvaneios da amiga.

—E se te disser que, uma vez, ela quase foi nos desvaneios dela? – perguntou Albus, retoricamente – Isso mesmo, Scorpius. Eu menti-lhe e sabia que não o devia ter feito e ela começou com a história de que talvez a Sarah tivesse razão sobre mim.

—Tu mentiste-lhe! – disse Scorpius mostrando o óbvio – É normal que ela tenha ficado furiosa. Eu também fiquei quando a Rose me mentiu. – revelou Scorpius.

—Quando é que a Rose te mentiu? – perguntou Albus sem entender – Espera aí…isso foi daquela vez que vocês não se falaram durante uma semana? Essa foi a razão que não me quiseste contar?

—Foi. – confirmou Scorpius – Mas a situação é mais complicada que isso. Mas nós não estávamos a falar da Finnigan.

—Nem penses Malfoy que vais mudar o assunto. Eu quero saber tudinho. Eu também te conto os meus problemas com a Octavia.

—Tu só me contaste agora a cena de ela quase ter acreditado na Finnigan. – acusou Scorpius – E só para que conste, acho que o facto de andares a investigar a melhor amiga dela só vai fazer com que vocês se afastem mais rapidamente um do outro. Eu falo por experiência própria.

—E voltamos a ti e à Rose. Scorp é óbvio que tu precisas de falar com alguém sem ser a minha prima. Além do mais, eu pensava que nós falávamos sobre tudo.

—E falávamos. Mas é como te digo, é complicado.

—Então descomplica.

—A Rose anda…a Rose anda a receber cartas de alguém. – confessou Scorpius.

—Tipo um admirador secreto? – perguntou Albus admirado – Estás chateado porque a tua namorada tem outro pretendente para além de ti. Desculpa lá, mas temos de admitir que a Rose é bonita. E, além disso, dizem que as mulheres se tornam mais atraentes perante outros homens quando namoram.

—Muito filosófico, Al. – disse Scorpius, sarcasticamente – Neste momento, preferia que fosse um admirador secreto. Mas não é. A pessoa que lhe anda a mandar cartas, anda a ameaçar a nossa relação. Anda a dizer que os nossos dias estão contados. No último bilhete disse que em breve ela me iria dizer adeus. O que é que isto quer dizer? Quem vir parece que alguém me vai matar. Ou pior, que a vai matar a ela.

—Ninguém vai matar ninguém, Scorpius. – tentou acalmar Albus.

—Não sabes, Al. Eu tento manter-me calmo, tento ver o lado positivo disto tudo, pela Rose. Mas eu estou com medo. Eu estou realmente com medo do que essa pessoa possa fazer a um de nós dois. – desabafou Scorpius. Pelo tom de voz, Albus notava perfeitamente o medo de Scorpius – Já não nos bastava o que a Diana e a Makoto fizeram? Agora ainda temos de passar por isto? Quando é que eu e ela vamos ter algum descanso?

—E não pensaste na possibilidade de nenhuma dessas duas estar envolvida nesses bilhetes? 

—Claro que pensei! A Rose até já foi confrontar a Diana. E, logo depois disso, recebeu um bilhete a dizer que esta estava tão desorientada que já perdia facilmente o controlo.

—A Rose confrontou a Diana? – perguntou Albus, surpreendido – Ela mudou mesmo.

—Também fiquei como tu quando soube – disse Scorpius num tom mais calmo – Obrigado Al. Obrigado por me ouvires.

—Não precisas de agradecer. Somos melhores amigos. Temos de nos apoiar. E nós vamos descobrir quem é que anda a mandar-lhe bilhetes e nada vos vai acontecer.

—----//-----

Depois da aula de Defesa Contra a Arte das Trevas, Sarah seguiu para o dormitório deixando Octavia que ia ter com Albus. Octavia insistiu várias vezes para que esta viesse com ela, que também Scorpius estaria lá, mas Sarah estava relutante. Por mais que ela quisesse passar tempo com Octavia, ela detestava vê-la com Albus.

Sarah pegou no seu livro de Transfiguração para começar a estudar, mas a imagem de Octavia e Albus juntos não lhe saía da cabeça. Ela sabia que não conseguiria estudar.

Sarah voltou a arrumar o livro e saiu do dormitório. Ela precisava de espairecer.

Sem que desse conta, o seu destino levou-a aos jardins de Hogwarts, lugar onde estavam Octavia, Albus e Scorpius. Octavia e Albus estavam abraçados enquanto falavam com Scorpius. Todos muito sorridentes. Ela gostava de estar ali. Ela realmente gostava de estar ali. Mas o ciúme impedia-a. Assim deu as costas ao trio e dirigiu-se para o interior do castelo.  

Perto da entrada, Sarah avistou Molly Weasley. Esta caminhava alegremente pela entrada enquanto cantarolava uma canção.

Todos os alunos de Hogwarts sabiam que Molly Weasley era bissexual. Ela nunca fizera questão de esconder. Ela não estava interessada com as opiniões alheias. A sua melhor amiga, Roxanne Weasley, os seus familiares tinham-na apoiado e isso era tudo o que interessada. Claro que houveram pessoas que ficaram em choque pela revelação mas, passado um tempo, já ninguém falava disso.

Sarah estava ali perante Molly. Ela queria esquecer a visão de Octavia e Albus juntos. Ela queria esquecer tudo. E ela também queria saber qual era a sensação. A sensação de estar com uma mulher. Porque, apesar de admitir a si própria que estava apaixonada pela melhor amiga, Sarah nunca tinha estado com uma mulher.

Sem pensar em quaisquer consequências, Sarah dirigiu-se a Molly e, sem dizer uma única palavra, beijou-a.

Molly correspondeu apesar de surpresa por Sarah Finnigan a estar a beijar. Sempre pensou que ela era heterossexual. Ela apenas conhecia Sarah de vista, ambas eram do sexto ano, mas sempre reparou na beleza desta. Além disso, Molly não era comprometida logo não haveria mal nenhum em divertir-se um bocado.

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—Queria pedir-te que não contasses isto a ninguém. – pediu Sarah enquanto vestia a camisola.

—Não vejo nenhum problema nisto, mas se é a tua decisão, eu respeito-a. – disse Molly enquanto observava as belas curvas de Sarah – Não devias ter vergonha do teu verdadeiro eu.

—Tu não sabes nada sobre mim. – disse Sarah, rispidamente – Tu não tens direito de dar qualquer opinião sobre a minha vida.

—Tu lá sabes o que fazes. – disse Molly ignorando a rispidez de Sarah – Mas vais sentir-te muito melhor quando assumires.

—Tu não sabes do que falas. – respondeu Sarah.

—Eu sei minimamente do que falo. Afinal dormiste comigo. – respondeu de volta Molly no tom mais calmo possível. Ela não estava chateada por Sarah lhe estar a falar naquele tom. Ela sabia pelo que Sarah estava a passar. Também ela tinha passado por isso – Eu não te estou a acusar de nada, Sarah. Eu apenas estou a tentar ajudar-te.

—Eu não preciso da tua ajuda. – disse Sarah saindo da sala das Necessidades sem dizer mais nada.

Sarah não sabia o que se tinha passado pela sua cabeça. Mas ela também sabia que não esqueceria o que aconteceu tão facilmente. Ela nunca se tinha sentido assim. Nunca nenhum homem a tinha feito sentir assim. Completa. Molly sabia o que fazia.

Sarah voltou para o dormitório. Ela não sabia que horas eram mas como ainda estava de dia, ela sabia que a hora de jantar ainda não tinha chegado.  

Uma pequena coruja encontrava-se do outro lado da sua janela com uma pequena carta na pata.

Apesar de não saber se era para si, Sarah foi busca-la para que a coruja não ficasse ali e pudesse voltar para comer.

Sarah estava enganada. A carta era para si. O mais estranho era que a carta não tinha o remetente. Sarah não sabia de quem era. Sem mais demoras, Sarah abriu a carta.

Devias de ter mais cuidado quando tentas esconder um segredo. Qualquer pessoa pode ver. Gostaste da tua tarde com a Molly Weasley? Espero que tenhas aproveitado.

Agora se não queres que ninguém saiba do teu lado homossexual, vais ter de me ajudar. Ajudar a destruir o relacionamento de Rose Weasley e Scorpius Malfoy.


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Notas finais do capítulo

Mais momentos fofos entre a Rose e o Scorpius...que acharam? Gostaram da conversa entre o Scorpius e o Albus? Que acharam do envolvimento da Sarah e da Molly? E da forma como a Sarah tratou a Molly? E por fim, que acharam do bilhete que a Sarah recebeu?
Contem-me tudo nos comentários :) Beijos ♥