A Torre de Astronomia escrita por Li


Capítulo 52
Capítulo 51


Notas iniciais do capítulo

FELIZ ANO NOVO :) Espero que 2016 vos tenha corrido bem e que 2017 corra ainda melhor :)
Boa leitura :)



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Se Scorpius e Rose achavam que o facto de terem ficado amigos originou muito burburinhos em Hogwarts foi porque ainda não tinha cogitado a hipótese de se tornarem namorados. A notícia espalhou-se em menos de uma hora. Toda a gente comentava que Scorpius Malfoy já não estava disponível. E, para espanto ainda mais geral, quem namorava com ele era nada mais nada menos que Rose Weasley.

Por onde quer que passasse, Rose era alvo de olhares de diversas raparigas que a invejavam. Não pela inteligência. Não pela beleza. Mas por causa do seu mais recente namorado.

Já Scorpius não ficou tão feliz como era esperado. Claro que ele ficou feliz por finalmente estar com Rose, por finalmente estar tudo resolvido. E claro que o problema não era as outras pessoas soubessem. Ele estava feliz e não se importava com os outros. O grande problema de Scorpius era que ainda não tinha tornado Rose oficialmente sua namorada. Era verdade que desde aquela noite, na torre de Astronomia, eles se comportavam como namorados, mas Scorpius sabia que faltava algo. Faltava o pedido oficial.

—Scorpius! – chamou Rose pela terceira vez. Era fim de tarde e ela e Scorpius encontravam-se nos jardins.

—Desculpa. – desculpou-se Scorpius – Estavas a dizer…

—Estava a perguntar qual a tua carreira de sonho.

—Bem… - começou Scorpius pensando bem no que ia dizer a seguir – Há algo que eu sempre sonhei seguir. Algo pelo que me apaixonei desde novo. Mas não sei…

—Se é o teu sonho só tens que o seguir. – comentou Rose ao reparar nas hesitações de Scorpius – Conta lá.

—Eu gostava de ser Auror. – respondeu Scorpius encarando o lago à sua frente.

 -Acho uma excelente escolha. – disse Rose – Só não percebo a hesitação, Scorpius. Acho que é algo que eu vejo realmente tu a fazeres.

—É que…eu não sei. De certo modo acho que tenho medo da reação das pessoas.

—Como assim? – perguntou Rose sem perceber onde Scorpius queria chegar.

—É que apesar de tudo eu continuo a ser um Malfoy. – respondeu Scorpius – Não que eu tenha vergonha da minha família porque não tenho. Eu tenho muito orgulho nela e tenho orgulho de ser um Malfoy. Só que…tu sabes.

—O que eu sei é que o meu padrinho lutou muito pelo teu pai. Ele lutou para que ele fosse ilibado de tudo. Toda a gente sabe que o teu pai só lutou ao lado de Voldemort porque foi praticamente obrigado. Era isso ou a morte dos seus pais. Tu só tens de te orgulhar pelo ato de coragem que o teu pai fez. Em segundo lugar, não importa a opinião das outras pessoas. Só a tua. Se o que tu queres ser é Auror então é o que serás. Não hesites no teu sonho só por causa da opinião das outras pessoas.

—Obrigada pelas palavras, a sério. – agradeceu Scorpius abraçando Rose – Tu és a melhor pessoa que eu conheço.

—Porque não falas com o meu padrinho? – sugeriu Rose – Ele é auror. Podia dar-te algumas luzes sobre o trabalho e assim.

—Eu não quero incomodar… - começou Scorpius mas logo foi interrompido por Rose.

—Não incomodas nada. Ele pode ser muito ocupado, mas ele tem sempre tempo para a família. Ele não se vai importar de falar contigo.

—Obrigado. – agradeceu Scorpius agarrando com força a mão de Rose – Mas e o teu? Qual é a tua carreira de sonho?

—Bem… - começou Rose. Ela nunca tinha contado aquilo a ninguém. Nem mesmo à sua mãe – Eu sempre adorei ajudar os outros nas diversas matérias. E eu adoro Hogwarts. O que eu estou a tentar dizer é que eu adoraria ser professora em Hogwarts.

Scorpius olhou para ela surpreendido. Ele sabia que Rose gostava de ajudar as outras pessoas. Ele via o quanto Rose ajudava Lily, Roxanne, Albus e até ele próprio. Também se lembra da altura em que Rose ajudou Makoto. Realmente ela adorava ajudar. Mas Scorpius nunca tinha imaginado que Rose queria fazer daquilo uma profissão.

—Não dizes nada? – perguntou, a medo, Rose encarando Scorpius.

—Desculpa. Só fiquei surpreendido. Nunca imaginei que era isso que querias fazer. Mas agora, vendo bem, é a profissão ideal para ti. Tenho a certeza que vais conseguir concretizar esse sonho.

—Não sei. Sabes que não precisam de professores. E não acredito que aceitem alguém tão novo.

—Os prodígios são aceites com qualquer idade. E tu és um prodígio, Rose Weasley. – disse Scorpius enquanto, com uma mão de cada lado da face de Rose, a encarava. Rose corou. A reação dela em relação aos elogios que Scorpius fazia nunca iria mudar. Mas claro que Scorpius não se importava com isso – Vamos para dentro?

Rose concordou. Scorpius levantou-se e esticou uma mão para ajudar Rose a levantar-se. Juntos seguiram para o interior do castelo. Separaram-se quando chegaram ao quinto andar. Rose entrou para a sala comunal dos Ravenclaw e Scorpius seguiu até ao sétimo andar rumo à sua sala comunal.

Albus encontrava-se, junto com Lily, sentado numa poltrona perto da lareira.

—Olha se não é o apaixonadinho. – brincou Albus quando viu o amigo a aproximar-se.

—Olha se não é aquele que tirou a inocência à nossa priminha, Al. – provocou Lily.

—Olha se não são os maninhos que estão sempre enroscados nos namorados. Lily já contaste ao teu irmão como andas sempre a partilhar saliva com o Hugo? Aposto que ele adoraria saber. – provocou Scorpius. Albus encarou Lily, agora sério.

—Lily! – protestou Albus – Tu és uma criança. Não é para andares por aí a fazer figurinhas.

—E desde quando é que namorar com o teu namorado é fazer figurinhas. Já para não falar que tu não podes falar muito. Eu ao menos ando a partilhar saliva com o meu namorado, já tu, antes da Octavia, andavas aí a partilhar saliva com um monte de gente. E agora digo eu, isso são figurinhas que se façam?

—Está calada. – repreendeu Albus.

—Calma meninos. – disse Scorpius – Não era para vocês se chatearem assim.

—Nós não estamos chateados. – respondeu Lily – Apenas estamos a dizer as coisas na cara como irmãos que somos.

Albus e Scorpius acabaram por rir com o comentário de Lily.  O momento que, por instantes, esteve pesado voltou ao leve antes de Scorpius aparecer.

—Bem, agora preciso de falar de coisas sérias. – disse Scorpius chamando a atenção dos irmãos Potter – Preciso que me ajudem com uma surpresa para a Rose.

—----//-----

Rose chegou ao dormitório e mais uma vez Makoto não se encontrava lá. Isso era o costume dos últimos dias. Rose apenas conseguia ver Makoto nas aulas. De resto, ela desaparecia. E Rose achava melhor ser assim. Ela tinha feito asneira e agora andava a evitar Rose para não sofrer as consequências. Não que Rose lhe fosse fazer alguma coisa. Não, isso não iria acontecer. Rose apenas estava curiosa. Ela queria ouvir da boca de Makoto o porquê de estar ter ajudado Diana.

Um barulho tirou Rose dos seus pensamentos. Olhou para a janela e viu Cleópatra, a sua coruja. Na sua pata direita, Cleópatra trazia um pergaminho enrolado. Era a resposta de James.

Rose abriu a janela, deixou Cleópatra entrar e rapidamente a voltou a fechar. O fim do dia tinha-se tornado frio.

Pegou no pequeno pergaminho, desenrolou-o e começou a lê-lo.

Olá priminha favorita,

Vejo que estes tempos longe de ti fazem com que eu não fique atualizado no momento de todas as situações que se passam na tua vida.

Mas, respondendo à tua carta, quem diria que no fim o Scorpius estaria a dizer a verdade. Quem diria que tudo não passava de uma armação da Anderson. Na realidade, eu nunca gostei dela. Confesso que, ainda antes dela andar enrolada com o Scorpius, ela tentou enrolar-se comigo (não mostres esta carta à Dominique, ela não sabe nem pode saber disto), mas eu não quis. Ela nunca me inspirou confiança, apesar de eu nunca ter desconfiado que ela tivesse alguma coisa a ver com isso. Mas, vendo bem as coisas, ela era meia obcecada pelo Scorpius.

Fico muito feliz que no fim tudo se tenha resolvido entre ti e o Scorpius. E não tens de te sentir culpada por teres desconfiado dele. Tu viste com os teus próprios olhos o “Scorpius” aos beijos com a Anderson. É perfeitamente plausível teres desconfiado.

A única pessoa que deve um pedido de desculpas ao Scorpius sou eu. No fim, eu fui muito injusto com ele. Realmente tinhas razão quando disseste que me iria arrepender de ter batido no Scorpius. Se realmente ele tivesse feito o que nós pensávamos que ele tinha feito, eu não me arrependia. Mas, ele é inocente. Devo-lhe um pedido de desculpas.

Sobre a Dominique, a barriga dela está enorme. Quase que parece que está grávida de gémeos. Se calhar até está. Não sei. A tua mãe ainda se ofereceu para nos levar ao hospital dos Muggles, mas a Dominique diz que não quer saber o sexo até ao nascimento. Ela até pode estar grávida de três ou quatro. Só saberemos no dia em que ele ou eles nascerem.

Aqui de resto está tudo bem. O Quidditch está a correr bem e a Domi está a começar a dar os primeiros passos no jornalismo. Tenho a certeza que ela se vai dar bem.

Espero que de resto esteja a correr tudo bem. Quero continuar a saber das novidades.

Beijos,

Do teu primo favorito

Rose guardou, sorridente, a carta na primeira gaveta da sua mesinha de cabeceira.  Claro que Sirius saberia as novidades. Ele seria sempre o primeiro a saber de alguma coisa que acontecesse.

A hora do jantar estava próxima e Rose preparava-se para sair quando deu de caras com a pessoa que mal via há alguns dias. Makoto Chang.

Makoto entrou e continuou o seu caminho sem dizer nada a Rose. Ela simplesmente fingiu que Rose não estava ali.

Rose encarava Makoto. Havia uma vozinha na sua mente que lhe dizia para perguntar aquilo que queria perguntar a Makoto. Uma vozinha que lhe dizia que ela tinha o direito de saber.

Makoto estava pronta para sair, mas Rose encostou-se à porta, impedindo-a.

—Eu só quero saber porquê. – pediu Rose. Makoto nada disse. Continuou a encarar o chão à espera que Rose a deixasse passar – Eu tenho o direito de saber.

—Tu não tens o direito de nada, Weasley. – respondeu Makoto encarando, pela primeira vez em muito tempo, Rose – Ninguém tem o direito de saber de saber da minha vida. Das minhas escolhas.

—Tem. Quando isso influencia a vida de outras pessoas, tem. Tu foste cruel. Isso não te pesa na consciência?

—Não. E sabes porquê? Porque tu não podes ter tudo, Weasley. Pensas que só porque a tua família é a queridinha do mundo bruxo, tu tens direito a tudo? Nada disso.

—Eu nunca quis ter o direito a tudo. Agora, sabendo que o Scorpius gosta de mim e eu gosto dele, tu não tens o direito de fazer o que fizeste. Eu não passei por cima de ninguém para estar com o Scorpius.

—Tu tinhas tantos rapazes, mas tinhas logo de dar em cima do Scorpius, não era? Razão tem a Anderson, tu és uma sonsa.

—Se sonsa é ser alguém que não passa por cima dos outros para ter aquilo que quer, então eu sou sonsa. – respondeu Rose afastando-se da porta. Makoto não disse mais nada. Simplesmente saiu. Logo de seguida, Rose saiu dirigindo-se ao salão principal.

Jantou, esteve com Scorpius e seguiu de volta para o dormitório. Naquela noite, Rose não iria à torre de Astronomia.


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Notas finais do capítulo

Que acharam das carreira de sonho do Scorpius e da Rose? O que acham que Scorpius está a tramar? Gostaram da carta do James? Que acharam da discussão entre a Rose e a Makoto?
Contem-me tudo nos comentários :) Beijos :)



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