A Torre de Astronomia escrita por Li


Capítulo 46
Capítulo 45


Notas iniciais do capítulo

Olá :) Antes de irmos ao capítulo só vos quero dizer que adoro os vocês comentários =D eles são muito importantes para mim. Adoro as vossas opiniões sobre a história :)
Agora sim, vamos ao capítulo, boa leitura :)



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Scorpius não teve tempo de dizer nada. Scorpius não teve tempo de fazer nada. Mal James entrou e viu que Scorpius se encontrava ali com Rose, correu até Scorpius e socou-o com a maior força que tinha.

—Tu estás… - mas Scorpius foi interrompido por um segundo soco.

—Eu avisei-te seu filho da mãe. Eu avisei-te para ficares longe da Rose. – gritou James dando um terceiro soco a Scorpius. Este, meio atordoado, via uma figura ruiva desfocada, que ele tinha a certeza que era Rose, encostada num canto.

Rose estava completamente escandalizada. Ela tentava mover-se, fazer alguma coisa, mas as suas pernas, os seus braços, todo o seu corpo não respondia. Ela estava ali, parada, a ver James espancar Scorpius.

Scorpius conseguiu tirar a varinha do bolso e apontou-a a James, mas foi facilmente desarmado. Scorpius estava demasiado fraco para tentar alguma coisa. Ele não sabia até onde iria James. Ele só queria que aquilo acabasse o mais rápido possível.

Petrificus Totalus. – sussurrou Rose apontando a sua varinha a James.

James caiu para o lado fazendo com que Rose tivesse uma vista total de Scorpius. O seu estado era lastimável. Os seus lábios estavam completamente ensanguentados. Ambos os olhos começavam a adquirir uma cor roxa. Já para não falar o quanto inchados estavam a ficar.

Rose levantou-se, desajeitadamente, e aproximou-se de Scorpius. Este, por sua vez, tentou abrir os olhos, o que foi um completo fracasso. Apenas um dos olhos abriu e não totalmente.

Rose pegou numa camisola sua, que se encontrava em cima da cama, e numa taça de cereais que Lily deixara ficar naquela manhã.

Aquamenti. – proferiu Rose apontando para a pequena taça vermelha.

Imediatamente, a taça ficou cheia. Rose pegou na sua camisola e molhou-o. Depois passou-a pela face de Scorpius, começando a limpar o sangue.

—Ro… - Rose colocou o dedo sobre os lábios de Scorpius para que este não falasse.

—Não fales. – comentou Rose suavemente. Scorpius suspirou, aliviado. Estaria Rose a começar a acreditar nele – Eu não queria nada disto. A sério que não queria. Apesar de tudo, eu não queria que ficasses neste estado. E não queria que o James fizesse isto. Porque eu sei que ele se vai arrepender. Agora, eu só quero que te vás embora. Eu só quero que me deixes em paz. – a primeira lágrima deslizou pelo rosto de Rose. Instintivamente, e, apesar das dores, Scorpius levou a sua mão ao rosto de Rose para lhe limpar a lágrima. Mas a sua missão não foi bem-sucedida – Não. – pronunciou Rose desencostando a mão de Scorpius. Scorpius conseguiu agarrar a mão de Rose com a maior força que tinha naquele momento.

—Por…favor. – sussurrou Scorpius – Tu…tens de…acreditar…em mim. Eu…não fiz nada.

Rose deixou cair uma segunda lágrima. Como ela queria que Scorpius estivesse a dizer a verdade. Como ela queria acreditar naquilo e acabar com o seu sofrimento. Mas ela não podia. Ela tinha visto. Ela sabia que Scorpius estava a mentir.

—Tens de ir embora. – disse Rose no tom mais firme que conseguiu – O feitiço deve estar praticamente a desaparecer.

—O que… - Albus entrou de rompante no quarto, mas estacou ao ver o amigo no estado em que se encontrava – Scorpius!

—Albus, por favor, leva-o. – implorou Rose face ao olhar escandalizado do primo. Mas Albus não estava atento a uma única palavra do que Rose dizia. Ele apenas continuava a encarar Scorpius. – Al, por favor. – voltou a pedir Rose agarrando a mão do primo. Era a primeira vez, em tanto tempo, que Albus e Rose se tocavam.

O facto de Rose o ter tratado, pela primeira vez em anos, pela sua alcunha mais o tom desesperado dela fez com que Albus acordasse. Agarrou a mão de Scorpius e desmaterializou-se deixando Rose e James para trás.

Finiti Incantatem. – proferiu Rose apontando, pela segunda vez naquela noite, a sua varinha para James.

Mal começou a sentir os vários membros, James levantou-se.

—Porquê que fizeste isto? – perguntou James, furioso, à prima – Ele estava a ter o que merecia. Não estava na altura de teres ficado com pena.

—Eu não sou assim. E tu também não, Sirius. Porra Sirius! Tu não viste o estado em que o deixaste? Tu viste o que podias ter causado? Já para não falar do quanto tu vais ficar arrependido de teres feito isto.

—Eu não me vou arrepender.

—Vais sim. – contrariou Rose – Porque tu não és assim. Tu não bates nas pessoas. Tu não fazes isto. Eu não quero que faças isto, Sirius. Não quero! – terminou Rose lavada em lágrimas.

O rosto de James suavizou e abraçou imediatamente a prima. Ele compreendia-a. Ele sabia que ela tinha razão. Ele não era assim. E ele não sabia do que seria capaz de ter feito a Scorpius se Rose não o tivesse travado.

—Obrigado. – sussurrou James ao ouvido de Rose. Rose abraçou-o com mais força.

—----//-----

O peso de Scorpius fazia-se notar. Albus estava completamente cansado, mas sabia que tinha de levar Scorpius para o interior da casa. Como esta estava protegida, tal como todas as outras, Albus não conseguiu aparatar no interior. Apenas do lado de fora do portão.

Albus abriu a porta da mansão. A escuridão reinava naquela divisão. Scorpius não sabia se os pais de Scorpius estavam em casa, mas agradeceu que, caso eles estivessem, eles não estavam ali, na sala.

Lumos. – sussurrou Albus iluminando a grande divisão à sua frente.

Como suspeitara, não estava ninguém. Assim, voltando a agarrar com força Scorpius, e estando dentro da casa, Albus desmaterializou-se e apareceu no quarto de Scorpius.

Pouso-o na cama e sentou-se ao lado, descansando.

Albus tinha a certeza que James tinha feito aquilo. E, apesar do estado horrível de Scorpius, Albus não conseguia criticar o irmão. Ele fez aquilo porque queria proteger Rose. Ele fez aquilo que Albus faria se estivesse no lugar do irmão.

—Obrigado. – sussurrou Scorpius com toda a sua força.

—Descansa. – ordenou Albus – Tu precisas mesmo de descansar.

—Não queres…

—Não. – respondeu Albus interrompendo Scorpius pois já sabia o que o amigo falaria – Temos muito tempo para me contares o que quero saber.

—----//-----

As semanas seguintes foram de pura agonia para Scorpius. Ele mal saía do quarto. A sova que James lhe dera fora tão grande que o pusera de cama todo aquele tempo. Além dos efeitos que causou na sua cara, James também lhe partiu três costelas. Sabia que as fraturas podiam ser facilmente curadas, mas isso não o impediu de ficar ali aquele tempo todo.

Albus visitava-o quase todos os dias. Umas vezes sozinho, outras vezes com Octavia.

De certo modo, Albus sentia-se culpado. Se ele não tivesse sucumbido à chantagem de Scorpius, se ele não tivesse sucumbido à sua curiosidade, nada disto teria acontecido. Ele não teria ajudado Scorpius e ele não estaria neste estado.

—Quando é que lhe vais pedir para te contar? – sussurrou Octavia ao ouvido do namorado.

—Não sejas insensível, O. Eu esperei anos por isto, posso esperar mais uns dias. O Scorpius é um homem de palavra. Eu sei que ele vai contar.

—Se tu o dizes. – respondeu Octavia não muito crente.

—O que é que vocês os dois estão para aí a sussurrar? – perguntou Scorpius que até aquele momento estava concentrado na carta que chegara de Hogwarts. A carta com o material escolar.

—Nada. – respondeu Albus imediatamente – Vejo que também recebeste a carta de Hogwarts.

—Todos nós recebemos a carta no mesmo dia. – respondeu Octavia ironicamente.

—O nosso último ano está quase a começar. – comentou Albus ignorando a namorada. Ele sabia que ela só o queria provocar por este ter decidido não insistir na conversa sobre Scorpius.

—E depois liberdade. – respondeu mais uma vez Octavia.

—Liberdade? – perguntou Albus encarando a namorada, confuso.

—Sim, tu vais embora, meu querido, e eu vou ficar sozinha.

Albus sabia que ela estava simplesmente a provocá-lo, mais uma vez por causa da conversa que ele deveria de ter com Scorpius, mas os ciúmes foram impossíveis de controlar.

—Com que então queres ficar sozinha? Se quiseres, eu liberto-te já.

—Boa! – disse Octavia dando pulos de alegria. Depois voltou-se para Scorpius – Ouvi dizer que estás disponível.

Scorpius apenas se riu. Ele via o quão ridículo Albus estava a ser. Octavia apenas estava a troçar de si. E, como sempre, Albus caía.

Passaram o resto do dia na conversa. Pouco tempo antes do jantar, Albus e Octavia decidiram ir embora. Astoria ainda lhes perguntou se queriam ficar para jantar, mas ambos não podiam.

Albus desmaterializou-se à porta de casa e entrou cumprimentando toda a gente. Como já era habitual, Dominique encontrava-se lá.

Fleur não tinha falado mais com ela. E Dominique retribuiu da mesma maneira. Nunca, enquanto fosse viva, daria o braço a torcer. Ela tinha completa razão. Fleur teria de se vir desculpar.

Além de Dominique, também se encontrava outra pessoa que já era habitual naquela casa. Num dos sofás encontrava-se Rose Weasley.

—Ainda bem que chegaste, querido. Podes ir pôr a mesa. – disse Ginny mal viu o filho do meio.

—Porquê eu? – perguntou Albus sentindo-se completamente injustiçado – A Lily e o James também estão cá.

—Porque eu mando, Albus Severus. A mesa. Já!

Albus sabia que não valia a pena discutir com a mãe. Sabia que ela não descansaria enquanto ele não fizesse o que ela pediu.

Albus foi atrás da mãe para a cozinha e pegou em sete pratos. Voltou-se e pousou-os sobre a mesa para os colocar. Quase que os deixou cair com o susto que apanhou ao ver Rose.

—Desculpa. – sussurrou a prima, para não chamar a atenção – Eu preciso de falar contigo.

—Sobre o quê? – perguntou Albus completamente espantado. Rose estava mesmo a dizer que queria falar com ele?

—Eu… - Rose corou adquirindo a tonalidade dos seus cabelos antes de acabar a frase – quero saber como é que está o Scorpius.

—Por isto não estava à espera. – sussurrou Albus para si mesmo, mas Rose ouviu-o – Ele está melhor.

—Ainda bem. – sussurrou Rose, aliviada.

—Podias vir visitá-lo. – sugeriu Albus.

—Acho que o Sirius me está a chamar. Até já, Albus.

Rose saiu dali tão rápido quanto entrou deixando Albus sem tempo de resposta. Ele sabia que Rose recusaria o convite de ir visitar Scorpius, mas ele quis tentar. Ele queria saber até que ponto ela tinha acredito em Scorpius. E, naquele momento, ele sabia que ela não acreditava.

Decidiu deixar os problemas dos outros de lado e continuou a por a mesa.

—----//-----

Diferente dos outros anos, este ano não havia confusão na casa dos Malfoy. Scorpius sempre tivera o mau hábito de deixar a mala por fazer até à véspera, mas, como tinha passado muito tempo trancado no quarto, o malão foi feito com grande antecedência.

—Afinal a porrada fez-te bem. – disse Draco num claro fracasso de ter tentar brincar com o assunto.

—Não, Draco. – respondeu logo Astoria.

Claro que Astoria e Draco descobriram logo no dia a seguir o que se tinha passado com Scorpius. Aliás, não era preciso Scorpius dizer muita coisa para eles tirarem as suas próprias conclusões. Ele tinha sido agredido, isso era mais que óbvio. A questão era por quem. Draco suspeitava de James, visto que, o tinha visto ameaçar o filho, mas Scorpius jurou a pés juntos que não tinha sido ele. Apesar do que James tinha feito, ele sabia que tinha sido para proteger Rose.

—Podemos ir? – perguntou Scorpius, ansioso. Ele queria chegar o mais cedo possível para ver se conseguia falar com Rose. A partir do momento em que entrasse no comboio, não havia nenhuma Dominique nem nenhum James que o impedissem de falar com Rose.

Draco, Astoria e Scorpius apareceram num bairro perto da estação de King Cross. Depois caminharam até lá e atravessaram a famosa parede que dava acesso à estação nove e três quartos.

Scorpius olhou em toda a volta. Rose estava perto de Albus. Mas, ao seu lado, também se encontrava James. Frustrado, Scorpius entrou no comboio. Teria mais oportunidades para falar com ela.

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—É agora que me vais contar? – perguntou Albus depois de arrumar o seu malão e sentar-se ao pé do amigo.

—Si… - mas Scorpius interrompeu o seu discurso ao ver Diana Anderson passara pelo seu compartimento.

Sem dizer mais nada a Albus, Scorpius levantou-se e foi atrás de Diana.


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Notas finais do capítulo

PORRADA! Afinal o James sempre cumpriu o que disse a Scorpius...que acharam? Concordaram com a atitude de James? Concordaram com a atitude da Rose? Quando é que acham que o Albus vai saber finalmente a verdade sobre a Rose? E quando é que acham que vamos saber a verdade sobre o que realmente se passou entre o Scorpius e a Diana?
Contem-me tudo nos comentários :) beijos :)