Fucking Perfect escrita por Madge Valentine


Capítulo 4
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Oie. Demorei muito?
Se a sua resposta é sim, eu demorei porque uma outra ideia tava na minha cabeça e eu tive que escrever outra one Thalico que está postada aqui no site, caso queiram ler:
https://fanfiction.com.br/historia/672482/By_Your_Side/
Tenho outras fanfics deles também, caso estejam interessados é só ir lá no meu perfil. ;)
E obrigadaum pelos favoritos e comentários, vocês são demais. ♥
Esse capítulo tá um pouco maior que os outros, espero que gostem.



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Thalia tinha estado muito irritada no dia anterior, ela sabia que em alguns dias conseguia fazer todos os passos perfeitamente, entretanto na sua primeira aula de patinação artística do ano Thalia não conseguira realizar quase nenhum dos passos exigidos pela professora, que se mostrara exasperada com ela.

A Grace sempre gostou da professora Afrodite, ela era sempre severa com as garotas, mas ficava muito satisfeita quando conseguiam realizar o que era pedido e Thalia normalmente conseguia acompanhar o ritmo, aquele apenas não era o seu dia, contudo se ela quisesse fazer uma apresentação solo esse ano não poderia ter dias ruins como aquele.

Quando saiu do treino viu algumas garotas a olharam com superioridade, como se estivessem se perguntando o que uma garota como Thalia fazia ali, resolveu ignorar, sabia que todas ali já tinham feito uma apresentação solo e a maioria não parecia nem se importar, aquele era o maior sonho de Thalia, junto com virar uma pintora famosa e ser reconhecida pelas suas obras; quando entrou no vestiário estava com tanta raiva que queria jogar seus patins nos espelhos, sentindo seus olhos arderem devido à vontade de chorar ela virou de costas para os espelhos e começou a tirar a roupa que elas usavam para treinar, logo depois colocando a roupa que usara para ir a escola. Thalia não se olhou no espelho quando saiu rapidamente do vestiário torcendo para não encontrar as outras garotas no caminho, quando saiu do corredor que levava aos vestiários viu as outras meninas ainda se exibindo nas arquibancadas, esperando atraírem os olhares dos garotos que jogavam hockey; amargurada a atleta saiu do clube sem dirigir mais um olhar as suas “colegas”.

Chegou em casa vinte minutos depois, estava tão frustrada que foi direto ao seu quarto onde após tomar um banho e comer toda a comida que sua mãe tinha deixado para ela na geladeira, pegou seu telefone conectou seus fones de ouvido e depois de colocá-los, ligou na sua playlist aumentando o som até que chegasse ao máximo, sentou-se na cadeira que ficava de frente a sua escrivaninha e pegou seu caderno de desenho.

***

Nico não estava realmente ansioso para ver Percy Jackson, seu primo por parte de pai, novamente, a última vez que o viu tinha dez anos, sendo que Percy tinha onze e agora seis anos depois o primo se convidara para levá-lo ao colégio, Nico não aceitaria se o Jackson tivesse lhe perguntado, entretanto ele não lhe perguntara e como o primo o levaria, o Di Angelo poderia acordar uma hora e meia mais tarde do que faria se fosse de ônibus o que para ele era uma vitória já que na sua antiga cidade não tinha que acordar tão cedo.

Percy chegou no exato momento em que Nico começava a escovar os dentes, Maria Di Angelo o convidou para entrar, mas o garoto não aceitou, alegando que aceitara fazer um favor para a namorada, concordando Maria mandou Nico se apressar para que seu “sobrinho” não se atrasasse.

Nico estava meio incerto quando entrou na enorme caminhonete azul e colocou o cinto de segurança, depois que Percy o cumprimentou animadamente, Nico se viu obrigado a ser gentil e até um pouco divertido com o primo, ou seja, falar o que o primo gostaria de ouvir.

— Então, ganhou o carro quando completou dezesseis? — Nico perguntou curioso.

Percy riu como se Nico tivesse lhe dito algo inimaginável.

— Não, é do meu pai, ele me empresta para ir a escola. E você, já tirou a carteira?

Nico concordou.

— ‘Tô guardando dinheiro para comprar uma moto.

Percy concordou.

— Ai sim hein.

Percy estava exatamente como Nico se lembrava, divertido, lerdo e despreocupado demais, agora o garoto era mais alto do que Nico que costumava zombar dele por ser mais baixo apesar de mais velho.

Eles demoraram cerca de uma hora para chegarem a escola, Percy lhe disse que o compromisso que tinha era apresentá-lo ao colégio, Annabeth, a namorada de Percy, era a encarregada de fazer isso, mas aparentemente a garota estava ocupada e Percy como o bom namorado que era – palavras dele – se oferecera para fazer o trabalho.

Percy lhe mostrou os dois andares repletos de salas de aula, a diretoria, secretaria e as salas de atividades extracurriculares, como a sala de artes – da qual ele lembrava-se muito bem, – fora da escola tinha o jardim que era liberado apenas para os mais velhos na hora do intervalo, eles também tinham dois ginásios cobertos e um aberto, as aulas de educação-física eram realizadas em um dos ginásios cobertos e no aberto, o outro coberto que era o maior só era utilizado para competições. Também tinha uma piscina coberta que era aquecida, – Percy afirmara que apesar disso a água era gelada no inverno – uma pista de corrida e o refeitório.

Nico não falava muito, entretanto o primo não parecia se importar, já que ele falava pelos dois, Nico não se lembrava da última vez que se sentira tão confortável falando com alguém. O tempo com o primo foi bem diferente do esperado, talvez porque Percy fosse o tipo de pessoa que conseguia falar com todos abertamente e Nico nunca se importou de ouvir e responder perguntas que não eram realmente pessoais.

***

Quando Percy o chamou para ir ao refeitório com ele na hora do intervalo, Nico disse que precisava fazer algo, dando de ombros o primo lhe deu as costas e partiu sem ele, esse era um dos motivos pelos quais Nico não se sentiu muito incomodado com o garoto, ele não parecia querer saber tudo sobre ele.

O Di Angelo se dirigiu a sala de artes que agora ele sabia qual era, na esperança de encontrar a garota lá novamente. Dessa vez a porta estava fechada e Nico sabia que ela notaria a sua presença assim que ele abrisse a porta, como estava decidido a falar com ela mesmo que fosse para ouvir alguns xingamentos, ele entrou na sala, ouvindo o barulho da madeira arranhando o chão enquanto ele a fechava.

A garota se virou para ele rapidamente, não parecia assustada dessa vez, talvez um pouco curiosa, mas não surpresa. Ela estava do mesmo jeito que ele a vira no outro dia, exceto que agora estava sem seus fones.

— Foi um engano novamente? — ela debochou.

Ele negou, aproximando-se, estava meio incerto se realmente deveria estar ali, não fazia ideia do que ela deveria estar achando dele, na verdade, não sabia nem o que estava achando de si mesmo.

— Então, o que ‘tá fazendo aqui?

— Acho que posso lhe perguntar o mesmo, não? — ele tentou se esquivar da pergunta, sentando-se em um banquinho na mesma direção do dela que também estava em frente a uma tela, agora ela olhava para o lado para que pudesse vê-lo.

— Acho que é meio óbvio o que estou fazendo, não é? — ela balançou o pincel que tinha nas mãos, fazendo com que algumas gotas de tinta vermelha caíssem na sua calça, se ela percebeu não pareceu se importar. — Que eu me lembre você não participa das aulas de pintura.

— Eu não participo, — ele limpou a garganta ao percebeu que sua voz estava estranha. — mas eu meio que quis dizer se você podia estar aqui.

Ela fez uma cara estranha e seus olhos azuis pareciam faiscar na direção dele.

— Não realmente.

Ele não se surpreendeu, pela reação dela no outro dia ele já podia imaginar.

— Como ninguém descobriu que você vem aqui?

Ela parecia estar em dúvida se lhe dizia ou não, por fim não pareceu achar um bom motivo para que não falasse.

— Eu roubei uma chave há uns quatro anos e ela já foi substituída, acharam que a professora tinha perdido. Eu guardo tudo que uso antes do sinal bater e finjo que pintei isso nas aulas. — Ela indicou a tela com uma das mãos e foi quando ele prestou atenção no que ela pintava.

Na parte de cima da tela tinha dois patins brancos – não como os de hockey que eram feitos para aguentarem batidas e sim os que ela usava para patinar no gelo – em cima do que parecia um tecido bege e embaixo das laminas que ficavam abaixo dos patins – que tinham o propósito de deslizar no gelo – havia duas aberturas que se pareciam com cortes profundos, como se o tecido bege estivesse se abrindo nos lugares em que as laminas passavam e embaixo desses cortes ele via uma grande quantidade de vermelho – o que ela provavelmente estava retocando – e mais para baixo o que parecia um osso humano.

Nico sentiu vontade de vomitar quando percebeu o que aquilo era, ficou pensando se a professora dela aprovava esse tipo de quadros, quando percebeu que estava encarando por muito tempo ele voltou a olhar para ela, que não parecia surpresa com a reação dele.

— Bonito o quadro. — ele disse. — Você é boa.

Não se lembrava do que ela tinha dito anteriormente e não estava gostando do silêncio, o que era muito estranho já que ele sempre se sentira mais confortável assim.

Ela lhe encarou acidamente.

— Você fez uma cara de nojo quando olhou para ele.

— Porque é nojento, — ela lhe fuzilou com os olhos, todavia isso não o impediu de continuar. — ainda assim tem algo de bonito nisso, sem contar que se você não pintasse bem ninguém perceberia que no lugar do gelo você colocou pele humana e o que tem dentro dela.

Pelo modo como ela lhe olhou ele percebeu que tinha dito a coisa certa.

— Muito criativo. — elogiou.

Ele podia jurar que os lábios dela subiram um pouco e suas bochechas tinham ganhado um pouco de cor. Nico sorriu e ela desviou os olhos.

— Ainda não sei o seu nome. — ela disse ainda sem o encarar.

— Nico Di Angelo.

Ela lhe observava pelo canto dos olhos.

— Thalia Grace. — ela tinha dito tão baixo que Nico quase não escutou.

Ela disse o próprio nome como se não tivesse importância e ele fosse esquecer-se assim que ela saísse pela porta, mas quando Thalia o encarou novamente Nico sentiu que ele poderia acabar se esquecendo do próprio nome.


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Notas finais do capítulo

Só pra deixar claro - novamente - que o Nico não está sentindo nada pela Thalia, eu só quis terminar assim porque normalmente quando eu to falando com pias bonitos e eles me perguntam o meu nome eu meio que esqueço HDUSHAUHDSIA, pois é podem rir, é patético.
Esse capítulo era pra ser todo da Thalia narrando, mas eu queria que o Percy aparecesse e não fiz todo do Nico porque eu já tinha escrito essa parte da Thalia quando eu tava meio na bad e tal dai não quis excluir porque eu gostei de mostrar ela meio revoltada. E acho que no próximo vocês já vão ver como o Nico vai agir conhecendo a galera e tal, eu fico em dúvida se devo escrever no ponto de vista dela ou dele porque para cada cena que escrevo, imagino o que o outro tá fazendo ou como ele se sente (quando eles tão juntos), dai fico em dúvida então se quiserem algum ponto de vista em especial me digam. E a Annabeth já vai aparecer heheh, adoro ela.
Espero que digam o que acharam ali embaixo, o que esperam, o que tem que ser melhorado e essas parada ai.
Beijinhos. ;*