Annwyl Saky escrita por Ally Hyuuga


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Um fanfiction de Sakura, a caçadora de cartas ♥
Card Captor Sakura em um mundo alternativo. :) Espero agradar, jardim que ainda não floresceu. (mas que um dia eu espero que floresça)

Boa Leitura.



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É com as mais sinceras palavras que digo que te repudio,

E me confundo se por segundos não me enjôo de ti,

Para em seguida lhe detestar ainda mais intensamente.

É tão complicado, e me mata essa insegurança que tenho desse seu quase amor.

Pouco ou muito você pode entender, dependendo da situação em que me encontro

Às vezes me fazer de cego é o melhor remédio para evitar transtornos entre nós dois.

E aos poucos minha armadura cai,

Revelando o fracasso que sou por dentro,

Permitindo tristemente que uma barreira seja construída no meio dos meus sentimentos.

Destruindo a ponte que me liga a você.

Eu estava confuso. Aquele furacão havia levado tudo que me pertencia, toda minha sanidade. Aquele Tsunami simplesmente inundou todo meu coração, com suas juras exasperantes, importunas. Era imperdoável, inacreditável, e extremamente irresistível. Era eu mesmo naquela situação enlouquecedora? .... Sim.

E de fato, essa era a maior das duvidas. Eu estaria mesmo descobrindo aquilo da pior forma?! Ah, meu caro... Uma breve salva de palmas. Aquilo estaria longe de ser o fim. Eu me questionaria, querido professor da vida, que eu, -cuja detestaria descobrir que estava errado- era o aprendiz dessa terrível lição. Mas nada tinha a se fazer, acreditei fielmente que estava imune a isso, que nunca me atingiria, mas no final das contas eu era só mais um aluno dessa maldita escola, e muito tinha a aprender, não era à toa que me perguntar –inutilmente- se estaria louco, não iria servir para nada,afinal eu já sabia a resposta.

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Às vezes acho que a realidade não condiz com o que se passa dentro do mais profundo do órgão dito como ‘’o sentimental’’. Não sei ver coisas com o olhar, não entendo se alguém está triste ou profundamente alegre apenas encarando seus orbes. Não sinto meu coração acelerar perto de alguém que amo, não me sinto envergonhado e nem nada do gênero. As sensações do amor... Parecem tão comuns, todos dizem sentir e afirmam ser tão especiais. Únicas.

Não sei se nunca amei. Não sei se minha maneira de amar é diferente, a qual não afeta minhas emoções e reações para com a outra pessoa. Não sei se conheço o amor. Contudo das poucas vezes que acreditei estar amando, não foi algo de imensa felicidade e indefinido. Nunca senti nada de diferente perto da bendita pessoa. Nem sentia necessidade de pelo menos tê-la por perto, tampouco ansiedade quando iria me encontrar com a mesma. Nada de as tradicionais ‘’borboletas no estômago’’. Espontaneamente... Nada.

Mas era inevitável ser tão grosso e fútil, visto que já a tinha como minha ‘’namorada’’, logo então eu deveria mostrar amor. Mas como demonstrar algo que sabe-se que não alterou em nada suas condições emocionais? Confesso que ai então entrava minhas mentiras quase que sinceras... Dizer eu te amo ou recebê-lo de volta nunca me fez falta, todavia era essencial eu mentir, jogando um ‘’eu te amo também’’ de volta quando me diziam. E toda vez que eu tinha que ouvir algo como, meu pulso se acelera perto de você, sinto-me sem chão, sem ar... Eu era obrigado a responder com algo como, minha respiração falta.

Isso era mais para não magoar, afinal, poderia não fazer a mínima falta para mim, mas para elas sempre seria medular.

Mas como eu já havia dito antes, eu aprendi que esse ‘’amor’’ que eu acreditava sentir não passava de algumas atrações bobas que não mudavam em nada minhas condições, nem diminuía e nem acrescentava, eu permanecia conforme.

Como eu poderia explicar?! Que quebrei a cara? Não, não. Bem pior que isso, espatifei meu corpo por inteiro, e isso quase que passava de uma mera forma de se expressar, literalmente eu quase estive por um fio de não me espatifar por inteiro ao chão. Mas felizmente – ou infelizmente- sai com um braço quebrado e um pé torcido. Graças, que a lucidez voltou à cabeça daquela mulher...!

Aqueles planos nada inocentes, a mente vingativa e excêntrica, a forma extravagante de se vestir, e o jeito indelicado de falar. A maquiagem excessiva e o desprezo desnecessário quando se referia a mim. Nada que um dia eu tenha sonhado em uma mulher. Nada que um dia eu poderia dizer que me chamaria atenção, exatamente nada do que eu considerava admirável. Se tivesse uma cor para descrevê-la por completo, com total certeza, seria vermelho. Se tivesse uma palavra, sem duvidas... Soberba. Sinceridade absoluta que ela nada mais era que uma prepotente orgulhosa e convencida de tudo em si.

Mas o que eu poderia fazer? Estava preso por vontade própria a certo terremoto de emoções chamado, Kinomoto. Kinomoto Sakura.

Se há algum tempo atrás reclamei de quase perder os movimentos por culpa desse mesmo terremoto... Hoje só tenho a agradecer. Eu tinha mais que certeza que aquela boneca de porcelana era frágil, mas enganei-me muito bem ao descobrir que era feita de algo muito mais forte. Um verdadeiro diamante. Um diamante real e nobre. Uma peça da vida amarga e cruel que era indispensável. Meu ar. As batidas do meu coração. A água que eu necessito pra viver. A luz que meus olhos aceitariam ver da aurora ao fim do dia. A voz que sempre soaria como música para meus ouvidos. Minha realidade. O que me tornava verdadeiro. Minha completa razão. Meu vício que nunca se curaria. O mapa que me guiaria ao lugar correto.

Minha vida.

Ela sempre seria simplesmente Sakura. Ela sempre seria simplesmente tudo.

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Shaoran Li. Possivelmente o garoto mais chamativo da escola. Por sua beleza natural, por seu jeito único de ser, pela forma de tomar atitudes sem se importar com as opiniões alheias. Pela gigantesca rebeldia.

A escola secundária de Tomoeda –apesar de grande- tinha incontáveis rastros de corações partidos. Não havia uma garota que nunca o tivesse olhado dessa maneira.

Mas em si como pessoa, Shaoran nunca desejou isso, aconteceu sem perceber. Foi algo que escapou de suas mãos. Quando deu-se conta já havia ficado com garotas que ele sequer já houvesse imaginado abraçar. Não era o tipo de coisa que fazia para irritar, nem para chamar atenção. Estava crescendo, e seu interesse por garotas era obviamente natural. Mas enjoativo de certa forma, nada que se pudesse afirmar que duraria mais que algumas semanas.

– Atrasado de novo – ignorou o comentário da amiga, jogando as coisas sobre a mesa de forma desajeitada.

– Não faça observações de quando ele chegar atrasado. Faça observações quando uma vez no milênio ele chegue no horário certo. – a voz irritantemente conhecida o tirou dos possíveis devaneios.

Shaoran, PV.

Como se já não bastasse ser obrigado a ouvir o costumeiro comentário da Daidouji, sou obrigado a ouvir a voz da maldita representante de classe, Kinomoto.

Levantei os braços e o cruzei atrás da cabeça, a encarando com o máximo de ‘’educação’’ que eu conseguia expressar. Ela me retribuiu como sempre. Com o rosto corado –provavelmente de raiva- a boca vermelha curvando-se em um sorriso, os olhos contornados com quilos de maquiagem preta exibindo desdém. Deu um longo suspiro e virou-se desprezando minha presença, com seus longos cabelos que desciam até a cintura balançando rebeldemente.

– Até quando será que ela vai agir assim com você? – Tomoyo me perguntava em som baixo com a mão na boca.

– Oras, Daidouji, você deveria dizer –aumentei a voz para que todos da sala ouvissem- quando será que ela não vai ser tão repugnante.

Kinomoto me olhou com o mínimo de delicadeza, batendo a palma da mão sobre a mesa, fazendo até os livros tremerem.

– Escute aqui. Isso é uma sala de aula. Faça silêncio, Shaoran Li-kun. – Meu nome soou na boca dela como se fosse a pior palavra a ser pronunciada.

Eu engoli em seco, esperando que todos voltassem os olhos para o corpo tremulo de raiva da representante.

– Gosta de ouvir conversas alheias e ainda opinar, Kinomoto?

– Se não gosta que dêem opiniões em suas conversas, fale pelo menos em voz baixa. – Tomoyo foi em direção a histérica esmeralda, passando delicadamente as mãos em seus cabelos e sentando-se ao lado dela (Nas cadeiras da frente).

Eu dei a melhor resposta que poderia dar. O silêncio. Só eu sabia o quanto ela detestava ser ignorada. Peguei minhas coisas e fui para a ultima cadeira. Lugar perfeito onde eu poderia dormir. Enquanto ia, ouvi os protestos roucos e baixos de raiva da menina. Olhei rapidamente por cima do ombro, vendo a cerrar os punhos e jogar o peso com toda força na cadeira.

Anos discutindo com a prezada Kinomoto-san. Anos que me deram muitas experiências. Tempo suficiente para me provar que o que ela mais gostava era está sempre certa. Anos de discussão que me proporcionaram saber como deixá-la irritadíssima. E nada para começar meu dia bem, como uma boa vitória contra a orgulhosa Saky.


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