Como Treinar o seu Dragão Interior 2 escrita por Kethy


Capítulo 11
Ainda com traumas


Notas iniciais do capítulo

Fala, Dragões, beleza?!

Pois é, mais um capítulo!
E nesse, eu queria mostrar que o Soluço ainda se sente mal por causa de certas coisas do passado... Mas calma! Não tem nada haver com a Astrid.

Bom, eu espero que gostem, boa leitura!!!



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— Fiquem de olhos bem abertos! O Drago nos deu uma meta, então vamos cumpri-la! Não deixem nenhum dragão escapar! – Eret dizia para seus homens enquanto tentava disfarçar o nervosismo, ele tinha muito medo de seu chefe, quando foi interrompido por um de seus homens ao qual apontava para o céu. Eret o seguiu e viu um dragão cor de ouro velho estava voando muito perto do navio. Eret se animou e mandou prepararem a armadilha. Quando estava prestes a atirar, ele reconheceu aquele dragão. – Você não deveria ter voltado. – Disse ele com misto de raiva e pena.

Eret atirou, eu já ia avisar ao Soluço, mas ele viu antes e bateu fortemente as suas asas fazendo as cordas voltarem para a embarcação, causando um pequeno estrago. Jogaram mais uma, Soluço desviou. Eles pegaram as suas armas, outro vento bem forte conseguiu desarma-los. Depois dessas duas tentativas, nós dois conseguimos pousar no convés; eu saltei primeiro, depois Soluço se transformou em humano no ar e caiu de pé a uma altura considerável.

— Voltaram para mais, pivetes? – Eu reconheci um pouco de preocupação no tom do de tatuagem.

— Calma, Eret, hoje é seu dia de sorte. – Soluço e eu nos entreolhamos – Nos rendemos! – Erguemos os braços com sorrisos de deboche.

— Como é? – Todos ficaram sem entender nada.

— Isso mesmo. Temos aqui o dragão mais poderoso de todos, é o que dizem por ai, e uma das melhores guerreiras da tribo de Berk. – Soluço jogou uma rede em cima de mim. Ri um pouco. – Pelo visto o patrão vai ficar bem contente.

E fez-se outro silêncio fúnebre. Todos ao nosso redor estavam sérios, isso fez o sarcasmo de Soluço ir embora e me fez ficar preocupada.

— Isso só pode ser brincadeira. – Eret disse chocado.

— Hã... Não é! – Soluço tentou ser firme. Segurei o ombro dele para dar apoio. – Eu preciso falar com esse tal Drago e...

Uma risada coletiva cortou o discurso.

— Falar? Com o Drago? Você é louco! – Cada tripulante disse uma coisa.

— Ele pode ser bem cativante. – Falei forçado um sorriso e me lembrando do que me disseram há uns anos.

— Isso não importa, o Drago nunca gostou de falar. – Eret falou se aproximando. – Isto foi o que ele me deu da ultima vez em que tentei argumentar com ele. – Eret mostrou uma cicatriz de queimadura; parecia uma marca de fogo dentro de um tridente. Eu e Soluço nos entreolhamos novamente. – E ele ainda disse que não seria tão compreensivo da próxima vez. – Acho que deu para notar que isso era um aviso.

Comecei a ficar ainda mais nervosa, Soluço percebeu, – Talvez pelos meus batimentos cardíacos ou coisa assim. – e me olhou com os Olhos de Dragão para me tranquilizar.

— Ainda assim, eu acho que vale a pena tentar. – Ele desafiou depois de me acalmar ainda cismado.

— Você vai acabar entrando numa fria! – De novo, percebi certa preocupação no tom de Eret.

— Eu não vou desistir sem tentar. Eu posso mudar a opinião dele em relação os dragões. E também posso mudar a sua. – Soluço mostrou suas asas. – Permite? – No exato momento em que ele terminou a frase, Soluço foi pego no ar pela forma de dragão do Melequento, ao mesmo tempo em que eu fui pega pela Stormy.

Mas o que é isso?! — Gritei para a Nader, mesmo sabendo que não entenderia a resposta.

Snotlout, quid tu facis? {Melequento, o que você está fazendo?!} — Soluço perguntou bravo.

Salva vitam tuam! {Salvando a sua vida!} — Respondeu o Primo-Dragão.

Quid?! Voluissem whole plan, omne youll interitum! {Por quê?! Eu já tinha todo um plano, vocês vão estragar tudo!}

A discução continuou até uma rede quase acerta-los. Com a esquiva, Soluço conseguiu se soltar e estava em queda livre. Fiquei preocupada, até lembrar que ele é um dragão. Soluço se transformou e voou de volta para o barco, porém foi barrado por Helga e Dag que não deram nenhuma abertura para ele.

Sit per me! {Me deixem passar!} — Ordenou Soluço.

Ego paenitet. Nos per alium imperium. {Sinto muito. Temos ordens de outra pessoa.} — Eles alternaram a frase entre si.

Quis? {De quem?}

De repente, outro dragão apareceu e nele estava montado o nosso líder, Stóico, ao lado de Brenda. – Argh! Meus deuses! Vai procurar o que fazer!— Quando o homem estava olhando, ela exibia uma cara de preocupação, quando não, um sorriso triunfante.

Eum. {Dele.} — Responderam os dois dragões juntos.

Soluço ficou surpreso, e até com uma pontada de raiva, tanto da Brenda quanto do pai.

— Os deixem pousar! – Ordenou Stóico.

O líder foi obedecido. Quando estávamos novamente no barco, Soluço assumiu sua forma humana e pai e filho foram em direção um ao outro como se fossem lutar. Fiquei tensa, Stormy, também de volta à forma humana, segurou meu ombro para me manter calma.

— Como pôde me desobedecer?! – Começou Stóico.

— Eu só quero por um basta nesse papo de guerra!

— Mas guerra é o que ele quer, filho!

— E só pro isso eu devo jogar tudo pro alto?!

— Você vai ser líder um dia, precisa se concentrar no que é melhor para o seu povo!

— É o que eu estou fazendo!

— Não, não é!

— Sim, é sim!

— Soluço!

Eu não quero sujar ainda mais as minhas mãos! — Soluço gritou com os olhos marejados. A última frase pegou todos de surpresa.

Foi ai que eu entendi. Soluço ainda sentia o peso de ter matado a Jaguadarte. Quem pode culpa-lo? Ok, ela era um monstro. Ok, ela ia mata-lo e matar todos nós se ele não fizesse nada. Ok, ela mantou muita gente. Ok, ela era louca. Ok! Mas ele matou uma pessoa. Se com um dragão, antes de sabermos das metades, todos ficavam sentidos durante dias, imagina com um ser humano? Fiquei com pena, e boa parte dos que estavam presentes sentiram muito por ele.

— Ridículo, eu sei! É uma coisa ridícula. – Soluço riu de nervoso. – O engraçado é que ela era um monstro e já fez muito pior do que eu fiz com ela, e, ainda assim, eu me sinto mal... Muito mal por isso. Deve ser uma última maldição ou sei lá. – Soluço gesticulava mais que o normal. – E-eu fiquei dias sem dormir durante o meu treinamento. Eu tinha pesadelos todas as noites. Eu... Eu não consigo superar...!

— Pare. – Interrompeu Stóico de um jeito paterno segurando os ombros do filho. – Eu suspeitei que você ficaria assim, mas os tempos são outros agora. Precisamos fazer o que é certo.

Soluço ficou em silêncio um minuto.

— E é isso o que eu estou fazendo. – Soluço correu o mais rápido que pode, sem tocar o chão, me pegou pela mão, se transformou e me jogou de um jeito que eu caísse sentada em sua garupa.

Dag já ia tentar nos alcançar, mas o líder o impediu.

— Ainda não. – Disse ele pensativo.

 

Voamos por cima das nuvens durante um tempo, o sol já estava se pondo, nenhum de nós conseguiu dizer nada. O silêncio só foi cortado pelo grito de dragão de Soluço seguido de uma rajada de fogo.

Ei, olha a brasa! — Gritei me abaixando para não ser queimada. Soluço grunhiu com um que me parecia um “me desculpe.” – Tá tudo bem, Soluço. Eu estou aqui com você. – Acariciei seu pescoço.

E mais uma vez, o silêncio reinou. Até que sentimos que tinha mais alguém do nosso lado. Virei-me esperando ver Stóico, porém, no seu lugar vi um dragão.


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Notas finais do capítulo

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Entra ai, temos biscoitos!!!



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