Sociedade dos Corvos escrita por Raquel Barros


Capítulo 3
Capitulo Dois - Emma


Notas iniciais do capítulo

O capitulo que veio de rosca. Eu disse que ia tentar não demorar e eu tentei, só que porém, sobretudo, contudo, apesar de, minha ferias foram bem agitadas e não tive tempo para parar e terminar esse capitulo. E as aulas começaram então tenho que catar tempo até para dormir direito, mas, finalmente consegui terminar o segundo capitulo e espero que gostem.



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Alef estava congelado, olhando para o papel minúsculo em sua mão. Estava assim há quatro horas como se pudesse absorver qualquer coisinha que tivesse da minha mãe nele. Era loucura. Todos nós sabíamos. Ele sabia. Ele tem uma paixão louca por ela. É algo que sai pelos poros, cai corroendo por dentro e faz completamente dependente. É uma droga. E provavelmente é um tipo de maldição que eu e meus irmãos herdamos. Com aproximação dos meus dezoito anos percebi que as coisas são muito definidas na minha família. É tudo preto ou branco. Sem meio termo. Amar é questão de morrer e matar. A confiança é cega e a desconfiança perigosa. O ódio é mortal. È tudo tão intenso. Tão louco e perigoso. E se for analisar a historia dos meus pais tem uma idéia do por que. E olhando para o meu pai agora tenho medo de ficar assim com o Ethan também. Para o Ethan há meio termo. Ele é maleável como água. Se tiver uma pedra no seu caminho ele a rodeia e com o tempo a degrada. E eu sou como o fogo. Esquenta na distancia certa, mas se chegar perto de mais posso queimar sua pele, encher seu pulmão de carbono e cozinhar seus órgãos. Sou um peixe que quando se sente ameaçado infla e cria espinhos. E eu estou com medo de ser a única aqui com consciência disso.

—Ele ainda está nessa?

Pergunta Richard com a voz desinteressada. Puro cinismo. Richard finge que não liga para a família, mas eu vejo que ele se importa e muito por seus olhos. Para ser aceito como Dark meu irmão teve de abri mão de demonstrar amor a sua família. O que eu acho um exagero. Aí de quem diga para Vinicius abri mão do seu amor por mim, por que se não eu mesmo dou uns tapa nele e quem disse isso.  O Richard pode muito bem ser mal e nos amar, poxa vida! Olha só para o meu pai. Ele tem seu titulo de Dark há duzentos anos e é casado com uma dama da luz. E tem nove filhos! Nove! A grande maioria dos Dark não chega a cinco por que morrem antes. De qualquer modo eu e o Richard não nós damos muito bem. Respondo cruzando os braços e encostando-me em uma das pilastras do escritório do meu pai:

—Vai ficar nessa por muito tempo a fio.

—Ele já está há muito tempo. E eu aposto que é dela.

—Da nossa mãe?

—Porque você insiste que eu confesse isso?

—Por que é verdade?

—Você nem pensem em começar novamente com essa discussão.

—Ok! Então. Mas ela é sua mãe.

—Ela nem gosta de mim.

—Você é insuportável, quem gostaria de você?

—Falou a órfã.

—Disse o renegado.

—Você me chamou de que?

—Sem família!

—Eu cheguei antes de você!

—Onde?

—Na minha família...

Responde Richard por impulso. Depois arregala os olhos verde musgo quando percebe que acabou fazendo o que eu queria.   

—Eu te odeio.

Resmunga antes de começar a correr atrás de mim.  Solto um grito do fundo da alma e saio correndo pela sala como meu irmão de quase duzentos anos atrás de mim provavelmente para me dar uns cascudos e me colocar de cabeça para baixo até tudo que eu comi começar a descer. A sensação é terrível. Eu fico imaginado o que acontece se eu cair de cabeça. E o estomago fica ruim por uma semana. E não tem como curtir sua própria festa com o estomago querendo colocar tudo o que você comer para fora. Meu vestido é justo, mas não tão justo assim a ponto de eu ter que fechar a boca. E quem não come na própria festa? Passo por de trás da cadeira do Alef que levanta a cabeça e olha alterado para mim e para o Richard.

—O que os dois pensam que estão fazendo?

Pergunta Alef levantado da cadeira rapidamente e falando com a voz perigosa de mais para ser ignorada. Eu paro e Richard logo atrás de mim. Os olhos azuis do meu pai tinham sumido e um negro estranho e fascinante tomado o seu lugar. Ele estava envolto em seu próprio fanatismo.

—Eu fiz uma pergunta.

—Desculpas, isso não vai mais acontecer, não é, Emma?

—É não vai mais acontecer. Sentimos muito por tirá-los de sua concentração.

—Saiam daqui! Os dois. Não quero olhar para a cara de nenhum de vocês.

—Sim, senhor.

Respondemos em uma única voz. Quando ele está assim não tem outra maneira a não ser obedecer. O Dark atacou hoje e não vai embora tão cedo. Fazemos nossa reverencia e saí, eu primeiro e o Richard atrás de mim. Descemos as escadas o mais silenciosos que conseguimos e vamos à sala de jogos também em silencio. Ver o Dark tomando nosso pai não é nada menos do que marcante. Os olhos negros, a voz perigosa, a postura eu sou o rei daqui e eu que mando. Temos que conviver com isso sem acabar feridos fisicamente e emocionalmente. Na ultima vez que Alef teve seu ataque, que foi na semana passada, no meio de uma reunião, ele quase matou um dos comandantes por ter retrucado-o. A linha entre a doçura e a acidez em meu pai é mais fina do que teia de aranha. Qualquer ventinho e ela parte bem no meio. É realmente algo incontrolável. E amedrontador.

—O que aconteceu?

Pergunta Henry levantando da enciclopédia que ele estava lendo. O Henry tem algum tipo de sétimo sentido. Ele sempre sabe quando o Alef tem esses ataques. Sei lá. Deve ter um sensor na cabeça. Nesse momento a posição dele passa de irmão mais velho a pai, afinal, nosso pai perde todo o instinto paterno e alguém precisa nós defender. E evitar que eu comece a bater boca com o Dark. Algo que já comprovamos mais do que possível. È uma tendência, quase um vicio. Eu e o Alef já falamos tanto um para o outro que não sei como ainda nos encaramos. Ele já me chamou de vadia, prostituta, imitação falsa, copia irritante, acidente de merda e mais algumas coisas terríveis que eu prefiro ignorar. Ele não pensa direito quando está como Dark e eu também falo merda quando estou furiosa. E eu falo muita merda para o Dark. Falo mais merda para ele do que ele fala para mim. E o Henry serve para calar minha boca quando a coisa começa a verdadeiramente a ficar preta.

—Ele está em seus dias: Oi! Eu sou o Dark e vim infernizar vossas vidas.

Respondo irritada. Jogando-me na poltrona em frente à televisão. Jeremy e Jamie estavam jogando alguma coisa que consistia em explodir a cabeça alheia. A maioria dos jogos de vídeo game deles é assim. Cheio de sangue e tripas. Eles gostam desse tipo de coisa, mas acho que é algo biológico, mas, em uma guerra todo mundo já viu sangue e tripas. É impossível não ter estomago forte. A primeira vez que eu atendi alguém na enfermaria eu vomitei tanto que precisei ser reidratada. Tomávamos uma poção de esquecimento toda vez que atendíamos a alguém com uma ferida grave, mas ver tais situações repetidas vezes transforma a imagem em algo familiar e não há muito que se fazer a não ser não tentar ajudar e der o máximo de si. E não colocar a bile para fora. E depois que você se acostuma, tem que fazer algo para não mudar por completo e virar um desconhecido para si mesmo.

—É o preço que todos nós pagamos Emma. Por que você acha que não vivemos todos juntos?

Pergunta Henry calmamente sem tirar os olhos do livro. Como é que ele consegue? Ficar tão calmo quando seu pai está lá em cima tomado pelas trevas e transformando nossa vida em uma eterna escuridão? O Henry consegue cada coisa.

—Sem ela, ele é insuportável.

Resmunga Jamie, com seu cabelo negro e liso no estilo acabei de acordar e ainda não passei por um espelho ainda e os marotos olhos castanhos escuros, mas com um segredinho: esverdeiam lindamente na luz certa, sonolentos e meio caídos. Jamie Henrique é o desejo de consumo de muita garota por aqui. Inteligente, bonito e com um a personalidade única parece um príncipe encantado. Só que ele não é um príncipe encantado, mas um príncipe desencantado que vira e mexe é um sapo. Tem um humor tão instável que um momento pode está feliz da vida e um segundo depois prestes a matar quem pisar no calo dele.  Novidade nenhuma se considerar que o Alef é quase a mesma coisa, só que Jamie continua completamente racional e pode controlá-lo se tiver uma boa lábia.

—A mudança brusca de humor é insuportável.

Completa Douglas, saindo da sala de treino com o David. Os dois completamente encharcados de suor por conta da atividade física intensa. O cabelo de Douglas estava grudado na cara dele, seus olhos dourados como ouros faiscavam em energia. A primeira coisa que ele faz é pegar uma maça verde na cesta de fruta. Richard me olha sorrindo esperando que eu o repreenda por está sujando as frutas de suor. E meu Deus! Como meninos são nojentos e anti-higiênicos. Não é a toa que eu não como nada que esteja por aqui. Olha só pra isso. Que nojo! A minha relação cm o Douglas seria perfeita se não fosse esse detalhe, ele é completamente nojento e desorganizado. Um típico garoto, apesar de seus quase cento e tantos anos. David se esparrama no sofá ao lado do meu tão sujo e suado quanto Douglas.

—O amor é insuportável.

Diz Richard não perdendo a oportunidade. Richard nunca se apaixonou na vida. Beverly nunca permitiu, por que segundo ela essa seria a vingança dela. Aconteceu uma briga entre minha mãe e Richard bem séria, eu não sei o que houve, mas eles não se dão nem um pouco bem há tempos e meus irmãos disseram que ele tem medo da vingança dela. Apesar de isso ter sido há duzentos anos.  Segundo David, minha mãe pode demorar o tempo que for para planejar a vingança perfeita, e algo está claro que vai mexer diretamente no emocional do Richard. E as emoções do Richard são completamente estáveis, elas não mudam bruscamente como as do Dark. São estáveis e intensas, e meu Deus! Que tipo de paixão ele teria? Acho que deixaria o fanatismo do meu pai parecer saudável.

—Nunca conheceu o amor seu tolo, então cale a boca.

Retruca Vinicius, o apaixonado. A irmã do Aspen conseguiu segurar meu irmão com unhas e dentes e ele não quer mais soltar dela. O que é maravilhoso, um pouco de estabilidade é o que precisamos nessa casa. Pelo menos estabilidade amorosa. Richard fecha o cenho para Vinicius. Os dois não se dão bem, por conta da rivalidade entre Darks e tudo o mais. E Vini e Rich são completamente opostos apesar de terem escolhido seguir a mesma “profissão”.

—E quem aqui conheceu?

Suspira Henry, com certeza pensando na Christal dele. Eu a conheci ano passado, no aniversario dele, quando ela e a família vieram visitá-lo aqui em Onyx. É filha única, te cabelos longos e ruivos como se tivesse tirado a cor do por do sol e colocado na cabeça dela e olhos cinzentos. E é simpática e meiga. A cara do Henry.

—Boa pergunta.

Concordo também suspirando. Eu tive a infelicidade de me apaixonar pelo príncipe de Great Master. E eu não ouso dizer que ele é perfeito, a não ser fisicamente, por que com tantos desvios de personalidade nem meu pai. Ethan Baelfire foi criado pelo psicopata soberano de Master Great, Hazazel Apache.  Não sei qual é o problema dele, por que uma pessoa que manda assassina a sangue frio bilhões de outras pessoas é no mínimo um monstro com muitos problemas. Ele é um Hitler sadic, pregando a espécie pura e a extinção humana. É completamente doente! E meu namorado foi criado por esse doente que roubou ele da família dele, após matar seus pais, mandar sua irmã para Fell por motivos incompreensíveis. Com um pai de criação desses quem é que é completamente ético? Ninguém que vive ou morreu que eu conheça ou tenha ouvido falar.

—Oi, gente, vim pedir um favor.

Fala Arya, entrando saltitando pela porta e indo direto ao assunto. Clara e direta como sempre. Arya conseguiu o feito de não crescer nem um pouco nesse ultimo ano e ainda por cima, como se não bastasse, adquiriu algo parecido com dupla personalidade por ter matado a Carmem, Nyx, minha mãe adotiva. Ou pelo menos quem deveria ser a mulher que me criou.

—Qual Arya?

Pergunta Richard por que ele quer dar uns amasso na priminha gostosa e não esconde isso de ninguém. Só que Arya não o quer. Na verdade, Arya quer ficar o mais longe possível dele. Afinal, ela é viúva e já tem muito Dark na família. E não precisa ser a gênio para saber que Richard tem o dom para partir pobres corações desavisados. Se alguém não matá-lo por ter transformado em corno, vão matá-lo por ser um canalha sem vergonha que não respeita ninguém. E meu pai não vai fazer nada, por que tomou a s dores da minha mãe.

—Vocês podem matar aquele metido filho da mãe?

Pergunta ela como se fosse à coisa mais normal do universo. Reviro os olhos. Os Raven têm algum tipo de pré-disposição genética para fazer o mal. São todos politicamente incorretos. Henry encosta na cadeira dele e cruza os braços fulminando Arya e Richard com os olhos enquanto ele é aparentemente ignorado.

—Quem?

—O embaixador de Great.

Ela responde sorrindo como se fosse matar o tal embaixador a qualquer momento. Não sei o que esse cara fez, mas inimizar com a Arya é um pouquinho perigoso. Richard faz cara feia quando ouve embaixador e nega.

—Não! Isso acabaria com a trégua. E o Alef está ruim.

—O Dark por aqui, Richard?

—É e muito irritado.

—Será que ele acaba com o cara para mim?

—Não inventa.

Resmunga Henry a olhando como se fosse colocá-la de castigo. Ele faz o trabalho que os irmãos mais velhos dela têm dificuldade para fazer: colocar uma rédea que funciona nela. Por não ser um Dark, Henry não se irrita com os choros falsos de Arya e não cede, ou seja, ela perdeu sua maior arma de batalha: a cara de cão pidão. Arya faz cara de mal gosto e senta no sofá de mal humor.

—Tem noticias do seu irmão?

Pergunto cortando o silencio. Ela me olha interrogativa e balança a cabeça antes de responder:

—Não, ele está muito ocupado em Great Master.

—Sempre esqueço que seu irmão é o príncipe de lá.

Comenta Jeremy com um sorriso maroto. David revira os olhos e completa de mau gosto:

—E que namora nossa irmã.

—Deve esquecer até do próprio nome.

Resmunga Arya com maldade inofensiva típica dela. Henry se manifesta a repreendendo com um tom baixo e um tantinho sedutor:

—Arya...

—Não fala Arya. Você fala meu nome de maneira sexy e é irritante.

Retruca Arya, irritada se encolhendo um pouco e fazendo uma careta. Henry não sabe que faz isso quando repreende uma garota que não seja eu. Com Christal foi à mesma coisa. Ela se encolheu um pouquinho, balançou a cabeça e ficou vermelha como seu cabelo, fazendo Richard gargalhar como se tivessem contado a piada para ela. Tem algo nesse tom de voz do Henry que faz isso com todas. Mas algo me diz que elas se encolhem arrepiadas. È um tom intenso, baixo e traquino, que me faz pensar que o mundo agradece por Henry não fazer o tipo super sedutor, por que se não, meu Deus! Não gosto nem de pensar.

—Não é a repreensão que é sexy?

—É, e junta com meu nome e com essa sua voz de, se eu quiser te seduzir eu te seduzo.

Concorda fazendo cara feia para ele.

—Eu tenho a voz parecida com a dele.

Comenta Richard fazendo um beicinho. Ele está mesmo tentando com a Arya. Não sei o que é que esse menino tem que é tão insistente para coisas obvias. Arya faz uma cara de falsa pena.

—Tem, mas é politicamente incorreto por natureza. E um tantinho psicopata. E ele é todo certinho, e politicamente correto.

—Mas, daríamos certo. Você é incorreta na maior parte do tempo e eu em tempo integral.

—Por isso mesmo você não vai fazer uma Arya sexy para me repreender. Vai rir das minhas maldades. Eu preciso de um homem com os dois pés no chão.

—Não vou não e ele também tem asas.

—Você riu! E eu estou falando de maturidade.

—Por que eu me sinto um estúpido perto dela?

Pergunta meu segundo irmão com sua melhor cara de imbecil. Que dizer, ele é imbecil na maior parte do tempo. Em tempo integral, na verdade. Até quando dorme. Ronca pra caramba. Sorte que a maioria de nós não dorme de dia. Só o Vinicius, Alef e Richard. O restante dorme de noite e de dia quando passa a noite em claro, e algumas vezes o dia todo se fica muitos dias seguidos sem dormir.

—Quem não sente?

Resmunga David fazendo o carro do jogo de corrida dele capotar quando vai dar uma espiada na marca da calça jeans de Arya.  Ela lhe mostra o terceiro dedo rapidamente e ele volta a se concentrar em seu jogo já perdido.

—Stephan, mas ele vai sentir.

Reponde Arya rancorosa como só. Ela olha para parede como se tivesse imaginando atirando na cabeça do tal Stephan daqui. Quanto rancor! O que será que ele fez de grave contra ela?Ou será que isso tudo é só porque ele existe? Arya tem dessas. Uma vez atirou perto do pé de Denise e quando perguntaram para ela o porquê, Arya disse que era só porque Denise nasceu. Ficou obvio para todos que se ela quisesse atirar mesmo no pé de Denise ela o teria feito com perfeição e precisão cirúrgica.

—Quem é Stephan?

—O embaixador de Great Master. Ele roubou o lugar do meu irmão na viagem.

—Filho da p...

Interrompo-me antes de completar a frase. Sabe que agora eu não gosto mesmo desse Stephan? Poxa! Eu espero o ano todo para ver meu namorado e minhas chances foram arruinadas por um embaixador. As pessoas acham difícil manter um relacionamento a distancia, imagina se os países que cada um estivesse em guerra e suas famílias se odiassem? Pois, eu sou uma louca apaixonada guerreira. Apesar de que louca e apaixonada poderia ser antônimos.

—Convivência é uma merda!

Diz Richard morrendo de sorrir da minha cara. Eu reclamo tanto os meninos por falarem mal da mãe alheia que agora qualquer coisa que eu quase digo resulta nisso.

—Cala a boca.

Resmungo jogando um travesseiro nele que não parava de rir.

—Tenho que ir antes que o embaixador roube algo meu de verd...

—Qual é o problema da mãe de vocês?

Interrompe do Dark aparecendo do nada, com o papel amassado nas mãos, claramente estressado e medonho. Eu até responderia que o problema é com nosso pai mesmo, mas ele estava tão desolado que dava até pena. Era o Alef de novo, não o Dark. Consigo vê pelos seus olhos azuis marinho desbotando aos poucos. O Dark é como uma mulher na TPM. Uma hora está deprimida, em outra está brava, outra feliz da vida pra ficar brava de novo. Eu sei o que é isso. Eu sou mulher e choro assistindo antigos comerciais de carros. E nada de Bambi nesses dias. Se eu choro assistindo Bambi nos dias normais, imagina na TPM?Henry toma a palavra na situação e pergunta com o tom mais calmo de sua alma:

—O que aconteceu, pai?

—Por que ela nunca fala comigo? Por que ela fala com todos e não fala comigo? Manda mensagem por corvos e nem é pra mim? O que? Venha me buscar? E ainda cita os nomes de quem deve ir, mas não cita o meu!

—Talvez ela não queira que a veja debilitada!

—E ela quer que a Emma veja Henry?!E o que aconteceu com os nossos votos? Na saúde e na doença?

—O que é que ela quer? Exatamente?

Pergunta Richard cruzando os braços sobre o peito. Nesse momento eu já estava com os pés no centro vencendo uma corrida contra David por que ele estava mais interessado no drama amoroso do sensível Dark. Até que Alef responde algo que me faz largar o controle:

—Que Emma, Arya, Gwen e Zoey vão buscá-la na Floresta Negra.


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Notas finais do capítulo

Comentem e beijos para vocês sadizinhas.



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