The five dreams escrita por Yasmin


Capítulo 16
Capitulo 16 — Terror


Notas iniciais do capítulo

Oi, meninas!
Tudo bem?
Estou de volta depois de um milhão de anos! srsrs
Sorry!! Nem preciso dizer, vcs sabem da correria.
Gente, peço desculpa pelos erros, mas estou publicando pelo celular, visto que estou sem net em casa.
Bjs



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— Está me devendo um jantar. – Cobro Peeta sobre a aposta que acabei ganhando por Madge  ter resistido a Cato a durante o passeio que fizemos. Ela disse que estava sendo difícil, ainda mais depois que o viu pelado.

Pedi pra ela não entrar em detalhes, então ela disse apenas que o loiro era maravilhoso ou praticamente irresistível e que depois que eu vencesse essa boba aposta, com certeza daria uma chance a ele. Confesso que torço pra isso, eles formam um casal lindo.

— Não – ele tira os olhos da estrada. – Você trapaceou.

Eu rio.

— Calunia. – Digo, afagando as orelhas de Maia que enfiou a cabeça no vão do banco, querendo ficar o mais perto possível das janelas. Ela adora o vento. – Sabe que não sou capaz disso, não sabe? Sou quase uma serva de Deus. – Digo e ele gargalha.

— Tudo bem. – Solta uma das mãos do volante e segura a minha. – Onde quer ir? – olho para nossas roupas. Acho que estamos bem vestidos para uma passeio em Beaufort e não em um supermercado como ele disse que iriamos. Então, logo, imagino ele e eu caminhando pela areia branca, entre as dunas, de mãos dadas, enquanto nossos cães trotam e latem ao encontrar casas de caranguejos. – Onde? – pergunta novamente e, eu paro de viajar.

— No spins. – Sugiro um restaurante que fica na orla da cidade que estamos indo, lá tem bons restaurantes ou pode se dizer o melhor da Carolina.

Depois de um segundo ele aumenta a velocidade do seu conversível e abre a capota, fazendo meu cabelo bagunçar com o vento.

— Você é linda!!! – Por um segundo ele tira os olhos da estrada e, eu estou tão apaixonada que não tenho tempo de dar-lhe um sermão. Só faço sorrir, tendo a sensação de estar no paraíso. Literalmente no paraíso, por ele estar conseguindo preencher o vazio que eu sentia dentro de mim. Beijo sua mão e, ele segue pela estrada um pouco engarrafada pelos turistas que vieram aproveitar o verão em nossa cidade.

Uma hora e quinze minutos foi o tempo que durou para atravessarmos a ponte entre as cidades. Durante o caminho não falamos nada. Sempre que ele fica assim, quero perguntar o que o aflige. Mas, tenho medo de tocar nesse terreno sensível, que são nossas mágoas e sentimentos. Até eu mesma tenho os meus e mesmo com os anos que se passaram, por mais que eu tente não consigo deixar de ficar pensando como seria se minha família tivesse sobrevivido.

— Vamos. – ele fala abrindo a porta do carro e me tomando pelas mãos. Mas, antes disso ele sela nos lábios, dizendo novamente o quanto estou linda.

No restaurante, escolhemos ficar na parte cima, pois de um lado temos a visão panorâmica da pequena cidade e, do outro a imensidão do mar, refletindo a plenitude da lua.

— O que vai querer? – pergunta, enquanto o garçom nos espera escolher.

— Não sei. – digo indecisa.

— Que tal o número 2? – Diz ele e, eu me inclino para olhar o cardápio. Torço o nariz quando vejo que o número dois é um carré de cordeiro com batatas em creme de gorgonzola. Ele precisa saber que odeio gorgonzola. Ele ainda não sabe disso. Aliás, penso que não sabemos quase nada um do outro.

— Gorgonzola é um queijo fedido. – sussurro baixinho evitando que o garçom escute.

Peeta ri meneando a cabeça negativamente e olha parta o cardápio atentamente.

— Vamos querer o número 3. – Ele diz decidido, sem ao menos questionar o que quero e prefiro comer. Já percebi que ele gosta de estar no comando e de forma alguma acho isso um defeito, só preciso dar limites a esse gênio autoritário que demostra ter – E um vinho. – Completa o pedido e o garçom se vai.

— O que era o número 3?

— Salada!

— O quê? – Praticamente grito e provavelmente meus olhos estão arreganhados.

— Estou brincando!! – diz travesso – Pedi, file, arroz piamontese e batatas fritas. O suficiente para nós dois, dona encrenca.

— É bom mesmo – digo acalmando meus batimentos que se elevaram, só de imaginar em comer uma salada a noite toda.

— Não acredito que arrumei uma namorada que briga por comida. Aliás, que briga por tudo.

— Não brigo por tudo. Tá me chamando de barraqueira?

— Não –ele apoia os braços na mesa. – Estou te chamando de imatura – aperta levemente a ponta do meu nariz, faço uma cara de zangada, voltando atenção no mar e vislumbro a sobra de um casal apaixonado trocando beijos, enquanto estou aqui ouvindo meu namorado, discorrer meus defeitos. Então mantenho minha visão no mar e digo sem olhar para ele:

— Não o vi incomodado com isso, quando estávamos na minha cama. Ou hoje no barco ou depois no meu banheiro....

— Katniss!!.. – ele tenta me interromper, mas não deixo.

— Não.. Não venha pedir desculpas, Peeta Mellark – mantenho minha visão no mar e continuo discorrendo os momentos intensos que tivemos pela tarde.

— Katniss!! – sua voz sai mais firme, e somente por isso volto a olhar para ele e, automaticamente fico vermelha, quando vejo Emeth, o garçom corpulento, atento ao meu relato intimamente íntimo e bastante intenso que tive com Peeta. Se eu não estivesse com tanta vergonha eu poderia suspirar.

— Vai...continua ...falando. – Me provoca enquanto o garçom serve nossas taças. E, eu completamente envergonhada, volto minha atenção ao mar e agradeço pôr estar na cidade vizinha, pois se estivéssemos em casa, na manhã seguinte todos já saberiam o quanto Peeta e eu nos exercitamos.

Faço silêncio e ele também. Mas, assim que o rapaz se vai começa a rir.

— Não tem graça!! – jogo o guardanapo na cara dele. – Por que não disse que tínhamos companhia.

—Teve sim, você conseguiu deixar o homem envergonhado, amor. Sei que sou maravilhoso. Não precisa ficar exibindo meu potencial aos outros.

— Há fica quieto. –  levo a taça de vinho a boca, olho para praia e depois cães que estão deitados ao lado de nossa mesa, exaustivamente cansados pela jornada do dia. Confesso que eu também estou com ombros ardidos. Mas, mesmo assim quis aproveitar essa noite de sábado ao lado dele. Não sei quantos mais poderei ter.

— O que foi? – pergunta se levantando e colocando a cadeira ao lado da minha.

— Nada.

— Nada mesmo. Ou nada que você não quer falar?

— Os dois eu acho.

— Você nunca consegue decidir entre uma coisa ou outra?

— Sim – eu falo convicta. – Mas, a verdade que sou péssima em ter de escolher.

— Sei. – Ele me olha e passa os braços em volta da minha cadeira. Bebo minha taça, ele a dele. Fazemos silencio. Mas, depois ele me beija,  o que faz o gosto do vinho ser melhor ainda, por ser absorvido dos lábios dele. Eu não quero parar e pelo ritmo intenso que mantem, vejo que também não, mas faço isso, devido ao local. Me afasto um pouco dele, que sussurra coisas lindas no meu ouvido.

 – E sua família? – Pergunta do nada e eu arregalo os olhos – Você nunca diz nada sobre sua família. – Realmente nunca digo, quer dizer,  não até hoje, quando um rompante de lembranças me invadiram e,  me fizeram falar de Prim, do quanto são parecidos no quesito irmão mais novo: Sensato. Tão contrário de mim e Cato. E desde então, toca no assunto sobre eles o tempo todo. Mas, minha garganta fecha toda vez que  tento dizer algo.

— O que quer saber?  – Demoro a responder, e quando minha voz sai, é falhada.

— O básico.

Engulo em seco. Tomo fôlego e tento dizer.

— Eles, eles... moram em Nova York. – É inútil meu esforço, por mais que eu tente a verdade nunca sai. – Mas, passam a maior parte do tempo viajando. – digo referente aos meu padrinhos, desde o acidente, são eles a quem me refiro por família, já que sem eles não me resta ninguém. Nem um tio. Ou um avô. Ninguém que eu compadeça.

— E o que eles fazem?

— Temos uns negócios de família.

— Que tipo de negócio. – Está atento e bastante interessado.

— Uma empresa de segurança – digo – Mas, por que do interrogatório? – paro por um instante para beber um pouco mais de vinho.

— Nada, só quero saber mais de você. Hoje você disse que tinha uma irmã e sempre que tocava no assunto da sua família. Alguém aparecia para interromper.

— Há...certo. Mas, eu já disse basicamente tudo. Não tenho muito o que dizer. Porque não mudamos de assunto, diz sobre suas viagens!!– Tento por tudo abordar outro assunto, mas é esperto, levando a conversa para os assuntos ligados a família. Ele não é como Richard que me deixava escapar do assunto com facilidade, tanto que namorei com ele por três anos, falando raramente sobre nossos pais.

Ou, penso que minha recusa de me entregar intensamente ao relacionamento para ele, era conveniente, seu destino na cidade era incerto, então quanto menos nos apegássemos, menor seria a chance de nos magoarmos. Foi uma estratégia que dera certo. Mas, não quero utilizar desses subterfúgios com Peeta. Ele é importante demais para mim, porém, a perda da minha família é um campo minado que eu demorei a superar. Não quero que minha tristeza venha tona, tão pouco que ele me olhe com pena. Até mesmo me culpe... assim como eu mesma já me culpei, por várias dias, por meses e anos.

— Você está enrolando, dando voltas o tempo todo, qual o problema de falar da sua família? — sinto que ele está levemente irritado.

— Peeta...

— Deixa eu continuar — me interrompe e vira meu rosto na sua direção, até sua testa estar rente à minha. E completa olho, por olho. — por favor...não brinca comigo, eu já vivo coisas demais e tudo que menos quero é sofrer por amor. Não que você não valha a pena, — sim, ele está nervoso — “Vale muito”, mas eu...quero mais que isso, quero me casar com você, passar o restos dos meus dias te mimando e até aturando sua imaturidade...

 Não sei porque ele está dizendo isso, só sei que quando ouvi, meu coração se aquiesceu e as defesas já não tem espaço, isso me encoraja em dizer tudo a ele...

— Diz alguma coisa — pede depois de um tempo, porque ainda estou muda. Eu rio nervosamente, mas pela cara feia que faz me encorajo a dizer.

— Quer se casar comigo? — exalto isso, até porque de todas as palavras que disse, essa foi a que eu mais assimilei, e toda minha estratégia de fugir sobre assuntos profundos cai por terra. Não posso quere-lo longe de mim, do que realmente sou ou do que realmente penso sobre isso. Ele me ama, vai querer cuidar e preencher esse vazio... Sei que não vai me olhar com pena, mas irá querer ficar mais perto.

— Claro que quero... — ele segura e me olha firme, fazendo suas expressões faciais ficarem evidente de se ver. — Mas, para isso, você precisa se abrir. Precisamos falar sobre coisas mais profundas, além de sua viagem não a África ou... do ritual da adoração... Quero saber mais sobre você, Katniss — suplica, passando o polegar sobre meu rosto, então me preparo para enfim, dizer. Mas, Emith chega a nossa mesa, parecendo sem graça por atrapalhar o momento. — Podemos jantar primeiro — ele sugere e eu agradeço, pois assim poderei ensaiar me roteiro.

Como sugerido, terminamos o jantar. Sem tocar no assunto família, mas concentramos nos nossos gostos, comida e da nossa rotina. Descobri que ele é um engenheiro de sucesso. E desenha carros.

— Vou ao banheiro — informou ele — Me espera Aqui? — Já tínhamos encerrado o jantar e a conta.

 Eu olhei para nossos cães e desobediente como sempre, Maia fazia de tudo, para se soltar enquanto latia para mim.

— Vou te esperar na areia. Senão ela irá enlouquecer. — digo tentando controlar a força bruta que ela usava me puxar.

— Tudo bem — concordou, indo rumo ao banheiro e eu fui em direção aos degraus que me levavam a praia, onde pude ver ao longe alguns casais caminhando de mãos dadas.

Antes de colocar o pé na areia. Me apoiei no corrimão e com apenas uma não tirei uma sandália e depois a outra. Impaciente, Maia latia por repetidas vezes. Então, finalmente eu a libertei e, ela saiu em disparada pela areia, entre os casais, livre como gosta de ser.

— Você não Vai, Ruffus? — abaixei afagando os pelos negros dele. É um cão bonito e robusto. E mesmo não sendo muito fã dele, devo confessar que em  todos esses anos cuidando de animais, creio que nunca vi um labrador de um porte como o dele, até consigo entender a paixão   que Maia vem nutrindo — Pode ir garoto — também o deixo livre  da corrente, porém ele não vai,  não move um musculo. Somente olha fixo para o mar e de um jeito cúmplice, olha para mim. — Está cansado, não é?  Eu sei que é difícil acompanhar o pique dela, mas eu te garanto que toda aquela energia se apaga depois de um tempo...É só você ficar perto dela, que ela para de tentar escapar de você...

— Eu sabia que um dia você iria cair de amores, por ele.

 Escuto a fala de Peeta logo atrás de mim. Devagar, ele desce os degraus. E eu me afasto do cafajeste do Ruffus.

— Jamais cairei de amor por esse vira lata, traidor.

Peeta ri.

— Já disse que ele não é um traidor. Ele e Bee. Só tiveram um lance.

— Lance....

Lanço um olhar fulminante em sua direção e finalmente coloco meu pés na areia.

— Eii — ele vem atrás segurando meu ombro. — Calminha — diz se apoiando em mim e tirando os sapatos. Andamos de mãos dadas, e com a outra seguramos nossos calçados... — Quer se sentar ali? — aponta para uma das dunas mais densas. Faço que sim. Me sentei e ele ficou por trás de mim, enquanto observamos a espuma encontrar a areia. E depois ele me contou de suas peraltices de criança.

E parece que me encorajando a falar um pouco mais de mim, Peeta fala sobre alguém que ele nunca havia mencionado. O pai!

— Sempre víamos aqui — olho para o restaurante e ele nega, dizendo que o estabelecimento é novo. — Me refiro as praias, uma vez, velejamos por toda a costa da Carolina, até chegar em Nova York.

— Vocês três?

— Sim!

— Quanto tempo demorou?

— Um verão todo! — explica — Não seguíamos direto, sempre ancorávamos numa cidade ou outra. Principalmente quando Cato se apaixonava por alguma garota.

Eu rio achando impossível isso.

— E seu pai? — pergunto.

— Ficava todo orgulhoso.

— E você? Não encontrava nenhuma garota? – intrigada eu perguntei.

— Algumas... — diz ele com um sorriso sacana —... nessa viagem eu dei meu primeiro beijo de verdade.

— Beijo de verdade?  Achei que seu primeiro tinha sido com Mad.

— Não... batata era dura na queda. Mal me deixava tocar nela e nós éramos crianças... eu tinha quinze anos quando conheci essa outra garota.

— Você gostava dela? — pergunto olhando atentamente ao seu relato, e ele diz que sim, que ficou um bom tempo apaixonado, mas o tempo e a distancia não deixou que sentimento perdurasse, e o que teve com ela não passou de um amor de verão.

Então, eu penso que nossa situação é parecida, ele me conheceu no verão, será que sou apenas um romance de verão?  Quero perguntar isso a ele, porém, me  calo.

— E você, com quem foi seu primeiro beijo? — fala bastante curioso, deito minha cabeça no seu ombro e olho para o céu onde há poucas estrelas, e sua pergunta me faz voltar no tempo, naquele dia desastroso que dei meu primeiro beijo e de brinde tive a primeira briga com meu pai.

— Era uma noite fria. Eu tinha quinze anos e nós nos beijamos na neve! Na pista de patinação da Times Square — lembro-me bem, lembro de Mark como o garoto dos lábios gelados e cabelos espinhentos pelo excesso de gel, mas, também lembro que não senti seu beijo, pois meus lábios estavam dormentes por culpa dos flocos de neve que caíam sobre a gente! Porém, foi o melhor beijo que já dei debaixo de uma brusca nevasca que quase matou nós dois. Bom não é de hoje que sou adepta ao perigo e forte emoções.

— Você gostava dele? — fez a mesma pergunta que eu.

— Quem não gostava — exalto rindo, pois Mark era a celebridade da escola — Eu era doida por ele, o dia que ele me chamou para sair quase soltei fogos de artificio.

— Espero que já tenha esquecido esse cara — se finge enciumado, passando o rosto no meu e já me arrepio por sentir sua barba por fazer. — Vamos, quero repetir, tudo que fizemos hoje na sua cama, no barco e no balcão da cozinha! — morde minha orelha.

— Por que em casa? — digo me levantando — Tudo que fazemos lá, podemos fazer aqui — ergo a sobrancelha e olho para os lados — O que acha?

— Não me provoca!!! — Fala, também se levanta e assovia para nossos cães que prontamente o atendem, logo em seguida caminhamos pela areia até chegar no carro. Antes de entrar pede para que eu dirija, mas não me permite girar a chave até dizer tudo que posso e não posso fazer.

— Cuidado, é meu bebê viu. — recomenda, parecendo aflito.

— Homens!!!

Durante o retorno, não fazemos o mesmo caminho devido ao acidente na ponte, o que nos obriga pegar um desvio, uma rota mais perigosa, abrangente de curvas e, isso faz Peeta ficar mais atento a mim, pois o trafego esta intenso devido ao contingente de carros e carretas que disputam a via.

Parada, no transito, meus pensamentos logo me levam a minha família, porque, pouco mais de um quilometro ou mais, passarei pela mesma curva do acidente com meus pais. E esse lugar sempre mexe comigo, não importa com quem e o que aconteça, eu sempre vacilo quando passo aqui. Por isso evito, mas vejo que hoje não terei outra escolha para chegar em casa.

— O que foi? — Peeta pergunta percebendo meu estado de medo, do pavor que esse lugar causa em mim.

— Nada — digo apertando os dedos no volante.

— Então, porque estamos parados, amor — olho para frente, o jipe que estava adiante, já está longe o suficiente que nem consigo ver suas luzes de freio. E os que estão atrás, buzinam impacientes. Me perdi em pensamentos.

— Desculpa — tento sorrir e engato a primeira marcha. Com cautela, dirijo vagarosamente e quando estamos próximo ao local, não consigo pensar, senão neles. É tão doido e doloroso, saber que um simples erro tirou tudo de mim.

Já na curva, faço um esforço para me concentrar, mas é inevitável não ter visões do acidente, de tudo que me lembro. De Prim sangrando, mamãe e papai em silencio... e eu sem conseguir me mexer. É muito para minha consciência e quando escuto o latido de Maia. Assustada e com o coração acelerado piso no freio bruscamente.

Peeta me olha sem entender e eu tiro minha mãos do volante.

— katniss, você está tremendo — ele diz — E gelada — segura minha mão. — O que foi? — pergunta aflito, preocupado com meu estado de nervos. Então, olho para meu colo, pensando em dizer que o filé não me caiu bem ou o vinho, estava novo demais. — Olha pra mim — segura meu rosto, me obrigando a olhar para ele, que passa o polegar nas lágrimas que teimaram em cair. — O que foi? — vejo ele ligando o pisca alerta — Diz pra mim o que foi, por favor?

— Eu... eu menti.

— Mentiu, sobre o que?

— Sobre meus pais, Peeta. Eu menti quando disse aquilo. Eles não estão viajando... — choro soluçando — Eles estão todos mortos, eu deveria ter morrido Peeta... eu deveria ter ido junto Peeta...eles estão todos mortos.


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