The five dreams escrita por Yasmin


Capítulo 15
Capítulo 15 - Inconscientemente


Notas iniciais do capítulo

Oiiii, meninas..Olha só quem está de volta? Pois, é. Eu mesma...
Como vocês estão?
Gente, devo uma explicação para aqueles que não souberam o real motivo do meu sumiço.
Bom, começo dizendo que sem nenhum intenção de PLAGIAR. Eu adaptei um clássico na minha conta - Espinhos da Paixão - Desde sempre informei que a historia nao era minha e tudo mais. E para minha surpresa, certo dia recebi um e-mail muito chato do Nyah, informando que descumpri as regras. E que somente excluir a his´tia não bastava. Eu ficaria bloqueda por muito, mas por muito tempo.kkkk
E meu desbloqueio so aconteceu ontem, ao meio dia...Uffa que alivio.
Diante do ocorrido, peço desculpa a todos que acompanhavam a história. Juro que não fiz por mal e apesar dos transtornos, nesse tempo pude começar um novo projeto que indicarei para vcs nas notas finais.
Enfim, minhas lindezas, segue o primeiro capítulo depois do meu retorno. Espero muito que gostem e se sentiram saudades, deixem seus comentários, o que achar necessário. Com isso, vcs farão eu voltar, rápido, rápido...
Leias as notas finais.... não esqueçam.. Bjs



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— Eu a conheço de algum lugar, Peeta. – Diz, Cato enquanto posiciono a vela do barco na direção favorável ao vento. Sem muito esforço, assim que consigo desço num pulo.

— Não, não conhece. – Respondo já com os pés no assoalho.

— Qual o sobrenome dela mesmo? – Ele pega uma das cadeiras no deque a abre e, se senta parecendo o patrão.

— Everdeen. – respondo fazendo força, enquanto desamarro uma das cordas do mastro, depois que o alinho. Limpo minhas mãos na flanela.

— Everdeen? – Pergunta curioso – E a família dela?

— Ainda não cheguei nessa parte, mas por que quer saber? – Terminei o que estava fazendo.

— Só sinto que a conheço.

— Não, você não a conhece. – Discordo – Você nunca teve nenhuma Everdeen nua em sua cama, então desencana. – Debaixo do sol escaldante começo a colocar dentro do barco, tudo que precisaremos para o passeio. Levaremos as meninas até uma ilha. – Você deveria me ajudar e, não ficar de conversa fiada enquanto faço todo serviço pesado. –  Falo pegando  à caixa térmica que ainda estava no doca, Cato  se levanta. Penso que vai me ajudar. Mas, me enganei, ele simplesmente a destampa e pega uma cerveja.

— É um folgado. –Rosno com ele.

— O que foi? – Ele ri e senta novamente – Sou seu convidado. Não quero dar trabalho, então pode continuar, comandante! – Bate continência e vira a lata num gole só.

Silencio.

— Eu não disse que lembro dela em volta dos meus  lençóis. Só tenho a leve impressão de ter visto o rosto dela em algum lugar. Ela é de onde mesmo?

Vejo que não desistir desse assunto.

— Nova York. – Respondo

— Quando ela veio para cá?

— Há alguns anos.

Ele fica em silencio, parece que tenta puxar pela memória o momento que viu minha namorada outra vez. E sinceramente, não sei porque insiste nisso. Katniss veio para cá bem depois de nossa partida. Não existe a possibilidade de se conhecerem. Não mesmo.

— Por que não para de conversa fiada e chama as garotas? – Digo depois que termino de carregar o barco. Cato é um exagerado, trouxe muita cerveja e nem assim se prontifica a ajudar. Continua, malandro folgado como sempre – Vai ou não vai? – Jogo um pouco de gelo na sua direção. Ele continua sentado. Insisto e ele bufa. Só após isso começa a agir. Levanta chegando até o deque e depois na conveniência onde Katniss e Madge compram água potável.

         Enquanto espero, me aproximo da doca, por ser final de semana a marina está completamente lotada. Há muitos barcos atracados um ao lado do outro. Jovens, adultos, universitários. Uns já enlouquecidos com o festival de verão. Tinha esquecido de como essa cidade que é pacata na maior parte do ano, fica agitada nessa com o verão.

— Oi demorei? – Escuto a voz de Katniss e o latido de nossos cães se aproximarem. Me viro.

— Achei que tivesse me trocado por algum turista. – Falo de sua demora. Ela se aproxima e envolve seus braços no meu pescoço.

         –Turista, por turista prefiro ficar com você. – Tiro meu boné que ela usava e coloco na minha cabeça. – A fila do caixa estava enorme. – justifica a demora.

— Não sou turista, sou nativo, que ver meu seguro social? –

Torce o seu fino nariz.

— Não, eu sei que é, mas não mora aqui. – Sei que isso a incomoda e não é de agora. E em uma das raras conversas que tivemos sobre o ex-namorado. Comentou que  foi por ele ir morar em outra cidade, que  ela decidiu terminar o namoro. Confesso que ainda não sei o que faço para driblar isso. A tão temida distância.

— Nós vamos dar um jeito nisso. – Lhe asseguro com um quê de certeza.

— Eu não estou te cobrando. – Diz ela. – Só constatando.

— Eu sei. – Digo sem querer aprofundar o assunto – Mas, mesmo assim, eu vou dar um jeito nisso.

— Como?

— Eu não sei. – A olho fixamente nos olhos – Só sei que a distância não será empecilho para vivermos nosso amor.

Ela me olha estarrecida e depois me beija até o pigarrear de Cato e Batata nos atrapalhar.

— É melhor irmos, não é? – Cato fala próximo a nós dois. – Depois, se vocês quiserem fazer um sexo ao ar livre é só avisar. Eu e a loirinha – diz baixo fazendo Katniss ruborizar – podemos ficar na suíte Master. – completou com um sorrisinho malandro. – O que acham?

— Sem comporte, Cato. – Ele riu e se afastou.  Vejo Katniss me olhando de forma compenetrada. – Que foi? – Pergunto.

— Você me lembra alguém.

— Quem?

— Minha irmã.

— Sério? – Pergunto curioso. É a primeira vez que ela fala de alguém de sua família. – Ela é irresistível, igual a mim?

Katniss revira os olhos e ajeita a gola de minha camiseta.

— Não falo disso, seu convencido. O que quero dizer é que você se parece muito com ela no quesito irmão mais novo “O ajuizado da família”.

— Quer dizer, que eu tenho uma cunhada e, ela é a moça comportada da família?

Ela hesita em responder.

— É... – Gagueja.. e quando parece que encontra as palavras certas. Escutamos o grito impaciente do meu irmão dizendo que precisamos ir. Digo a ela que terminamos essa conversa depois. Ela me beija e vai para o outro lado do barco ficando próxima a batata.

         Depois que estamos embarcados, ligo o motor, deixando o barco alcançar certa velocidade. Só o desligo quando a força do vento é suficiente para impulsionar a vela, fazendo o barco velejar. Espero, um tempo até o barco se estabilizar e chamo Cato para assumir o comando. Combinamos assim, dele assumir o comando na ida do nosso destino e eu na volta.

— Fazíamos isso sempre, lembra? – Diz meu irmão. Ele é maluco, mas as vezes tem uns momentos de lucidez.

— Eu ainda faço. – Continuo ajeitando algumas cordas que se soltaram.

— Não falo disso. – Ele me olha – Digo de quando, mamãe e Sabrina iam para o salão e nós e o papai, víamos velejar!!!

Numa repentina nostalgia passo a lembrar.

— Ou fazer canoagem, nas trilhas do rio. – Completo, rememorando essa fase de minha vida. Ainda não consigo acreditar que tudo aconteceu. Que Sabrina não está entre nós, que meu pai tem outra família e minha mãe irá morrer. Atualmente não nos parecemos em nada com a família unida e feliz que usavam suéteres iguais nas fotos dos cartões de natal. Confesso que ainda me sinto perdido com isso, com essa culpa que carrego dentro mim, um sentimento que me acompanha aonde quer que eu vá. Não vai sumir. Sei disso, pois as imagens daquela noite ainda rondam minhas os meus sonhos, raras vezes me sinto em paz.

—Você sabe que não tem culpa. - Cato diz me analisando. Ele sabe o que estou pensando. Apesar do sentimento de perda que assola minha família, nenhum deles jamais ousou em me acusar, dizer com todas as letras o quanto fui negligente, insano e egoísta. Tomado por impulso em salvar uma alguém que jamais tinha visto na vida. – Você fez o que qualquer um faria. – diz, ele abertamente pela primeira vez. – Eu, você, o papai e a mamãe temos que deixar isso no passado. Ela não está aqui. Não vai voltar. – Sua fala é séria, séria como jamais ouvi antes. Com a mão esquerda segura firme no meu ombro. – Você não tem culpa entendeu?

E antes que eu possa recusar sua absolvição, sinto mãos rodeando minha cintura.

— O que vocês estão fofocando, aí? – Katniss fala por cima do meu ombro. Me viro.

— Só estou ensinando meu irmão mais velho à velejar– Olho para ele de forma cumplice, pedindo que não toque mais no assunto. Cato logo entende, coloca os óculos escuros e se concentra  no mar.

— Certo – diz ela – Posso te roubar um pouquinho? – Faz sinal com os dedos. Digo que sim. E então caminhamos até a proa do barco onde Maia e Ruffus estão deitados, frente a frente para o outro. Com o olhar compenetrado.  Meu cão abana o rabo. E eu rio, conhecendo pela primeira vez um cão apaixonado.

Ao longe ainda consigo ouvir o barulho que vinha da praia. O Locutor ditava a pontuação das duplas que competiam no torneio de voleibol se misturando com o grito da torcida eufórica. Era verão e praia era tudo que tinha pra fazer aqui.

— Em que posso lhe ajudar? – Digo eu, com cuidado pressionando o corpo de Katniss no púlpito da proa. Ela usa apenas a parte de cima do biquíni e uma canga na cintura. Ela envolve seus braços em meu pescoço, enquanto sinto o vento forte bater contra meu rosto.

— Eu já disse que te amo, hoje?

         – Sim, mas pode dizer de novo – Então ela me abraça, sussurrando inúmeras vezes que me ama. Ouvir isso traz uma explosão de sentimentos dentro de mim. A beijo segurando entre os meus, seu lábio inferior. Depois devoro sua boca por completa. – Devíamos termos vindo a sós. – Digo arrependido por ter chamado os outros dois. Olho para trás e vejo  meu irmão ensinando-a Batata a  velejar. Katniss dá uma olhadela.

         – Por que? – Sua voz é inocente. Ergo as sobrancelhas. Agora ela entende.

— Eu posso te compensar depois, senhor Mellark.

— Vou cobrar.


Ela ri.


— Seu irmão disse que você construiu esse barco, é verdade? – Ela olhava em volta, admirando cada detalhe do veleiro.


— Ele é um exagerado. Eu só o restaurei.


— Mas, ficou ótimo.

Ficamos por ali de mãos dadas e depois nos sentamos na parte mais alta da proa. Ela senta no meio de minhas pernas, enquanto a envolvo em meus braços. Agora longe de qualquer barulho, apenas escutamos as ondas do mar.

Quando alcançamos a ilha mais próxima, sinto o barco lentamente parar e vi Cato e Madge jogando a ancora no mar.

— Pronto – disse ele, se aproximando – Agora posso beber. – Ele pegou uma cerveja e sentou-se ao lado de Batata. Piscou para mim e passou os braços em volta do pescoço dela. Katniss me olhou e eu lembrei da aposta.

— Está calor – Madge resmungou – Sai daqui, porque não senta ao lado da Maia? – Katniss  me olha com um sorriso vitorioso. Tive a leve impressão que elas combinaram algo.

— Você não está vendo? – Cato apontou a cerveja na direção de Maia – Ela já está comprometida, não tenho chance. Só sobrou você. – Batata o empurrou.

 – Tire o seu cavalinho da chuva. – disse, Madge se levantando. Katniss me olhou vitoriosa.


         – Está certo – Respondeu meu irmão.. – Vou mergulhar. Quer ir?

Madge negou, olhando para Katniss de forma zombeteira.  Entendi tudo. Inclinei meu corpo sobre ela.

— Trapaceira. – Sussurrei. Ela gargalhou – Você contou pra ela a aposta, não foi? – Sussurrei em seu ouvido. Apertei seu barriga.

— Eu não. – disse, ela sem me olhar nos olhos. Sorriu tentando me beijar. Segurou meu rosto com as mãos enquanto tentava inutilmente me engabelar, fomos interrompidos com o grito de Madge. Olhei de relance  e vi Cato totalmente nu. Tapei a visão de Katniss.

         – Você está maluco?


         – O que foi? – Perguntou rindo, enquanto eu via aquela visão desagradável. Madge estava estática. Maia como se soubesse o que passava tapou a visão com uma das patas.

 – Vaza daqui, Cato.

— Tem certeza, que não quer ir loirinha? – Ele me ignora. Estende a mão pra Madge, que parecia um pimentão.

Ela negou com a cabeça baixa. Eu tive que rir.

Então ouvimos o barulho de seu mergulho. Madge estava de boca aberta e eu envergonhado pelas duas.

— Posso...posso voltar a olhar? – Minha  namorada perguntou. Tirei sua mão da face.

— Pode – Agora ela me olha – Me desculpe, por isso. – Falo sem graça. Mesmo não tendo nada com isso.

— Ele é sempre assim? – Madge pergunta.

—  Não...eu acho que não. – concluo – Certa vez ele namorou com uma francesa, que o fez frequentar praias de nudismo e depois disso acho que ele ficou mal acostumado.

—  Eu não acredito que aceitei vir até aqui. – Ela resmungou. – Finjam que não existo, ok?. –  Madge estendeu a canga na proa, colocou os  óculos e se deitou.

— Você também tem costume de nadar pelado. – Katniss perguntou. Coloquei  as mechas que caiam no rosto dela atrás da orelha.

— Se estivéssemos sozinhos não veria problema algum. Mas, só se estivéssemos sozinhos - Ela sorriu e suspirou pensando o mesmo que eu estava pensando. Se levantou, tirando a saída. Acompanhei seus movimentos com o olhar. 

— Passa em mim? – deitou de bruços e entregou o vidro do protetor solar.

— Não me provoca – sussurrei no seu ouvido enquanto deslizava minhas mãos em cada parte do seu corpo.

— Eiii – Batata gritou – Eu estou aqui – Se levantou, vermelha.

—Você disse para frigimos que não estaria – Defendo eu.

— Não precisava ter levado tanto a sério.

— Não estávamos fazendo nada– Katniss comentou. – Você que está com a mente poluída.

— Há esquece! Só não fiquem se amassando na minha frente. – Diz olhando atentamente para o mar. Mas, especificamente na direção do meu irmão que dá braçadas contra as ondas.

— Onde ele está indo?

— Naquela parte da costa a água é morna, tem peixes coloridos. Um ótimo lugar para mergulhar.

— Hum – Ela sibila pensativa. Se levanta dizendo que irá até lá, e que é melhor do que ficar segurando vela, de dois casais. Aponta para os nossos cães. – Isso é um absurdo. – Troveja ela – Até Maia está namorando e eu não.

Finalmente sozinhos, comemoro por ter esse momento com ela. Não que eu queira elevar esse momento para outro nível. Tudo bem que eu adoraria. Todos que tive ao lado dela são únicos e ter ela assim ao meu lado é uma enorme tentação. Deixa meu cérebro sem ar.

Deito de barriga pra cima apoiando nos braços. Logo, sua mão desliza sobre meu tórax. Escuto o som de sua respiração. Somente, por saber que ela respira, isso já me enche de vida.

Ficamos deitados em um silencio tranquilo. Ela me olhando e eu olhando para o céu, observando um grupo de gaivotas voando enquanto uma onda vinha e fazia o barco balançar.

Desse modo tranquilo, tudo parecia novo, simples e ao mesmo tempo dando a sensação que ela e eu nos conhecemos a vida toda. Que de algum modo que não entendo, o passado definiu que no futuro seriamos um do outro.

E pela primeira vez desde o acidente, me vejo feliz por estar aqui. Por ter saído do carro naquela noite chuvosa quando avistei o automóvel daquela família capotar, tirar uma das garotas, tudo pegar fogo e, o caminhão de madeira descarrilhar. Fazendo as toras de madeira se chocar com o carro onde estava Sabrina e a uma arvore se imprensar. De repente, tudo, do nada se apagar.

Às vezes me pego curioso, querendo saber o paradeiro dessa garota, que hoje deve ser uma mulher. Saber se ela está feliz. Se ter trocado a vida da minha irmã pela dela, mesmo que inconscientemente, tenha valido a pena...Não tenha sido em vão.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? Gostaram? Deixem seus comentários dando boas vindas, ok? Assim volto bem rapidinho..
E como eu disse: Estou com um projeto novo - creio eu que vcs irão gostar.
segue o link: https://fanfiction.com.br/historia/699954/Amor_a_segunda_vista/
E quanto Amor à primeira vista será - atualizada impreterivelmente no domingo. Ok?
Beijos, espero ansiosamente ver vcs nos comentarios...



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