Londres - 1878.

Clary olhava para o portal a sua frente sem emoção alguma, Magnus havia conseguido abrir o portal, este parecia normal dessa vez, ao que tudo indicava o bruxo havia conseguido abrir o portal certo dessa vez.

A menina olhou para brilho azulado sem ter realmente vontade de atravessa-lo, já não importava mais onde estaria, Jace não voltaria, deu um suspiro tremulo ao olhar para o corpo do garoto que estava nos braços de Alec, graças aos feitiços de Magnus o corpo de Jace se encontrava em perfeito estado, o garoto parecia dormir. 

— Bem se alguém pretende se despedir o momento é esse. - Disse Magnus do futuro.

Isabelle olhou para o grupo do passado e deu um breve aceno atravessando o portal sem nem ao menos olhar para atras, a garota ainda sofria a morte do irmão e para ela aquela época era a culpada de tudo. 

— Bem acho que isso é um adeus. - Disse Simon sem jeito acenando para o grupo e atravessando o portal atras de Isabelle.

— Obrigada por tudo, vocês nos ajudaram bastante. - Disse Clary abraçando Charlotte. 

Henry deu um abraço afetuoso na ruiva, assim como Tessa do passado e Jem. Quando chegou a vez de Will este deu um abraço em Clary e lhe deu uma piscadela. 

— Espero que você supere tudo isso. - Disse o garoto com sinceridade. 

— Obrigada. Há e só pra constar, se estivesse vivo, Jace acabaria com você, ele nunca foi de dividir suas coisas. - Disse Clary com um sorriso nostálgico. 

Will retribuiu o sorriso ao compreender  sobre o que ela falava, algumas horas antes dele, Jem, Tessa, Clary, Alec e Jace partirem para Yorkshire, Will havia cumprido sua promessa de se vingar do loiro, havia esperado que este estivesse distraído em um conversa com Jem e havia pego Clary de surpresa beijando-a, para logo em seguida dar uma piscadela para a ruiva e um sorriso triunfante para o loiro que irado se pôs a correr atras dele, sendo parado por Alec, Clary, Simon e Isabelle. 

Jace foi segurado por eles, mas não se cansava de xingar Will e jurar arrancar cada centímetro de pele do corpo deste, por um momento Will ficara com medo que o loiro realmente fizesse isso, ele havia percebido que o ponto fraco de Jace era a ruiva, e não havia tido escrúpulos em usa-la para irrita-lo. Sorriu nostálgico ao lembrar do episódio, Jace realmente não negava o sangue que tinha, ciúme possessivo era coisa de Herondale com certeza.

Clary soltou uma pequena risada.

— Vocês se parecem muito, espero que seja feliz Will Herondale. 

Dizendo isso a garota foi para perto do portal esperar por Magnus, Alec e Tessa. 

Alec deu um rápido aceno ao grupo e ainda com o corpo de Jace nos braços foi para perto de Clary no limite do portal. 

Tessa do futuro abraçou um por um e a todos dizia o quanto estava com saudade. Quando chegou em Jem ela o abraçou forte e com lagrimas nos olhos disse ao garoto. 

— Sinto muito ter te feito esperar tanto. 

— Tessa, o importante é que nosso amor sobreviveu por mais de um século, não me importaria de te esperar eternamente, eu te amo. E sei que você me ama, assim como ama Will e sei que seu coração está quebrado por ele agora. - Disse apertando o abraço em volta da garota.

Tessa se desvencilhou dele e se aproximou de Will, seu coração estava quebrado, rever Will lhe trouxe muitas boas lembranças, mas também lhe trouxe a dor da perda, não queria deixa-lo de novo, não sabia como poderia fazer isso. Sem uma palavra se jogou nos braços do caçador soluçando. 

— Ou Tessa, não chore, não gosto de te ver chorar. - Disse suavemente enquanto afagava os cabelos da feiticeira.

— Will, eu te amo, como posso  deixa-lo para atras? 

— Tessa, você mesma disse que nós tivemos nossos momentos, agora é a vez de dar essa chance a Jem, sei que você também o ama e ele está lá, esperando por você. Eu te amo, nunca se esqueça disso. Sei que vou ser o homem mais feliz do mundo ao seu lado e agora quero que Jem também seja, ele merece e se a felicidade dele é ao seu lado, eu fico mais feliz ainda.- Disse o rapaz com lagrimas nos olhos.

Will segurou o rosto dela entre as mãos e aproximou seu rosto do dela, selando um beijo cheiro de amor, de tristeza e felicidade. Tristeza pois essa era a despedida, nunca mais se veriam, felicidade porque seus momentos juntos estavam apenas começando, afinal Tesa do passado estaria ali e a historia de ambos seria refeita. 

Se afastando relutante Tessa se aproximou de Alec e Clary, Magnus do passado deu um aceno ao grupo e virou para sua versão do passado. 

— Estou com esperança que você não vá estragar tudo e Magnus não há o que temer, Alec será o grande amor de sua vida, ele fará você perceber que todos os seus amores passado foram apenas ensaios para o dia em que vocês se encontrarem, sua imortalidade só fará sentido quando você o encontrar, pois agradecerá por ter vivido tanto e poder ter encontrado Alexander. - Disse o bruxo com uma piscada. 

O trio se virou atravessando o portal com um ultimo aceno. O grupo do passado ficou ainda algum tempo olhando o portal que aos poucos se fechava, Charlotte fungava abraçada ao marido, Jessamine olhava indiferente para o portal, Cecily e Gabriel conversavam sobre os caçadores do futuro, Gideon e Sophie trocavam olhares e Jem e Tessa olhavam sem expressão alguma o portal agora totalmente fechado. 

— Bem parece que agora finalmente acabou. - Disse Will com voz falsamente animada, porém Tessa podia ver que o garoto estava com os olhos vermelhos. 

— Sim, o que faremos agora? - Perguntou Henry. 

— Vocês eu não sei, mas eu vou atras de Mortmain, não me esqueci dele, ele tem que pagar por todo o mal que causou. - Disse Will com sua habitual firmeza. 

— É parece que ele está de volta. - Disse Tessa com um sorriso cumprisse para Jem.

                                               * * * 

Nova York - Dias atuais.

— Clary! - A ruiva foi agarrada por braços de ferro lhe apertando em um abraço.

— M-mãe eu preciso respirar. - Disse sufocando. 

— Oh! Desculpe, mas fiquei tão preocupada! - Disse Jocelyn com lagrimas nos olhos. 

Clary retribuiu o abraço e logo sentiu outro par de braços se juntar aos dela e de sua mãe, olhou para cima e viu que era Luke e que este tinha os olhos cheios de lagrimas. 

A garota ia dizer algo quando escutou um grito de desespero, fechou os olhos com força implorando a Deus para lhe dar forças, sabia que era Maryse, o maldito momento havia chegado, se afastou dos pais e olhou para onde veio o grito. 

Maryse estava ajoelhada no chão, chorando copiosamente, seus soluços sofridos era ouvido por todo o apartamento de Magnus. Robert estava em pé ao seu lado com a mão em seu ombro, Clary pode ver que o rosto do homem estava banhado em lagrimas. Alec estava em pé em frente ao casal, estava pálido e seus olhos estavam cheios de lagrimas. Isabelle estava um pouco mais afastada chorando nos braços de Simon. 

— Meu menino, não, não pode ser, ele era só uma criança. - Sussurrava Maryse entre soluços.

O quarto foi tomado pelo silêncio, os únicos sons que se ouviam eram os soluços de Maryse e o fungar de Isabelle e vez ou outra um suspiro contido de Robert. Ninguém sabia o que falar, o que dizer para uma mãe que acabava de perder seu segundo filho.

                                               * * * 

 Cinco meses haviam se passado desde a volta deles, todos concordaram em deixar a pequena aventura longe dos ouvidos da Clave. Jace tivera o sepultamento decente pelo qual Clary tanto lutou, seu corpo foi cremado com todas as honrarias que um caçador tem direito, suas cinzas foram levas para a Cidade do Silêncio e lá colocadas por Clary e Alec. 

A aventura causou sérios danos na história, mas nada que não pudesse se relevado, por exemplo, Jordan havia voltado a vida, para a surpresa Isabelle, Alec, Clary, Magnus e Simon, o pequeno Max também havia voltado, ao que tudo parecia graças a volta deles ao passado Sebastian nunca havia começado uma guerra, logo todos os que morreram estavam vivos. 

O mais impressionante era que apenas os que atravessaram o portal se lembravam de como a história realmente era, segundo Magnus, por estarem em uma linha de tempo diferente, a mudança não os havia afetado.

Agora Clary tinha que conviver com o fato de que seu pai Valentim nunca fora um psicopata que matou muitos submundanos em sua vida, que fora um herói, um dos melhores caçadores que já pisaram na terra e que havia dado sua vida protegendo os mundanos, sua mãe havia se casado com Luke após a morte de Valentim.

Mas o que mais incomodava Clary era olhar para seu irmão, sim Sebastian estava ali ao seu lado, o exemplo de irmão amoroso e o mais incrível era que não havia fingimento em seus olhos, Sebastian ali nunca fora tocado por sangue de demônio, logo Clary pode crescer com seu irmão, com o irmão que Sebastian teria sido se não fosse por Valentim.

Clary estava sentada a margem do lago Lyn observando as águas tranquilas, sua tristeza ainda era sua melhor amiga, era assim desde a morte de Jace, conforme os dias foram passando ela percebeu que os outros iam começando a superar a perda, Isabelle estava namorando sério com Simon, eles tinham até marcado a data do casamento, Robert havia mudado muito, estava dando prioridade a sua família, ele e Maryse pareciam ter se entendido. Maryse por outro lado ainda sofria a morte do filho, isso era visível a todos, a mulher havia perdido peso e a tristeza em seu olhar só era abrandada quando ela olhava para seus outros filhos.

Tessa havia ficado muito perturbada com seu encontro com Will, aos prantos ela havia contado a Jem que beijara o parabatai dele, mesmo estando em um namoro com ele, Jem não se mostrara perturbado, ele sabia que Tessa havia amado e muito Will, logo ele sabia que ela ficaria confusa e perdida com o reencontro. O garoto a abraçou compreensivo e havia lhe dito que isso não mudava o amor que sentia pior ela. Tessa também havia dito que o amava, o que era a verdade, ela nunca fora capaz de escolher um dos dois.

Todos pareciam seguir em frente, menos Clary, a garota soltou um suspiro cansado, ela queria continuar sua vida, queria seguir em frente e deixar Jace feliz, mas não conseguia, se sentia morta por dentro, chorou por dias no colo de sua mãe após ter retornado, chorou tanto que achava que não teria mais lagrimas, outro que também estava sofrendo para superar a morte do loiro era Alec, o garoto, assim como Clary não conseguia se livrar da depressão. 

Magnus havia tentado de tudo para tentar animar o namorado, mas a dor do garoto era forte demais, a perda muito recente, o bruxo havia ficado desesperado achando que poderia perder seu amado também. Mas num certo dia enquanto o casal estava ajudando na academia dos caçadores, encontraram um pequeno embrulho esquecido nas porta da academia, era uma criança feiticeira, um lindo garotinho azul, Magnus viu uma pequena chama de emoção se passar pelos olhos atualmente sem vida de Alec e sentiu algo que já tinha perdido a tempos, esperança. Esperança que talvez Alec se recuperasse no fim.

E o rapaz estava tentando, encontrar o pequeno Max, foi talvez o melhor remédio para a dor que sentia, o garotinho era como um balsamo para o coração tão machucado do caçador, agora Alec estava bem melhor, Magnus podia ver que aos poucos seus olhos ia adquirindo o brilho outra vez, a dor da perda estava lá ainda, mas já não era algo tão intenso quanto antes, a saudade do parabatai aumentava a cada dia, mas era algo que ele teria que conviver pelo resto de seus dias. 

Clary por outro lado já não tinha no que se apegar, nada parecia ser capaz de tirar a garota da depressão, não conseguia ver um futuro para si mesma, sempre se imaginou com Jace, agora não sabia o que fazer, como prosseguir sem ele. 

Ouviu o barulho de um galho se partindo e virou-se para atras para ver Sebastian se aproximando. No começo a presença dele lhe causava ódio e repulsa, mas com o tempo foi percebendo que esse Sebastian não era o mesmo que havia matado seu namorado, porém não tornava as coisas mais fáceis de aceitar.

 - Sabia que a encontraria aqui, sabe se Jace já não estivesse morto eu provavelmente o mataria por fazer minha irmãzinha sofrer tanto. - Disse o garoto se aproximando. 

Clary com certa surpresa sentiu seus olhos se enxerem de lagrimas, havia pensado que não tinha mais lagrimas, mas pelo jeito se enganara. 

— Não consigo viver sem ele, não posso continuar, não consigo. - Sussurrou a garota abraçando o próprio corpo. 

Sebastian se aproximou e a abraçou, Clary ficou tensa por um momento, mas logo sentiu o corpo relaxar e a presença reconfortante de seu irmão parecia fazer a dor se acalmar um pouco. 

— Você consegui sim, é a garota mais corajosa que conheço, afinal você é minha irmã, assim como também foi por essa coragem que Jace se apaixonou, não desista Clary, por favor. - Pediu o garoto. 

Nessa versão, Sebastian simplesmente a amava, Clary era sua irmã e seu amor por ela era incondicional. Tudo o que queria era ver a irmã sorrir outra vez. 

— Vou tentar Sebastian, juro que vou tentar. - Disse a garota num fio de voz. 

                                                                    * * * 

Estava fazendo um ano desde a morte de Jace, todos pareciam ter seguido em frente, até mesmo Clary parecia estar lidando um pouco melhor com o fato. Estavam todos na Cidade dos Ossos para prestar uma homenagem ao caçador, os Irmãos do Silêncio estavam fazendo sua cerimônia, mas Clary não prestava atenção, olhava para Alec e Magnus que trocavam sorrisos cúmplices enquanto olhavam o pequeno Max fazer suas estripulias. 

Quando os Irmãos finalmente terminaram, a família pode ir até ao túmulo que fora feito em homenagem a Jace, apesar de saber que suas cinzas não estavam ali, todos fizeram daquele pedaço de pedra um lugar onde encontrar Jace, sua espada Herondale fora enterrada ali, junto com o anel de sua família, já que Jace fora o ultimo Herondale e morrera sem deixar herdeiros. 

Clary viu Maryse passar a mão sobre a pedra fria e deixar algumas lagrimas caírem, Alec pareceu também ter ficado abalado, um a um todos ia saudar o lugar. 

Não aguentando mais ficar ali assistindo aquilo, Clary se afastou, andou sem realmente prestar atenção a nada, quando deu por si estava perdida em meio a uma clareira, ficou confusa, não se lembrava de ter uma ali, depois da morte de Jace a Cidade dos Ossos era o lugar que mais frequentava tentando achar um jeito de ficar mais próxima dele. Começou a olhar para os lados assustada. 

— Não se afobe Clarissa. 

Clary se virou assustada e deu de cara com Raziel.

— O que quer de mim? - Perguntou com os olhos arregalados. 

— Não tema, não desejo lhe fazer mal. Quero apenas conversar. 

— Não temos nada para conversar, já ficou tudo esclarecido da ultima vez! 

— Consegui uma confissão de Inturiel, realmente meu irmão errou, errou muito e não a muito que eu possa fazer para consertar. 

— Não, não há, Jace está morto e nada pode mudar isso. 

— Clarissa entendo sua magoa, meu irmão errou, mas entenda que tudo foi fruto do medo, não apenas os humanos sentem medo, não é porque somos celestiais que não sentimos. Inturiel perdeu a razão, passou por tanta coisa que simplesmente perdeu toda e qualquer razão. 

— Não venha me falar de Inturiel! - Gritou a menina. 

— Eu quero me redimir em nome de meu irmão, posso ver o quanto está sofrendo, eu venho observando vocês, todos estão seguindo Clarissa, menos você. 

— Eu tento. - Disse a garota num sussurro. 

— Eu sei e por isso tenho uma proposta para lhe fazer, quer que  eu te de novamente seu Jace? 

— Você disse que não podia traze-lo de volta, disse que já havia gasto esse recurso. - Disse desconfiada.

— E é verdade, por isso não vou traze-lo de volta, mas posso manda-la de volta para onde tudo começou, logo você decide se vai impedir que isso aconteça. 

— Como assim? 

— Vou voltar o tempo, Jace ainda estará vivo, vocês ainda não partiram para Londres, mas tenha em mente que se eu fizer isso, toda essa paz, tudo o que você está vendo agora, a vida que seus amigos vivem agora ira acabar, a história seguirá seu rumo certo, sua mãe terá perdido o filho, seu pai será o mal encarnado, Maryse ainda perderá um filho. Você é quem decide Clarissa. 

Clary pensou em Maryse e na felicidade dela com Max, pensou em Simon que havia ascendido a pouco tempo e que agora tinha seu casamento marcado com Isabelle, pensou em Alec e Magnus e na felicidade em que o casal estava com seu filho, no quanto sua mãe era feliz ao lado de Luke tendo seus dois filhos junto de si. 

Soltou um suspiro frustrado, era sempre assim, não dava para confiar em um anjo, eles sempre diziam que lhes dava opção de escolha, mas não era bem a verdade. 

Com lagrimas nos olhos Clary já ia dizer que não podia fazer isso, quando o sorriso de Jace lhe veio a mente, seus olhos dourados que pareciam queimar, sua aura poderosa, seu sarcasmo, sua voz quente. Eu te amo Clary, sempre vou te amar . . . Ouviu a voz de seu amado em sua cabeça. Olhou decidida para raziel e respondeu a pergunta do anjo. 

—Eu já tomei minha decisão.

                                                       * * * 

Clary abriu os olhos e percebeu que estava deitada na poltrona da biblioteca do instituto. 

— Clary? 

Arregalou os olhos ao ouvir aquela voz tão amada, virou-se rápido em direção a voz e então o viu, encostado no batente da porta, os cabelos loiros grudados a fronte por causa do suor, o rosto um pouco corado, os olhos dourados e brilhantes a encarando exitante. 

A garota não pode conter as lagrimas que lhe vieram aos olhos, um soluço escapou de sua garganta e ela correu para abraça-lo, precisava sentir seu corpo solido junto ao dela, precisava sentir que era real e não mais um sonho dela. 

— Ei desculpe, por favor não chore, não sabia que minha recusa iria te magoar tanto assim! Se você quer tanto ir a Londres, tudo bem nós vamos, mas pro favor não chore Clary, não suporto te ver chorando. 

— Não! - Gritou a menina assustando ao loiro. 

— O-o que? 

— Eu não quero mais ir a  Londres, quero ficar aqui, com você, podemos visitar Emma em outra ocasião. Tudo o que quero nessa momento é ficar com você.

Jace se surpreendeu com a saudade e dor que via nos expressivos olhos verdes. Sem se conter mais Clary aproximou seus lábios e o beijou. Um beijo que deixava claro toda a saudade, amor e desespero que sentia. 

— Eu te amo Jace e sempre vou escolher você, não importa o que possa acontecer! - Disse entre beijos. 

Não importava se o que diriam sobre ela se um dia descobrissem o que fizera, se sentia egoísta, mas também se sentia viva, todos precisavam de alguém para viver, ela precisava dele, isso nunca mudaria.

Jace a ergue nos braços e respondeu algo em seu ouvido, Eu te amo Clarissa. E a garota sorriu feliz, sorriu como não fazia a meses. Estava em casa finalmente, sua casa sempre seria os braços de Jace, seu Jace!