Cidade das Sombras escrita por Cris Herondale Cipriano


Capítulo 42
Herói.


Notas iniciais do capítulo

Olaaaaaaaaa
Queria dedicar esse capitulo a linda Seraphine Morgenstern Hathaway, pois foi dela o centésimo comentário da fic! Valeu linda!!!!
Ahhhhhhh vou deixar o link de uma musica aqui, sugiro leiam ouvindo-a.
Boa leitura!!!!!

https://www.youtube.com/watch?v=m0K3NGXC0Oo



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 E apesar de tudo
        E por tudo isso
       Quando você estiver cansando e tropeçar, eu carregarei você
     Quando as luzes das estrelas se apagarem, meu amor guiará você até o seu lar
    Você nunca estará sozinho
    Quando não existirem mais heróis . . .

                                                      Westlife _ No more heroes.

 

 Londres - 1878.

Will estava sentado nos destroços do que um dia fora a biblioteca do instituto, olhava para toda a bagunça daquele local com um olhar distante. O fogo havia consumido o instituto quase inteiro, o irônico foi que apenas o laboratório de Henry parecia ter ficado inteiro. 

Um vento frio fez seus cabelos se agitarem e o garoto se encolheu, olhar para os destroços lhe causavam melancolia, mas era melhor do que ficar com os outros, não suportava ver a tristeza nos olhos de Clary e Alec, sentia como se houvesse falhado de algum jeito. 

Continuou a andar e algo lhe chamou a atenção, abaixou-se  e quando conseguiu ver com exatidão o que era, percebeu que era uma das tão amadas bonecas de Jessamine, um sorriso amargurado surgiu em seu rosto, Jessamine provavelmente faria um escândalo quando visse. Ela já estava enlouquecendo a todos, Magnus estava a ponto de expulsa-la de sua casa. 

Após o episódio com Raziel, Magnus acolheu a todos na casa de Camille, com o instituto destruído os caçadores não tinham para onde ir, Idris estava fora de questão, teriam que dar explicações que nem eles mesmo tinham, então Charlotte havia enviado uma carta ao Consul dizendo que o instituto fora destruído por Mortmain, agora esperavam uma segunda ordem da Clave. 

Will ouviu passos atras de si e virou-se para ver quem era o recém chegado. Percebeu então que se tratava se Tessa, mas por ambas usarem roupas de época o garoto levou um tempo para descobrir qual das duas eram. Olhou nos olhos da garota e viu um olhar saudoso, cheio de sabedoria, sabedoria daqueles que viveram muito, então percebeu que era Tessa do futuro ali, parada a sua frente com roupas emprestada por Tesa do passado, as poucas que conseguiram salvar do incêndio. 

— Sabia que o encontraria aqui. - Disse ela suavemente. 

— Precisava esfriar a cabeça, não conseguia ficar lá, estava me sufocando. 

Will ficou surpreso com o que disse, não era acostumado a falar o que sentia com tanta facilidade, porém algo em Tessa sempre conseguia isso.

— Eu sei, eu te conheço e é por te conhecer que eu sei que está se culpando.

O rapaz abaixou os olhos para o chão e chutou uma pedrinha que estava próxima ao seu pé. 

— Sabe, acho que talvez eu pudesse ter feito mais, talvez eu pudesse ter salvado Jace, evitado tanta tragédia. - Disse com um suspiro cansado.

Tessa se aproximou dele e o abraçou, Will ficou surpreso por um momento, mas logo se recompôs e retribuiu o abraço. Fechou os olhos e ficou curtindo a sensação de ter Tessa em seus braços. Isso lhe fazia bem, o calor dela lhe passava conforto e segurança, lhe trazia esperança, esperança de que tudo daria certo no final. 

— Will, eu melhor do que ninguém sei tudo pelo que você passou, sei da suposta maldição, sei o quanto você já sofreu, mas entenda, agora é hora de recomeçar, de aprender a ser feliz, a vida não é amarga como você acha Will, nós é que decidimos se vamos querer que ela seja doce ou amarga. Você sempre pode escolher seu destino, não se deixe levar pela tristeza, pela depressão Will, você tem que entender que não está mais sozinho, nunca esteve na verdade. Você tem a mim, sempre vai ter, tem a Jem, ele te ama e sempre esteve ao seu lado, tem Charlotte que é como uma mãe pra você, tem Henry e até mesmo Jessamine e é claro agora tem Cecily. 

 A menção do nome da irmã Will se encolheu nos braços de Tessa. 

— Não queria ela por aqui, não quero essa vida pra ela, minha irmã merece ficar com a família, ficar com nossos pais, eles já sofreram muito com a morte de Ella e minha partida, não merecem perder outra filha. - Disse Will amargo.

— E você acha que ela vai deixar essa vida agora que provou um pouco do que é ser uma caçadora? Will, Cecily é mais parecida com você de que pensa, posso ver nos olhos dela a cede por aventura, por ação. Cecily é uma garota maravilhosa, destemida, amável, corajosa e tem um gênio terrível, ou seja, ela é uma versão sua feminina. - Disse com um sorriso nos lábios.

Will não pode deixar de retribuir o sorriso, sim Cecily era tudo isso que Tessa havia falado e mais, era sua irmãzinha, sua maior fraqueza e também fonte de um amor incondicional por parte dele. 

— Tessa, Jem ele . . . - Não conseguiu terminar a frase, ele nunca conseguia, nunca aceitaria perder o parabatai, sua vida era ligada a de James desde que se juntou aos caçadores, Jem, sua melhor metade, sua consciência, sua palavra amiga, a luz em meio a escuridão que sempre fora sua vida. 

— Sinto muito Will, mas Jem e você não serão mais parabatais, embora o amor de vocês não diminua com o tempo, pelo contrário ele só aumenta. 

Os olhos de Will se enxeram de lagrimas, então era verdade, seu parabatai lhe deixaria, ficaria sozinho, como sempre temera. Tessa vendo a batalha interna do rapaz o segura com as duas mãos pelo rosto e o força a encara-la.

— Will, olhe para mim, você confia em mim Will? 

Deu um sorriso de deleite ao ver o garoto assentir com a cabeça. 

— Com a minha vida. - Respondeu Will num sussurro.

— Então me ouça Willian, você vai viver, vai viver muito, você sofrerá a dor de perder seu parabatai, não para a morte, mas sim para o silêncio, James sempre vai estar em nossa vidas, nós o amamos demais e ele a nós, você não vai perder seu parabatai, apenas terá uma runa desbotada, mas não é isso que irá impedir duas pessoas que se amam tanto de conviver. Você vai viver Will, e vai ver seus filhos crescerem, vai ver seus netos nascerem, vai ter uma vida plena e feliz e Jem vai estar lá ao seu lado para compartilhar tudo com você, eu estarei lá também. Sempre vou estar, porque eu te amo Willian Herondale e o tempo não vai mudar e nem apagar isso. 

Will arregalou os olhos com as palavras de Tessa, sentia-se tonto, era muita informação para processar, uma felicidade sem tamanho tomava conta de sua alma, Jem viveria, seu parabatai não morreria. Tessa estaria com ele ao lado dele.

— Você vai estar comigo? Não vai me deixar? Nem Jem? 

Tessa deu um sorriso triste ao olhar para Will, ele parecia um garotinho que após ter sido muito machucado demorava a creditar no que as pessoas falavam. Will merecia ser feliz, depois de tudo ele merecia e ela ficava feliz em saber que faria parte da felicidade dele.

 - Nó nunca o deixaremos, alias eu já vou deixar claro, o nome do nosso primeiro filho se chamara James. 

Will arregalou os olhos mais uma vez. 

— C-como? 

— Will, Jace Herondale era meu tatatara-alguma-coisa neto. Eu não sou de dizer eu te amo atoa Will, você deveria me conhecer. 

— M-mas e Jem? Você é noiva dele! Não acredito que fiz uma coisa dessas com meu irmão, que tipo de pessoa desprezível eu sou? - Perguntou o garoto desesperado. 

Tessa lhe deu um sorriso triste e ao mesmo tempo feliz, triste por Jem e feliz pela vida que teria ao lado desse homem maravilhoso.

— Jem nos deu a benção dele. 

Will a olhava sem acreditar, era muita coisa para assimilar. Olharam se nos olhos e todo o amor que sentiam um pelo outro era visível, cinza contra azul, um amor incondicional, nos cinzas amor, saudade, felicidade. Nos azuis amor, culpa, solidão, gratidão, esperança e felicidade, um arrepio passou pelo corpo da garota, Will sempre teve o dom de hipnotiza-la, nunca fora capaz de resistir aqueles dois pedaços de céu que eram os olhos dele. Como  se um imã os puxassem os rostos foram se aproximando até que nada os separavam, seus lábios se encontraram num beijo tranquilo, doce, esperançoso, saudoso, aos poucos porém a ânsia foi aumentando, o desejo explodiu e seus lábios se uniam com desespero, o beijo se tornou fervoroso, quente e necessitado. 

Tessa passava as mãos pelos cabelos de Will com desespero, como se não acreditava que fosse real, após tanto tempo poder beija-lo de novo era algo que ela não conseguia acreditar. 

Quando a falta de ar se fez presente, ambos se separaram relutantes, mas permaneceram abraçados e ofegantes, Will afagava os cabelos dela e Tessa ainda tinha os olhos fechados. 

— Eu te amo Tessa, obrigado por não desistir de mim. 

A garota ouviu Will sussurrar em seu ouvido e uma lagrima solitaria de felicidade escorreu pelo rosto da jovem.

                                                        * * * 

— Clary? 

Clary se virou para atras e viu Alec se aproximando, ela estava sentada num dos bancos no jardim de Camille, nunca entenderá o por que de a vampira ter um jardim se esta não podia sair ao sol. 

Alec se sentou ao seu lado e ficou observando as flores, eram muitos tipos diferentes, o jardim era extremamente colorido, um perfume agradável pairava no ar. 

— Ele com certeza faria alguma piada sobre esse lindo jardim. - Disse o garoto com um sorriso triste e o olhar perdido. 

Clary soltou um suspiro e olhou para o garoto, Alec parecia mais pálido que o normal, seus olhos tinham manchas roxas indicando as noites mal dormidas, era visível que havia perdido peso também, o garoto estava péssimo. Clary soltou mais um suspiro, quatro dias haviam se passado desde o encontro com Raziel, após terem chegado a casa de Camille, tanto Clary, quanto Alec e os outros haviam dado razão ao luto, Isabelle estava sofrendo, mas na medida, a garota sabia que Jace não gostaria de vê-los nesse estado, Simon também era mais comedido e Magnus apesar de também sofrer a morte de um amigo, estava mais preocupado com Alec. 

De alguma maneira Clary se sentia mais ligada a Alec agora do que durante todo o tempo em que passaram juntos, agora eles tinham um elo que os uniam mais, eles partilhavam da mesmo dor, Clary sabia que cada um sofria a seu jeito pela morte de Jace, mas ela também sabia que apenas Alec podia sentir isso com a mesma intensidade que ela, ambos foram as pessoas mais próximas de Jace, as que mais o entendiam, as que mais se preocupavam, logo a dor deles era maior que a dos outros, o luto era mais intenso. De alguma forma um entendia o que o outro passava. 

— Sim ele faria e aposto que nela estaria presente Camille e o fato dela ser uma vampira. - Respondeu Clary com um sorriso apagado. 

— Lembra da história das bebidas de fadas e do efeito que ela poderia ter em um mundano ou caçador? - Perguntou Alec de repente. 

— Sim, Jace disse que numa hora a pessoa estava sentada conversando e na próxima ela está correndo pelada pelo parque com galhos na cabeça, mas ele jura que não foi ele. - Disse rindo nostálgica. 

— Bem, se não foi ele quem foi que eu consegui segurar depois de uma hora correndo atras por toda  acidade? - Perguntou Alec rindo. 

Clary abriu um sorriso, estava ficando mais fácil falar dele, a dor persistia, mas a saudade era mais forte, de alguma forma falar sobre ele aliviava um pouco, ela sentia que Alec achava o mesmo, pois sempre que estavam sozinhos falavam dele, os outros pareciam evitar tocar no nome de Jace, como se ao falar os dois pudessem se quebrar. 

— Você é a única pessoa com quem eu posso falar sobre ele, a única que entende a necessidade que é falar dele, a dor é grande não é mesmo Alec? Será que um dia vai passar? - Perguntou a garota com lagrimas nos olhos.

Alec soltou um suspiro angustiado, não tinha uma resposta para Clary, a dor em seu peito era forte e assim como Clary sentia a necessidade de falar do parabatai, de sanar um pouco a saudade e a dor que sentia.

— Eu não sei, mas estou torcendo para que ela se torne mais fácil de lidar com o passar do tempo. - Disse por fim.

— Sabe é incrível como Jace sempre se importava com as pessoas, mesmo não demonstrando, sempre se preocupava. - Disse Clary.

— Jace fez um bem enorme para o mundo, já salvou mais mundanos que qualquer caçador mais velhos de Idris, muitos vezes suportou cargos muito pesados, sem reclamar, sem querer jogar para cima dos outros. 

— Sabe, Jace foi um herói, embora ele mesmo não aceitasse se chamado assim. - Sorriu Clary ao se lembrar do quanto Jace detestava ser chamado de herói. 

— Sim, ele deixou seu legado, agora cabe a nós respeitarmos. - Disse Alec, enquanto ouvia Clary soltar um suspiro cansado.

Alec passou o braço ao redor de Clary num abraço fraternal e ambos ficaram ali por um tempo, dividindo a dor e tentando achar um jeito de supera-la. 

Perdidos dentro de seus próprios pensamentos, nenhum dos dois notou um certo bruxo olhando pela vidraça com um sorriso triste nos lábios. Infelizmente precisou de uma tragédia como essa para que esses dois se unissem de vez. Pensou o bruxo com tristeza.

                                                * * * 

Nova York - Dias atuais. 

— Acha que eles estão bem? Que estão vivos? - Perguntou Maryse desesperada. 

— Eu creio que sim, se algo houvesse acontecido com Tessa eu saberia. - Disse Jem tranquilamente. 

O rapaz parecia calmo, mas era apenas para não preocupar os pais desesperados que estavam a frente dele, Maryse, Robert, Jocelyn e Luke estavam com ele na casa de Magnus, Jem havia ficado ali para esperar por Tessa, ele sabia que ela voltaria, sabia que ela ficaria bem, porém já se passara quase um mês e nada deles voltarem, a fala de notícias o estava matando. 

— Mas já se passaram tanto tempo, o que será que aconteceu com eles? - Perguntou Jocelyn chorosa. 

— Sinto que logo eles estarão conosco outra vez. - Disse Jem.

— Que Deus te ouça James Carstairs. - Disse Jocelyn fitando a janela.

                                               * * * 

— Acho que sei como voltar para nossa época. - Disse Magnus de repente. 

Estavam todos sentados a grande mesa na sala de jantar de Camille, após a maravilhosa refeição feita pelo subjugado de Camille, todos estavam conversando banalidades, mas as palavras do bruxo chamou a atenção de todos. 

— Sério? - Gritou Isabelle.

A garota não cabia em si de felicidade, não aguentava mais aquela época, apesar de simpatizar com as pessoas, o lugar não lhe trazia nenhuma boa lembrança, perdera seu irmão ali e também não aguentava mais de saudades de seus pais. Agora que finalmente estava se dando bem outa vez com sua pai, não queria ficar longe e já haviam se passado muitos dias desde que chegaram ali. 

— Como você vai fazer isso Magnus? - Perguntou Simon. 

— Bem, digamos que venho pensando nisso desde que todos os problemas foram resolvidos. - Disse o bruxo dando de ombros.

— Mas Magnus para os trazer para cá Lilith precisou entrar em sua cabeça, como ela morta como pensa em abrir o portal? - Perguntou Will curioso. 

— Bem, digamos que eu me lembre mais ou menos de como foi, posso usar o mesmo padrão ao inverso, além disso e tenho algo que me liga tanto a esse mundo como a minha época. - Respondeu Magnus.

— Jem! - Sussurrou Tessa, entendendo onde o bruxo queria chegar.

— Como?! - Perguntaram todos os caçadores do passado juntos. 

Jem estava pasmo, como assim ele viveria tanto? E por que? 

— Como Jem pode ter vivido tanto? Ele é um humano! - Disse Jessamine.

— Houveram coisas que possibilitaram a James prolongar sua vida. - Respondeu vago e não deixando margem para perguntas desse tipo, era óbvio pela postura do feiticeiro que não responderia mais perguntas sobre isso. 

— Quando vai nos mandar de volta Magnus? - Perguntou Simon com os olhos brilhantes. 

Alec que estava apenas assistindo a conversa, olhou para a janela preocupado, não sabia como iria chegar lá com o corpo de Jace sem vida em seus braços e dizer a seus pais que eles haviam perdido o filho. Só de pensar já se sentia doente, sabia que sua mãe não suportaria, ela amava Jace, ela o criara, para ela Jace era um filho assim como o próprio Alec, Isabelle e Max, mesmo não tendo o sangue Lightwood, Jace sempre seria parte da família. 

— Amanhã, ainda preciso de mais hoje para recuperar por completo minhas energias e minha magica. 

Clary não estava nem um pouco ansiosa para voltar, claro que morria de saudades de sua mãe e de Luke, mas só em pensar em contar a Maryse que ela havia perdido mais um filho, sentia o chão se abrir sobre seus pés.

— Não acredito que finalmente vamos para casa! - Exclamou Isabelle feliz. 

— Nem eu. - Respondeu Tessa baixinho, a garota estava dividida, não queria voltar, não agora que havia visto Will outra vez, que sentiu o gosto de seus lábios outra vez, que matara a saudade dele. Mas também não queria ficar, Jem lhe esperava lá, seu Jem, o rapaz que amava e que esperara tanto por ela.  Tessa queria morrer, a muito tempo não se sentia tão dividia. 

— Sim manhã nós vamos voltar ao lugar ao qual pertencemos. - Disse Magnus sorridente e aliviado por aquela historia finalmente estar chegando ao fim.

 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!
Só lembrando que o próximo capitulo será o ultimo!!
Bjsss até o próximo!!!



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