O Rei do Mundo II escrita por Duda Valentine


Capítulo 5
O Beijo Roubado


Notas iniciais do capítulo

Perdão por ficar dois dias sem postar, mas como eu falei, eu estava atolada de trabalho da escola ( meu professor de história não quer nada com a hora do Brasil não.)
Dica: Leiam escutando Because of you da Lana del Rey.
BOA LEITURA! Espero que gostem.



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" A pior parte da vida de um vampiro é a recém-criação, é tudo novo, você descobre que tem que abandonar sua família, você tem que se adaptar a coisas anormais, e se você for forte, se adapta a sede.

" - Marcus, Marcus! - gritava Athenodora que estava à muitos metros de distancia, fui até ela na maior velocidade possível - Didyme precisa de você, Aro saiu e não permitiu que ela caçasse. - minha cunhada falou rápido e afobada.

" Corremos até o salão principal, mesmo à alguns metros de distancia eu conseguia ouvir os gritos de Didyme, quando chegamos encontramos Didyme ajoelhada ao lado dos destroços de tudo que um dia tinha sido uma sala.

" - Me ajuda! Eu estou com fome! Aro disse que eu tinha me manter controlada, mas eu não consigo!Ele não me deixa caçar! Dói, dói muito. - Didyme gritava e puxava os próprios cabelos, era uma cena de dar dó, mas mesmo assim não tiro a razão do Aro, o que ele estava fazendo com Didyme era um teste de resistência, todo vampiro precisa controlar sua sede para não ter futuros problemas.

" Me ajoelhei ao seu lado e pus minha mão em seu ombro com leveza e disse:

" - Resista. Pense positivo, ignore a dor, caso contrários saiba que alguém pagará com a vida pelo seu descontrole. - Eu no lugar dela me ignoraria, nem eu mesmo acreditava no que eu dizia, eu não ligava em matar para sobreviver, porque ela ligaria? Faz parte de nossa natureza, talvez fosse errado nos escondermos do que realmente somos, em uma tentativa de parecermos civilizados aos nossos próprios olhos. Ignorei os meus pensamentos negativos sobre quem eu era e foquei em passar a esperança necessária para que ela acreditasse que era capaz de superar. - Ninguém merece perder a vida por seu descontrole, não importa quem você for matar, essa pessoa sempre terá alguém para chorar por ela, assim como você chorou pelo Aro. - quando Didyme estivesse mais velha como vampira não teriam limitações com relação ao sangue, mas por enquanto ela precisava acreditar que caçar era errado, pelo menos seria uma motivação a mais na busca pelo autocontrole. - Me diga, quando foi a ultima vez que caçaste?

" - Faz duas noites que meus lábios não tocam o sangue. - ela levou seu dedo indicador até a boca e isso me deu mais vontade de beija-la, mas eu não poderia, por respeito ao Aro.

" Fiquei impressionado com a forma que ela resistiu a fome até agora, qualquer outro recém-criado sente vontade de se alimentar de hora em hora, eu nunca havia visto algo assim, em minha opinião acho que ela passou no teste do Aro, mas eu não poderia livra-la desse castigo, eu precisava que Aro ou Caius permitissem que eu a levasse para caçar.

" - Seu irmão chegará em breve e eu te levarei para caçar.

" - Me leve agora! - pediu de braços cruzados como uma criança birrenta.

" - Agora não, preciso pedir ao Aro primeiro. - falei, olhando-a com pena.

" - Vai me deixar morrendo de fome? Tenha piedade. Por favor - sua voz estava modificada pela cede, sua voz aguda estava ficando rouca e eu percebia o cansaço dela. Eu não poderia deixa-la daquele jeito até que o Aro chegasse, mas a opinião de um único líder não vale, mas eu poderia pedir a opinião de alguém que tem tanta influência quanto Caius, Aro e eu. Athenodora.

" - Athenodora, você acha que devo leva-la para caçar? - perguntei virando-me para trás e olhando para Athenodora que estava parada como as estátuas de querubins que estavam destruídas diante de nós.

" - Claro! Leve-a, quando Caius e Aro chegarem eu explico tudo. - essa foi a forma da Athenodora dizer: 'Não tem problema, eu jogo meu charme no Caius e está tudo resolvido.'

" Didyme e eu nos levantamos e fomos correndo de braços dados até a cidade, eu a deixei se alimentar de apenas quatro pessoas, Aro não iria gostar nem um pouco que eu forneci muito sangue à sua irmã, então eu resolvi controla-la.

" - É tão bom, eu me sinto mais viva, eu nunca me imaginei dependente de comida, mas o sangue é dão docinho e fino que não da para resitir. É tão bom vê-lo explodir para fora da veia... é tão bonito... - ela disse contemplando a lua cheia que nos olhava com pena e desprezo. Estávamos em uma viela qualquer da cidade, parados em frente aos corpos dos homens que ela matou.

" - Espere. Não se mexa. - falei e o seu corpo virou uma dessas estátuas que nos cercavam lá no castelo, levei meu dedo indicador até sua boca, onde levemente limpei um respingo de sangue que estava ali, e mais uma vez me contive para não beija-la. - Prontinho.

" - Obrigada. - sorriu tímida.

" - Agradeça de outra forma.

" - Como? - perguntou.

" - Assim. - falei a puxando para um beijo. Quando nossos lábios se tocaram, eu me lembrei de que eu não deveria beija-la, mas naquele momento eu não deveria me curvar à restrições, nada disso. Eu deveria apenas sentir o calor dos seus lábios frios, e suas mãos delicadas em meus cabelos, minhas mãos estavam ao redor de sua cintura, mas não estavam aí de propósito, foi algo involuntário, quando eu percebi que ela estava retribuindo o meu beijo. Fiquei surpreso por isso, eu já estava prevendo um tapa na cara... nem imaginei que ela se empolgaria tanto com meu beijo roubado.

" Quando separamos o nosso beijo, ela ficou me encarando por alguns segundos, eu não sabia se ela estava nervosa ou não, se tinha gostado... ou não. Vi que seus olhos começaram a brilhar, e eu já sabia o que ela diria ' Eu não deveria ter feito isso...' e eu já estava preparado para o que acontece-se

" - Eu nunca tinha beijado. - ela disse de cabeça baixa, mas depois seu olhar voltou-se para a lua - Seu beijo é tão bom quanto sangue... melhor. - sorri ao ouvir isso, eu também havia gostado, era algo que à algum tempo eu andava almejava e foi melhor do que eu esperava. Seus lábios eram tão doces quanto imagino que seja o gosto do chocolate. - Eu gostei. Seria demais pedir mais um beijo?

" - Nunca. - falei enquanto a puxava para mais outro beijo, dessa vez o beijo foi mais apaixonado do que o anterior, eu poderia sentir o fogo saindo por sua pele fria, seu beijo me levava a outra dimensão, era algo cósmico, algo capaz de me fazer esquecer toda a maldade no mundo, cada movimento se tornava mágico, cada carícia... quanto mais o beijo se prolongava, eu dava mais um passo me distanciando completamente da sanidade, minha mente estava se eletrocutando com pensamentos sujos que eu tentava reprimir.

" - Como você se sentiu? - ela perguntou com uma visível insegurança.

" - Como se meu coração voltasse a bater e minha veias voltassem a pulsar sangue. - sorri, ao me lembrar da sensação de segundos atrás. - Mas eu preciso voltar a realidade, - falei me aproximando e pegando suas mãos. - Aro não pode saber que isso aconteceu, ele me mataria se soubesse. Evite toca-lo, caso contrário ele saberá.

" - De agora em diante, isso é um segredo nosso.


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Notas finais do capítulo

Gostaram meus amores? espero que sim, mas esse Marcus é descarado né?
Comentem, porque quanto mais comentários mais capítulos. duda84santos@gmail.com



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