O Rei do Mundo II escrita por Duda Valentine


Capítulo 3
A Novata


Notas iniciais do capítulo

Oiiie, boa leitura.



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" Sem a estrondante risada do Aro o castelo se tornava sem vida e foi essa a impressão que tenho toda vez que ele viaja, é um sossego inquietante, era um... vazio. E não foi diferente de quando ele fez uma viajem de quase um mês até Esparta, era uma viajem que estava progamada para a transformação de sua irmã caçula, Didyme, eu deveria acompanha-lo nessa viajem, mas Aro e eu tiramos a breve conclusão de que deixar o Caius sozinho no comando não daria certo, considerando a vontade dele de adotar um leão, isso não daria certo. Então fiquei.

" Sem o Aro para perturbar, Lucrécia e eu tínhamos mais tempo para nos aproveitar, e naquele dia ensolarado eu imaginei que isso não seria diferente.

" Ela estava ali, parada em frente a porta do meu quarto, quando eu a beijei, a puxando pelos cabelos vermelhos como sangue e fogo, seus lábios frios pareciam não me querer mais, ela foi se afastando de mim, como se não quisesse o beijo, mas eu insisti, e ela insistiu em tentar se soltar do meu beijo.

" - Marcus agora não... eu não vim aqui a procura de sexo, eu vim porque Aro pediu para te chamar para ir até a sala principal. - sua voz era calma e ofegante, como quem procurava ar, mas eu sei que aquilo era apenas charminho jogado fora, pois o ar não seria necesário para ela.

" - Quando o Aro chegou? - perguntei intrigado, eu imaginei que ele fosse precisar de mais tempo para convencer Didyme a vir.

" - Agora pouco, venha. - ela disse pegando em minha mão e me guiando até a sala do trono, como uma criança ansiosa.

" A sala do trono continha todos da família, apenas o Aro estava perto dos tronos, Caius e Athenodora estavam humildemente no meio da guarda e eu resolvi me juntar a eles, todos os guardas me olharam por um segundo, e Lucrécia soltou um largo sorriso por ser vista de mãos dadas com um dos líderes do clã, ela parecia ter gostado de ver os olhares de todos sobre nós , e por um segundo me perguntei se ela se importava comigo ou com o poder que eu tinha no clã, ela me queria ou queria o meu Status?

" - Finalmente todos estão aqui. - Aro disse de forma teatral e soltando um sorriso cheio de duplo sentido por me ver com Lucrécia, ele já havia comentado que fazia muito gosto em ver um casamento entre Lucrécia e eu, mas eu sempre ignorei, eu não conseguia ver Lucrécia como minha esposa, eu a queria mais como amante mesmo. - Meus queridos amigos! Como a maioria deve saber, eu fiz uma breve viagem para Esparta, com interesse em aumentar a nossa família, então é com muito prazer que eu apresento minha querida irmã, Didyme. - e assim Aro apontou para uma figura com um vestido preto que eu nem havia percebido que estava atrás dele.

" Quando eu a olhei nos olhos eu senti que o fogo percorria pelo meu corpo, ela passava uma energia boa, o ar ficava leve de repente. Ela era bonita, tinha olhos grande e vermelhos assim como sua boca que eu não conseguia parar de olhar, seu rosto era redondo e ela tinha bochechas grandes, cabelos escuro como os do Aro e essa foi a única semelhança que eu encontrei entre os dois, apenas isso. Ela tinha uma beleza angelical, coisa que sua imortalidade havia ajudado, não que ela não fosse bonita quando humana.

" O Aro falava algo desinteressante sobre a importância de sermos gentis com os novatos, mas eu não ligava. Naquele momento eu me sentia incomodado por estar implorando mentalmente que Didyme olhasse para mim, Lucrécia me olhava com devoção, mas eu queria que Didyme me olhasse daquele jeito, não Lucrécia. Didyme ignorava meus pensamentos apelativos, e naquele momento me veio um pensamento estúpido e preocupante: E se ela estivesse lendo a minha mente e resolveu me ignorar, apenas pela libertinagem que eu imaginei fazer com ela? Marcus você é um idiota! Nem pensar sabe!

" E para ter certeza se ela tinha algum poder telepático ou não eu resolvi fazer algo infantil e ridículo : comecei a chama-la por pensamento só para ter certeza mesmo. Eu me lembro de ter dito algo como : 'Hey Didyme, está me ouvindo?' e então começei xinga-la em pensamento só para ver se ela tinha alguma reação, mas ela continuou parada atrás do Aro, sem expressão alguma no rosto além de um sorriso amarelo. E eu me senti bem por ela não ter ligação nenhuma com a minha mente.

" Lucrécia estava começando a perceber como eu olhava para Didyme, e eu via como ela se sentia largada e enciumada, e aos poucos eu a vi transformando seu ciumes em uma profunda raiva, mas eu não liguei, eu sabia que Lucrécia faria de tudo por mim e se eu pedisse desculpas tudo estaria resolvido. Ali na sala dos mestres Lucrecia não perderia o controle, mas eu sabia que ela ficaria irritada depois, e eu sabia que era uma questão de minutos para o vulcão entrar em erupção.

" Assim como Lucrécia se sentia incomodada por eu estar olhando para Didyme, eu também me senti incomodado por ver que outros homens a olhavam de forma indecente.

" Depois de um discurso enorme feito pelo Aro, fui para o meu quarto acompanhado de Lucrécia, que tinha uma imensa vontade de cuspir fogo em mim, mas ela não disse nada além de boa noite e foi para o seu quarto.

" Naquele dia eu resolvi falar com Didyme, eu sabia muito bem como era estar perdido e não conhecer ninguém, não queria que ela passasse pelo mesmo desconforto, eu havia jurado a mim mesmo que a novata seria bem recebida, e não sou de quebrar promessas. Ela estava só, em uma trágica situação de abandono, enquanto olhava Cápua com uma vista privilegiada.

" - Olá. - fui me aproximando dela devagar. - Gostando da vista?

" - Mais de sua companhia. - direta, gostei disso. - Primeira pessoa que puxa assunto comigo, todos passam por esse corredor e me ignoram, tem algo de errado?

" - Não que eu saiba. - sorri.

" - Qual seu nome? - perguntou, mas antes que eu falasse algo ela me interrompeu. - Deixe-me adivinhar, eu acho que seu nome é Gregório. Acertei?

" - Não... Gregório? - perguntei rindo - Eu tenho cara de Gregório? - ela assentiu - Ok, você errou feio. Me chamo Marcus.

" - Então você é o Marcus que o Aro falou? O melhor amigo dele? Nossa, é bom conhece-lo.

" - Igualmente.

" E Didyme e eu passamos a noite inteira sobre assuntos aleatórios, conversamos tanto que o dia deu o ar da graça sem percebermos.


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Notas finais do capítulo

Didyme na fic, ai que emoção. Disse uma grande pensadora brasileira, Ana Paula : OLHA ELA!!!!!
Comentem. duda84santos@gmail.com



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