Alchimia escrita por Sandro Morett


Capítulo 2
Quinze anos depois


Notas iniciais do capítulo

Olá, olá
Eu tentei me segurar pra postar o capítulo só amanhã, mas não consegui.
Espero que leiam e gostem. S2



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Quinze Anos Depois

A manhã chegou com uma confusão de luzes e sons despertando Marthir de seu sono. O sol passava pelas frestas no teto de madeira formando feixes de luz e poeira que ele seguia com os olhos; no canto do quarto estava o machado de lenhador onde a luz pousava sobre. Ele se levantou e abriu outro cômodo da simples casa de madeira e a bacia de água para lavar o rosto já estava cheia de água limpa esperando-o. Pairou sobre ela e viu seu reflexo: as feições marcadas pelo sol de um jovem trabalhador; seus cabelos castanhos compridos eram levemente mais claros no topo da cabeça; sob seu olho esquerdo uma pequena cicatriz em forma de estrela. Lavou o sono do rosto e ao voltar para o quarto vestiu roupas leves de algodão e calçou as luvas de couro para não calejar ainda mais as mãos.

Do lado de fora da casa viu que o dia não havia começado apenas para ele; mulheres batiam a poeira de tapetes mofados, homens robustos carregavam pastagem para seus animais e o ancião abria a janela no topo da torre do sino — uma torre de madeira pálida de quatro andares encimada por um sino de cobre de quase um metro e meio; uma corda de tranças de lã tingida de vermelho era usada para tocá-lo, mas agora apenas balançava com o vento.

Marthir era conhecido ali na Vila do Vale então acenou para algumas pessoas que ele considerava amigas. Enquanto andava para o lado de trás da casa onde ficava a carpintaria que um dia foi de seu pai uma mulher amargurada virou o rosto ao vê-lo passar, mas ele já havia se acostumado.

Encontrou a pilha de madeira do lado da carpintaria. O machado atado ao cinto era quase do comprimento de sua perna apesar de seus um metro e setenta de altura, e por mais que já tivesse pensado em cortar um pedaço do cabo não tinha coragem, pois aquele era o único legado que seu pai lhe deixara. Apertou os olhos e sacudiu a cabeça para deixar os pensamentos de lado e começou a trabalhar.

O sol em sua cabeça enchia sua visão de estrelas. O suor escorria pela sua nuca e escorria para dentro de suas roupas e o mau odor começava a exalar. As lascas de madeira cortada voavam em seu rosto, os nós de seus dedos doíam e sua boca secava e rachava à medida que o tempo ia passando, mas o peso do machado em suas mãos era bem vindo. Na realidade ele adorava tudo aquilo.

Ele ainda cortava lenha ativamente quando sua avó foi encontrá-lo suado e de machado em mãos. Trazia consigo um pão e uma caneca de leite para ele quebrar o jejum. Mesmo a senhora Nimr brigando com ele para ele não começar seus afazeres sem comer, Marthir nunca ouvia. Pegou o pão e agradeceu com uma mordida.

— Marthir meu neto, pelos deuses, mesmo que você não ligue para o dejejum, trabalhar de barriga vazia sob esse sol pode desmaiar até um touro. — ela franziu a testa enrugada e coçou a cabeça branca, transtornada.

— Eu sei, vó. — protestou o garoto sorrindo e tomou um gole do leite, formando um bigode de gordura e nata.

— Você sabe que eu não posso perder você também. Não me deixe preocupada. — ela continuou. Uma lágrima surgiu em seu olho quando Marthir a abraçou.

— Não se preocupe, dona Nimr. Eu não vou morrer.

O dia se estendeu com o sol lançando suas garras sobre a vila. Quando as toras de madeira bruta já haviam acabado ele passou para dentro da oficina. Em seu interior não havia nada além de ferramentas enferrujadas, toras e artesanatos dos mais diversos; fora mantida assim desde a morte de seu antigo dono. O garoto pegou um brinquedo feito pelo seu pai, sabia que nunca poderia superar um trabalho tão bom, mas ainda assim se pôs a tentar. Mesmo cansado e com insolação serrou tudo o que pode. Uma mulher da vila havia encomendado um brinquedo para seu filho pequeno há um tempo e ele se recusara a vender o brinquedo feito pelo seu pai; precisava fazer igual.

Enquanto lixava o que seria a cabeça de um cavalo de madeira Marthir se pegou pensando no dia em que se encontrava; era solstício de verão, ele sabia, como quinze outros, mas se ninguém iria falar nada para com ele sobre aquele dia, não valia de nada lembrá-los. Para a maioria dos moradores da vila o solstício de verão só trazia lembranças de sangue e morte.

Continuou seu trabalho no brinquedo. Com o corpo rustico já finalizado ele só precisava entalhar os detalhes. Pegou o que seria uma espátula e com a borda afiada raspou a madeira até dar forma. A cauda primeiro, com detalhes o bastante para se entender o que era; as patas e sob elas os cascos, lugar que ele se demorou pensando se valia a pena vestir com metal para dar um ar mais real; decidiu que não. A cabeça foi o mais trabalhoso, sem duvidas: olhos, orelhas e dentes, tudo precisava parecer o que realmente era, era assim que seu pai fazia, sua avó lhe dissera. Quando o brinquedo ficou pronto se sentiu satisfeito. Seu pai ficaria satisfeito.

Dentro de casa o almoço já estava pronto e esperando por ele sobre a mesa quando chegou. Sua avó na outra ponta da mesa com lágrimas nos olhos, do lado dela seus amigos. Mais velhos, ele pensou com amargura.

— Marthir, seu frangote! Ora, se hoje não é um grande dia. É quase um homem. — disse Lukas, um rapaz alto e magro como uma lança, ruivo na cabeça e nos tufos de pelo que saíam pela gola de sua camisa. — Achou que íamos esquecer?

Em seguida uma garota baixa de cabelos ondulados se aproximou. Seus cachos cor de areia e seus olhos verdes contrastavam com uma cicatriz de queimadura em forma de raio que tomava quase toda a face direita do rosto dela. Abraçou-o: — Quinze anos! Eu estava aprendendo a andar quando você nasceu. Olhe pra você agora! — seu nome era Leya e aquele comentário não ajudou Marthir em nada.

— Obrigado por se lembrarem. — o aniversariante enxugou uma lágrima traiçoeira e viu de relance um quarto vulto.

— Nós nunca nos esquecemos. — a quarta figura surgiu pelo corredor. Era a mulher que havia virado o rosto ao vê-lo mais cedo naquele dia; a mulher que na verdade era mãe de sua amiga Leya.

O clima na casa caiu, alcançando a autoestima de Marthir no chão. Leya olhou-o pesarosa, como se pedisse desculpas por sua mãe. Eu que devia me desculpar, Marthir suspirou. Não podia esperar que alguém o defendesse, ele sabia que teria sido melhor se ele tivesse morrido como os outros. A mãe de Leya fitou-o como se o julgasse. Marthir sabe que ela não falou mais em respeito a sua avó.

Respirando fundo o garoto sorriu.

— A comida vai esfriar, sentem-se. Aposto que minha avó se superou dessa vez.

— Eu a ajudei. — falou Leya se sentando ao seu lado. — Temos pato com batatas e sopa de legumes.

— E cerveja. — Lukas falou em seguida pegando um barril que estava escondido embaixo da mesa.

De canecas e pratos sempre cheios eles comiam e bebiam. Dona Nimr se certificava de que os pratos não esvaziassem e a mãe de Leya observava tudo encostada na parede, de cara fechada. Os três jovens conversavam e riam, se esquecendo dos problemas que aquele dia trazia. Marthir surpreendentemente estava alegre agora, parte por seus amigos e parte pela cerveja.

A tarde se estendeu e Leya foi a primeira a ir, pressionada por sua mãe. Marthir e Lukas saíram pela porta da casa meio cambaleantes um pouco mais tarde para cumprir uma tradição da dupla nos dias de solstício; subir a colina em que os túmulos dos mortos de quinze anos atrás se encontrava.

No topo da colina os dois se sentaram. As lápides eram ao todo dez na encosta oposta, algumas eram simples rochas pequenas para bebês que sequer ganharam nome e tiveram sua vida ceifada; bebês que como Marthir nasceram na Noite Vermelha. O restante das lápides era de homens e mulheres que tentaram se entrepor à fúria das bruxas; seu pai fora um deles.

— Não entendo por que a sua tristeza. Você sobreviveu! — Lukas quebrou o silêncio. — Em todo o império bebês se tornaram vítimas, mas você sobreviveu e completou quinze anos. Poucos devem ter tido esta sorte.

— O filho do rei sobreviveu. — Marthir falou subitamente. — E ele não precisou perder o pai pra isso. Muitos outros sobreviveram também, o império é grande.

— Seu pai foi um herói. Nada aqui é culpa sua. Se você tivesse morrido ou não, se você sequer tivesse nascido, haveria outros bebês para culpar.

— Mas eu dei o azar de sobreviver.

O silêncio tomou conta da colina novamente. O vento soprando a grama verde-amarelada e as copas das raras árvores balançando. Lentamente o sol se punha enquanto os minutos passavam.

— Eu nunca entendi o que aconteceu. — disse Marthir deitando-se na grama. — Minha avó me conta histórias de como o império combatia as bruxas. Sobre os Cavaleiros e sua alquimia. Os comerciantes e viajantes que andavam pelas estradas do império. Hoje não se vê nada disso; o rei está escondido atrás de muralhas, assim como os outros senhores e seus exércitos; ninguém ousa viajar porque as bruxas dominam as estradas e o comercio está estagnado porque os comerciantes viajam apenas no verão.

— Alguma coisa aconteceu quinze anos atrás que amedrontou até mesmo o rei. — Lukas concordou. — Vamos só esperar e torcer para que um Mago surja e nos salve.

Marthir sorriu: — Magos são lendas — e fechou os olhos para descansar.

“A vila estava em chamas, corpos estavam espalhados no chão. A torre do sino não produzia som nenhum, pois havia ruído e o Ancião Bouden jazia imóvel entre os destroços. Dona Nimr estava entre os mortos também e seu corpo acabara de ser amontoado junto dos corpos de seus amigos. Em meio às chamas uma figura vestida de preto gargalhava: uma velha quase careca e de rosto marcado pela varíola; na sua mão um cajado em forma de serpente.

Batendo com o cajado no chão e entoando um cântico ululante a velha fez o chão rachar e mãos saíram da terra, tateando a procura de vingança. A atmosfera enfumaçada fedia a podridão.

O medo tomava conta quando uma mão apodrecida agarrou seu pé, içando para cima o corpo que mais era ossos do que carne. Gemia.

— Você é fraco. Não consegue se defender. Eu morri por sua causa. — o esqueleto saía da terra rastejando. Com espasmos se colocou de pé com um machado em sua mão. — Eu queria que você não tivesse sido gerado. É tudo culpa sua!, quando sua mãe morreu a te dar a luz. Tudo culpa sua!, que eu tenha morrido aquela noite. Tudo culpa sua!, que todos aqui irão morrer. Você não merece ser chamado de filho!

O machado do esqueleto de seu pai trovejou contra sua cabeça. O cântico ululante da mulher; o cheiro de podridão no ar; o sangue escorrendo de sua cabeça; tudo se apagou”.

O garoto abriu os olhos repentinamente encarando o céu estrelado, seu cérebro badalando. Suas costas coçavam por causa da grama e a baba seca esbranquiçava os seus lábios. Lukas estava em pé à sua esquerda olhando em direção à vila a quase quinhentos metros de distância. Ele se levantou atordoado e se colocou de pé ao lado do ruivo enquanto um som fazia sua cabeça ameaçar explodir.

— Estão tocando o sino na vila. — disse Lukas com terror nos olhos. O sino só era tocado sob ameaça de ataque.

— Bruxas? O que elas fariam tão longe das florestas? — pois Vila do Vale ficava na planície quase infinita do Vale de Uru'Insur.

Lukas não respondeu, apenas olhou para Marthir com um olhar aterrorizado e correu em direção à vila. Marthir o seguiu. A descida inclinada dava um impulso bem vindo naquela hora e os garotos ganhavam velocidade, se forçando a não cair. À medida que a vila se aproximava o terror ia aumentando; pôde-se ver fogo em uma das casas. Marthir agradeceu ao sentir o machado atado ao cinto, ficaria mais seguro armado.

A vila se encontrava agora a poucos metros e os dois jovens se esconderam atrás de um monte de feno. Já era possível ver outras pessoas escondidas enquanto uma mulher de armadura de placas esmaltadas em vermelho gritava no meio da vila, perto do local em que os cavalos bebiam. Na sua mão uma fina espada negra que na ponta se curvava.

Ainda escondidos os dois se aproximaram mais, ficando atrás de uma casa. Agora já a poucos metros puderam ver o sangue quase negro escorrer por um braço imóvel da bruxa, até mesmo uma de suas longas e pontudas orelhas fora cortada ao meio. Ela parecia estar furiosa.

De repente mais sons foram ouvidos. O trotar de cavalos foi ficando mais alto até parar. Oito homens armados e protegidos apareceram pela entrada da vila, ficando parados há alguns metros da bruxa, todos montados em cavalos temperamentais. O que os comandava era sem duvidas o mais incrível: um homem alto com uma armadura de placas completa, toda pintada em azul-marinho, seu elmo adquiriu a forma de um leão rugindo assim que ele abriu a viseira.

— Leandra, se renda como uma boa criatura consciente e nós lhe trataremos como tal. Não aja como um animal.

Sua voz era forte e imponente mesmo em tom de zombaria. A bruxa não pareceu ouvir.

— Dae, Hors'o'pah! — ela gritou na língua antiga; uma língua da época em que o vale foi nomeado. A espada curvada que ela empunhava emitiu um brilho em sua ponta aguçada e uma rajada de luz esverdeada foi lançada na direção do Cavaleiro e seus soldados, mas os cavalos desviaram sem dificuldade.

— Avançar! — o líder gritou. Os sete soldados cavalgaram para a mulher.

A bruxa ainda não parecia ter desistido. Enquanto os soldados avançavam ela apontou sua espada na direção de uma casa, a visão de Marthir foi bloqueada e os gritos não permitiram que ele ouvisse as palavras ditas pela bruxa, mas correu a tempo de ver um tentáculo espectral arrastar Leya para perto da mulher. Os soldados pararam ao ver a espada pressionada contra o pescoço da garota.

— Sempre jogando sujo, não é, bruxa? — o comandante dos soldados gritou. — Há um mês lhe persigo e agora que está prestes a morrer ainda acha um jeito de trapacear.

— Afaste-se, Cavaleiro, ou eu mato a garota e queimo esse lixo de vila! — a bruxa gritou de volta.

Ouvir tudo aquilo e não poder fazer nada estava deixando Marthir louco, ele precisava agir. O barril atrás da casa em que ele estava escondido fez uma boa escora para ele subir e conforme ia escalando mais ficava fora do campo de visão da bruxa. Lukas não teve coragem de segui-lo.

Na rua os soldados continuavam rodeando a bruxa como cães famintos. O Cavaleiro olhou para cima e viu Marthir no teto da casa com o machado em punho e quis adverti-lo, mas a posição que ele se encontrava às costas da bruxa era totalmente favorável, então o cavaleiro também se pôs a andar rumo à bruxa, fazendo-a recuar ainda mais.

— Leandra, a Conjuradora. Leandra, a assassina. Leandra, a morta. — provocou-a. O Cavaleiro se aproximava cada vez mais, sua voz não se tornando mais do que um sussurro.

No momento em que a bruxa estava prestes a matar Leya e atacar, Marthir se jogou do teto caindo sobre ela; o machado que estava a postos cravou-se profundamente na região da clavícula da bruxa, atravessando placas, carne e osso. O segundo seguinte foi de apreensão: Marthir sentia uma dor violenta no pé, o que impossibilitava ele de se afastar da bruxa; Leya tentava a todo custo arrastar o amigo para longe, mas ele era maior e mais pesado; quando Leandra se preparava para matar os dois um barulho de vidro se quebrando foi ouvido e se seguiu de uma intensa chama verde que lentamente consumiu a cruel mulher. À esquerda deles, a apenas alguns metros, o Cavaleiro guardava uma bolsa de couro e colocava o cavalo em marcha até eles.

— Você fez bem, rapaz. Qual o seu nome? — perguntou com uma mão estendida.

— Sou Marthir, senhor. — o garoto caído respondeu segurando a mão do Cavaleiro, colocando-se de pé e se equilibrando com o pé bom.

— Marthir? — estudou-o. — Eu e minha companhia precisamos de um lugar para descansar antes de partir e eu gostaria de discutir com você a recompensa.

— Eu creio que o senhor possa falar com o Ancião Bouden sobre sua estadia, nós não temos uma estalagem aqui. — nesse momento Lukas e Leya já estavam ao lado de Marthir para auxiliá-lo na locomoção. — Recompensa, senhor?

Os três jovens lentamente caminhavam e o Cavaleiro estava desmontando. Entregou as rédeas de seu cavalo marrom para um dos soldados e voltou a acompanhar Marthir.

— Havia uma recompensa pela cabeça de Leandra. O Senhor de Passolargo iria recompensar com mil moedas de ouro quem matasse a bruxa.

— Ela deve ter feito uma coisa horrível pra ser caçada por um Cavaleiro e por valer tanto.

— Matou a filha do Senhor, algo assim.

A avó de Marthir chegou correndo o máximo que suas pequenas pernas enrugadas podiam. Ela havia desmaiado quando Marthir caiu do telhado e acabara de acordar.

— Marthir, pelos deuses, eu fiquei tão preocupada, tive tanto medo de perdê-lo. — a pobre senhora chorava enquanto o abraçava.

— A senhora tem um filho muito corajoso.

— Ele é meu neto! — dona Nimr bradou — Desde a Noite Vermelha que nós vivemos com medo, mas as bruxas pareciam ter nos esquecido até você trazê-las para nossa porta. — chorou. — Marthir, eu achei que dessa vez fosse perdê-lo. Achei que dessa vez elas o levariam.

O Cavaleiro olhou todo aquele drama quando subitamente foi acometido pelo entendimento. Tirou lentamente o elmo em forma de leão e seus longos cabelos negro-azulados escorreram lisos até seus ombros, seus olhos cor de mel faiscaram.

— Que feio da minha parte, jovem Marthir, eu não me apresentei. — o homem estendeu sua mão envolta em metal novamente. — Me chamo Tetragon, sou um dos Doze Cavaleiros do Rei. Poderia, por obséquio, me dizer sua idade? Algo dentro de mim diz que esse encontro não foi por acaso.


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Notas finais do capítulo

E aí, bravos cavaleiros e cavaleiras (?) que chegaram até aqui.
Este é o primeiro capítulo oficial de Achimia e espero que vocês gostem.
Dúvidas? Deixa um review.
Críticas? Deixa um review!!!!
Espero vê-los nos comentários leitores e possíveis leitores. Estou me esforçando.

~#~

Glossário da lingua antiga:

Dae, Hors'o'pah! = Morra, Cavaleiro!
Uru'Insur = Verde-grama