O Justiceiro de Bela Vértice escrita por Farrel Kautely


Capítulo 2
Capítulo 01 - Bem Vindo a Bela Vértice, Taylor Hudsom




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“Esta cidade está um verdadeiro inferno” Taylor pensou, entrando em sua nova sala com uma caixa com seus pertences dentro. Ali estava o que achava necessário para enfeitar seu novo local de trabalho: bonequinhos de detetive com lupa e cachimbo, um livro da constituição federal de capa dura, uma bíblia, um pedaço de madeira com as palavras “Investigador Taylor Hudsom” e um porta-retrato com uma foto de sua irmã, Adriely, além de vários outros objetos.

A mesa vazia certamente era a sua. Colocou suas coisas ali e guardou parte delas nas gavetas da mesa. Estava procurando o melhor lugar para colocar seu toco entalhado quando uma mulher o chamou da porta:

– Taylor Hudsom?

– Sim – ele respondeu.

– Que bom que o senhor chegou. Meu nome é Thais, secretária Junior de segurança da cidade – ela disse, entrando e estendendo-lhe a mão para cumprimentá-lo. Era uma mulher alta e muito bonita.

– Prazer em conhecê-la. Desculpe-me a ignorância mas, o que uma secretária Junior de segurança faz?

– Trabalho mais como assessora para o Secretário de Segurança da cidade. Atuo principalmente aqui na CPIBV. É uma cidade grande, senhor Taylor, como você já deve saber. Assim como várias secretarias da cidade, o secretário principal divide a cidade em cinco áreas, e cada área tem seu secretário junior. Como esta é a maior área e ele trabalha aqui, minha tarefa é mais voltada à assessoria.

– Bom saber. Tenho muito com o que me acostumar nessa cidade – Taylor disse.

– Suponho que sim. Desculpe-me, sei que você acaba de chegar, mas vim lhe chamar para a reunião que está acontecendo agora na sala de conferências policiais no quarto andar. São assuntos de extrema importância, o que será bom para que você se situe na nossa atual crise de segurança e, de quebra, ainda conheça seu parceiro – ela disse, fazendo um gesto para a outa mesa da sala, que estava extremamente desorganizada.

– Como faço para chegar lá?

– Venha comigo, vou acompanhá-lo.

Saíram da sala e ele trancou o lugar com a chave que haviam lhe dado. Seguiu-a até o elevador e disse quando entraram:

– Esse tal justiceiro está mesmo fazendo a cidade se movimentar.

– Não apenas se movimentar, mas enlouquecer. Li seus arquivos e você parece bem inteligente para sua idade. Trinta e dois anos e com título de doutor.

– Trinta e três. Não sou tão jovem para o título – ele disse, modesto.

– Seus casos na cidade em que morava foram pequenos, detetive. Receio que sua experiência não o ajude muito neste momento de agitação. Mas ainda assim, é bom ter gente nova com potencial. Este é o andar.

Saíram do elevador e andaram por um corredor até a tal sala de conferências policiais. Ela disse a ele para sentar-se em algum lugar e esperar, pois já iria começar; e foi-se, antes que ele pudesse lhe pedir para indicar quem seria seu parceiro.

Minutos depois, ela surgiu no pequeno palco ao lado de um homem de terno branco, que provavelmente era o secretário de segurança.

– Senhores, sentem-se todos – o homem disse. – Como devem saber, apelei para o prefeito por um mandato que nos permitisse ter acesso a todas as residências da cidade para que encontrássemos o esconderijo do justiceiro e libertar os desaparecidos que ainda não foram encontrados mortos, mas que com certeza, baseando no que vimos nos últimos meses, estão sendo torturados. Apelei com o prefeito, mas o pedido nos foi negado, pois a população movimentou-se e protestou contra essa medida em frente à prefeitura.

– E com razão – falou bem alto um homem que havia se sentado no pequeno palco ao lado de Thais. – Não podemos tirar da população seu direito de liberdade. Como espera invadir suas casas e violar sua privacidade por não terem competência de parar este justiceiro?

– Esses, senhores, para quem não sabe, é o excelentíssimo zé ninguém que tem um curso de assistência social e se acha o líder dos direitos humanos – disse o secretário, num tom bem irônico.

O homem levantou-se irritado e começou ali uma discussão exaltada. Thais e outras pessoas interviram até os ânimos ficarem calmos. O secretário de segurança continuou dando detalhes das atitudes que pretendia tomar para lidar com o problema. Depois pediu para que todos os investigadores se esforçassem para obter respostas sobre o justiceiro sem deixar de lidar com outras investigações. Terminou sua fala e dispensou os presentes.

– Você não pode liberá-los antes que eu fale com eles – o sujeito dos direitos humanos protestou.

– Boa sorte em chamar a atenção deles – o secretário disse, descendo do palco. Boa parte dos presentes já havia saído, e os que ali estavam não pareciam interessados em escutar o homem.

Taylor não viu alternativa se não sair também. Voltou para sua sala e encontrou ali um homem extremamente irritado, vestido de maneira extravagante (usando um sobretudo social bege por cima do que parecia ser um terno preto).

– Que tipo de idiota me deixaria trancado do lado de fora da minha própria sala?

Foi ali que Taylor conheceu Wallace Hentz, seu novo parceiro.


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Notas finais do capítulo

Olá!
Espero que goste e acompanhe a história.
Caso tenha alguma dúvida, sugestão ou correção (pois posso ter deixado passar algo na revisão), eu adoraria conversar com você.
E-mail: kauty.s@gmail.com
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Site: www.mundokauteriano.com.br



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