Deadline Circus: The Second Act escrita por Arya


Capítulo 12
Nós somos Monstros


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura.



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Sábado, quatro e vinte e seis da tarde.
Inazuma, Japão.

GRACE

Grace se sentou na cadeira a frente de Violetta. Amarrou o pequeno cabelo roxo em um coque mal feito e sorriu a mulher em sua frente.

Violetta Morozova é a mulher que mais inspira Grace além de sua mãe. Sua irmã gêmea morreu quando tinha quatro anos, fazendo-a ser a única garota de seus irmãos. Ela é forte e inteligente, ninguém teme a desrespeitar e não tem sequer pessoa de boa mentalidade que a odeie.

O fato dela se tornar líder mostrou que ela não era apenas conhecida como a melhor caçadora por conta do nome de seu marido, e sim por ela ser digna de uma bela caçadora. Era normal o sucessor do líder da DLC ser o filho ou o neto, e não a mulher do líder, já que a sua maioria não é exatamente uma caçadora. Caso pensasse, se ela não tivesse aceitado, provavelmente seria Dimitri nesse local.

E Dimi não gosta de ser líder do Tramp por achar eles muito “bipolares”, imagine da DLC? Ela imagina quem irá ser o sucessor de Violetta entre os Morozov.

Antes todos ficavam com medo do sucessor de Ygor ser muito comparado a ele, agora deve ser o pesadelo quem for comparado a Violetta.

A mulher deu um sorriso a ela após finalmente se sentar e sorriu.

— Soube que está noiva do meu sobrinho, Yerik. — disse Violetta e Grace afirmou, sorrindo. — E eu fico muito feliz por isso, Desgrace.

Grace riu com o apelido que todos a chamavam. A mulher bebeu um gole de café em sua caneca escrita “Melhor mãe do mundo”. Grace se lembra de que foi Pavel que a deu aquela caneca, tano que foi até ela que o ajudou a escolher entre as pantufas com a mesma frase ou a caneca.

— Mas não foi para isso que eu a chamei. — disse Violetta enrolando a mão no cabelo e colocando as pernas em cima da mesa, bebendo o café. — Eu soube por Kanaria que vocês receberam a solicitação de uma pessoa em especial para ser caçadora especial.

Grace engoliu em seco e mexeu nos dedos, começando a cutucar todos com o polegar como fazia quando tinha certo medo de algo. Ela olhou Violetta, que parecia a analisar.

— Vou me referir a essa pessoa como Ferret, como os seus primos chamam. — disse Violetta. — Você acha que Ferret está pronta para isso?

Grace engoliu em seco e afirmou.

— Na realidade, Ferret mal começou a ser de um grupo, mas as suas missões eram as melhores na sua época de aprendizado e nunca teve uma falha, sem falar que a mesma quer saber mais sobre o inimigo. — disse Grace. — Ferret quer entender o porquê da morte do pai, Violetta. Compreender o motivo dessa situação, já que de algum modo não acredita que o mal existe porque alguém acordou querendo destruir a Torre de Inazuma.

— E então, como vocês vão atrás da origem de cada um dos aliados, Ferret quer ir junto para isso? — perguntou Violetta e Grace afirmou. — Nossa.

— A meu ver, Ferret está fazendo um ato corajoso. Não brigue com Ferret por querer ir, Violetta. — disse Grace.

— Eu sei, estou impressionada. Essa pessoa não faz esse tipo de coisa e apenas vê ao seu ponto de vista, mas agora quer compreender tudo? — disse Violetta. — Isso significa uma coisa.

Grace tombou a cabeça para o lado, curiosa.

— O que? — ela disse e Violetta olhou a porta.

— Irene parece mais o pai do que imagina. — disse Violetta.

***

Sábado, quatro e meia da tarde.
Inazuma, Japão.

GIULIA

Foi rápido tudo que aconteceu. Takuya entrou na casa e disse que queria jogar um jogo como verdade ou desafio, só que sem o desafio. Poderíamos tirar vantagem disso, já que ele também disse que não pode mentir. O impressionante é que ele tinha razão.

Mas era um jogo diferente do que possa imaginar.

Tanto Takuya quanto os caçadores apenas teriam que falar a verdade. Caso contrário, a punição seria algo horrível. Takuya estava algemado no sofá, nos olhando normalmente enquanto escolhia uma punição para a “brincadeira” dele.

Ela iria jogar para saber mais sobre Takuya, mas o plano em si era, a qualquer movimento, matar Takuya. Ele estava tão perto… Mas ela não conseguia o matar.

Ninguém conseguia atirar nele ou o atacar, era impressionante.

— Você pode saber quando vamos mentir, pois ler mentes, mas quando eu vou saber que você mente? — perguntou Lisa e Takuya pensou um pouco.

— Calma querida. Já tem um vampiro para ajudá-los, afinal. — disse Takuya sorrindo forçado a Lisa. Giulia observou Pavel, ao lado de Jake, arregalar os olhos.

— Quem? — perguntou Benjamin. Takuya olhou diretamente a Pavel.

— Pavel sabe.

O albino teve a atenção de todos para ele, o que o fez abaixar a cabeça e concordar. Foi quando alguém foi arremessado pela a janela aberta da casa, e atrás dele vinha um garoto de cabelos negros usando uma máscara, no qual ela conhecia como Sloth, junto a…

— Enzo.

Enzo a olhou como se ela fosse uma completa estranha, depois rindo.

— Vejo que ficou mais alta. — disse Enzo e passou reto pela a irmã. — Sloth, eu disse para não quebrar nada.

Giulia logo percebeu que o vampiro caído no chão, Greed, tinha quebrado uma mesa que tinha sido arrastada para o canto da sala.

— Ele me irrita. — disse Sloth.

— Mas… — Pavel pareceu falar algo baixo, e Giulia reparou o olhar de Greed para ele não falar nada.

Sloth olhou Pavel com olhos vazios e negros. Giulia sentia que já tinha olhado para aqueles olhos antes, mas não sabia exatamente onde.

— Pegue o Pavel.

— Você está de sacanagem com a… — Jake e Niko falaram juntos e foram interrompidos por Pavel andando na direção de Sloth, parando na frente dele.

— Faremos o seguinte. — disse Takuya olhando Enzo, que revirou os olhos e retirou o cinto, o batendo no chão e mostrando que era um chicote. — Se um de vocês mentirem na minha cara e eu perceber por ler seus pensamentos, Pavel irá levar uma chicotada nas costas. E se Greed reparar que eu menti, ele terá que falar e levar uma chicotada no mesmo local.

— O chicote é duas vezes pior em um humano do que em um vampiro, já que são uma arma para matar vampiros, seres imortais. E como somos mortais, as armas fazem um estrago maior. — lembrou Fuyuka, ainda deitada e meio bêbada. — Greed levará duas chicotadas.

— Claro. — disse Takuya friamente. — Posso dar até três, por mais que traidores merecem coisas piores.

— Traidor? — perguntou Giulia.

— Uma coisa que Pavel pode explicar. — disse Takuya olhando Pavel, que o olhava como se não fosse realmente Pavel, o doce e gentil, mas um Pavel que poucas pessoas viram. — Tire a blusa para podermos os chicotear quando puder.

Pav deu um sorriso de canto e tirou a blusa, jogando-a em um lado da sala e se virou de costas. Greed se levantou e tirou também, mancando até o lado dele e se virando de costas.

— Vamos começar? — perguntou Takuya e ele olhou a garrafa pet que estava na altura de seu pé. — Eu faço uma pergunta e vocês respondem depois vocês fazem uma pergunta e eu respondo. Não vamos precisar dessa garrafa pet inútil.

Ele amassou a garrafa pet com o pé e sorriu.

— Me perguntem o que quiserem.

Giulia engoliu em seco e olhou Fuyuka, que fingia dormir enquanto escrevia sem olhar para o celular e de modo escondido uma mensagem a Dimitri no celular de Irene.

Deu um breve sorriso de canto e começou, vendo que os outros pensavam.

— Porque você quer tanto acabar com a DLC? — perguntou Giulia.

Takuya a olhou.

— Porque eu sorteei os três clubes de caçadores no Japão, e a DLC foi o que saiu. — disse Takuya sinceramente. — E que Ivo Morozov matou o meu avô na minha frente. Talvez vocês tenham escutado falar… Tachibana Wataru.

Irene cruzou os braços.

— Ele era um vampiro. Massacrou um bairro todo e iria o matar se ele não fizesse nada. — disse Pavel em um tom normal de voz.

— Você realmente leu os diários do vovô. — disse Irene num tom levemente surpreso, por mais que não demonstrava tanta surpresa. — Eu achei que era a única além do Yuri que não dormia lendo aqueles diários.

— O Dimitri e o Ivan dormiram nos cinco primeiros. — disse Pavel.

— Bem, é verdade sobre ele ser vampiro. Mas era o meu avô, o único adulto que cuidava de mim e de meu irmão mais novo. E esses diários? O que eles são para a familia Morozov? — perguntou Takuya.

Pavel falou algo em russo e Irene respirou fundo.

— Esses diários são de pessoas da família que vieram antes, com seus relatos e pensamentos do dia a dia até quando ele não puder mais escrever. — disse Irene. — Ajuda bastante nas coisas do dia a dia e serve para nos ajudar a treinar e algumas outras coisas.

Enzo riu e olhou Pavel, passando as mãos nas costas dele. Irene olhou o vampiro e seus olhos estavam como de um gato a dar um bote.

— Toque mais uma vez no meu irmão com essa sua mão imunda e você é um vampiro morto. — disse rápida e ameaçadora e Enzo se afastou do garoto.

Giulia esfregou as mãos suadas e se sentou, não aguentava ficar mais em pé. Não com o irmão a olhando se segundo em segundo, provavelmente rindo sobre a mesma ainda se sentir mal.

— Porque você matou Ygor? — perguntou Valdir em um tom sério, o que mais assustou do que a pergunta que ele fez.  Valdir nunca era sério, o mesmo sempre falava em um tom de tranquilidade ou de brincadeira, sempre fazendo piadas.

Takuya o olhou de cima para baixo e sorriu de canto.

— Eu menti para vocês, acreditando que ao menos um ia duvidar e descobrir a verdade. — ele disse. — Eu não matei Ygor.

Pavel olhou Greed, no qual fazia em linguagem de sinal dizendo que ele estava falando a verdade. Giulia não sabia muito de linguagem de sinal, mas ao menos Ivan há ensinou um pouco, como o sinal para “verdade” e para “mentira”.

— Ygor nunca deixaria sua guarda baixa para qualquer amigo de seus filhos, ao menos que eles sejam de longa data. Todos sabem disso. — disse Takuya e Irene afirmou com a cabeça. — Então que sentido eu, um “amigo” de alguns dias, iria o matar? Na época eu não era forte o suficiente para matar o Ygor que já estava preparado para me matar a qualquer segundo.

Giulia pensou um pouco e olhou Enzo, que caiu na risada.

— Não fui eu. — disse Enzo, e parecia que ele estava sendo honesto. Não tinha sido ele. Não poderia ser, e mesmo se fosse, ela não iria querer acreditar.

— A única pessoa que ele iria abaixar a guarda e queria o matar naquela época estava morta. Talvez Ygor pensasse em algo como ela ter fingido a morte, mas no final ela está viva por algum motivo heroico. — disse Takuya. — Eu levei a culpa para acobertar o fato de ele ser vampiro até o momento certo.

— Eu matei Ygor.  — disse uma voz rouca descendo as escadas calmamente. Giulia arregalou os olhos.

Foi Envy, ou Jordan Morozov, que disse aquilo.

***

Sábado, quatro e quarenta e dois da tarde.
Inazuma, Japão.

VIOLETTA

Assim que Grace saiu do local com um sorriso após ambas conversarem bastante sobre o casamento, Violetta fechou os olhos e abriu a última gaveta de sua mesa, pegando um álbum de fotos branco com as letras Y e V juntas. Ela passou levemente as mãos na letra Y e sorriu, o abrindo.

Era o álbum de casamento que eles fizeram, usando fotos do dia, das sessões de foto que fizeram e antigas, como a de ambos brincando de basquete aos treze. Naquela época, a mesma era mais alta que ele.

O tempo passou, e o mesmo foi crescendo e crescendo, enquanto Violetta parou a sua altura com aproximadamente um metro e cinquenta. Era até engraçado o fato de, no casamento de ambos, ela ter levado um banquinho para conseguir o beijar direito, e mesmo assim teve que ficar nas pontas dos pés.

— Feliz aniversário de casamento, Ygor.

A foto do casamento era ambos em volta de família e amigos, de diversos países, e eles no meio. Ygor estava sentado junto a ela, com o Dimitri, em seu um ano de vida, no colo com cara de irritado, o motivo ela sabia bem qual era: Ele não queria usar aquela roupa todo arrumado.

E até hoje ele é assim, odeia ternos ou qualquer roupa social.

Lembrar—se de tudo aquilo a fez sentir algo escorrendo de seus olhos, o que a fez tocar em uma das bochechas e perceber que estava chorando. Ela fechou os olhos ao mesmo tempo em que o álbum e guardou na gaveta que retirou a fechando.

— Você não pode chorar. — disse para si mesma. — Você o prometeu que não iria chorar nunca, principalmente por ele.

A mulher engoliu o choro, limpando a última lagrima que caia e escutou alguém batendo na porta. Ela se ajeitou, se olhando para ver se tinha rastro de que ela tinha chorado e ajeitou a jaqueta.

— Pode entrar.

A porta não se abriu o que ela achou estranho. Ela ia colocar a mão em sua arma e sentiu uma corda envolver o seu pescoço. Ela colocou as mãos no pescoço que estava a sufocando.

Essa pessoa entrou no computador e mostrou uma câmera de segurança onde uma vampira loira estava apontando uma arma para uma mulher que entrava no local com algumas sacolas. Mesmo com a visão turva e em estado de choque, Violetta conseguia perceber que era Mayumi pela as vestes de dona de casa e largas, talvez porque a barriga estava crescendo.

— Se resistir, iremos atirar no bebê que ainda está em construção. E se não vier, matamos a mesma a sangue frio. Caso decidir vir comigo, ninguém morre. — disse uma voz feminina travessa. A cadeira de Violetta virou e ela olhou para uma mulher de cabelos pretos e longos, na qual retirou a corda de sua garganta.

Violetta pensou em pegar a arma, mas se ela pegasse, Mayumi ia perder o bebê. A mulher poderia rapidamente mandar a mensagem para a outra vampira mandando atirar na mesma.

E honestamente, Mayumi precisava ter ao menos um filho em paz, e com quem a ama de verdade. Ela olhou a vampira, ainda sem muito fôlego e se levantou, decidindo que ia com a mesma.

A mulher tinha certeza que iam a encontrar, ou que ela não ia morrer. Yuri deixava gravador de voz pela a sala do líder por diversão, então talvez um estivesse funcionando e ele ia escutar aquilo tudo.

— Eu vou com você. — disse Violetta. — Mas, ao menos poderia me dizer seu nome?

A mulher deu um sorriso de canto.

— Ainda não nos conhecemos, certo? —disse a mesma e ela colocou um pano tampando a respiração e a boca de Violetta. — Pode me chamar de Lust.

E então Violetta desmaiou.

***

Sábado, dez minutos para as cinco da tarde.
Inazuma, Japão.

ALLY

Se ela descobrisse que o seu tio tinha matado o seu pai, Ally iria pirar de vez. Ela viu Irene parecer fora de si, como se o ódio tivesse tomado todo o seu corpo, mas estranhamente a garota não se mexia.

Dava para perceber, mesmo que de costas, que Pavel estava com raiva. O mesmo respirava pesadamente e cerrava os punhos, parecendo tentar aguentar algo. Alguma dor, talvez.

— Eu matei o meu irmão, o pai de vocês.  — disse Envy a Irene. — Não foi divertido. Ele não sentia dor ou medo, e suas últimas palavras foram sem graça.

Envy cruzou os braços.

— “O mundo é um lugar perigoso de se viver, não por causa daqueles que fazem o mal, mas sim por causa daqueles que observam e deixam o mal acontecer.” — disse Envy em um tom de desgosto.

— E ele sempre tem razão. — disse Pavel.

Ela viu Pride olhar para Pavel e arregalar os olhos, mas antes que pudesse se mexer, o albino se virou e atirou no mesmo com um calibre que tinha nas calças. Olhou Greed que, se virou e pegou o chicote caído no chão e tentou acertar Takuya.

Takuya riu e se soltou com facilidade das algemas, desviando do ataque de Greed. Ally pegou a sua arma e tentou atirar em Takuya, mas logo foi impedida por um homem de cabelos loiros entrarem em sua frente e a empurrar para parede.

Era Gluttony. Ally olhou Benjamin, que parecia ocupado com Sloth. Levantou—se e viu Sloth desviar dos golpes de Benjamin com facilidade. Naturalmente, os golpes de Bem são sempre imprevisíveis, então porque Sloth conseguiria prever?

Olhou Gluttony e depois viu Joshua chegar ao seu lado.

— Um ruivo já é mais forte do que um loiro, então imagine dois ruivos? — brincou Joshua. Gluttony caiu na gargalhada.

— Seu senso de humor é ótimo. — disse Gluttony.

Eles ficaram em posição de combate e sorriram de canto, vendo Gluttony ajeitar as mangas e os chamar com as mãos, assim começando a lutar. Ally atirou uma katana contra Gluttony, mas o mesmo desviou e a katana quase atingiu Irene, na qual a olhou mortalmente antes de voltar a lutar contra o tio juntou a Pavel.

Eles foram lutando e desviando de ataques até o segundo andar, acabando por quebrar algumas coisas, principalmente uma jarra que Ally torceu para que não fosse de tamanho valor para o dono da casa. A mesma pegou um revolver ao ver que as suas duas katanas estavam longe e começou a atirar no mesmo, no qual desviava.

Mas algo fez todos pararem, um barulho vindo da porta se quebrando ao meio. Ally viu Gluttony olhar diretamente ao mesmo, parecendo surpreso.

Ally olhou Joshua e depois a porta, vendo um homem alto e forte como um lutador de boxe, de pele morena e cabelos roxos. Seus olhos estavam vermelhos e eram ferozes.

— Saligia? — perguntou Pride, olhando para trás.

O tal Saligia olhou o loiro e fez uma cara cômica de sarcasmo, revirando os olhos.

— Não, que isso! — usou sarcasmo. — Não está vendo que eu sou o Wesley Safadão? Noventa e nove por cento um anjo perfeito, mas aquele um por cento…

Ally ficou se entender, e não foi à única pela a cara de todos. Ela olhou Gluttony em sua frente e ele piscou a ela, fazendo sinal que não tinha entendido.

— Não entenderam? — perguntou Saligia parecendo ofendido. — Ah, estrangeiros. Por isso que eu queria que a história se passasse no Brasil.

Ele soltou uma mala em um canto do quarto e Giulia apontou uma arma a ele. O garoto riu da mesma e se locomoveu muito rápido, derrubando-a no chão e pegando a arma, apontando para ela.

Mas logo Ally viu um vampiro o empurrar e Saligia sair de cima dela, atirando no mesmo. A ruiva olhou e viu Greed com a mão no braço, no qual a deixou confusa por ele ter feito aquilo.

— Greed! — Pavel gritou e correu até ele. — Está tudo bem?

Ally ficou confusa e olhou novamente a Gluttony, que agora tinha sumido. Ela olhou em volta e o viu perto de Saligia junto a Pride, Envy e Takuya, no qual se levantava calmamente.

Ally pulou para o primeiro andar e pegou a arma, pensando em atirar em Takuya, mas era como se as balas tivessem acabado.

— O-o que? Eu nem usei a minha arma.

— Foi mal. — disse Gluttony, abrindo a mão e mostrando que ele tinha tirado todas as balas.

Saligia sorriu de canto e, sem que ninguém pudesse se mover, ele pegou Pavel, no qual segurava Greed meio desacordado e o jogou para fora da casa. Jake, no qual ainda se recuperava do golpe de Sloth, deu um grito e se levantou, mas Sloth pisou em sua cabeça.

— Patético. — quando Sam tentou pular nele, o moreno pegou a espada de Jake e atacou na mesma, prendendo-a pela a camisa na parede. Ele pisou com mais forma e mais força.

Quando Ally ia reagir, Matatagi pulou em cima dela rapidamente a mandando se abaixar e a protegendo com o corpo do mesmo. Ela ficou meio imóvel, até o momento que viu um garoto pulando por cima dela e atirando no braço de Saligia, depois jogando o machado em Takuya, que desviou.

Era Dimitri, com um sorriso insano no rosto e com os olhos cheios de raiva.

— Tem como piorar? — sussurrou Matatagi.

— Now I Am become death, The destroyer of worlds. — eles escutaram Dimitri gritando. Ally se lembra de terem comentado que esse era uma frase que Lorelai, a primeira caçadora a usar bombas como arma, dizia. — Ela me pagou para dizer isso.

E foi quando escutaram uma explosão, vindo de várias seguidas. Ally fechou os olhos e sentiu que Matatagi não saiu de cima dela, parecendo a proteger.

***

Sábado, cinco e dois da tarde.
Inazuma, Japão.

MATATAGI

Ele abriu os olhos após ter certeza que nada ia mais explodir e viu Ally abrindo os olhos aos poucos. Seus rostos estavam pertos um do outro, mas o moreno não tinha tempo de se envergonhar e pedir desculpas, assim o mesmo saiu de cima dela e viu uma nuvem de fumaça enorme pelo o local e os vampiros pareciam estar em alertas, menos Sloth. Gluttony, Envy e Pride tossiam, enquanto Takuya e Saligia tampavam o nariz com uma mascara de gás que provavelmente o vampiro novo tinha trago.

Sentiu o cheiro da fumaça. Veneno de vampiro. Agradeceu a Deus naquele momento por ser humano.

— Ei, levantem-se. — disse uma voz masculina tranquila.

O garoto olhou Ally se sentando e fazendo o pedido e fez o mesmo, olhando um garoto de cabelos ruivos e olhos amarelos dar um grande sorriso enquanto mexia em algumas bombas em seus dedos.

Ele olhou mais em volta e logo reparou quem eles eram. Uma ruiva passou por eles e deu uma piscada para o mesmo, que ficou envergonhado por alguns segundos.

— Oh, como nos velhos tempos. — disse Takuya. — O meu grupo masculino favorito, os Tramp. Mas... Vocês não eram todos homens?  Vejo que as coisas mudaram, agora temos uma garota no grupo. — disse e olharam os aliados, os entregando uma mascara de gás. Menos para Sloth, que sempre estava com uma. — Dimitri Morozov.

— Ao vivo, lindo e maravilhoso. — disse o loiro sorrindo.

— A cada dia que passa você fica mais interessante.

— Obrigada, eu sou muito agradecido pelo os elogios dos meus fãs. — brincou Dimitri, fazendo os Tramp cair na risada.

Takuya revirou os olhos, no qual ficaram vermelhos.

— Porque não terminamos logo?

Dimitri sorriu e pegou um calibre, girando e vendo se tinha munição, e depois pegou uma adaga que foi atirada para o mesmo por Irene, que se levantava retirando o vestido branco todo rasgado. Saligia começou a contar os membros do Tramp.

— Tão poucos. — disse o garoto.

Dimitri guardou a adaga no bolso e olhou para trás.

— Os que tiverem conseguindo, ao menos, andar, levem os feridos para fora. — ordenou e Matatagi olhou Ally, no qual olhou Benjamin. — Giulia, Fuyuka e Benjamin, se preparem porque esse baixinho sempre chama mais alguns vampiros.

Fuyuka se levantou de onde estava e afirmou com a cabeça, assim como Benjamin e Giulia.

— Enquanto as meninas, sem ser a Hiyosume, e o Harry chegam... — disse Dimitri, olhando Takuya. — Acho que nós podemos quebrar a fuça de vocês.

Matatagi viu os vampiros ficarem com os olhos vermelhos, mas não viu muita coisa, além disso, já que foi puxado por Ally para começar a carregar os feridos assim como o bastardo Morozov pediu, se distraindo com eles e os levando para fora.

Viu Pavel deitado no colo de Kidou, o estagiário dos médicos, e o Dr. Jun, que analisava os olhos dele. Somente o fato de o Pavel estar no chão cheio de ataduras nos braços, enquanto os médicos estavam com cara de enterro, Matatagi já imaginava que Pavel não estava em seu melhor estado.  

— Ele está bem? — perguntou Jake, no qual Matatagi levava o pendurando no pescoço.

— Sim. — mentiu para Jake, afinal, o garoto não conseguia se aguentar em pé por ter lutado com Sloth, e a única coisa que queria fazer era o loiro ficar o desobedecendo e querendo ir até o albino. Yuuna e Benjamin estavam de pé e até ajudando, portanto estavam bem machucados. Ben, no qual nunca foi atingido por um soco no rosto em uma luta, estava com o nariz sangrando por conta do soco de Sloth.

Ele colocou Jake sentado no chão e olhou Pavel, vendo todos os médicos se assustarem quando o mesmo levantou rapidamente, com a respiração pesada. Os médicos se acalmaram e voltaram a fazer exames no garoto.

Olhou para trás e pode escutar a luta começar assim que o último machucado saiu da casa. Ally apareceu em seu campo de visão, sorrindo e acenando a ele, mexendo os lábios em um agradecimento.

Ele sorriu e acenou a ela, meio envergonhado. Não sabia exatamente de onde ele tirou forças para pular em cima dela e a proteger, mas no momento parecia ser o certo.


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Notas finais do capítulo

Essa semana, foi niver de duas pessoas q eu adoro pakas aqui no nyah: A Letty e a Yuuna-Marida-chan.
Eu amo as duas, mas como as notas finais do cap sempre bugam os meus textos, eu mandarei o texto gay q eu fiz pra vcs por MP e tal. Eu sei, falei q ia botar aqui, mas a coisa não deu certo. ;-;
Bem... Parabéns as duas! .



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