Cold As Snow escrita por Lettie


Capítulo 36
Convidada indesejada


Notas iniciais do capítulo

WOAAH! Primeiramente me desculpando por tudo, pelo sumiço e tals. A explicação é simples: ESTOU MUITO OCUPADA! Minhas notas no boletim foram boas, mas teve duas notas baixas, tive que estudar, aí os pré-testes desse mês são surpresas, o que me deixou mais ocupada estudando 3x mais :(
Espero que entendam, ando muito corrida mesmo, anda meio difícil conciliar tudo, mas já estou me organizando... Relaxem :)
E é isso, espero que curtam.
Beijos ♥



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Eu estava andando do lado de Kentin, estávamos em silêncio, porém esse silêncio não me incomodava. Acho que ele assim como eu, está perdido no meio de seus pensamentos.

Eu ainda não acredito no que vi, a pessoa me beija, diz que me ama e no dia seguinte eu o vejo se “pegando” com uma pessoa na biblioteca... Será que ele faz isso com todas? Será ele uma mera cópia do Dakota? Espero que não, espero que eu tenha visto coisas, que isso que eu vi não existiu, eu queria que... A quem eu estou enganando, ele está com ela desde que ela voltou, ele devia namorar ela antes, eu deveria saber... Eu não consigo me apaixonar pelo certo uma vez na vida?

— Mia...? – Kentin me tira do meu devaneio.

Eu o olho.

— Por que se importou tanto com o Castiel e a Debrah? – Ele pergunta.

— Eu acho que eu gosto dele... – Explico e dou de ombros.

Acho que não deveria ter feito isso.

Ficamos em silêncio, e agora, constrangedor. Eu começo a andar olhando para meus pés.

— A festa de noivado dos seus pais é hoje não é? – Kentin me lembra.

MEU SENHOR, A ROSA VAI ME MATAR PELA DEMORA.

— SIM! ROSALYA VAI ARRANCAR MEUS CABELOS! – Eu exclamo e o puxo para correr comigo.

—--BZZZZZ---BZZZZZ---

O celular de Kentin toca, ele tira o mesmo do bolso.

— E falando nela... – Ele comenta.

— Coloca no viva voz. – Eu peço.

Ele coloca.

— Oi Rosa. – Kentin atende.

Você sabe cadê a Mia? Ela não está lá na escola e eu vou esganar ela se a mesma chegar tarde aqui! – Rosa pergunta de forma “gentil”.

— O-Oi Rosinha, minha maninha querida... – Eu a bajulo.

MANINHA QUERIDA UMA VÍRGULA! VENHA PARA CÁ COM O KENTIN A-GO-RA! Tchau. – Ela desliga.

Que amorzinho, não é? – Kentin brinca.

— Quando ela quer, ela pode ser doce como água de conserva. – Reviro os olhos e Kentin ri.

— Pois é... Vamos de taxi? Eu pago. – Ele sugere e tira o dinheiro do bolso.

— Está bem. – Eu aceito.

Ele chama um taxi e entramos.

                                                     ~X~

Chegamos a minha casa e entramos, Rosa parecia que iria quebrar o chão de tanto andar de um lado para o outro, da sala dava para ouvir ela na cozinha. Castiel me vê.

— Rosa, ela chegou... – Ele avisa. – Acompanhada de um nerd idiota. – Ele acrescenta.

— Menos Castiel, MUITO MENOS! – Eu peço.

— Está bravinha? – Ele sorri.

— Não estou de papinho com você hoje. – Reviro os olhos.

VEM PRA COZINHA, MIA. – Rosa me chama.

— Vem Kentin. – Eu o puxo e dou língua para o idiota.

Entramos na cozinha.

— ONDE VOCÊ TAVA? FALEI PARA IR ATRÁS DO CASTIEL E VOCÊ SOME? – Ela começa a dar sermão.

— Eu fui atrás e... Não achei. – Minto. – Depois eu fiquei conversando com o Kentin e nem vi a hora passar, desculpa. – Eu peço e ela assentiu.

— Preciso que você me fale o número da doceira, você não me entregou e faltam uma hora e meia para começar. – Ela pede.

Eu pego o número na minha bolsa e entrego.

— Obrigada! – Ela agradece. – Agora pode ir relaxar um pouco, irei falar com a doceira.

Eu saio da cozinha e vou para a sala com o Kentin.

— Eu preciso ir, voltarei mais tarde, está bem? – Kentin avisa.

— Sim.

— Tchau. – Ele se inclina e beija minha testa.

— Tchau.

Ele saiu.

— Até que enfim ele saiu. – Castiel fala.

— E o que eu tenho pra fazer que ele não possa ver? – Eu pergunto e me dirijo até a porta que leva a piscina.

Eu ouço passos atrás de mim, mas não me viro. Abro a porta e antes de sair ele segura meu braço. Ele fica com o rosto próximo ao meu.

— Você sabe muito bem para que... – Ele fala com um sorriso malicioso.

Ele se aproxima para me beijar e eu coloco a mão.

— Nem tente. – Eu retiro meu braço

Eu vou para perto da piscina e me deito e uma espreguiçadeira. Ele se aproxima.

— O que houve agora? – Ele pergunta.

Eu o encaro emburrada, cruzo os braços e depois viro a cara.

— Você não vai me dizer? Ou eu preciso arrancar de você? – Ele pergunta bravo.

— Você sabe o que é, e eu não estou a fim de olhar para você agora. – Eu reclamo. – Até depois, Castiel.

Levanto-me e sigo para dentro da casa. Subo a meu quarto para me aprontar o jantar de noivado. Eu coloquei um vestido azul marinho colado de mangas rendadas de mesma cor e um salto prata médio, uma maquiagem azul escuro com um batom marrom, meu cabelo eu fiz Babyliss no cabelo, não foi muito difícil já que meu cabelo é modelável. Ainda faltam trinta minutos para os convidados começarem a chegar. Desço as escadas e me sento em uma das poltronas da sala, pego meu celular e fico mexendo nas redes sociais.

*DING DONG*
A campainha toca, rapidamente me levanto para atendê-la. Abro a porta e me deparo com Kentin olhando para lua, a luz batia em seu rosto e... O que eu to pensando?
Eu chacoalho a cabeça e ele me olha.
— Oi. – Ele sorri levemente. – Está linda para um simples jantar – Ele comenta ainda sorrindo.

Ele estava com uma blusa social branca e uma calça preta.

— Com a Rosa cuidando, duvido que seja simples. – Rio. – Você também está bonito. – Sorrio. – Entre.

Eu dou passagem e ele entra, eu fecho a porta. Ele está sentado no sofá.

— Então... Vai ser lá fora? – Ele pergunta.

— Sim, Rosa alugou uma tenda e também ainda não me deixou ver nada. – Suspiro.

Eu me sento ao seu lado e pego meu celular. O mesmo puxa o seu do bolso e abre no Snapchat.

— Tira uma foto comigo? – Ele pegunta.

— Tá claro.

Eu me aproximo dele e sorrio, ele faz o mesmo. Depois tiramos uma fazendo careta, e depois tiramos mais de trinta fotos fazendo careta. Eu o adoro.

Rosa começa a descer as escadas, ela também estava deslumbrante num vestido tubinho preto, um colar de pérolas brancas, seu cabelo estava semi-solto, e ela estava com um salto agulha creme. Ela se dirige até nós.

— Ta gata hein? – Comento.

— Você acha? – Ela dá uma volta.

Faço uma cara de aprovação igual a da Kéfera e os dois riram. Rosa estende a mão para mim.

— Se levanta, quero ver como você está. – Ela ordena.

Eu pego em sua mão, me puxa e me faz dar uma volta..

— Hum hum! Fiu fiu! Tá mó gatona hein? – Ela me elogia rindo. – Não é Kentin? – Ela pergunta.

— Sempre. – Ele comenta e depois pisca.

— P-Parem vocês dois. – Eu reclamo e viro a cara morrendo de vergonha.

Eles começam a rir, mas suas risadas são interrompidas pela campainha.

— Já vaaaai. – Eu grito.

Quando abro a porta, me deparo com o Castiel e a Debrah lado a lado. Eu acho que ficou meio (muito) visível que não me agradava ver ela aqui na minha casa.

— Ta linda hein? – Castiel me elogia com aquele seu sorriso de sempre.

Eu sorri que nem idiota e depois desmanchei.

— Obrigada. – Respondo seca, mas sorrio por simpatia.

— Podemos? – A Debrah pergunta apontando para dentro.

— Claro. – Sorrio forçadamente e dou passagem.

Ele se joga no sofá da minha casa e ela senta do lado do mesmo. Não agüentando o que vejo, bufo. Rosa percebe a tensão ali e revira os olhos.

— Kentin, poderia me ajudar a mover alguns adornos na tenda? – Rosa o chama.

— Mais é qu... – Kentin tenta se explicar, mas Rosa lança “aquele olhar” dela e ele levanta.

Eles passam pela porta de vidro e depois não consigo os ver. O clima ficou milhões de vezes mais pesado depois que eles saíram. Eu percebi que eu estava de braços cruzados e de testa franzida pelos flertes que ela tentava, que ódio!

O telefone de Debrah começa a tocar, a mesma olha para tela e franze a testa, parecia incomodada com a ligação. Ela pede licença e se dirige para algum dos cômodos... Amém!

— Podemos conversar? – Castiel se aproxima e pergunta.

Eu permaneço a cara brava e os braços cruzados, ele passa o braço por cima dos meus ombros e coloca sua cabeça em meu ombro.

— Me diz o que você tem que está me evitando? – Ele pergunta.

— Você sabe o que é. – Respondo e depois expiro. – O beijo.

— Beijo? – Ele tira a cabeça do meu ombro e me olha. – Que beijo?

— O seu e o da Debrah. – Falo.

— Eu e... Hã? – Ele parecia conturbado.

Eu bufo.

— Preciso de água. – Eu aviso.

Levanto-me com tudo e me dirijo a cozinha. Abro a geladeira e tiro um litro, pego um copo e bebo a água.

Para de me ligar depois daquilo! – Escuto uma voz vindo da área de serviço.

Eu me dirijo até lá, abro um pouco a porta e vejo a Debrah batendo o pé no chão de raiva.

— Você só me ajudou naquilo e nada mais. – Ela continua. – Aquele beijo não importa, foi apenas um plano para uma idiota sair de perto do meu ruivo!

Idiota? Ruivo? Hã?

— A idiota? Você ainda pergunta? – Ela ri sarcasticamente. – É a tonta da Mia, nos viu na biblioteca e achou que era o Cast, que idiota. – Ela ri maleficamente.

Que cobra! Eu me encosto-me à base da porta e limpo minha garganta. Ela se assusta e demora um pouco para virar.

— Idiota, não é? Interessante falar mal de mim na minha própria casa. – Eu falo.

Eu entro no cômodo e começo a rondá-la.

— Mais interessante ainda é ter a cara de pau de vir aqui. – Eu franzo a testa.

Ela ri.

— Tola, não será capaz de falar qualquer coisa para o Cassy. Cai tão facilmente nos meus truques, será incapaz de decifrar tão facilmente, precisei tomar minhas medidas contra você, já que Cassy não parava de falar na “aluna nova”. – Ela reclama e faz aspas com os dedos. – Aliás, ele vive comigo agora, nem se lembra da sua existência, é a mim quem ele ama. – Ela coloca as mãos na cintura e sorri.

Eu acabo rindo alto.

— Coitada, quantas vezes ele te disse isso? Nenhuma? Imaginei. – Ela fica incomodada e vira a cara. – Se me der licença, preciso ir.

— Pode até pensar que ele te ama, mas será realmente verdade? Será que ele não quer só brincar com você? Pense nisso querida. – Ela me alerta e esbarra-se em mim antes de sair.

ARGH QUE RAIVA! E se ela tiver razão? E se for apenas uma doce ilusão? Odeio-a!

Saio do quartinho e me dirijo a sala, ela estava trocando um flerte com ele, ela parecia que ia beijá-lo, mas é atrapalhado por minha presença. Quando ele me vê, se levanta e se dirige a mim, a Diabrah fecha a cara. Ele chega ao meu lado e deposita um beijo na minha bochecha.

— Demorou para simples um copo de água. – Ele reclama.

Castiel me abraça de lado.

— Aconteceu algumas coisas, nada de mais. – Eu sorrio e ele beija minha cabeça.

É mais fácil irritar ela do que a Ambre.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam? Mereço coments? *-*