Uma doce história escrita por Janedoe


Capítulo 6
Um doce sequestro


Notas iniciais do capítulo

Tuts tuts mais capítulo * todos dançam* esse capítulo foi bem complicado de escrever :'D



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Virei me para ver quem me chamava.

Meu primeiro instinto foi correr mas o homem foi mais rápido e em poucos instantes estava ao meu lado com sua mão sobre meus ombros e um enorme sorriso direcionado à Armin,  ele usava uma roupa bonita de aparência cara e seus cabelos escuros estavam presos em um coque no topo de sua cabeça .

Meu novo amigo não havia gostado daquela súbita aproximação e já se preparava pra começar uma briga ... eu agradeceria se ele começasse uma briga.

—Anya ! - repetiu o homem do primeiro dia em um tom falsamente animado que não condizia com sua postura de antes.

—Você o conhece ? - perguntou Armin desconfiado pondo as mãos no bolso.

—Não - informei tentando escapar das mãos do homem que apenas me apertou com mais força e me puxou pra mais perto de si.

—Claro que conhece meu amor, sou eu .. Dimitry ,  eu sei que você está com raiva mas esse tipo de brincadeira.... não acha que é de mais ? - questionou parecendo magoado e focando apenas em mim com aquele olhar triste , como se eu fosse a coisa mais importante na vida dele e estivesse indo embora .

Eu queria matá-lo , eu não conseguia acreditar no quanto aquele homem era falso. Eu estava com muito medo mais ao menos sabia que ele não faria nada enquanto Armin estivesse ali.

—Eu não o conheço - falei novamente pra Armin implorando  silenciosamente pra que ele entendesse e me tirasse dali 

—A moça disse que não te conhece, acho que a confundiu , por que não nos deixa ir embora ? - sorriu o de olhos azuis como um policial pacificador pronto pra atirar se fosse necessário.

—Anya está doente ! Ela precisa de um médico -  Dimitry soltou me abraçando , ele tinha cheiro de rosas.

Me afastei subitamente 

—Pare de falar besteira ninguém vai acreditar em você ! - explodi caminhando para Armin e puxando-o pelo braço rumo a sorveteria mas para minha surpresa Armin não se mexeu.

—Doente ? - perguntou ele prestando uma atenção exagerada no meu perseguidor. 

—Sim, há algumas semanas atrás na nossa festa de noivado ela teve uma crise e simplesmente sumiu acredito que os dias que passou sem sua medicação devem ter afetado sua memória , temo que se passar muito mais tempo sem os remédio ela possa ter outra crise e dessa vez talvez ... ela não possa se recuperar - falou sombriamente.

Armin pôs sua mão em cima da que eu mantinha em seu braço e apertou em um gesto de apoio antes de afastar minha mão para longe e caminhar na frente .

—Anya ... você deveria ir com ele.

—Não! Eu não posso ir com ele , ele quer me machucar Armin !

—Isso é só coisa da sua cabeça, deve ser a abstinência de remédios.

—Não, não é ! Você precisa acreditar em mim por favor, por favor não deixe que ele me leve por favor , por favor - implorei sentindo as lágrimas descerem pelo meu rosto o garoto desviou o olhar claramente abalado .

—Sinto muito por não poder ajudar - sussurrou dando de costas e indo embora 

Nesse instante me deixei inundar pelo desespero , se eu sumisse provavelmente todos pensariam que eu estaria sei lá , casada e feliz com um homem lindo que me ama e que se importa com minha saúde quando na verdade eu estaria morta em um beco por aí.

—Não chore senhorita Anya - pediu o Dimitry limpando as lágrimas que teimavam em descer me trazendo de volta à realidade.

Empurrei sua mão para longe e comecei a correr no entanto algo bateu na parte traseira do meu joelho e eu caí com tudo no chão,  meu coração batia acelerado e além dele a única coisa que eu ouvia eram os passos se aproximando. Dimitry se abaixou na minha frente e pegou com a esquerda a pequena bola de metal que atirara em mim.

—Eu vim preparado dessa vez - comentou um tanto tristonho - Não queria fazer isso - balançou a cabeça tirando uma seringa do casaco e usando aquilo em mim.

Não demorou pra o que quer que seja que estivesse lá dentro fizesse efeito, o meu corpo inteiro ficou dormente , mesmo estando consciente eu não conseguia me mover, não conseguia falar ou sequer piscar , se ele tentasse fazer qualquer coisa com meu corpo eu estaria consciente e não poderia impedir , isso era o que mais me assustava, no entanto o moreno me colocou em seus braços gentilmente e caminhou até uma caminhonete que não estava muito longe dali, o que foi uma surpresa, pra mim sequestradores teriam vans e não caminhonetes.

Me colocou com cuidado no banco do passageiro e afivelou o cinco logo depois ligando o motor do automóvel, cantarolou durante todo o trajeto da cidade uma música suave e doce , tenho que confessar que era o meu tipo de música mas ele se calou quando os prédios deram lugar a uma faixa de pequenas árvores novas e enfim a árvores grandes e antigas de aparência secular. Demorou pouco mais de 15 minutos pra ultrapassarmos a floresta e chegarmos a uma casa antiga no meio de um campo de flores brancas e vermelhas.

Era uma mansão de dois andares, com hera subindo pelas paredes uma pequena chaminé e cortinas brancas em cada uma das janelas, parecia muito mais com uma casa de conto de fadas do que com uma casa de filme de terror , claro que aparência não é tudo. Dimitry me pegou no braço novamente e me levou para dentro da casa que continha o mesmo padrão antigo do lado de fora,andou escada acima sem dificuldade . Okay que eu não era mais gorda das baleias do oceano mas eu também nunca fui uma magrinha de revista e o cara simplesmente caminhou comigo nos braços como se eu fosse uma boneca de pano!

Abriu uma das portas do segundo andar e ao ver o que tinha dentro entrei em desespero.

Um banheiro.

O que ele queria me trazendo pra um banheiro? Eu estava assustada e preferia estar morta a ter que viver essa situação mas parecia que Deus não havia me dado uma escolha. O homem me sentou em uma cadeira de madeira que estava em um dos cantos do banheiro e com cuidado começou a desabotoar a minha camisa voltando a cantarolar, queria ter uma arma, eu o mataria e me mataria se conseguisse me mexer , ele continuou com aquilo até não restar-me mais nenhuma roupa e me pegou nos braços novamente, eu não conseguia sentir a textura de suas roupas contra a minha pele mas eu sentia as lágrimas quentes descendo pelo meu rosto... ao menos eu ainda podia chorar.

Colocou-me em uma banheira cheia de água e molhou meus cabelos antes de passar shampoo - cheiro de rosas - e começar a penteá-los com uma escova com a mesma aparência antiquada.

—Se tivesse vindo por conta própria nada disso seria necessário - suspirou ele enquanto passava sabonete pelo meu corpo imóvel - Poderia fazer isso você mesma , não adianta chorar agora senhorita eu lhe avisei que teria que ser radical caso não me obedecesse - repreendeu-meu pouco antes de tirar todo o sabão e começar a me secar com uma toalha branca. Ainda sem roupas ele me levou para fora do banheiro, pro aposento em frente, um quarto . 

Com dificuldade vestiu minhas roupas intimas e sumiu por um tempo no armário mas voltou em pouco tempo com um longo vestido vermelho , que parecia ter saído de um conto medieval. Dimitry parecia ter experiência com aquele tipo de roupa pois não demorou pra me vestir e calçar meus sapatos e depois passar em mim maquiagem tirada de uma grande penteadeira que repousava logo a frente. Quando terminou com isso me colocou sentada na frente da penteadeira colocando em mim um colar negro com um pingente que aparentava ser de ruby e uma presilha de mesmo material no meu cabelo.

Eu parecia uma boneca e me sentia como uma sendo arrastada de um lugar para outro com aquele homem fazendo tudo que quisesse comigo.Me levou por último a parte de trás da casa , onde havia uma mesa e algumas cadeiras em um gazebo em meio às flores, sentou me em uma das cadeiras e tirou o casaco como se tivesse, enfim , acabado seu expediente de trabalho.

—Senhorita , peço que me desculpe mas tenho que me retirar, a senhora em breve estará aqui para vê-la


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Notas finais do capítulo

Iei o/ mais um capítulo gloria ao pc comentem o que acharam e escadinhas subindo para o próximo que vou postar agora mesmo



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