Since I Was 5 escrita por leticia


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Oii meus amores! Tudo bem com vocês? Voltei com um capítulo novinho saindo do forno com muitas surpresinhas hihihi
Como sempre, tenho um sério problema em postar capítulo de dia pois não consigo escrever. A madrugada é o momento que me dedico 100% ao Nyah, então sempre que quiserem esperar um capítulo novo, apostem das onze da noite as três da manhã no máximo. Se eu não postar, provavelmente atrasei uhsauhsuah
Fiquei triste que muitos leitores que comentavam antes, pararam de comentar :( mas por outro lado que me incentivou, foram as quatro pessoas que favoritaram e as mais de 1200 visualizações em uma semana! Muito obrigada =)
Aproveitem esse capítulo gente, eu me diverti muito escrevendo ele! Mil beijos seus lindos, fofos, maravilhosos da minha vida ♥

# beta: DannyMellark



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– Não quero que interfiram em nossa vida.

POV KATNISS

Ser perseguida pela escola me atormenta. Eles tentam descobrir da primeira a última lembrança da sua vida e depois usam como manchete em propagandas, divulgando aos alunos de fora. Ridículo, eu sei, mas esperto. Quem não conhece a família Everdeen e Mellark? Os poderosos de Beverly Hills, que toda semana organizam eventos grandiosos e milionários.

– Kat, você sabe que isso é inevitável. Quando aceitamos a proposta de Snow, fomos completamente ingênuos. Tínhamos somente quatorze anos da primeira vez que fomos líderes do grêmio. - fez uma pausa. - Mesmo se não participarmos, esse infeliz do diretor vai colocar nossos nomes e mudar a votação. Não temos o que fazer, senão sorrir para as câmeras e tentar manter nossa “classe” como ele diz.

Por mais que eu não queira admitir, Peeta está certo. Estamos presos pelas palavras de Coriolanus Snow que vive da ambição.

– Promete que nada que a mídia fizer vai atrapalhar nosso relacionamento? - falei fazendo um muxoxo.

– Claro que sim, meu amor. Nunca afetou e nunca afetará.

Ele beijou a ponta do meu nariz e assim ficamos, trocando carícias até pegarmos no sono. Quer dizer, até Peeta pegar no sono, pois eu fiquei admirando-o. Seus olhos azuis que estavam fechados, seu cabelo loiro teimando em cair no seu rosto e sua boca que encaixava perfeitamente com a minha. Ainda não conseguia acreditar que fiquei tanto tempo o vendo como meu irmão, meu confidente, meu melhor amigo e agora meu namorado. Nós somos feitos um para o outro, nossos pais sempre diziam isso e era besteira na minha cabeça, mas agora vejo o quanto eles estavam certos…

Acordei ainda com o braço de Peeta em minha volta, ele estava dormindo e parece que não ia acordar tão cedo. Resolvi que iria faltar três dias de aula para ficar com o doentinho, logo depois seria a votação e não poderia faltar nem que quisesse.

Saí da cama com cuidado para não acordá-lo e desci para tomar café com meus sogros. Tia Effie e tio Hay são tão lindos juntos, namoram como se a idade não tivesse chegado para eles ainda.

– Bom dia docinho! - cumprimentou Haymitch. - Meu filho já acordou?

– Ainda não, tio. - respondi. - Ele deve estar muito cansado, ficou que nem uma pedra a noite inteira.

– Melhor deixar ele dormir mesmo. Katniss, Snow já conversou com vocês do marketing da escola esse ano?

– Não, porém ele é previsível. Sabemos o que ele irá dizer, “tenham classe e ajam como se Panem fosse a melhor coisa de suas vidas, e não se esqueçam de mostrar o quanto são unidos”. - rimos. - Peeta e eu conversamos sobre isso noite passada e realmente não há como fugir. Pelo menos esse é o último ano da escola, no próximo entra alguém para nos substituir.

– Eis a questão, norinha. Vão arrastar vocês todos os anos para falarem de suas vidas para os alunos, os Mellark e Everdeen são de extrema importância para o financeiro desse empreendimento. - pegou minha mão e olhou bem em meus olhos. - Eu e seu pai fazemos de tudo para mantê-los em privacidade, contratamos seguranças quando eram pequenos, colocamos câmeras, mas parece que nada disso mantém a vida de vocês tranquila. Me desculpa Katniss.

– Para que se desculpar? Vocês não têm culpa em ter conseguido chegar a esse ponto, lutaram para alcançar essa fama. Qualquer um gostaria de ter nossa vida, sogrinho. - gargalhou alto com o que eu disse. - Tem os seus pontos negativos, mas o que fazer se Panem inteira nos idolatra?

Quando terminei a frase, apareceu Peeta de pijama, descendo as escadas com ajuda de uma muleta. A cena estava engraçada, ele estava gemendo umas coisas que tinha nenhum sentido, mas supus que era de dor. Odeio vê-lo desse jeito, ele é tão elétrico querendo fazer o monte de coisas, e depois dessa briga só pode ficar em casa.

– Seu doido! Quer ficar mais tempo em repouso, é?

– Kat, não aguento mais. Quero sair, ver pessoas, a natureza! - falou no meu ouvido, que me fez rir.

– Quem sabe eu não te levo para um passeio… - sussurrei e depositei um selinho em sua boca.

– Hummm, gostei da ideia.

Encaminhamo-nos para a cozinha, comendo o farto café da manhã. A cozinheira da casa era incrível, a Greasy. Ela sempre esteve na família e conhece todos muito bem, quando mais nova a senhora brincava conosco mas parou devido a seu problema de coluna.

– Katzinha, olha o que eu fiz especialmente para você. - olhei para o prato e abri um sorriso. - Suas panquecas preferidas!

– Obrigada Greasy, você é demais!

Momentos como esse eram os melhores para mim, estar do lado das pessoas que amo. Claro que faltavam meus pais, mas só de ficar com esses presentes no momento, me fazia muito feliz.

Depois de terminar a refeição, eu e Peeta subimos para o quarto e ficamos fazendo palhaçadas de quando éramos pequenos ainda, relembrando os velhos tempos.

– Mellark, você vai se arrepender muito de ter feito isso. - encarei-o brava por ter me jogado um travesseiro na cara. - Espera só esses dias de repouso passarem!

– Que pena que não pode fazer nada, né amor? Coitadinho de mim. - ri da expressão que ele fez, mas de repente mudou para assustado. - KATNISS! Amanhã é a entrega do trabalho de física, aquele lá em dupla. Você já terminou?

– É… Não.

Coçou a cabeça. Isso significa que ele está nervoso, e posso afirmar que não é nada bom ver ele fora de si.

– Amorzinho, eu explico para o professor que não deu tempo. - tentei convencê-lo, mas sem sucesso. - Honey, não fica nervosinho, odeio te ver desse jeito.

– O problema é que vale uma porcentagem muito grande sobre a nota final, e você sabe o quanto eu valorizo essa matéria.

– Então tá, vamos fazer. - fui em direção ao seu computador e comecei a pesquisar sobre o conteúdo. - Que é, vai ficar parado aí sem me ajudar?

– Katniss, esse trabalho é muito comprido. Impossível a gente terminar em menos de um dia.

Ignorei o que ele disse e continuei digitando. Já que Peeta valorizava tanto assim física, faremos do jeito dele. Peguei livros, liguei para Madge e Annie pedindo ajuda e quando vi, já estava com mais de vinte páginas.

– Pronto queridinho. Acabei. - virei para olhá-lo e ele estava dormindo. Aproveitador! - Peeta Mellark! Eu terminei o trabalho e não precisa agradecer, sei que sou a melhor namorada do mundo.

– Você é mesmo, mas vai colocar meu nome no trabalho? Tipo assim, eu não fiz nada… E sabe que horas são? Quase seis, você demorou oito horas fazendo isso.

– Eu fiz para você, óbvio que vou colocar seu nome. - olhei com desdém para ele. - Foda-se quanto tempo demorei meu amor, eu finalmente acabei esse inferno! - gritei o mais alto que pude e comecei a rir.

– Fala baixo, minha escandalozinha. - levantou-se com dificuldade e veio até mim. - Não pensa que esqueci do nosso passeio, ainda dá tempo.

Que bom que ele lembrou, ficar presa num quarto não é minha praia. Pensei em um lugar para irmos, então me veio na cabeça o parque que tem no bairro. Ele é todo florido, cheio de árvores e muito romântico. Meu pai me levava lá quando eu tinha sete anos, Peeta ia as vezes mas eu preferia o momento pai e filha. Nós deitávamos na grama e não existia mais ninguém em nossa volta. Saudades desses tempos…

– Então vamos, já sei um lugar que você vai amar!

Saímos de casa com cautela para ninguém nos escutar, o que foi meio difícil com a muleta de Peeta fazendo barulho. Entramos no carro do motorista pois não tinha condições de irmos caminhando e logo chegamos ao nosso destino.

– Eu lembro desse lugar… Era o parque que você vinha com Plutarch.

– Acertou! Adoro a vibe daqui, tudo parece tão calmo, tão zen. - fomos em direção ao banco que eu costumo chamar de “banco do amor”, pois fica embaixo de árvores com flores de pétalas cor-de-rosa.

Sentamos e um silêncio pairou no ar, vi que Peeta estava observando a paisagem que estava em nossa frente. Um lago cristalino, com pequenos patinhos e coberto de vitórias-régias.

– Aqui é muito bonito, com você então fica ainda mais. - disse quase murmurando se aproximando de mim.

Rompi o espaço que separava nós dois com um beijo intenso e cheio de amor. Peeta colocou a mão em meu rosto e estremeci com seu toque, ele não sabe o efeito que causa. Subi minhas mãos para seu pescoço aprofundando o momento, se é que era possível. Estava ficando quase com falta de ar, quando senti um par de olhos nos observando.

– Então estão namorando e não contaram para o babaca aqui? - fiquei mal por ter escondido, mas o que poderia fazer?


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Notas finais do capítulo

Quem será esse babaca, em? Comentem, deixem seus palpites, críticas e elogios para deixar esse rostinho com um sorriso =D
Beijão :*