Love is forever - The Originals escrita por Lovelace


Capítulo 3
O grande "não sei"




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Estava há dias aqui, estava ajudando os Mikaelson encontrar Hope, mas vasculhamos toda New Orleans e visitamos todas as crianças da idade de Hope, mas nem uma era ela.

A busca começou a se tornar cansativa, mas continuamos o sol já tinha sumido quando eu e Elijah paramos a procura e voltamos para a casa enquanto Hayley e Klaus continuavam. É claro que Elijah não estava cansado, mas eu estava exausta. Eu e Elijah ficamos meio próximos e o que era pra ser uma vingança contra minha irmã, acabou se tornando uma atração natural e real. E eu acabei me esquecendo de toda essa historia de querer me vingar dela e já me sentia da família. Sentia que fazia parte daquilo. A atração pelo Elijah, a amizade de Klaus e a vontade de encontrar Hope se tornaram mais fortes do que o ódio que sentia pela minha irmã.

Estava pensando nas coisas, em tudo, na vida, quando ele me tirou dessa hipnose.

—Vinho? —Disse ele com duas taças entrando no meu quarto.

—Não, obrigada, mas não costumo beber, na verdade costumava, mas estou tentando parar. 

—Entendo. Klaus e você têm algo?

Que direto. —Pensei.

—Temos. —Disse

—Ah, entendi.

—Somos amigos, apenas isso. —Disse a ele rindo.

—Amigos? —perguntou.

—Sim, apenas isso, ele não faz meu tipo, prefiro os românticos. 

Ele riu, eu não estava mais envergonhada, me sentia confortável ao lado dele, ele era lindo e tudo nele me chamava. 

Ele se aproximou, colocou a mão no meu rosto e eu amoleci.

—Você é linda, inteligente, engraçada mesmo sendo sarcástica. Eu não posso te arrastar pra essa bagunça que é minha vida.  Eu tenho mais de mil anos e eu não sei o que ta acontecendo entre nós.

—Minha vida já é uma bagunça, você não me arrastou para nada, eu que vim, foi a minha escolha. -Disse olhando pra cima, ele era mais alto. 

Toquei seu rosto, fui me aproximando e senti sua respiração pesada, tão pesada quando a minha, nossas bocas se tocaram e não pararam mais. Comecei tirando seu terno, enquanto ele desabotoava minha camisa jeans. Ele beijava meu pescoço me fazendo ser dele cada vez mais. Ele me colocou na cama e começou beijar meu corpo, nós dois ali nus. Foi perfeito, fizemos amor à noite toda. Eu adormeci, é claro.

Acordei com o sol batendo na janela e com os beijos de Elijah no meu pescoço. 

—Bom dia. -disse ele

—Muito bom... Dia. -Disse sorrindo 

—Porque não me disse que era sua primeira vez?-perguntou 

—Porque você não perguntou. -respondi 

—Mas....

—Foi perfeito, não se preocupe. 

—Sabe o que eu quero? 

—O que Senhor Elijah? 

—Um banho, bem quente, com companhia.

—Vampiros conseguem ler pensamentos também? –Sorri.

Fomos para de baixo do chuveiro, ele todo carinhoso começou a me beijar, quando de repente ele ficou quieto ao erguer meu cabelo para beijar minha nuca. Do nada, ele saiu do banho, do quarto. E fiquei sem entender o que tinha acontecido. Terminei meu banho, me vesti e desci. 

Tinha uma movimentação esquisita no pátio e resolvi descer para ver o que era. Klaus, Hayley, e uma senhora que me encarava muito estavam lá. Nem sinal de Elijah.

— O que houve? -perguntei 

—Essa é a bruxa que levou Hope, ela pode rastrear nossa menina. -Disse Hayley.

Tinha um mapa da cidade em cima da mesa, o sangue que deveria ser de Klaus e de Hayley. E um tipo de pergaminho na mão dela.

—Vamos começar. -Disse a bruxa

Eles deram as mãos enquanto a bruxa dizia palavras que eu não consigo nem pronunciar, o sangue começou a correr pelo mapa e parou caindo no chão, próximo ao meu pé. 

Perguntei sem esperar ninguém falar nada.

—Deu certo? 

—Deu. -Respondeu a bruxa. 

—Então onde está Hope?- Klaus perguntou aumentando o tom da voz.

—Ela está aqui

Hope estava em New Orleans, pensei comigo. Mas onde? 
           —Como ela está aqui em New orleans, se a procuramos, procuramos por todas as crianças da idade dela e nada. -Disse Klaus.

—A vela acendeu faz quase um mês. –Completou Hayley.
—Vocês nunca iam achá-la, estavam procurando no lugar certo, mas pela pessoa errada. -Disse a Bruxa.
—Como assim? -Respondeu Klaus
 A bruxa apontou pra mim e de repente um silêncio se formou, todos olhavam para mim e eu me perguntava o que estava acontecendo. Eu não estava com a Hope. 
 Logo o silencio foi quebrado por Klaus me empurrando para a parede e segurando no meu pescoço.

—Onde está minha filha? É claro que eu deveria saber que você voltou pra se vingar da Hayley, mas não vai usar meu bebê para fazer isso. -Disse ele me machucando

—Klaus... Eu... Você está me machucando. -Disse sufocando.

Eu não fazia idéia do que a bruxa estava falando. 

—Vocês vampiros são tão tolos. -Disse a bruxa em um tom sarcástico. Enquanto o foco do Klaus mudou para o rosto dela que iria dizer mais alguma coisa, Elijah apareceu e me tirou das mãos fortes e sufocantes de Klaus. Levando-me rapidamente para o meio da sala.

— O que você quer dizer com isso? - Disse Klaus, olhando para ela e pra mim.

Enquanto Klaus olhava pra bruxa, Elijah ergueu meu cabelo mostrando minha nuca para todos que estavam na sala. Um silencio se formou, Klaus e Hayley se olhavam e de repente o silencio foi quebrado pela voz em tom sarcastico da Bruxa.

—É claro que ela não está com a sua filha, ela é a sua filha. -disse a bruxa.

Naquele momento, naquele exato momento eu não sabia mais o que era real e o que não era.

—Minha filha tem 4 anos, Hanna é uma mulher. E eu cresci com ela. Como diabos ela é minha filha se quando ela chegou a minha vida eu era uma criança? -disse Hayley.

—Vocês vampiros, lobos, bruxas, ainda não acreditam em coisas sobrenaturais? Olhem atrás da orelha dela, a marca de nascença, a mesma que Klaus tem e a mesma que ela tinha quando sumiu. Porque vocês acham que parecem que são conectados? -Disse a bruxa. 

—É porque na realidade são. -Disse Elijah.

—Mas como? - Essas eram as únicas palavras que eu consegui falar.

—Quando sua tia Freya te trouxe até mim, eu fiz um feitiço de proteção. Mas você se protegeu do feitiço e com seus poderes conseguiu ir para perto de quem ama. Sua mãe. Porem, você conseguiu viajar no tempo e acabou sendo criada como se fosse irmã dela. O resto da historia vocês sabem. –Disse ela.

—Não, não é possível. Eu sou Humana.

—Você é a minha filha, meu Deus. -Disse Hayley

—Você é minha filha, agora tudo faz sentido, é por isso que me sentia atraído por proteger você. Você me lembrava alguém, só não sabia quem e que esse alguém era minha filha. -Disse Klaus

—Meu Deus. - disse Elijah

A gente tinha feito amor e eu me sentia atraída por ele e ele era meu tio. E eu me sentia envergonhada, triste e assustada.

Estavam todos ainda processando a noticia. Quando a bruxa se levantou do sofá e disse:

— Preciso fazer uma ultima coisa antes de ir embora. Essa marca de nascença é uma conexão. Você é conectado com seu pai e é por essa marca de sangue você pode ter acesso à vida que você não se lembra.

—Como?- Disse Klaus andando em minha direção e me pegando pela mão. Eu tremia tanto. Segurei sua mão e fomos em direção a Bruxa.

—Preciso de sangue. Cortem a mão direita com isso. -Disse ela

—O que? Não. -disse. 

—Ela não cura, não podemos cortar sua mão. –Disse Elijah.

—Curioso. –respondeu a bruxa.

—É a única forma de você se lembrar e compartilhar comigo. –disse Klaus.

Ele queria ter certeza de que eu era sua filha, e eu no fundo também queria.

—OK. - respondi

Ele cortou a sua mão e me passou a faca pra eu cortar a minha. Fiz que não com a cabeça e estiquei o braço e abri a mão para ele mesmo fazer. Fechei os olhos e senti a lamina cortando a palma da minha mão. Logo colocamos palma com palma e entrelaçamos as mãos. Senti o calor do sangue dele junto ao meu, a bruxa começou a dizer algumas palavras das quais eu não entendi nada. E o nosso sangue se uniu. Caímos no circulo que ela fez e lá estavam as memórias. Era como se eu tivesse olhando pelos olhos do Klaus, como se existisse uma janela para mim lá. Vi todos os momentos dele com a filha. E do nada, todas as lembranças de bebê voltaram, todas as minhas lembranças voltaram. Eu era ela. Eu sou Hope Mikaelson. -Pensei

—Hope! - disse Klaus olhando pra mim com um olhar paterno que eu nunca tinha visto antes nele. Aquilo era amor. Amor de pai.

Ele se levantou e me ajudou a levantar.

—Meu nome é Hanna, pelo menos agora é. Desculpem-me, é muita coisa pra minha cabeça que parece que vai explodir.

A bruxa se levantou e fez um sinal com a cabeça como se o trabalho dela lá tinha terminado e foi embora. Hayley e Elijah me olhavam, mas não tentavam se aproximar.

— Eu vou subir, preciso pensar. - disse 

Fizeram que sim com a cabeça, mas Elijah me olhou e começou a andar como se fosse me acompanhar.

—Não! Por favor, me deixe sozinha agora, por favor.

 Eu me lembro de exatamente tudo. Da infância com Klaus e da infância que eu estava acostumada. A lembrança era tão nítida como a lembrança que eu tinha da noite passada com Elijah. Seu cheiro, toques e beijos ainda estavam vivos em mim.
Eu não podia sentir o que sinto por ele, mas eu sentia e cada vez estava mais vivos dentro de mim esse sentimento.

Tão confuso, eu sou filha da minha irmã que matou meus pais na sua fúria de “loba”, meu pai é um cara de mil anos que até ontem era meu amigo e o cara que eu gosto é meu tio.

Obrigada universo, por sempre brincar comigo. 
São tantas coisas, que eu não sei o que penso primeiro, agora estou aqui olhando para o teto de uma casa que eu não conheço em uma cama que não é minha. Fui me virar de lado e sem querer fechei a mão, soltei um – Ai.

De repente, Klaus e Elijah já estavam no quarto.

—Você está bem? –disse Klaus.

—Não, mas vou ficar.

     Elijah se aproximou com umas faixas para enrolar na minha mão.

      —Vou colocar isso em você. –Disse Elijah pegando minha mão que estava sangrando.

     —Quando você era bebê, eu costumava cuidar de você e direto tinha que colocar mini curativos em você. –disse Elijah.

     —Verdade. –respondeu Klaus.

    —Mas naquela época você se curava rápido. Não entendo. –Disse Elijah.

    —Mas como uma “humana” deveria curar com o nosso sangue. –disse Klaus.

    —É obvio, ela é sobrenatural, sua filha, imune a hipnose de vampiros. Deve ser imune a sangue de vampiros também. –Disse Elijah.

—Não! –Completou Klaus, em um tom alto.

Olhei para ele, Elijah olhou pra mim e disse:

 –Se ela não se cura com sangue de vampiro, como vamos a proteger se algo de ruim acontecer com ela?

—Nada de ruim vai acontecer comigo. –disse

—Aqui é New Orleans, Hanna. E só o fato de você carregar o nome Mikaelson te faz ganhar vários inimigos. Sem contar que pela profecia, você é o ser sobrenatural mais forte que existe. A filha de uma loba com um vampiro e ainda com sangue de bruxa. Era pra você ser uma hibrida. –Disse Klaus.

—Mas eu sou frágil como uma humana, eu não cicatrizo e para variar eu não curo com sangue de vampiro. Pelo jeito eu sou imune a mim mesma e a minha própria magia. –disse

—Faz sentido, você usou sua magia quando era criança para se proteger de magia. De acordo com a bruxa. –disse Elijah.

—Sim. –respondeu Klaus.

—Onde está Hayley. –disse.

—Ela foi contar ao marido a novidade, provavelmente logo ele vai estar aqui. Ele gostava muito de você. –disse Elijah.

—Sério?

—Sim, ele cuidava de você como se fosse seu pai. –respondeu Klaus.

—Você pelo jeito adorava isso né? –retruquei

—Ele tinha seus momentos. –disse Elijah.

—Precisamos avisar a Freya e a Rebecca que encontramos você. –completou Elijah.

—OK. Vocês podem me deixar um pouco aqui. Vou tentar dormir.

—Sim claro. Todo o tempo que você precisar. –disse Klaus.

Eles saíram do quarto e encostaram a porta. Levantei-me da cama e fui até a varanda de onde conseguia ver Hayley conversando com seu marido pela janela. A mesma janela em que eu a vi pela primeira vez depois de anos. Onde eu senti ódio, agora eu não sei mais o que sinto. Tenho todas as lembranças onde ela era uma mãe maravilhosa.


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Notas finais do capítulo

Me digam o que acharam dessa revelação?
O que vocês acham que deve acontecer com o romance proibido?



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