Love is forever - The Originals escrita por Lovelace


Capítulo 2
Drama Familiar




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A vida nos prega peças, às vezes nos assusta e outras vezes nos surpreende, eu não sei se estou assustada ou surpreendida. Aqui estou eu, uma garota cujo país foram mortos pela minha irmã adotiva que era um monstro, e agora eu descubro que por algum motivo sou imune a monstros. Mas por quê? Será esse o motivo da minha irmã não ter conseguido se manter como loba perto de mim?

—No que você está pensando. -Disse Klaus

—Se eu sou imune ao sobrenatural, quer dizer que eu sou sobrenatural também?

—Não sei Hanna, nesses mil anos, nunca conheci alguém como você. Uma humana que seja imune.

—Eu preciso ir embora. –Disse me levantando.

Nesse momento senti uma leve tontura e parei. Ele tinha feito uma transfusão de sangue em mim e um curativo no meu pescoço. Mas mesmo assim ainda me sentia fraca.

—Não, você fica, preciso descobrir o que você é. E você não está bem para sair andando por ai.

— Klaus, eu não sou perigosa. –Disse a ele.

—Nas mães certas você séria uma arma, não sei por que eu sinto a necessidade de te proteger, deve ser porque você me lembra alguém do meu passado.

— Quem? –Disse curiosa

Fiquei curiosa, mas não insisti, ele se sentou na cadeira ao lado, eu ouvi passos no piso que era de madeira. Era um homem, com terno e gravata, cá entre nós ele era lindo.

—Quem é ela? –Disse ele cheio de classe e postura, Meu DEUS que homem!

—O nome dela é Hanna, ela não se cura com sangue de vampiro, ela é imune ao vampirismo.

—Verbena? –Disse ele.

—Ela está completamente limpa. –Klaus falou me olhando

—E você quem é? –Disse curiosa

—Ah claro, me desculpe, meu nome é Elijah, sou irmão do Klaus. Prazer em conhecê-la. –Disse pegando na minha mão.

—O prazer é todo meu, Elijah. –Respondi.

—Eu te conheço de algum lugar? Esses olhos amendoados não são estranhos. –Ele disse olhando no fundo dos meus olhos, se eu acreditasse nessas coisas iria dizer que ele conseguiu ver minha alma.

—Tenho certeza que se tivesse te visto eu algum lugar eu me lembraria, nunca iria esquecer um rosto como o seu. –Completou Elijah.

Nesse momento senti minhas bochechas ficando rosa.

—Qual seu sobrenome, Hanna? –Klaus perguntou

—Hanna Marshall.

No momento que disse meu nome completo eu tinha certeza que eles conheciam minha irmã.

—Eu sabia que conhecia esses olhos de algum lugar. Você é a irmã da Hayley, certo? –Disse Elijah.

—Irmã adotiva, não tem porque nossos olhos serem iguais. –Retruquei.

Klaus estava inquieto, andava de um lado para o outro prestando atenção na nossa conversa.

—Esse era o motivo da sua vinda à cidade? - Disse klaus

—Sim. –Respondi.

—Ela merece saber que você está aqui. –Disse Elijah.

—Não, ela não merece. Ela é um monstro.

—Todos nós somos um monstro, Hanna. Mas eu sou o monstro que te salvou e por algum motivo te salvaria mil vezes. –Disse Klaus.

Calei-me, não sabia o que dizer, a única coisa que eu sabia era que sentia uma conexão com os dois irmãos. Eu não podia me apaixonar, não por um vampiro, imagine o desastre que ia ser se eu me apaixonasse por dois e logo dois Originais. Sempre me perguntei o que iria me tornar quando crescesse, que tipo de máscara eu colocaria. Quando se é criança tudo é mais fácil, temos aqueles sonhos e vários planos. E então crescemos tão rápido e deixamos as coisas de criança de lado e percebemos que a única coisa que precisamos quando nos tornamos adultos é ter alguém pra proteger o seu lado criança. Ninguém vive sem alguém, ninguém vive sem amor, eu estou morta. Quando Hayley matou meus pais, ela matou as únicas pessoas que me amavam e agora eu vivo nessa busca intensa tentando achar alguém para proteger meu lado criança.

Na vida a vários momentos e ela te assusta dessa forma, não tem como correr, ela te transforma com os danos. Meus danos, cicatrizes, amores, pessoas que se foram, é assim que funciona, essa é a vida. E de repente você acorda e percebe que nada, exatamente nada é impossível e que existem pessoas lá fora capazes de te amar e te proteger, e eu o conheci.

Estava em um dos quartos do quartel, do lado do quarto de Klaus, estava ali há dias, me recuperando e me escondendo, tentando convencer os irmãos de não contar para Hayley que eu estava ali. Resolvi ir até o quarto do Klaus e o ouvi conversando com Elijah.

—Você sabe que é perigoso manter ela aqui, nada é seguro perto de nós, atraímos inimigos durante mil anos, agora não vai ser diferente, essa calmaria não vai durar. –Disse Elijah.

—Eu sei, mas ela pode ser uma arma contra nós, ela é imune, ela é um mistério e eu adoro um. –Disse Klaus se aproximando de mim. –Principalmente mistérios que são curiosos e escutam a conversa alheia.

—Desculpa, não resisti. –Disse corando.

Tinha certo problema com isso, sempre que me sentia envergonhada as bochechas da minha pele pálida pegavam cor.

Ouvi passos na escada velha de madeira e uma voz feminina dizendo:

—Klaus...

Travei, naquele momento eu não sabia o que fazer, eu simplesmente travei, meus braços começaram a tremer e eu senti o sufocamento de sempre, eu estava em pânico, era Hayley.

—Quem é essa? -Disse ela.

—Deve ser o novo brinquedinho dos Mikaelson. –Sussurrou.

—Essa é... É Bianca, prima da Cami. –Disse Elijah

Klaus e Elijah se olharam, olharam pra mim, naquele momento eu estava contando até dez, já tinha feito isso, era só contar até dez.

—Não precisa mentir por mim, eu acabei de ser atacada por um vampiro e salvo por outro que tem mil anos e é o cara mais foda da historia dos vampiros, acho que está na hora de enfrentar a "irmã" que matou meus pais. –Disse recuperando o fôlego.

—Hanna? –Disse ela se aproximando.

— Sim! Hanna, aquela que você abandonou. –Falei

—Hann, eu... Eu...

Ela não conseguia completar as palavras, se aproximou querendo tocar meu rosto.

—NÃO! –Disse aumentando a voz. –Você não tem o direito nem de pisar onde eu piso, então, por favor, não me toque.

Elijah e Klaus se olhavam, como se falassem algo apenas com o olhar, deve ser coisa de irmãos.

—Me desculpa, por tudo. –Disse ela.

—Eu perdi o controle, não foi minha culpa, você não entende essa coisa de lobo, não tinha como controlar, eu tentei. Eu juro! –Completou.

—Não Hayley. Não!

—OK, muito drama familiar pra um dia, acho melhor você ir Hayley. –Disse Klaus.

—Não, eu lido com a Hanna depois. Eu vim falar da Hope, ela está na cidade. Em algum lugar. –Disse Hayley, e eu estava sem entender nada.

—Como? –Disse Klaus ofegante

—A vela, a vela que só acenderia quando Hope chegasse à cidade se acendeu, eu não percebi porque estava na floresta, mas quando eu cheguei em casa a chama estava acessa. Nossa filha voltou, nosso bebê voltou Klaus. –Disse Hayley.

Minha irmã teve uma filha com um vampiro, espera, não consigo entender.

—Vou mandar todos os vampiros e você mande todos os lobos atrás de crianças com quatro anos, a acharemos, ela tem a marca atrás da orelha, e ela é nossa filha, saberemos quando estivermos de frente com a criança certa. Vamos achar ela! –Disse Klaus.

—Você tem uma filha com o Klaus, como isso é possível? –Disse.

—É uma longa historia, mas tecnicamente a gente transou sem sentimentos é claro, Hope nasceu, é claro que não podemos esquecer que ela também transou com o Elijah depois. –Disse Klaus sarcástico.

—Vamos deixar a conversa familiar para depois e focar no que importa. Temos que encontrar Hope. –Disse Elijah.

—Quero ajudar, quero conhecer minha sublinha. –Respondi.

—Claro. –Disse Klaus.

Percebi que Hayley ficou meio que mexida quando Klaus disse sobre Elijah, ela gosta dele, então ele é meu foco, ele é minha revenge. Vou fazer ele se apaixonar loucamente por mim. Machucar o que mais a machuca, o coração. Eu queria conhecer Hope, mas a vontade de machucar Hayley é maior que tudo.


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