A Proposta escrita por Juffss


Capítulo 16
Secret place




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POV Emmett

Entrei no quarto de Rose com ela em meus braços. Dormia feito uma criança. A coloquei em sua cama e logo depois a aconcheguei na mesma. Estava um pouco frio, então não pensei duas vezes antes de cobri-la.

- Boa noite meu amor_ sussurrei palavras que no fundo sabia que eram verdadeiras em seu ouvido.

Ela se mexeu um pouco como quem tivesse acordado. Seus olhos ainda fechados me mantinham presos ali. Parado, observando-a dormir, percebi que ela me despertava de forma que não entendia. Sentimentos que nunca outra mulher fez surgir. Eu gostava de ficar com ela, ficar perto dela. Eu gostava de estar ali, observando-a dormir. Em seu sonho doce e tranqüilo.

Eu a amava. Era tudo o que veio em minha cabeça. Eu a amava de forma incontrolável. Eu queria a proteger, queria estar ali, presente, sempre. Queria lhe dar tudo, nem se isso fosse impossível, eu lhe daria o céu, o mar, as estrelas, eu lhe daria tudo.

Abaixei-me de forma que ficasse ajoelhado de frente a ela. Sua figura doce e angelical me convidava. Ela era como um anjo, o meu anjo.

- Boa noite..._ voltei a falar a ela enquanto saia do quarto.

Deitei-me na cama e acabei por dormir. Ainda estava cansado da viajem.

Na manha seguinte, acordei um homem novo. Desci as escadas rápido, era manha do dia 25 de dezembro, tinha presentes debaixo de uma enorme árvore de Natal e sabia que alguns eram meus. Jasper e Alice estavam sentados no sofá e brincavam com algum dos presentes, pareciam crianças. Não havia mais ninguém na sala, então julguei que ainda estavam todos dormindo. Rose estava ao pé da escada então foi a primeira que cumprimentei.

- Bom dia e feliz Natal!_ falei a abraçando e lhe dando um beijo.

Que por mal saiu. Minha boca encostou-se ao canto da dela me fazendo querer chegar um pouco pro lado, encontrar os seus lábios. Seu corpo ainda estava perto de mim e ela me olhava assustada. Eu queria que nossos lábios se encostassem plenamente. Eu queria mais. A olhei nos olhos como se falasse o que iria fazer e a tomei em um beijo. Não me importava onde estávamos, nem que estava perto, o que importava, agora era que ali, naquele momento, só existiam eu e ela. E eu não queria isso apenas para aquele momento, eu queria por toda a minha vida. Eu a queria pela eternidade.

Nossas bocas se encaixavam perfeitamente e se moviam em uma sincronia, seus lábios de mel me deixavam louco.

O ar já me faltava, mas não queria me desgrudar de seus lábios, não queria a perder. Ela se afastou ofegante de mim. Alice se aproximou rapidamente a puxando para o outro andar. Eu a puxei pelo braço dando-lhe mais um selinho e depois eu a vi desaparecer na escada sendo atrás de Alice.

- O que foi isso?_ Jazz me perguntou após certo tempo de silêncio.

- Eu não sei._ falei a mais pura verdade.

- Você praticamente a agarrou_ ele me disse_ Praticamente nada..._ discordou de si mesmo_ Você a agarrou.

- Eu..._ tentei falar algo, mas desisti.

- Você esta gostando dela Emm?_ ele me perguntou.

- É..._ falei como se fosse um sim.

Depois não tivemos tempo de conversamos mais, não sobre esse assunto, pois Edward e Bella apareceram. Quando me dei conta a vovó falava sobre um maluco que invadia uma ilha habitada por 5 mulheres e 4 homens.

-... Após certo tempo escondido entre as árvores ele percebeu o que toda a família fazia, percebeu os hábitos e os gostos. Trajando uma capa azul marinho e seu rosto coberto por uma mascara, ele decidiu matar todos. Começou por matar a mais velha sufocada enquanto dormia, deixando quando saísse uma rosa pintada de preto. Depois matou os outros dois mais velhos, a mulher ele matou aonde se guardava vinhos e o homem quando achou a mulher, ambos com uma pancada na cabeça, mas uma vez deixou, agora, por serem dois, duas rosas negras. No dia seguinte matou as outras três meninas, a mais velha afogada, a do meio enforcada, e a mais nova ele espancou até morrer. Em cada morte mais uma rosa. Na casa agora só existiam os meninos, e ele achava que seriam os mais difíceis de enganar, os mais difíceis de matar. Então ele foi até o escritório do homem que ele já tinha matado e pegou a arma escondida na primeira gaveta. Com um tiro no peito matou o mais velho, depois matou o do meio com um na cabeça._ ela disse se levantando.

- E o mais novo?_ Edward perguntou.

- Ninguém sabe como ele morreu nunca mais o viram_ ela disse saindo.

O resto do dia eu passei segurando a vontade de tomar Rose novamente em meus braços. Estávamos assistindo um filme de romance que a vovó queria ver, o nome não sei, na verdade nem tava prestando atenção no filme. Meus olhos não estavam na televisão e sim na pessoa que a assistia. Quando o filme terminou Carlisle fez uma pergunta que no fundo todos queriam saber.

- Mãe, e a arte de vocês? Decidiram não fazer?

- Não queremos assustar os Swan._ ela disse enquanto subia a escada_ Boa noite!_ ela disse quando desapareceu no andar de cima.

- Eu to com sono..._ Bella disse e Edward se levantou para acompanhá-la até o quarto.

Não se passaram uma hora e os outros dois casais subiram para os seus quartos alegando estarem com sono. Não que eu me importasse, eu estava sozinho com Rosalie.

- É... Sobre hoje de manha_ ela começou meio sem jeito_ Me desculpe..._ concluiu.

- Eu quis_ tentei tranqüilizá-la.

- Mas..._ ela ainda estava sem jeito.

- Rosalie..._ parei ao ver que ela se assustou_ O que foi?_ perguntei preocupado.

- Você me chamou de Rosalie... Fiz algo errado?_ ela perguntou se sentando ao meu lado.

- Não_ eu ri da idéia dela_ é que vou te falar uma coisa e..._ parei buscando palavras.

- E..._ela insistiu.

- É que nunca falei isso antes... Nunca mesmo falei isso pra uma mulher..._ sorri timidamente pra ela.

Ela repousou a face de suas mãos em meu rosto e depositou um beijo no canto de minha boca. Ela havia me pedido silenciosamente para falar.

- Rosalie_ retomei o ar e pude falar seu nome_ lembra quando agente se conheceu_ dei um leve sorriso quando veio em minha cabeça a sua imagem seminua, senti seu rosto avermelhar_ Rosalie_ repeti seu nome para tomar coragem_ O amor..._ respirei fundo_ não era assim pra mim e eu não esperava me apaixonar._falei dando por fim o meu sofrimento de enrolar meus sentimentos_ Mas eu me apaixonei, eu estava distraído e nem percebi._ ela me olhava com olhos molhados_ O meu mundo mudou. Hoje sem você eu não sei viver, eu não sei quem sou._ respirei fundo buscando mais palavras_ Você enfeitiçou o meu coração, me encheu de paixão._ uma lágrima invadiu sua face_ O amor bateu tão rápido que eu nem sei como tudo aconteceu, como me apaixonei._ bati novamente na tecla “eu estou apaixonado por você”_ Eu realmente não sabia o que era amor, mas agora com você do meu lado eu sei._ a lágrima solitária ganhou amigos e agora sua face perfeita estava molhada por tantas lágrimas_ E se isso é o amor, eu estou apaixonado por você perdidamente._ olhei fundo em seus olhos_ Não consigo mais ficar longe de você._eu tinha que ouvir algo de sua boca_ Não vejo mais meu futuro longe de você.

Ela não falava nada as lágrimas ainda rolavam pela sua face. Tive medo. Medo de sua reprovação, medo que ela não me amasse. Não sei se meu mundo resistiria a um fora desses. Sua boca se moveu como se falasse algo sem voz.

- Eu te amo_ disse por fim, resumindo tudo.

Nenhum movimento, ela estava congelada. Não entendia o motivo dela não se mover, dela estar parada há alguns minutos me encarando como se não entendesse o que eu falava. Digerindo informações, teria que dar tempo ao tempo. Tempo a ela.

Levantei-me deixando-a sozinha, na sala clara. Não gostava da idéia de deixá-la, mas teria que dar um espaço a ela. Respirei fundo ao fechar a porta e deitar na cama. Seria uma noite longa. Aconcheguei a cabeça no travesseiro e respirei fundo esperando que o mundo me ajudasse e finalmente conseguisse dormir.

Passos cautelosos se estenderam ao corredor. Senti a porta se abrir. Fechei meus olhos e fingi dormir. Já se havia passado 1 hora e 24 minutos desde que subi, e agora tinha medo de sua resposta mais que nunca.

- Emmett_ ela sussurrou como se tivesse medo de me acordar.

Não sabia se devia responder ou ficar mudo. O meu nome pronunciado pelo doce sussurro de sua voz me congelou. Senti os passos se aproximarem. Um peso no canto da cama. Ela estava sentada no canto da cama e meu medo ainda me impedia de falar que estava acordado. Algo cobriu meu corpo, um cobertor. Senti sua respiração se aproximando de meu rosto. Ela me deu um beijo na testa, um pouco demorado. Depois tudo sumiu. Senti seus passos se afastando e depois a porta se fechou quase silenciosamente me permitindo abrir os olhos. Respirei aliviado, mas meu medo ainda estava ali. O beijo significava o que? Era apenas um beijo de desculpa ou seria algo mais? Um beijo de eu também?

Dormi com minha cabeça rodeada de perguntas sem soluções, rodeada do medo.

Levantei cedo naquele dia, não tinha dormido direito. Esperei todos acordarem e descerem para tomar o café, ou quase todos. Só estava faltando a vovó e a Rose. E é essa que realmente queria ver. Vestida com uma saia um pouco acima da sua cintura, uma blusa branca e sapatos de salto ela estava básica. Não sei se era ela que caminhava lentamente em minha direção ou se o tempo que pareceu diminuir sua velocidade.

Ela foi até a mesa e pegou uma fruta, levantou-a como se mostrasse a alguém e caminhou até onde eu estava.

- Posso falar com você?_ minha boca estava seca, eu estava nervoso.

- Pode?_ perguntei não sabendo se realmente podia_ Quer dizer se não for me matar..._ falei a primeira coisa que me veio a cabeça.

- Eu não vou te matar._ ela afirmou com um sorriso torto_ Só quero conversar_ ela fez uma pausa_ Não aqui... Vamos pra cidade? Eu quero te mostrar uma coisa._ ela disse esperando que eu me levantasse.

- Vamos_ por mais que eu quisesse não conseguiria dizer não a ela.

Ela me guiou até a lancha e com ela nos levou a cidade.

- Aonde vamos?_ perguntei descendo da lancha, eram as primeiras palavras desde que saímos de casa.

- Quero te mostrar uma coisa_ ela disse indo até um BMW M3 vermelho, bem a cara dela.

Não sei o que acontecia se ela me levasse à morte acho que iria sem questionar. No inicio tudo era cinza, mas com o passar das milhas o cinza se transformou em verde. Entre arvores havia um caminho de terra escondido, deserto e que parecia que ninguém ia ali por muito tempo. Ela respirou fundo ao ver uma casa ao longe. Ela parou o carro na frente da casa e desceu, se encostando, em direção contraria a mim, no carro. Fitava as arvores que havia ao redor da casa. A olhei por algum tempo antes de descer do carro e ir até ela. Me encostei no carro a uma distancia razoável dela.

- Meu pai veio aqui comigo até meus 21 anos._ ela disse como se lembrasse de algo._ A ultima vez que vim aqui foi no dia que descobri que Royce me traia_ ela disse abaixando a cabeça.

Passei meus dedos pelo seu queixo fazendo-a levantar-la para me olhar.

- Esquece o Royce_ disse como uma ordem, mesmo sendo um pedido_ Agora já passou.

- Eu já esqueci, e que eu to com um pouco de medo_ ela me disse voltando a fitar o chão.

- Rosalie você tem medo de que?_ perguntei preocupado.

- De você_ ela me respondeu sincera

- Eu sou inofensivo a você, esqueceu que eu te amo?_ falei abaixando minha cabeça.

- Não é isso_ ela começou_ não tenho medo de sua forma física, ou de você me machucar fisicamente. Eu tenho medo de você, dos seus sentimentos._ ela disse e senti alguém me encarar.

- Bem..._ comecei mais fui interrompido por ela.

- Não_ ela disse_ deixe eu falar. Emmett antes era só Rose, agora é Rosalie. Antes você me dava uma cantada a cada 5 minutos já faz mais de semana que não recebo mais uma cantada. Por que só me chama de Rosalie agora? Por que parou de ma cantar?_ ela perguntou me fazendo refleti.

- Eu canto todas as mulheres que acho atraentes, mas você é diferente. Você é muito mais que atraente. Não merece cantadas idiotas usadas tantas vezes por minha boca, apesar de serem mais verdadeiras faladas á você. E eu só to te chamando de Rosalie agora porque Rosalie é mais sério. _ arredei meus braços um pouco pro lado tentando mudar de posição, minha mão encontrou a dela e meu polegar começou a brincar involuntariamente com as pontas dos dedos da mão dela, senti-a arrepiar._ Com você eu quero algo mais sério do que apenas uma noite, será que ainda não viu isso?_ perguntei a deixando me encarar.

Seus dedos se entrelaçaram aos meus e ela me puxou para o meio das arvores. Com cuidado ela se abaixou sentando-se a copa de uma. Bateu a mau próximo dela me convidando a sentar.

- Meu pai me trouxe aqui quando tinha dez anos e todas as semanas vínhamos aqui, “é o meu lugar”. Segundo ele, só eu sei da existência dessa casa e dessa clareira, claro ele também sabe..._ ela disse como explicasse algo a uma criança._ Se transformou em meu lugar quando completei 18 anos, ele me “deu” de presente, nunca mais voltou_ ela mexia na bolsa_ vim aqui até conhecer Royce, depois minha vida se transformou em sair e nada mais, não tinha tempo para relaxar, e nem conseguia._ela tirou uma chave da bolsa_ Estar com alguém que não se ama é estressante, e não ter tempo pra descansar te deixa mais ainda. Emm..._ ela disse olhando pra mim_ sinto falta das cantadas e do seu jeito de falar Rose_ ela disse com um sorriso tímido.

- Rose, Rose, Rose, Rose..._ repeti pra ela que abriu um largo sorriso.

- Você não precisa me chamar de Rosalie só porque isso parece mais sério e você quer ter algo mais sério comigo. Você é a primeira pessoa que eu trago aqui..._ ela disse docemente.

- Rose_ repeti mais uma vez_ você tem brigadeiro?_ perguntei a fitando.

- Não_ ela disse olhando em direção a casa.

- Então me dá um beijinho?_ ela sorriu amorosamente e se jogou sobre meu corpo.

- Não te dou um beijinho_ ela disse me fazendo ficar triste.

- Não?_ perguntei tristemente.

- Não._ ela afirmou_ eu te dou quantos quiser, na hora que quiser, e do jeito que quiser.

Ela disse antes que eu avançasse a sua boca em um ato necessitado. Eu precisava de seus lábios mais do que imaginava.

- Eu te amo_ ela disse em um sussurro enquanto tomava ar.

- Eu também_ disse a tomando em mais um beijo, dessa vez carinhoso e urgente.

Ela havia acabado com todos os meus medos.


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