Teresa Lisbon estava preenchendo alguns relatórios que deixara incompletos durante a semana. O sol refletia em sua janela, fazendo-a semicerrar os cílios e sentir-se incomodada logo de início. Ela pensava no que Peter Blake tinha dito antes, por uma ligação: "Quando sairmos juntos, quero que leve Patrick Jane. Gostaria de observa-lo de perto", de início a agente estranhou, mas concordou com um simples "OK". 

Rigsby bateu á sua porta e disse:

— Chefe, temos um caso.

— Certo. Estou indo! 

— Quer que eu acorde Jane?

— Não precisa, pode o deixar dormindo. Jane não vai ajudar em nada reclamando do sol. E além disso, ele vai ficar achando que não conseguimos resolver um caso sem ele. — Lisbon foi atrás de Rigsby e não demorou muito para que chegassem no carro.

Cho estava relendo o relatório e Van Pelt digitava furiosamente em seu notbook, Rigsby estava folheando o relatório, prestando atenção no rosto das vítimas, Lisbon tentava não pensar na proposta de Blake, então disse:

— Alguém pode, por favor, me falar a respeito do caso?

— Gabriel Hills, 17 anos foi morto ontem por volta das sete da noite, os médicos acham que a causa foi um traumatismo. Mas não é só isso, junto com ele estavam suas irmãs, Roberta e Abigail, que agora, encontram-se desaparecidas. Os irmãos eram trigêmeos, filhos de Jim Hills, governador do estado.

— Droga! — Lisbon deixou que escapasse de sua boca. Seu celular começou a tocar logo em seguida.

— Lisbon! Que gentileza sua não me acordar! Saiba que eu dormi como um anjo. — Jane riu. — Esta tensa, Lisbon? Sua respiração a traiu.

— Precisamos de você. Esse caso envolve os filhos do governador Hills, esteja aqui em dez minutos. — Lisbon manteve os olhos na estrada. — Van Pelt vai passar pra você o endereço por mensagem.

— Não posso ir aí, Lisbon. Sinto muito. Estou na Blake Company resolvendo uns negócios.

— O que esta fazendo ai? — A raiva era evidente em sua voz.

— Resolvi investir, sabe? Mas agora tenho que desligar, chegou a minha vez de falar com seu nam... Amigo! Até mais, Lisbon.

— Filho da mãe! — A agente encerrou a chamada rapidamente.

THE MENTALIST

Quando os agentes chegaram no local do crime, havia agente federais do qual Lisbon já conhecia. Eles comprimentaram-se apenas com um aceno de cabeça, e a agente mais nova, baixinha dos olhos castanhos foi a primeira que começou a falar.

— Sou a agente Davis e esse é o agente Fortier, e vocês são..?

— Agente Lisbon, Cho, Van Pelt e Rigsby. Somos da CBI. — Davis concordou com a cabeça, entusiasmada. — Como Gabriel Hills foi achado?

— Ele foi achado por um morador local, que agora esta em nossa proteção por medo que seja o próximo. Junto ao seu corpo, achamos uma carta que mencionava você, agente. — Davis entregou uma carta envolvida com um plastico, a evidência do crime. — Gostaria que soubesse.

— Obrigada, agente. — Lisbon ia olhar para carta quando foi surpreendida por Fortier, que agarrou seu braço vorazmente. — O que você está fazendo?

— Acho melhor tirar as mãos dela! — Ameaçou Rigsby com a arma em mãos. — Não vou avisar duas vezes, bonitão.

— Certo, certo. Sem violencia, pessoal. Afinal, somos da mesma equipe, não? — Trevis Fortier levantou as mãos para cima, em sinal de rendição mostrando seu sorriso mesquinho. — Só quero que saiba que se não resolver o caso em uma semana, ele será nosso. O governador Hills quer que saibam que tempo é uma coisa preciosa e que não o perderemos com brincadeiras e ironias de seu consultor. Estamos entendidos?

— Deixa que com o Jane, cuido eu. E saiba que seu superior ficará sabendo dessa abordagem, agente. — Lisbon se afastou dele o bastante para que pudesse começar a ler. 

Caros agentes,

Peço-lhes nada mais que colaboração para que tudo dê certo e que, por favor, não cometam o erro de tentar me enganar ou trapacear. Sei que a agente deste caso será a agente Lisbon, e fico lisojeado com isso, só de saber que Patrick Jane estudará todos meus movimentos... É emocionante!

Matei Gabe porque ele não deixou com que eu fizesse meu trabalho com o mínimo de violencia possível, e eu magooei profundamente Robbie e Abby. Para isso, quero 500 milhões de reais em dinheiro vivo, e quero que Mary Ann, a filha mais velha do senhor Hills, entregue o dinheiro. 

Deve estar se perguntando: Mas, e as instruções? Ligarei para o celular de Mary Ann amanhã, pontualmente ás sete da noite. Espero que não me decepcionem, ou Abby será a próxima.

Espero vê-la trabalhando, agente. Mas sei que não trabalha tão bem ao ponto de pegar-me em menos de um mês. Abraços!

— Temos que pegar esse cretino! — Lisbon soltou entre dentes.