The Mentalist Summer Season escrita por TM


Capítulo 6
Episódio 2 — Saint Teresa




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Jane fez-se preciso quando ajudou os paramédicos a colocarem o corpo ensanguentado de Anelise Duncan na maca. Ele acompanhou todo o trajeto de ambulância e a correria dos paramédicos que faziam de tudo para ter uma melhora pequena, mas significativa, na jovem. Seus olhos abriram-se rapidamente e ela sussurrou alguma coisa, mas Jane não pôde distinguir as palavras, já que seu sussurro misturava-se com os aparelhos médicos em funcionamento. 

— Poderia repetir o que me disse? — Pediu Jane.

— Ela não pode fazer esforços, agente. Sinto muito. — Avisou um dos paramédicos. 

— Por favor, eu só preciso de uma palavra. — Insistiu o louro.

— Ted... Stan... Juntos. — Os médicos colocaram uma máscara de oxigênio na moça e pediram para que Jane parasse imediatamente. 

— Claro! Por que não? — Jane teclou rapidamente o número de Lisbon. 

— Alguma novidade? — Ela parecia desanimada.

— Foram Theodore e Stanley... Juntos! Anelise Duncan acabou de me falar, então se mataram Foster... Vão tentar mata-la também. — Jane pensou rapidamente. — Venha o quanto antes aqui, traga Cho, Rigsby e Van Pelt junto. Quando chegarem, conto o meu plano. 

— Espero que ele não falhe.

— Quais são as chances de meu plano falhar? — Ele sorriu. — Quer saber? Não responda, eu sei as estatísticas. Também sei o que está pensando. 

— Qual é, Jane? Isso não existe. — Disse ela, convicta. 

— "Que roupa visto para o encontro?" e o mais importante "O que o atraiu? O que me torna atraente", espero que se saia bem. E se não sair... Outras oportunidades virão. 

— Tchau, Jane.

— Espera! Por que não me leva junto? Posso fazê-lo te amar, ou quem sabe, descobrir por quê ele está atrás de você. Afinal, quem não estaria atrás de você? Sua masculinidade atrai mais homens do que pensa, mas se — Lisbon o interrompeu.

— Eu disse tchau, Jane. — E ela desligou. 

+++

Quando os agentes chegaram no quarto 205, via-se que o nome de Anelise estava estampado na porta. Só poderia ser obra do Jane, pensou Lisbon. Jane explicou seu plano e disse como ele seria executado, para que tivesse sucesso absoluto, cada um dos agentes teria de seguir as regras, ou tudo ia para o espaço. 

Theodore Flynn e Stanley Luccas davam passos largos e rápidos, ainda vestidos de padres, foi fácil para descobrir o paradeiro de Anelise. Chegando lá, Ted Flynn deu de cara com a moça que viu conversando com Anelise antes, a morena dos olhos intrigantes, mas agora, ela estava com um jaleco. Ele bateu suavemente na porta antes de entrar. 

— Com licença? — O velho de cabelos rasos sorriu para Lisbon. Seu crachá dizia "DOUTORA TERESA MCKENZIE", ela rapidamente fingiu um sorriso. 

— Não sabia que Anelise Duncan tinha solicitado visitas de padres, ainda mais de dois. — Os velhos chegaram perto o bastante para que desse sentir o cheiro de cigarro e wisky. — Seja como for, meu nome é Teresa McKenzie, e eu sou sua médica.

— Você me parece familiar, doutora. — Disse Flynn.

— Eu andei com Anelise por uns tempos... Ela tem esquizofrenia, sabe? Não  gosto que meus pacientes fiquem sozinhos, ainda mais Anelise, que sofre delírios. Ela me disse que os senhores que mataram seu amante, um padre. — A respiração dos padres ficou mais lenta e seus corações bateram mais rápidos. Lisbon soltou uma gargalhada. — Isso é absurdo! Ela sofre de tais delírios desde que era uma criança, nada o que ela disser será considerado, disso eu posso-lhes garantir. 

A agente Van Pelt entrou no quarto de hospital com um vestido curto e com um sapato muito alto, usando fortes cores para sua maquiagem e com um chiclete em sua boca, ela disse em voz alta:

— O que que tá pegando? — Lisbon quase riu ao ouvir a voz fanha de Van Pelt. 

— Você não pode estar aqui, senhora. — Alertou Lisbon. 

— Tenho dados e informações do caso do padre, sabe? Tenho novos suspeitos, um deles é meu namorado, Frederick Iggs, morou? Preciso falar com você a  respeito disso. 

— Suspeitos? — Disse Stanley, aliviado. — E quais seriam?

— Por acaso você é um policial? — Van Pelt fez um bico. — Preciso falar sobre a saúde da minha amiga.

— Com licença, senhores. — Lisbon e Van Pelt saíram da sala rapidamente.

Stanley e Theodore certificaram que ninguém estava vendo ou ouvindo, então, o padre Luccas deixou seu revólver na mesa de canto do quarto.

— Você está louco por colocar isso aí? — Alertou Ted.

— Você não ouviu? Eles tem outros suspeitos, o que significa que não estão nem aí pra gente. Nosso plano pode alcançar seu ápice, e quando formos eleitos bispos, depois cardeais, e finalmente papa e vice-chanceler, ninguém poderá nos deter. Nem essa prostituta barata.

— Por que não terminamos o que a gente começou? — Stan confirmou com a cabeça, pegou a arma e mirou para Anelise, que estava inconsciente.

— Hasta la vista! — A porta abriu-se num estrondo, e de lá saiu a doutora com uma arma em punhos e vários agentes atrás dela.

— Abaixa a arma ou nós atiraremos em você e em seu cúmplice! — Os dois ergueram as mãos para cima e deixaram a arma num canto da sala. Lisbon encarou os dois.— Theodore Flynn e Stanley Luccas, os senhores estão presos por homicídio, tentativa de homicídio, conspiração. Os senhores tem o direito de permanecerem quietos — Os agentes colocaram as algemas nos culpados e o levaram para longe.

— Chefe, acho que a arma aqui confere com a que matou Foster. — Van Pelt colocou-a num plástico e encarou a morena.

— Pode apostar que sim, Van Pelt. — Antes de ir, a ruiva encarou a chefe. — Espero que apodreçam na cadeia e depois queimem no inferno. 

Patrick Jane encostou-se na porta e pegou-se admirando Lisbon em seu traje fantasioso. Ele sorriu.

— Vocês estão de parabéns. 

— Obrigada. — Ela deu um sorriso triste.

— Blake não aguentou esperar por sua donzela durante o jantar? 

— Nós vamos sair amanhã, não hoje. — Sua sobrancelha arqueou. — Além disso, fico feliz que prendemos os padres mais corruptos que todo mundo já vira em vida. 

— A fé é falha, Lisbon. — Disse ele, lembrando-se de seu ateísmo. 

— O ser humano é falho, Jane. — Ela retirou o jaleco e o deixou em uma cadeira gasta que tinha no quarto. Deu breves passos até Jane, e beijou sua bochecha. — Espero que um dia consiga restaurar sua fé em Deus e na humanidade.

 


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