The Mentalist Summer Season escrita por TM


Capítulo 24
Episódio 8 — Hermana




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Já se passava das onze da noite na Cidade do México; o batom vermelho das jovens cintilava no brilho da cidade. O táxi parou na frente do luxuoso hotel e deixou um casal de hispano-americanos. Lisbon estava com o cabelo preso de lado e vestia um vestido vermelho que cobria até os joelhos, sua maquiagem era básica e usava um sapato prata para combinar com a bolsa de mesmo tom. Jane estava com um terno preto e continha um colete prata por baixo.

Antes de entrar, Lisbon deu uma olhada para Jane, que ofereceu seu braço para que pudessem entrar juntos.

— Até que você não está tão mal assim. — Jane falou baixo. — Dá pra perder meia hora.

— Seu cretino. — Lisbon sorriu.

O ambiente estava decorado com tons vibrantes, Lisbon observou que todos os convidados estavam usando uma pulseira rosa, mas o casal não. Surgiu um homem de cabelos penteados para trás, tinha a pele bronzeada e usava um imenso relógio de ouro.

— Pois olhe quem chegou! — O homem pegou a mão de Lisbon e beijou. — Senhora, eu fiquei extremamente encantado com a sua beleza. — Jane fingiu tossir. — E senhor! O senhor é um cara de sorte.

— Eu faço o que eu posso. — Jane deu os ombros. — Eu sou Juan e essa é Anita de la Veja. Estamos encantados com a sua festa.

— Sou Michelitto Rodriguez, o homem quem os convidou. — Ele exibiu um sorriso para Lisbon. — Senhor, por que não vai buscar uma bebida para nós?

— Claro. — Jane olhou alarmado para Lisbon enquanto pronunciava "cuidado" sem fazer nenhum som.

— Então, Anita, se é que me permite chama-la assim, o que veio fazer nessas bandas? Quer dizer, você é muito bonita pra estar casada com alguém um tanto mais velho.

— Eu vim pelos negócios. — Lisbon fingiu um riso. — Juan e eu nos conhecemos no ginásio e nos casamos um ano e meio depois. Ele que me introduziu aos negócios, senhor.

— E que negócios seriam esses?

— Os mesmos que os seus. — Lisbon sorriu de canto e arqueou a sobrancelha. — Não tão conhecidos nem tão bem pagos, mas mesmo assim, os mesmos negócios que os seus.

— Então por que não separa de Juan e vem morar comigo? Eu realmente gostei de você, Anita. — Michelitto olhou para o lado e viu Jane se aproximando com as bebidas em mãos.

— O que eu perdi? — Disse o loiro com o sorriso no rosto enquanto entregava uma taça para Michelitto. Lisbon foi pegar a outra taça de sua mão e Jane desviou. — Você não. Não acredito que tenha se esquecido, amor!

— Esquecido de que? — Disse Michelitto enquanto passava a taça próximo a sua boca.

— Ela está grávida. — Lisbon o fuzilou com o olhar. — Não acredito que não tenha contado para ele! Sabe, é recente, a gente não queria espalhar para todo mundo mas aconteceu e é nossa maior felicidade.

— É verdade, estamos muito felizes. Espero que não seja igual ao pai. — Lisbon fingiu gargalhadas.

— Então, meus parabéns, senhores. Anita, falo com a senhora mais tarde.

O jovem se afastou e Lisbon deu um chute na perna de Jane.

— Que história é essa que eu estou grávida? Seu desgraçado!

— Você não pode beber. Está em serviço. — Jane sorriu de canto. — Além disso, foi engraçado ver a cara de decepção dele quando eu falei sobre. O que ele queria de você?

— Ele me queria, Jane. Ele pediu pra que eu largasse de você pra ir morar com ele. — Lisbon pensou um pouco. — Será que ele é quem estamos procurando por tantos anos?

— Aquele desgraçado! Se for, eu juro que o mato. — Jane deu um bom gole na bebida alcóolica.

— Por favor, fique calmo. Ainda não temos certeza. — Lisbon olhou por cima do ombro de Jane. — É ele. Ele está me chamando. Eu já volto. Se controla. — Lisbon deu um beijo no rosto de Jane e seguiu M. Rodriguez.

Eles entraram numa sala escura, que tinha uma foto do traficante com uma moça de cabelos claros e uma criança idêntica a ela. Lisbon se sentou de frente para Michelitto Rodriguez.

— Bonita, não é?

— Sim.

— Ela se chamava Abby Kendrick. Era minha esposa. E essa pequena era a nossa pequena Stella. — Rodriguez respirou fundo. — Elas estão mortas.

— Sinto muito. — Lisbon colocou a mão em cima da mão do traficante e forçou um sorriso. — Por que me chamou aqui?

— Não quero que acabe como eu acabei, Anita. Tenho um trabalho pra você. Tem um carregamento de cocaína chegando em Roma e eu preciso de alguém para recebe-lo, e como eu confio no meu instinto, eu quero que você vá.

— Eu vou avisar Juan — Lisbon fez menção de se levantar e o homem pediu para que sentasse.

— Eu quero só você, Anita. Eu não confio em seu marido, ele me lembra um charlatão que passava na TV... Como era mesmo o nome dele? Patrick Jake? Não, Jane.

— Todos falam que eles são muito parecidos.

— Espero que seja, por que se ele tiver te ou me enganando, ele é um homem morto. Quero que pegue o primeiro voo para Roma, vai ter uma agente dupla lá, ela é policial, está com o nome de Chloe Matarazzo, ela vai te ajudar. Por enquanto é só, Anita, a não ser que você termine com Juan hoje e escolha morar comigo.

— Agradeço a oferta. Vou para o aeroporto agora.

+++

ATUALMENTE

— O que estamos fazendo no Starbucks, Lisbon?

— Eu estou esperando ele me ligar. — Lisbon bufou. — Por que vocês homens demoram tanto?

— As cantadas dele foram tão boas assim? — Jane riu.

— Cale a boca. Na metade do tempo ele falava que gostava de mim e na outra metade ele falava para eu te deixar. Ele te reconheceu, Jane. Da época que você aparecia na TV.

— Filho d... — O telefone tocou. — Não se preocupe, todos estão aqui. Já chegaram.

 — Anita de la Vega, no que posso ajudar?

— Oi, meu amor.

— Ahh, oi. Como estão as coisas?

— Tudo bem, eu quero saber uma coisa.

— Pois bem, diga.

— Quando podemos fechar negócio, minha deusa? — Dizia o homem no outro lado da linha.

— Ahnnnnnn... — Lisbon olhou para Jane como um pedido de ajuda, e isso fez os dois cochicharem em busca de um acordo. — Pode ser amanhã? Hoje está muito complicado para mim, o trânsito na Itália está horrível! — Lisbon fingiu um sorriso.

— Acho que não, senhorita.

— Mas por que não? Eu já te disse que eu estou na Itália resolvendo assuntos que também são do seu interess — A outra voz a cortou.

— Não pode, Teresa. Eu sei que você está no estacionamento do Starbucks com um loiro ao teu lado enquanto fala comigo de uma Chevrolet velha e um telefone barato. Está pronta pra correr?

— Quem é você?

— Red John mandou abraços.

Jane se jogou em cima de Lisbon para protege-la dos tiros, e com uma mão discou para Van Pelt, não esperou ela falar "alô", simplesmente gritou:

— Starbucks! Não é um treinamento, Van Pelt! RED JOHN VAI NOS MATAR AGORA! — O barulho dos tiros foi ficando insuportável assim como o sofrimento dos agentes; Jane ouvia Lisbon citar o "Pai Nosso" e começou a rezar baixinho também.

— Você está rezando? — Lisbon gritou.

— Eu tenho fé em você, Lisbon. — E Jane disse mais alguma coisa que Lisbon não conseguiu ouvir por causa da intensidade dos tiros.

Depois de algum tempo o barulho parou e assim como anjos, os agentes Cho, Rigsby e Van Pelt tiraram Lisbon e Jane do carro massacrado. Lisbon tinha um corte na testa e o braço de Jane estava sangrando.

— Eu sei quem ele é. — Jane falou sério. — Eu vou matar esse desgraçado.

+++

SUSPEITA DE HOMICÍDIO NO MÉXICO: DOIS AGENTES GRAVEMENTE FERIDOS

— Boa tarde, eu sou Chad Austie para a CNN. Parece que na manhã de hoje na Cidade do México, aconteceu uma tentativa de homicídio contra dois agentes da CBI: Teresa Lisbon e o consultor, Patrick Jane. Os motivos ainda são desconhecidos pela parte do público; a polícia não quer comentar nada para evitar conflitos entre os povos. A suspeita é que Lisbon e Jane estivessem investigando um assassinato, segundo uma fonte oculta. Lisbon e Jane estão sob o efeito de calmantes, médicos estimam que daqui a aproximadamente 15 dias os agentes poderão ter previsão de alta, o agente Cho fica com a chefia provisória da CBI. Vale lembrar que nesse ano, Lisbon já foi sequestrada e Jane tem recebido diversas ameaças de Red John. Seria ele o culpado disso tudo? Ainda não sabemos, mas será divertido adivinhar.

É assim que terminamos esse jornal. Boa tarde. 

 

 


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