Servos e Humanos escrita por Ed Henrique


Capítulo 20
Dia Vs Noite - Naruto Vs Djehuty


Notas iniciais do capítulo

Bom, uma luta que estava predestinada a acontecer. O conflito do dia Vs a noite está para começar.



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Criação do mundo:

1- Os primeiros filhos de Rá foram Shu (deus do ar) e Tefnut (deusa da umidade). Como é comum nessa mitologia, os irmãos formaram um casal e tiveram Geb (deus da terra) e Nut (deusa dos céus). Ao nascer, os netos de Rá se juntaram em um abraço e formaram um novo casal.



Era noite quando a tempestade de areia vinda no horizonte deu as caras e, mesmo sabendo que poderiam usar o vento de Temari para pará-la ou passar por ela sem problemas, como a usuária sugerira, Shikamaru preferiu poupar o poder da garota, assim como Lee, que levava Sai nas costas.

Armaram as barracas em um círculo, como de costume, deixando-as o mais perto possível, assim poderiam se comunicar caso possuíssem algum imprevisto dentro da tempestade de areia que não demorou a pegá-los. A mesma foi um incentivo para que dormissem mais cedo, ficando em turnos para vigia.

Com Naruto no primeiro turno, porque se deixassem-no para mais tarte dormiria, visto que não era uma pessoa noturna, o tempo passou devagar para si enquanto imaginava o que acontecia do lado de fora.

Percebendo o vento parar de mexer a barraca, saiu do saco de dormir, acendendo um pouco a marca para que pudesse ver melhor do lado de fora. Não vendo mais a tempestade de areia, sinal de que acabara, procurou pela mesma, estranhando não a vê-la em local algum. Se estivesse certo, a tempestade deveria passar por si e ficar visível, o que não era o caso.

Desligando a luz da marca, olhou para a lua, imaginando que, apesar de parecer a mesma, era diferente da lua de Ártemis, parecia brilhar menos em comparação a dela. Ainda observando a lua cheia, viu algo diferente e, semicerrando os olhos, reconheceu o que era.

— INIMIGO! – gritou, acendendo a luz de sua marca, a fim de despertá-los com a mesma. Não fora preciso, já que seu grito fez Sasuke sair da barraca que dividia consigo, assim como os outros de suas duplas.

Com o ser mais próximo, era fácil ver que tinha a forma humanoide, mas a energia que emitiu não era nada humana, e sim divina.

— É fácil reconhecer esse poder. – falou Temari, recordando-se da vez que perderam para ele.

— Dessa vez será diferente. – Naruto bateu os punhos, reconhecendo Toth. O deus parou um pouco longe, uma distância segura para os oito.

— Parece que nos encontramos de novo. – disse o deus.

— Exceto pelo fato de você ter vindo até nós. – retrucou Sasuke.

— Que mau agradecimento. Parei a tempestade de areia para vocês, apesar de tê-la invocado para atrasá-los.

— O que quer, Toth? – perguntou Shikamaru. Já sabiam o método de luta dele, então não teriam muito problema, exceto pelo fato de ele ser um deus.

— Vingança. – respondeu e, levantando a mão, os Servos se apressaram para se preparar, porém foram todos teletransportados antes que pudessem fazer algo, restando apenas um.

— Para onde os levou? – perguntou Naruto, olhando ao redor para constatar estar a sós com o inimigo. – O que fez com eles?

— Seus amigos foram para longe, um lugar onde não podem nos atrapalhar, mas não se preocupe, permanecem no Egito. – falou.

— Você disse que queria se vingar, mas não vejo razão para me atacar. Em nossa luta você me derrotou facilmente.

— Parece não se recordar do que fez com meu braço. – comentou, mostrando o mesmo para ele. Seu braço ainda estava votando ao normal, mas graças a estar em casa sua recuperação fora bem mais rápida, então o tecido bastava ganhar cor novamente.

— Eu? – estranhando a pergunta dele, o deus, o qual não era da sabedoria à toa, entendeu do que se tratava: uma personalidade falsa. O garoto em sua frente era só a casca para o deus dentro dele, então precisaria retirá-lo. A força.

— Não direi que lamento, receptáculo, afinal ainda é um Servo, mas preciso te matar. – usou de sua magia, criando um tornado com a areia. Naruto, que já havia mudado suas roupas enquanto seus amigos sumiam, invocou suas luvas, imaginando o que faria sem Temari para rebater o vento.

Sem ideias, tomou a que parecia mais sensata: correu. Era loucura, até mesmo ele sabia disso, mas não havia outra escolha. Enquanto corria, sentindo o vento se aproximar e lhe atrair mais e mais, começou a pular, rodeando o inimigo, invocando uma das armas de Deidara.

Parando, se virou e a arremessou de encontro ao tornado, onde a mesma explodiu, a desfazendo. Feliz pela vitória, permitiu-se comemorar com um “isso”, mas a guarda baixa, mesmo que por uns segundos, permitiu ao deus lhe socar a barriga, o que o jogou para longe. Não sentindo diferença no poder dele, apareceu ao lado dele, chutando-lhe a barriga.

Não dando chance para que ele levantasse, usou sua magia para tirá-lo do chão, jogando o mesmo para o alto, fazendo com que colidisse violentamente no chão. Sabia que não morreria, além de um Servo, o que já o tornava resistente, era uma divindade, e a mesma se manifestaria caso se sentisse tão pressionada.

— Finalmente veio. – observou Djehuty, sentindo o poder emanar do garoto, afastando-se.

— Vai lamentar ter me despertado, deus inferior! – afirmou o loiro, pondo-se de pé.

— Sua arrogância não lhe deixou, pelo que estou vendo. – falou, materializando sua pena, preparando-se para batalha.

— Assim como seu braço não se recuperou. – rebateu. Irritado ao se recordar da humilhação que sofrera na última vez, avançou contra o loiro, o qual segurou a arma dele com a mão, abrindo uma pequena cratera onde estavam.

— Dessa vez será diferente. A lua está a meu lado, e aqui, no Egito, não poderá invocar o poder do sol. – disse, confiante, mas nem por isso o sorriso do loiro sumiu.

— A lua isso, a lua aquilo. Sei que é uma divindade lunar, mas fala sério, você é muito, muito chato! – revirou os olhos, tentando acertar-lhe um soco, mas sendo atingido por um chute antes. Foi jogado para trás, porém parou ao pôr a mão no chão.

Uma bola de fogo foi em sua direção, mas simplesmente a segurou, olhando para seu inimigo a frente como se não fosse nada, o que, em seu ponto de vista, não era. O inimigo parecia ter esquecido que seu elemento era o fogo, então tratou de lembrá-lo ao jogar a bola de volta, ainda mais poderosa, errando-o por pouco.

Voou na direção do deus, sendo parado por ele. Girou-o e jogou Toth para cima, tomando impulso no chão e pulando, socando-o. Recuperando-se, o deus tentou lhe acertar, mas lhe chutou, jogando brutalmente contra o chão.

Antes de ter a chance de poder atacá-lo, ele se teletransportou, acertando um chute em si, derrubando-o, mas não forte o suficiente para que batesse. Sem tempo para se recuperar, pôs a mão para trás, parando um ataque. Tentou lhe socar, mas ele o parou com uma perna. Toth tentou dar um soco dessa vez, mas girou no ar, ainda segurando-o, e parou o ataque com outra perna.

De cabeça para baixo, começou a brilhar, e o inimigo imitou o ato. O brilho do outro jogou cada um para um lado, mas pousaram no chão em segurança.

— Vai ter que se esforçar mais do que isso, deus lunar. – avisou.

— Então só preciso lançar o céu em você. – o loiro olhou para cima, preocupado, e viu quando uma luz foi em sua direção. Quando percebeu do que se tratava, fugiu, ouvindo a explosão, sendo impulsionado pela mesma.

Outros ataques vieram do céu e continuou correndo a fim de desviar. Quando pressentiu que um ataque estava próximo demais e não daria para desviar, jogou-se para frente, levantando as mãos. Outros vieram, atingindo-o.

O deus abriu um sorriso, satisfeito, até ver que a poeira levantada pelo ataque se dissipava, mostrando um inimigo inteiro, com poucos arranhões.

— Sabe por que não pode me vencer, Toth? – perguntou, sério. – Porque a lua não possuí brilho próprio, apenas reflete o brilho do sol, – levantou as mãos, brilhando – o meu brilho. Nunca poderá refletir todo meu brilho, – abriu um sorriso confiante – é demais para você!

— Mesmo com seu brilho, a lua é mais adorada e admirada. Considere-me um invejoso se assim preferir, mas a verdade é que sou mais reverenciado que você! – a feição do deus grego se fechou e Toth abriu um sorriso satisfeito por tê-lo feito.

— Já descobri a melhor forma de lhe matar, Toth. – levantou uma mão, fechando os olhos. O deus aproveitou para voar em sua direção, sendo impedido por uma barreira. – Meu servo fiel, aquele cujo segue a frente, conduzindo minha carruagem dourada, apareça perante mim, seguindo minhas ordens e desejos, iluminando os céus escuros, transformando-os em manhãs claras. Kurama. – ao mesmo tempo em que a barreira que pusera fora quebrada, de sua mão saíra um cavalo, o qual, com seu brilho, deixou o inimigo, que voava em direção ao loiro, sem visão. Toth voou de volta, chocando violentamente contra o chão.

Levantando-se, conseguira usar sua pena para se defender, contudo a mesma quebrara. Olhou para o loiro a sua frente, vendo um cavalo dourado atrás dele. A própria pele dele parecia brilhar como uma pequena parcela do sol, sua crina e o rabo pegavam fogo, mas o fato parecia não incomodar o deus grego, que estava encostado ao cavalo, passando a mão pela cabeça abaixada do mesmo.

— Espero que seja burro o suficiente para me atacar com Kurama aqui. – o cavalo relinchou. – Ele também espera, espera mesmo. – como dizem o que os humanos consideram mitologias, Apolo andava nos céus com sua carruagem, conduzindo o sol. Kurama não fazia parte da carruagem do deus sol, fazia parte de sua carruagem.

Vendo que estava em desvantagem, fez estrelas irem em direção ao inimigo, mas as mesmas foram consumidas a metros de distância do deus e do animal. Usou seu poder de vento para tentar acertá-los, mas o loiro foi mais rápido, subindo em seu cavalo, começando a correr em volta dele. Tentou usar de terra, mas toda vez que levantava um muro ou um pequeno pedaço para detê-lo, ele pulava por cima perfeitamente, como se estivesse praticando algum esporte. O que mais lhe irritava era o fato dele agir como se fosse fácil demais. Como se enfrentar um deus egípcio fosse o mesmo que andar.

— Não pode vencer minha velocidade da luz, ou ainda não entendeu isso? – perguntou, chutando-lhe o queixo, jogando o deus inimigo para o alto. Kurama veio de cima, atingindo Toth, arrastando-o até o chão, onde explodiu. A explosão o evitou, destruindo uma grande área dali, exceto onde estava. – Obrigado, amigo. – o cavalo o lambeu e riu. Ficara a vida toda sem vê-lo, uma vez que o mesmo ficara selado enquanto sua consciência verdadeira não despertava.

O cavalo saiu correndo, subindo aos céus e desaparecendo. Decidido a voltar ao que poderia chamar de sua outra personalidade, a criada pelo poder de seu pai, deixou os cabelos menos brilhantes, voltando-os a um tom normal de loiro. Seus olhos azuis também ficaram um pouco mais escuros, mas, ainda assim, eram azuis-claros.

Mudara de personalidade.

— Pessoal. Hinata. – percebendo que poderiam precisar de ajuda, apressou-se para ir atrás deles.



Continua...


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Notas finais do capítulo

É isso, por hoje. Logo descobriremos mais sobre nosso amigo Naruto, então espero todos no capítulo 21 de Servos e humanos 2: Servos e deuses.



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