Como não se apaixonar por Perseu Jackson? escrita por DaniiBraga


Capítulo 14
Tão Fria - Parte 2


Notas iniciais do capítulo

MIL DESCULPASSSS! Eu sei que demorei muito a postar, mas eu andei meio deprê e perturbada por conta de mudanças da vida, amigas e principalmente escola me deixando louca. Mas foi bom, pois eu tive muitas ideias pra vocês. Desculpa logo pela tristeza do capítulo, mas... meu trabalho é escrever o que eu penso pra vocês! Dedico então aos fãs da fic ♥ Obrigada por tudo galerinha.

PS: Mudei as letras pra português e o nome para facilitar a vida de vocês kkkk



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“Você fez meu coração sangrar e

Você ainda me deve uma razão

Porque eu não consigo entender o porquê.”

(So Cold - Ben Cocks)

 

Narrador POV

 

O frio estava cortante na noite escura e silenciosa do Condomínio onde vivia a enorme família Olimpus. Quer dizer… Não mais tão grande…

— Você não quer atirar. Nós duas sabemos que não quer atirar, Anfitrite. - a voz da jovem Annabeth estava irregular e ela podia sentir um enjoo crescente seguido de uma vertigem absurda. Ela não podia desmaiar, ou colocaria tudo a perder. Tinha que segurar Anfitrite o máximo que pudesse, até que Percy chegasse, ou até que sua mãe sumisse. Não podia deixar que ela encostasse em Atena. Não mesmo.

— Olha, fofa, eu não sei de nada disso não. - a risada maligna de Anfitrite ecoou e ela colocou o revólver preso à coxa, retirando uma faca da cintura. - Mas pensei melhor, e sua morte pode ser melhor do que eu pensava, Annabeth Chase.

Um arrepio percorreu o corpo de Perseu Jackson, que estava do lado de fora da casa das Chase, encarando o corpo morto de Rachel no chão da porta principal. Ia se mover, entrar pela casa adentro e tomar um tiro por Annabeth, mas antes que pudesse o fazer, a ruiva no chão levantou sem fazer barulhos. O encarou e fez um sinal de silêncio, pegando um revólver de dentro da jaqueta verde. Puxou o gatilho.

— Por favor, Anfitrite. Por que está fazendo isso? - Annabeth entrou no jogo, para desviar a atenção da mulher com a faca na mão, mas ela apenas ria.

— Vocês são tão bobinhos. Fazem mal aos outros e acham que esse mal nunca vai voltar para vocês. Mas aqui estou eu, mostrando que volta sim. E em dobro. E mesmo que eu morra hoje, Annabeth, eu vou encontrar com TODA a sua família. Sabe por que? Porque a sua mamãezinha acabou com a minha família, e agora eu vou acabar com a dela. Estamos entendidas?

O som cortante do disparo da bala feriu os ouvidos de Annabeth, que viu o corpo magro de Anfitrite ser jogado para frente com o impacto, então correu para fora da casa, passando por Rachel que segurava o revólver chocada. Perseu a pegou nos braços, abraçou e sentiu os soluços da namorada desesperada. Fechou os olhos e sentiu o cheiro típico dela, os cachos loiros, mas subitamente, foi afastado dela e abriu os olhos. A ruiva segurava Annabeth, ou melhor… asfixiava-a lentamente, enquanto apontava o revólver para Perseu, evitando que ele a impedisse.

O ar faltava a Annabeth, sua vertigem aumentava e seus olhos se fechavam, deixando seu Cabeça de Alga como última memória, até cair no chão sem entender o porquê, mas sentindo-se cansada demais para pensar. Percy correu até ela, porém não a tempo suficiente de segurá-la sem que sua cabeça batesse em parte do chão. Se xingou mentalmente e a moveu, sem notar o que ocorria ali.

— Annie. Por favor! Acorde!!!! - ele a balançava, embora ela ainda respirasse, por ter sido largada pela Rachel antes de perder todo o ar que lhe tinha.

— Per… cy. Bebê. - murmurou antes de desmaiar e ele franziu o cenho.

Precisava tirar ela dali, depois resolveria o que a amada teria falado. Pegou-a no colo e começou a correr, quando ouviu o barulho e a sua batata da perna ardendo. Pensou em parar mas continuou, caminhando de forma rápida. Enquanto isso, na casa das Chase…

— Você é louca garota? Quer estragar meus planos? - Anfitrite gritava com Rachel, enquanto segurava as duas facas nos ombros da garota com as lágrimas escorrendo de dor. - Tentei matá-la de uma forma mais pacífica, mas pelo visto… - ela arrancou as facas e a ruiva caiu. - Terá que ser do jeito difícil, não é Ruivinha? Vamos lá. Escolha: coração, cabeça, pulmões…? O que vai ser?

Sangue saía da boca dela, exatamente da cor dos cabelos emaranhados. Então ela o cuspiu no rosto da ex parceira.

— Tudo, então. - e os gritos começaram.

 

— Mas que barulho é… esse? - Afrodite vinha gritando e parou na porta da sua sala, estatelada. Suspirou e tentou digerir a cena.

— Afrodite, não se mova, por favor. - Hefesto pediu olhando-a, as lágrimas desejando sair do seu rosto. Hefesto estava com uma arma apontada para sua cabeça, Ares estava próximo ao atirador, os adolescentes reféns em um canto da sala, próximo a lareira, a ponto de serem queimados.

— Quem você pensa que é para entrar na minha casa e fazer isso? - Dite levantou a voz e um dos revólveres que o atirador segurava foi para sua direção. Seu sangue gelou.

— Anfitrite mandou lembranças. - o atirador falou e puxou o gatilho. Hefesto se moveu.

— NÃO ATIRE NELA. POR FAVOR. Atire em mim. Nós negociamos, lembra? Negociamos a minha vida pela vida de todos eles.

— Negociamos antes da Senhorita aparecer. Portanto… - o atirador preparava-se quando Ares o puxou pelo pescoço, tentando asfixiá-lo, mas sem notar que ele já havia atirado em Afrodite e que Hefesto entrara na frente. Todos gritaram no ambiente, o outro atirador que mantinha os adolescentes como reféns virou-se para mirar em Ares, mas Leo, Frank e Beckendorf o apunhalam.

Dois gritos femininos ecoam e então quando ambos os atiradores caíram mortos, notou-se o estrago feito naquela sala. Afrodite chorava, em choque, assistindo Hefesto morrer. Beckendorf vai ao encontro de Silena e vê o sangue em sua roupa.

— Silena? - a balançou, mas os olhos da menina estavam fechados.

— Eu te amo, Charles. - ela murmurou sorrindo e suspirou, ficando mole em seguida.

Hazel e Drew balançavam Bianca, mas o tiro em sua testa deixava óbvio como tudo havia acontecido ali.

— Crianças. - Afrodite chamou todos para perto de Hefesto. Os meninos colocaram Bianca e Silena deitadas nos sofás, ainda todos em completo choque.

— Eu quero que me prometam algo. Vão cuidar uns dos outros. Leo conte a Reyna que você a ama, Charles não fique triste, ela foi a primeira menina de muitas que virão. - ele tossiu. - Ares, cuide da nossa menina por favor. Cuide de Afrodite e a ame como eu a amo, por… favor…

Afrodite se levantou e saiu da sala, precisava respirar. Mas ao chegar ao corredor de sua casa, encontrou Nico Di Angelo, encolhido no chão e chorando entre soluços. Ao lado dele, estava Will Solace, abraçado ao garoto e o reconfortando. Mas este não era um dos maiores problemas do Condomínio. Não mesmo.

 

Perséfone relembrava os últimos 20 minutos sem parar, atirada sobre os corpos de Hades e Deméter.

— Não, por favor acalme-se. Não fiz por mal. Elas eram apenas crianças!

— A minha senhora, me ordenou que matasse a todos desta casa, mas agora terei de ir atrás de crianças que fez o favor de mandar embora?! O que lhe vem a cabeça que devo fazer com você e essa velha abusada que chama de mãe? MATAR!

O atirador desta casa puxou o gatilho, mas não notou a presença de Hades na casa. Ele havia corrido para cá assim que os tiros começaram por todo Condomínio. Tinha visto diversos corpos de amigos, parentes e conhecidos espalhados por aí, mas não conseguira parar até chegar na casa de sua amada Perséfone. Ele a amava. Por meios tortos, mas amava. Não poderia deixá-la e faria de tudo para que ela não morresse, afinal, seus filhos também a amavam!

— Largue a arma. - falou entre dentes, caminhando para a frente de Perséfone que ficou perplexa ao vê-lo.

— Não faça nada Hades. Seus filhos não estão aqui, eles precisam de um pai, não de mim, nem de minha mãe. Saia daqui enquanto é tempo.

— Eu te amo, Perséfone. Não são só eles que precisam de você! Eu também preciso!

— PAPAI! - Nico Di Angelo gritara ao ver a bala deixar o revólver e outra em seguida.

Perséfone não aguentava mais chorar, tocar os corpos gelados das pessoas que mais amou na vida, então pegou a arma do atirador que se matara logo após matá-los. Secou suas lágrimas, limpou o sangue em sua roupa e saiu. Vingaria a morte de cada pessoa querida que morrera, nem que fosse a última coisa que fizesse.



— Apolo. O que está acontecendo? Por favor, me... responde. - Ártemis pedia, sentindo uma fraqueza enorme e uma dor estranha em sua barriga. Corria para ajudar o filho de Apolo, Will Solace, a fugir, quando sentiu algo atingi-la e caiu no meio da rua. Vira brevemente uma discussão em Butch e sua mãe Íris, algo sobre deixar o Condomínio, mas pensara estar delirando com aquela dor tão intensa.

Mas agora, no colo de Apolo, nesse lugar escuro e não identificável, sentia-se bem acordada porém mais segura.

— Calma. Estamos sendo atacados. Anfitrite organizou junto com Rachel, um grupo de atiradores para atacar cada casa do nosso Condomínio. Estou desesperado, Artie. Não tenho notícias de Poseidon, de Atena, de Annabeth e Perseu. Eles eram os alvos principais daquela…

— Eles estão bem. Se os Deuses quiserem. Agora vem cá. - ela pediu e ele se aproximou mais um pouco, então os dois se beijaram para se reconfortar, mas a dor de Ártemis era muito forte e a afastou.

— Temos que cuidar do seu ferimento. Já estão vindo com o que eu pedi.

Um toque foi feito em alguma porta presente naquele local e ela abriu. Apesar da tonteira, Ártemis enxergou Luke Castellan agarrado a Thalia Grace, seguidos de Jason Grace e Piper, Katie e Butch. Luke entregou algo a Apolo e todos sentaram-se no meio deles, fungando.

— Alguma notícia? - Artie perguntou, temerosa, mas precisava se distrair de Apolo mexendo em sue corpo.

— Minha mãe e Zöe deixaram o Condomínio. - Butch falou e Katie lhe abraçou forte.

— Deméter e Hades morreram. Will mandou uma mensagem dizendo que está com Nico, achei que gostaria de saber, Apolo. - Luke comentou, mas percebia-se que evitava falar algo.

— Clarisse morreu ajudando Ares a salvar Afrodite e o pessoal. Mas minha irmã Silena morreu junto com Bianca e Hefesto. - Piper choramingou e Jason beijou-lhe a testa.

— Hermes morreu junto com Chris, salvando os irmãos. - Thalia murmurou e Luke a largou, irritado, mas ela apenas segurou a mão dele com a incrível conexão daquele casal.

— Nós estamos aqui. Inúteis. Enquanto nossos familiares, amigos e amores morrem! - Luke elevou a voz. - Nem ao menos sabemos onde estão Percy e Annabeth! Os pais deles sumiram! Sally Jackson foi morta junto com o marido! Frederick teve a família toda morta na frente dele!E eu assisti sem poder fazer nada!

— Luke! ME ESCUTA! - Thalia gritou e puxou o rosto do namorado para si. - Você quer morrer? SE QUISER PODE SAIR! PORQUE MEU PAI ESTÁ LA EMBAIXO LUTANDO PELA MINHA MADRASTA MORTA E POR TODOS NÓS! PERSÉFONE ESTÁ INDO ATRÁS DE PERCY E ANNIE! MAS PRA ISSO PRECISAMOS COLABORAR! ME OUVIU?

— Annabeth estava grávida. - Luke soltou encarando o nada. - Ela estava desesperada antes de tudo isso começar. Me mandou uma mensagem e pediu ajuda para contar ao Percy, então ligou pra ele ir pra casa dela. E agora provavelmente os dois estão mortos, Thalia. Meus melhores amigos.

Ele começou a chorar e a namorada o confortou. O silêncio era mortal após a notícia. Apolo sabia que Atena estava grávida. As Chase estavam grávidas. E sumidas em meio a atiradores loucos pela sangue delas.

 

— Como a vida é irônica, não é mesmo? - risadas ecoaram pela sala da casa de Poseidon. - Seu quase marido e pai desse bebezinho aí dentro acabou de sair para procurar por ajuda e uau! Eu entreeei! Não é legal, Ateninha?!

— Ah, por favor Anfitrite. Você é só uma vagabunda que quer tudo o que é meu e matou meus entes queridos por isso. Mas nós duas sabemos como isso termina.

A respiração de Atena era ofegante. Havia medo em cada ponto de seu corpo, mas uma estranha autodefesa, talvez pelos milhares de corpos dos seus amados jogados pelo Condomínio que construíra justamente para  proteção deles, ou pela sua filha desaparecida ou pelo bebê em seu ventre.

— Claro que sabemos. Você morta. Seu bebê morto. Sua filha viva sofrendo, o filho da Poseidon morto. E Poseidon vivo comigo, porque né… Eu tenho um segredinho pra te contar Atena. E tenho certeza que você vai levá-lo para o túmulo! - novamente a louca riu. - Estou usando um colete a prova de balas. Sabe por que?

Anfitrite tirou o enorme e pesado colete, logo em seguida, o cinto que deixava sua roupa mais apertada. Em seguida segurou sua barriga. Atena segurou a vontade de vomitar.

— Estou grávida Atena. Seis meses.

— Por isso você não saia de casa. Ah, meu Deus Anfitrite! E você mandou matarem todos e ainda se arriscou com essa criança na barriga! Você é louca!

— Claro que não, sua tola. Eu me arrisquei pelo meu filho. Pela minha família. Pelo pai do meu filho! Vocês todos amam pouco, não sabem como amar! Eu protegi meu filho, e agora vou te matar para proteger tudo o que eu amo. Devia ter feito isso anos atrás.

Ela pegou a arma e posicionou, Atena ia fechar o olho, mas de repente só ouviu três tiros.

— NÃO! - gritou e enfim fechou os olhos, deixando seu corpo cair naquele sofá. Naquela casa. O melhor lugar para se morrer.


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram? hahahah Lá vem mais bomba ein!



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