Prisoner of love and madness escrita por Lana


Capítulo 5
Burra.


Notas iniciais do capítulo

Oláaa, espero que gostem do capítulo!!



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A gota de suor escorreu pelo queixo de Draco Malfoy assim que a mãe e ele entraram numa loja de artefatos mágicos que, naquele momento, parecia ser o fim do mundo para o garoto. Engoliu seco.

Draco sabia que um dia, mais cedo ou mais tarde, teria que se transformar em um Comensal da Morte. No entanto, esse dia parecia estar longe o suficiente para não ficar lembrando e criando expectativas.

Em seu íntimo, o loiro nunca quis se transformar em um Comensal. O pai era o exemplo vivo de que aquilo não era saudável e não trazia nenhum tipo de felicidade concreta. Não que o sonserino saiba, de fato, o que seria a felicidade, mas, com certeza, não se aproxima de uma vida permeada por suspense e medo.

Narcisa apertou a mão do filho de forma maternal, querendo passar-lhe confiança e conforto. Na loja, havia alguns Comensais e algumas criaturas das trevas.

– Draquinho! – ouvira a voz esganiçada de Bellatrix gritar. O loiro não esboçou nenhuma reação e permaneceria no mesmo lugar, perto da porta, se não fosse pelo leve empurrão que Bellatrix lhe dera. Draco estava, agora, no meio da sala. – Está tudo pronto para iniciarmos, Rodolfo? – Bellatrix perguntou ao marido, que possuía uma aparência tão deplorável quanto a dela. O homem apenas consentiu com a cabeça. Draco engoliu seco mais uma vez.

O gigante, que estava estrategicamente posicionado perto da única janela que havia na loja, olhou por ela de forma desconfiada e disse de forma mal-educada, arrancando a atenção de todos os presentes:

– Acho que alguém está nos espionando.

Bellatrix arregalou os olhos em fúria e ordenou que dois Comensais que Draco nunca tinha visto antes fossem averiguar. Por um instante, o garoto imaginou que fosse o Trio de Ouro. Mas essa ideia logo se esvaiu de sua mente quando os bruxos retornaram e disseram que não havia ninguém.

Por precaução, o gigante fechou as cortinas da janela.

A iniciação iria começar.

:::

– Draco?! Draco?! – Hermione chamou o sonserino adormecido quase desesperada.

Após o polêmico beijo no corredor, Draco segurou a mão de Hermione e saíram correndo até a Torre de Astronomia para ficarem a sós. Lá, conversaram e se beijaram inúmeras vezes, mas o sonserino, de uma hora para outra, desmaiou.

Hermione estava a alguns minutos tentando acordá-lo do que parecia ser um pesadelo... Ou uma espécie de visão. Decidiu que se desta vez ele não acordasse, ela iria arranjar uma forma de levá-lo até a enfermaria. Por sorte, o loiro acordara.

– Oh, Draco... você me matou de susto! – a grifinória estava ajoelhada ao lado do garoto, tirando o cabelo de sua testa suada.

– O-o q-que aconteceu? – Draco estava com dificuldade para falar e sua voz estava rouca.

– Você simplesmente desmaiou! E... – Hermione pareceu ponderar se deveria prosseguir falando por um momento, mas continuou: - ... você estava estranho. Quero dizer, seus olhos não se fecharam e seu rosto... seu rosto estava passando por um turbilhão de expressões diferentes. Mas todas eram de medo profundo e, creio, real.

Hermione sempre teve essa habilidade de ler as pessoas, até os seus mais íntimos temores. Mas Draco não sabia que era tão arrebatador assim. O loiro sentou-se de frente para a garota, que também estava assustada. Segurou-lhe a mão e fez carinho com o polegar.

– Hermione, eu sinto muito que você tenha presenciado isso. Muito mesmo – o sonserino disse. Hermione suspirou e abaixou o olhar.

– O que me deixou mais abismada foi a semelhança com as visões que Harry vem tendo... – murmurou mais para si mesma do que para Draco, mas o garoto ouviu com nitidez e arqueou uma sobrancelha em questionamento. – Não era para falar isso, desculpe, não podia ter te falado.

– Você não confia em mim? Como assim não podia ter me falado? – Draco usou seu melhor tom arrastado e frio. A espinha de Hermione congelou.

Aquela visão, aquele pesadelo, seja lá o que for, lembrou o garoto da sua missão e ele precisava saber o que estava acontecendo com Potter. Contudo, não abordou Hermione do melhor jeito possível, fora grosso e se arrependeu amargamente por isso.

Em um instante, Hermione já estava de pé ajeitando as vestes e pegou seus materiais. Da porta, deu uma última olhada indignada e machucada para Draco, que ainda estava sentado no chão, distante, e saiu da Torre.

:::

“Quem ele pensa que é para me tratar daquela maneira?! Ridículo. Sonserino arrogante. Sabia que-“

– Surpresa! – a mistura de vozes em coro assustara Hermione, assim que ela entrou no Salão Comunal.

A garota largou os materiais no chão e lágrimas ameaçaram cair de seus olhos, quase que instantaneamente. Saiu correndo para abraçar os amigos e aproximou-se de um Harry e de um Ron visivelmente encabulados.

Cruzou os braços de forma questionadora e Ron começou a falar.

– Harry e eu... bem, nós... é...

– O que Ron quer dizer, Hermione, é que estamos muito arrependidos por termos esquecido seu aniversário. Então, esta é nossa tentativa de melhorar a situação e pedir desculpas – Harry disse, menos envergonhado que antes, e Hermione abriu um largo sorriso.

– Bom, com certeza melhoraram a situação e estão perdoados! – os três se abraçaram enquanto os outros alunos aplaudiam e soltavam gritinhos aprovadores.

Depois da canção trouxa de parabéns, Gina, Luna e Parvati começaram a distribuir a comida e os sucos de abóbora. A castanha aproximou-se da ruiva e sorriu.

– Gostou? – Gina perguntou.

– Óbvio! Aposto que você estava envolvida nisto desde o início!

– Com certeza – as amigas riram.

– Mas tem muita gente... até de outras Casas. Como fizeram para Dumbledore liberar?

– Bom, aí foi uma conquista de Harry, mas acho que você já sabe. Mione, tenho uma coisa para te falar.

– O que foi? – perguntou após tomar um gole do suco de abóbora.

Gina se aproximou da amiga e sussurrou: - Harry me pediu em namoro!

Hermione quase se engasgara com o suco e Simas, que estava próximo das duas, precisou dar-lhe alguns tapas nas costas.

– Obrigada, Simas – Hermione agradeceu ao menino, que sorrira e dera de ombros. Voltando a atenção a Gina, falou: - Puxa, isso é maravilhoso, Gin! Sempre soube que isso iria acontecer!

As duas continuaram a conversar animadamente enquanto Fred e George faziam palhaçadas levando todos a darem gargalhadas e esbanjarem grandes sorrisos.

O tempo passou voando, e logo já estava na hora da detenção de Hermione. Despediu-se de Harry, Ron, Gina e Luna, e disse aos outros que precisava ir embora, mas que havia adorado a festa surpresa.

Conhecendo seus amigos, Hermione sabia que a festa iria prosseguir até mais tarde e, já no corredor, sorriu de lado. Que Merlin salvasse a todos quando o momento chegasse... e ela sabia que este momento estava mais próximo que nunca.

Balançou a cabeça tentando afastar aquele pensamento obscuro e acelerou o passo para chegar até a biblioteca.

Chegando lá, Hermione não encontrara Draco e suspirou aliviada. Seria até melhor que ele se atrasasse... Caminhando por entre as estantes, Hermione viu que tudo estava em seu devido lugar, como se alguém já tivesse arrumado tudo.

Só pode ter sido Draco. Mas, onde ele estava, afinal de contas? Como se fosse para responder sua pergunta, a castanha ouvira murmúrios que se assemelhavam ao da última vez, vindos do interior da biblioteca. Aproximando-se devagar, tentando não fazer barulho, Hermione viu Draco ajoelhado de frente para a lareira. Na posição que Hermione estava, ela não conseguia ouvir nada com clareza, mas pôde ver a forma que o fogo tomou. Era a mãe de Draco, Narcisa, e ela parecia estar bastante preocupada.

Não demorou muito para que a comunicação cessasse. Draco levantou-se e permaneceu parado, fitando a lareira, por um bom tempo.

– Saia, Hermione. Sei que está aí – disse em alto e bom som.

Droga, a garota pensou. Mas, afinal, por que ela estava com medo de Draco? Ele não lhe faria nenhum mal... Ou faria?

Sem comandar os pés, a castanha andou até uma das poltronas e ficou atrás dela. De onde estava, via o perfil magro de Draco; o semblante do garoto era de medo, preocupação e, até, certo alívio. Mas a sua postura, observando apenas a postura, lhe dava um aspecto sombrio e fantasmagórico.

– Ouviu alguma coisa? – perguntou, ainda olhando para as chamas.

– Não – respondeu quase roboticamente. Até parecia que estava sob efeito da Poção da Verdade.

Draco virou o rosto para olhar Hermione nos olhos e viu que ela estava falando a verdade. Em seguida, virou todo o corpo para a garota e agora estavam de frente um pro outro.

Hermione estava tão hipnotizada por Draco que nem percebeu quando o loiro se abaixou para pegar seu diário na mesinha de centro.

– Aqui está – estendeu o objeto para Hermione, que demorou para quebrar o contato visual com o loiro. Quando o fez, arregalou os olhos e pegou o diário, segurando-o de modo preocupado e quase infantil. – Não se preocupe. Seus segredos estão bem guardados.

– Não sei se devo confiar em você. Ou melhor, se posso.

– Não confie, se não quiser. Pouco me importa.

– Bom, não pareceu exatamente isso quando estávamos na Torre... – Hermione retrucou no mesmo tom frio de Draco. Se ele queria brincar, era isso que Hermione iria fazer.

– Então é imprescindível que você aprenda a diferenciar verdades de mentiras, Granger – a castanha se arrepiou quando ouvira Draco chamá-la pelo seu sobrenome daquela forma... Ingenuamente, quando estavam se beijando na Torre, ela imaginou que ele nunca mais iria falar daquele jeito. Burra. Burra. Burra. Hermione fez de tudo para não deixar transparecer sua tristeza e falou:

– Você é um menino manipulável, Malfoy, não me surpreenderia se você tivesse sido manipulado para dizer essas coisas pra mim.

O loiro riu de escárnio e seu olhar, antes amedontrado, agora era implacavelmente duro.

– Ora, ora... – o sonserino estava se aproximando de Hermione, que andava para trás – Até que seus argumentos ácidos estão plausíveis, Granger. Acho que o convívio comigo não é de todo mal, não é? – Hermione sentiu a parede fria e suspirou. Estava com medo, definitivamente estava.

– O que você quer? – murmurou com a voz falha. Sentia-se uma estúpida por ter esquecido a varinha no Salão Comunal, junto aos materiais de estudo que deixara cair quando viu a surpresa dos amigos.

– Antes de tudo... – Draco colocou as mãos na parede, uma de cada lado da cabeça de Hermione, prendendo-a ali. - ...você precisa me dizer quem é Lena Cork

Hermione engoliu seco.


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Notas finais do capítulo

O que acharam???? Por favor, preciso de reviews para saber a opinião de vocês. beijos, até a próxima :D



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