Prisoner of love and madness escrita por Lana


Capítulo 2
Bela confusão - PARTE I


Notas iniciais do capítulo

Não esqueçam de deixar review. Boa leitura :D



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Bela confusão – PARTE I

A castanha estava saindo distraída da aula de Herbologia, quando esbarrou-se em um corpanzil magro, porém forte. Olhou para cima e franziu o cenho.

– Não vai pedir desculpas? – murmurou Malfoy de forma debochada.

– Não – Hermione respondeu birrenta. Quando fez menção de continuar andando, o loiro a segurou pelo pulso.

– Não vai pedir desculpas por ter bisbilhotado a conversa alheia na biblioteca? – perguntou ainda debochado e, agora, frio. A espinha de Hermione congelou e ela quase arregalou os olhos.

– Você está maluco... E-eu não fiz isso – balbuciou e lançou um Crucio mentalmente para si. “Que idiota eu sou!”, pensou.

Passaram-se segundos, minutos, talvez até horas, mas a castanha não tinha percebido. Fitava aqueles olhos cinzentos a sua frente e ele fazia o mesmo, olhando os olhos castanhos aveludados. Draco pigarreou e soltou o pulso da garota com desprezo.

– Não irei discutir com uma pessoa que não vale gastar a saliva – respondeu de forma superior. Hermione ficou vermelha de raiva e, antes da castanha poder revidar, ele disse: - Porém, tome cuidado. Você deixou algo lá na biblioteca... – sussurrou, mais perto da castanha. O que ele estava pensando?! Estavam em pleno corredor, vários alunos surpresos olhavam para a aproximação repentina dos dois e Hermione... ah, Hermione ainda estava embasbacada com aquele olhar cinzento e penetrante. Fez grande esforço para desviar o olhar, mas não demorou muito.

– Ei! Você pegou meu diário?

– Sim – respondeu brincalhão e esboçou um leve sorriso, mas logo voltou para a máscara sonserina que usava.

– Então me dê! Agora!

– Não. Quem é você para me obrigar? – perguntou frio, mas Hermione podia sentir que ele estava gostando da provocação de uma forma diferente de tantas outras provocações que ele havia feito a castanha passar.

Hermione ficou vermelha e tentou enfiar a mão na mochila do loiro. “Nossa, claro que um garoto de quase 1,90 sonserino vai ser burro o suficiente para deixar uma garota da Grifinória de 1,65 enfiar a mão na sua mochila. Parabéns, Hermione!”

Draco segurou o pulso de Hermione sem muita dificuldade e a encarou de modo duvidoso. Ela não sabia distinguir aquele olhar.

– Tsc, tsc. Será que os pombinhos perderam a noção do tempo? – ouviram a voz inconfundível de Snape sibilar. Logo Hermione percebera quão quieto e deserto o corredor estava. Droga. – Os dois perderam os respectivos horários de aula para ficar... hum, namorando pelos corredores. Detenção de quatro dias para os dois. Começando hoje a noite. Irão limpar a biblioteca. – Snape bradou e saiu do campo de visão dos dois tão rápido quanto chegou.

Hermione tentou argumentar enquanto o professor falava, mas Draco, ainda segurando seu pulso, o apertou com um pouco mais de força como para alertá-la e ela ficou calada. Não sabia o motivo pelo qual estava deixando Malfoy persuadi-la; era só o que faltava.

– Obrigada, Malfoy – a castanha disse com raiva. – Agora, por favor, onde está o meu diário?

– Você acha mesmo que irei falar? Ainda nem terminei de lê-lo – o loiro respondeu ameaçador e Hermione arregalou os olhos.

– C-como assim?!?! Trate de me devolver AGORA! – e então a castanha começou a encher o braço esquerdo de Malfoy com murros, com a mão livre, e estes não faziam nenhuma diferença no sonserino. Ficou com mais raiva ainda.

– Sinto muito, mas terá que se esforçar bem mais que isso para consegui-lo de volta – soltou-a e logo pôs-se a andar pelos corredores, provavelmente indo até o seu Salão Comunal. Hermione fitou-o se afastar, sem forças para segui-lo e olhou para o pulso, quando o sentiu pinicar.

Estava vermelho devido ao toque de Malfoy, mas havia outra coisa... Uma pulseira prata, com pingentes brilhantes em forma de estrelas rodeando-a. Que linda, pensou. Mas... como isso aparecera em seu pulso? Só podia ter sido Malfoy. Que astúcia!

Hermione não pôde deixar de sorrir enquanto observava o objeto delicado em seu pulso. Irônico Malfoy ter dado isso a ela. Suspirou forte e andou até o seu Salão Comunal, sem perceber que olhos cinzentos a observavam esse tempo todo e que sua boca esboçava um sorriso pleno.

:::

Hermione se deslocava distraída até a biblioteca. A detenção poderia ter sido pior, pensou. Aquele ambiente a acolhia desde o primeiro ano, quando tinha poucos amigos e era deslocada na escola. A castanha olhou ao redor e nada de Malfoy. Bufou, conjurou panos e produtos de limpeza e começou a limpar a primeira estante.

Ouviu passos apressados e olhou por cima do ombro.

– Desculpe pela demora. Eu... – por que o loiro estava se desculpando? Ele não devia nada a Hermione. Logo parou de falar e pegou um pano, limpando uma das mesas de estudo.

Hermione fingira que não tinha ouvido o estranho pedido de desculpas do sonserino e prosseguiu com o que estava fazendo. O silêncio que se instalou entre eles era, de alguma forma, relaxante. Não havia nenhuma obrigação em puxar conversa; só queriam terminar o trabalho o mais rápido possível.

Quando estava limpando a última estante daquela fileira, Hermione fitou a pulseira novamente. Tinha que perguntar a Malfoy o motivo...

– Err... Malfoy... – chamou-o tímida assim que terminou a limpeza da estante. O sonserino consertou a postura para olhá-la e esperou. – Por que... Por que conjurou esta pulseira pra mim?

Draco foi pego de surpresa. Sabia que uma hora ou outra Hermione iria indagá-lo, mas, pelo rumo que aquela detenção havia tomado, ele achou que os dois não iriam conversar tão cedo. Tossiu propositalmente e passou a mão pelos cabelos rebeldes. Tinha esquecido de penteá-los antes de ir até a biblioteca, na pressa de não se atrasar mais.

– Bom, lembrei-me que seu aniversário foi semana passada e resolvi te dar isso – respondeu sincero e a respiração de Hermione ficou entrecortada. Draco fez questão de continuar. – Percebi que seus amiguinhos não te deram nada e vi você abalada por aí. Fiquei com – praticamente cuspiu a última palavra e aquilo fez Hermione desmoronar.

A castanha sentou-se em uma das cadeiras e desviou o olhar do loiro. Era verdade... Os amigos nem haviam lembrado da data...

::: Flashback :::

Hermione acordara alegre. Era seu aniversário e logo suas colegas de quarto cantaram a canção de “Parabéns” para ela. Sabiam que era uma música comum no mundo trouxa para este dia especial e fizeram questão de cantá-la para a castanha.

Gina abraçou a amiga ternamente e lhe entregou uma caixa azul aveludada. Hermione abrira e adorou o presente. Era o livro que ela estava sonhando em comprar nos últimos meses, sempre que iam à passeios fora do colégio ela ficava falando sobre este exemplar para a ruiva.

– Obrigada, Gin – agradeceu abraçando a amiga e foi tomar banho.

:::

Hermione estava esperando uma saudação calorosa de Ron e Harry, mas, para sua surpresa infeliz, nenhum dos dois lembrou-se... O café-da-manhã transcorrera normal e a dupla imbatível mal olhara nos olhos. “Estão tramando alguma coisa”, pensou travessa. Mas não. Não haviam tramado nada.

O dia passou comum, assim como o outro e o outro...

::: Flashback :::

– Você não tem nada a ver com isso. Aliás, o que faz você pensar que eu me importo com o que você sente por mim? – Hermione levantara-se visivelmente abatida, mas não queria se render. – Pode ficar com essa pulseira. Nem gostei mesmo – mentia descaradamente para o loiro e se aproximou dele, inalando seu perfume característico, era uma mistura de doce com agressividade – mas acalmava-a. Retirou a pulseira do pulso e deixou na mesa, perto do sonserino.

– É sua. Você não pode me devolver – o loiro disse calmamente.

– Claro que posso e já devolvi – retrucou mal-educada e virou-se. Draco pousou a mão máscula no ombro direito de Hermione e deixou-a de frente para ele, aproximando-se sorrateiramente. Hermione não respirava e arregalou os olhos. Estava se deixando levar pelo sonserino. “Pare, não deixe ele fazer isso!”, gritou em sua mente, mas seu corpo não obedecia.

– Granger... – murmurou. Em tantos anos, só ouvira o loiro chamando seu sobrenome com muito desprezo e até nojo, mas, agora, era um som diferente. Relaxado. – A pulseira é sua. Queria ter te entregado antes, mas não pude – ela pôde sentir que estava sendo sincero e suspirou.

As mãos de Malfoy estavam na cintura da castanha, impedindo o afastamento daquele corpo frágil e quente. Ah... como queria afundar o rosto naquele cabelo volumoso e inalar o cheiro de rosas.

– Então, obrigada – Hermione sussurrou e sua voz estava rouca. Aquilo pareceu atiçar o desejo do sonserino e tomou os lábios da castanha nos seus.

O beijo foi calmo, no início. O sonserino pediu passagem com a língua e a castanha demorou a permitir, mas acabou cedendo. Explorou a boca da garota de forma desapressada, terna, enquanto acariciava sua cintura. As mãos de Hermione estavam envolvendo o pescoço de Draco e deslizava a ponta dos finos dedos na nuca do menino, causando-lhe leves arrepios. Sorriu entre o beijo por conta do que podia fazer ao sonserino.

Estava tudo indo bem, até que ouviram um som característico seguido por uma luz forte. Se afastaram imediatamente e viraram o rosto na mesma direção. Era o garoto da Corvinal responsável pelas fotos dos torneios, eventos, apresentações, etc. do colégio.

“Droga”, pensaram.


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Notas finais do capítulo

E então???? O que acham que irá acontecer no próx. cap?? Deixem reviews!!!! Bjsss



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