Let it Snow - Faberry escrita por Metacase, I am Gleek, Tharry Charliye, analaborda, Peixotize, CalPessoa, Stronger, FaberryLover, Florence, Rebeka Agron, Fernanda Redfield, ohmyhulk, Violet, Vitor Matheus


Capítulo 11
BitterSweet - A Merry Little Christmas


Notas iniciais do capítulo

Heeey! o/
Vocês não fazem ideia do quão feliz eu fiquei por ter sido chama para esse projeto!
Quero muito agradecer a Metacase por essa oportunidade, vlw!
Essa fanfic eu fiz nas pressas porque não tive muito tempo pra escrever, mas espero que tenha ficado tudo certo para vocês.
É isso!
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/666200/chapter/11

Have yourself a merry little Christmas,

Let your heart be light.

From now on, our troubles will be out of sight.

O algodão úmido tocava sua bochecha descendo até a sua mandíbula, então subia e fazia o mesmo movimento. Logo em seguida, mergulhava o algodão no demaquilante e ia para outra parte do rosto. Agora sobre as sobrancelhas, fazendo um arco até sua têmpora. Suspirando quando desceu até o queixo, finalmente terminando de retirar a maquiagem. Se recostou na cadeira e admirou seu reflexo no espelho. O canto do seu lábio tremeu, se erguendo em um sorriso. Ela sorria para si mesma.

Mais um dia concluído com sucesso. Mais uma apresentação impecável. Levou uma mão até o coque do cabelo, retirando o lápis que o prendia enquanto retirava a maquiagem. Seu cabelo caiu em ondas sobre seus ombros e ela suspirou profundamente. Sentindo as tensões da apresentação se esvair.

Rachel Berry é uma renomada atriz da Broadway. Era sozinha, morando na enorme Nova Iorque, mas não era solitária. Todas as noites tinham uma apresentação. Sempre foi fantástica em cada musical que fazia. Atualmente era Evita Peron. Como quase sempre, era a personagem principal. Rachel não lembrava da última vez que interpretou um personagem coadjuvante.

Era noite de natal. Sim, ela deveria estar na sua cidade natal, mas fez questão de não largar a peça para pegar um avião e ir para Lima, passar o Natal com seus amigos. Ela era judia, então não era muito importante. Mas era para seus amigos. Mesmo assim, Rachel acreditava que sua desculpa era boa o suficiente.

Levantou da cadeira e andou até a mala onde guardava suas roupas. Abriu-a e retirou suas calças jeans, suéter vermelho e seu sobretudo preto. Vestiu-se calmamente e calçou suas botas sem salto, levantando-se do sofá logo sem seguida.

Voltaria para o seu apartamento. Abriria uma garrafa de vinho e sentaria em seu sofá, tomando-o lentamente. Afinal, era isso o que fazia em todas as datas comemorativas que passava sozinha em Nova Iorque, e mesmo assim, não se sentia solitária. Ela sentia que era disso que precisava para conseguir alcançar o seus sonhos. E ela faria. Com isso, ela conseguiu o seu amado sonho: Cantar nos belos palcos da Broadway.

Apanhou a bolsa na mesa de centro e caminhou até a porta, quando a abriu achou que seus olhos estavam lhe enganando.

Como assim? O que ela fazia na sua frente?

Have yourself a merry little Christmas,

Make the Yule-tide gay.

From now on our troubles will be miles away.

– Quinn? – Sua voz saiu sussurrante. Seu coração começou a acelerar consideravelmente.

A loira de cabelos curtos estava sorrindo para ela. As bochechas coradas e o cabelo completamente desorganizado.

– Fiquei sabendo que você não iria para Lima. – Quinn respondeu a pergunta que não saiu dos lábios da morena.

– Fazem...

– Cinco anos, eu sei. – Ela acenou com um suspiro.

– O que faz aqui? – Rachel pergunta quase ofegando.

– Acho que já respondi essa pergunta. – Quinn retruca divertida e se aproxima, fazendo Rachel recuar para dentro do camarim.

Ela não sabia o que perguntar. Seu coração estava acelerado por causa da loira na sua frente, e também do susto ao encontrá-la. Quinn tinha um sorriso discreto enquanto fechava a porta depois de entrar no camarim. Era um sorriso que fazia Rachel suspirar.

– Achei que estivesse casada. – Comentou desviando o olhar para onde deveria estar um anel de casamento, mas não estava.

Quinn solta um longo suspiro e acaricia o dedo onde deveria ter o anel. Parece pensativa por alguns segundos antes de dar de ombros.

– Puck e eu tentamos. Tentamos por dois anos, mas não deu certo. Não era o que eu queria, e nem o que ele queria. Não éramos felizes. Nos separamos a três anos atrás. – Ela termina com os braços cruzado e um sorriso meio triste em seus lábios, mas mesmo assim, não apagou o brilho que ela tinha.

Here we are as in olden days,

Happy golden days of yore.

Faithful friends who are dear to us

Gather near to us once more.

Rachel tirou um tempo pra admirar a loira na sua frente. Quinn usava uma calça jeans preta com botas brancas e felpudas, um suéter branco e uma jaqueta preta sobre os ombros. Em seu braço, carregava um sobretudo branco. Ela estava linda, Rachel tinha que admitir. Quinn sempre foi linda. Não existia um momento em que ela foi feia.

– E porque veio atrás de mim? – Questionou genuinamente curiosa e virou, entrando mais ainda no camarim. – E quem a deixou entrar?

– Vou responder a segunda primeiro, pode ser? – Quinn avisa divertida com um sorriso. – Eu apenas disse que sou sua amiga de colegial e eles me deixaram entrar sem problema nenhum, e também não tem muita gente ai, quase todo mundo já foi embora. – Ela dá de ombros com um riso descontraído. – E respondendo a primeira pergunta... de todos, você foi a única que não vi em cinco anos. E já é o terceiro Natal que você não vai, então, resolvi vir te ver.

Várias perguntas rondaram a mente de Rachel. Porque Quinn iria querer vê-la? Foi a pergunta que ficou na sua mente. Quinn e Rachel nunca foram tão próximas. Sim, elas passaram por muitas coisas juntas, e até mesmo criaram alguma amizade importante, mas mesmo assim, nunca chegaram ao ponto de largar tudo para ficar com a outra, lhe fazendo companhia.

– Agora eu posso começar com as perguntas? – Quinn questiona retoricamente. Rachel levanta o rosto quando escuta o tom divertido da loira. – Vamos continuar aqui no seu camarim? O que vamos fazer?

Quinn olhou ao redor do camarim enquanto falava e soltando uma longa respiração quando terminou. Rachel pensou no que responder. Era uma pergunta fácil de responder. Mas como iria contar para Quinn que passava o Natal acabando com o estoque de vinho que tinha em seu apartamento? Bom, Quinn não precisava saber disso.

– O que quer fazer? – Perguntou mordendo o lábio.

– Você passou alguns Natais sem ir para casa, então suponho que faça algo muito bom por aqui. – Explicou dando de ombros e abrindo a porta do camarim.

– Eu fico em casa. – Rachel responde rapidamente, dando de ombros e contornando a loira, passando pela porta, respirando fundo logo em seguida.

Parecia que o camarim tinha encolhido e agora finalmente conseguia respirar. Sentia Quinn lhe olhando e observando-a caminhar. Sua nuca queimava quando escutou passos atrás dela. O que faria pra mudar a ideia de Quinn? Como pediria que a loira fosse embora? Seria totalmente rude! Rachel poderia ser muitas coisas, mas rude não era uma delas.

Quinn conseguiu lhe alcançar, andando ao seu lado até que saíssem do teatro. O ar frio as envolveu. Rachel rapidamente colocou o sobretudo preto e assistiu Quinn colocar o seu branco. Elas andaram lado a lado até que pararam em frente a um Beetle vermelho.

– Você veio de carro? – Quinn lhe perguntou destravando o Beetle e virando para a morena.

– Não, nunca venho de carro. – Responde rapidamente e desvia o olhar para o chão, apertando a alça da bolsa.

Quinn balançou a cabeça e abriu a porta do passageiro segurando-a e sorrindo para Rachel. A morena franziu o rosto e olhou para a rua vazia. Ninguém estava ali para testemunhar o que Quinn tinha acabado de fazer. Respirando fundo, Rachel voltou os olhos para os verdes e assentiu.

– Para onde vamos? – Questionou quando Quinn entrou no carro e colocou o cinto.

– Diga-me você. – Quinn devolve e a olha com a sobrancelha erguida. – Para onde devemos ir?

Rachel pensou por alguns segundos. O carro ainda parado em frente ao teatro e Quinn ainda a olhando. Rachel não conseguia devolver o olhar, fixava-o para frente, se controlando para não virar o rosto.

– Eu não sei. – Finalmente respondeu dando de ombros.

– Ah, vamos lá! – Quinn liga o carro e solta uma risada. – Não tem nenhum lugar legal para irmos? Nenhuma festa da Broadway? Nada?

Bom, tinha uma festa da Broadway, mas Rachel não gostava de ir para essas festas. Sempre acabava com alguém querendo leva-la para cama... E desde que Finn morreu... ela não conseguia se apegar a mais ninguém.

E também porque Rachel não gostava de beber na frente de outras pessoas. Odiava olhares cheios de julgamento direcionado a ela.

– Não sei, Quinn.

Seu tom foi o suficiente para fazer com que Quinn não falasse mais durante um tempo. Ela ficou dirigindo por algumas ruas. Rachel estava distraída demais para pensar aonde ela estava lhe levando.

– Sabe, eu nunca fui no Central Park. – Quinn finalmente se pronuncia. Rachel vira para olhá-la com desdém. – Bom, sim. Eu fui uma vez. Mas não fui mais depois do nosso terceiro ano. Raramente vinha parra Nova Iorque depois que nos formamos, e quando vinha, nunca passava por lá, e nem sentava pra apreciar aquilo que todos apreciam quando vão pra lá.

– O quê exatamente? – Perguntou segurando as mãos nas lapelas do sobretudo e apertando-o fechado.

– Eu não sei. – Quinn respirou profundamente e soltou lentamente. – Mas as pessoas são tão maravilhadas pelo Central Park. Tem que ter algo de especial, não é mesmo?

Rachel tinha que sorrir. O tom confuso na voz de Quinn a fez ficar fofa e engraçada. Deu de ombros pela pergunta retórica e observou a loira desviar o caminho para o Central Park, seguindo todas as placas que lhe indicavam onde era. Quinn continuou falando sobre os filmes que eram feitos no Central Park.

Through the years we all will be together if the fates allow.

Until then, we’ll just have tomorrow through, somehow.

Logo estacionou e caiu no encosto do banco, suspirando. Virou o rosto para a morena e sorriu sem graça.

– Você não se importa, né? – Quinn pergunta e morde o lábio inferior.

Rachel estava alheia até que Quinn falou com ela. Perdida em pensamentos. Quando foi que os seus planos mudaram? Em um minuto ela estava indo para casa sozinha e no outro ela estava sentada em um carro com Quinn Fabray no estacionamento do Central Park.

– Não, eu não tinha anda melhor pra fazer. – Deu de ombros. Ela não se importava, realmente. Ela nem ao menos sabia no que tudo isso iria dar.

Quinn abriu a porta do carro e saiu, Rachel fez o mesmo e andou até parar ao lado da loira, que admirava as decorações de Natal. Em cada arvore tinha luzes coloridas piscando, no caminho por onde elas andavam tinham luzes grandes e amarelas lhe guiando pelo parque.

Andaram lado a lado pelo parque, observando as crianças brincando enquanto algumas famílias comemoravam seus Natais ali. Era interessante, Rachel pensou. Ela nunca pensou nisso, mas agora, observando os sorriso nos lábios de cada pessoa, lhe fez questionar o porque de nunca ter feito isso. Porque ela preferia ficar sozinha em seu apartamento?

– Tudo bem? – Quinn lhe perguntou, sua voz baixa tirou a atenção de Rachel para ela.

– Sim. – Respondeu simplesmente e olhou para a loira. – Porque não passou o Natal com a sua família?

O sorriso de Quinn desapareceu. Rachel rapidamente ficou alerta. Quinn estava sorrindo desde o momento em que ela abriu a porta do camarim. Quando esse sorriso sumiu, Rachel não soube o que fazer nem o que pensar.

– Minha mãe voltou com o meu pai. – Foi que ela respondeu e Rachel já entendeu tudo, mas Quinn continuou falando. – Mesmo com ele voltando e pedindo para que eu o perdoasse... eu não consigo.

– Ele pediu isso? – Rachel pergunta, chocada.

Ela não acreditava que Russel Fabray fosse capaz de pedir perdão depois de tudo o que fez. Nunca o conheceu pessoalmente, mas Quinn sempre comentou coisas sobre ele e sua família que a fizera pensar que ele e sua família eram pessoas horríveis.

– Sim, depois que minha mãe o deixou ele pareceu se arrepender de tudo que fez. – Ela resmunga parecendo não acreditar no que falava. Então abaixa a cabeça por alguns segundos, antes de levantá-la e olhar para Rachel. O sorriso estava de volta. – Então, qual o seu motivo?

Rachel não sabia qual era a resposta dessa pergunta. Realmente não sabia.

– Eu... – Parou e pensou. Ela não conseguia mentir para aqueles olhos dourados. Principalmente depois que Quinn foi tão sincera com ela. – Eu não sei. Já consegui tudo o que queria, não tem mais nada que eu queira além do meu sonho, mas tem sempre esse vazio. Ir para Lima não faz com que eu me sinta bem.

– Finn? – Quinn sussurra e Rachel pisca antes de suspirar.

– Eu achei que era, mas esse vazio é mais antigo.

Quinn assentiu lentamente e pegou a mão da morena antes que voltassem a andar. E suas mãos não se soltaram. Rachel não se incomodou com isso, na verdade, ela até sorriu! Fazia tempo que não sorria e em se sentia confortável consigo mesma, mas ao lado de Quinn a fez lembrar de como era bom ser feliz consigo mesma. Quinn comentava animada sobre as decorações de Natal do Central Park e apontava para as esculturas de luzes.

Continuaram andando de mãos dadas até que pararam em frente ao lago, se apoiando contra a cerca da ponta. Quinn continuava falando sobre as decorações enquanto Rachel a observava com os olhos atentos.

Quinn Fabray era uma mulher incrível. Além de inteligente e engraçada. Rachel não conseguia retirar os olhos dela. E agora que tinham os dedos enredados, Rachel não queria soltar nunca. O calor da mão de Quinn contra a sua fazia seu coração inchar, seu estômago dar voltas e seus lábios tremerem em sorrisos.

Ela entendia o que estava acontecendo, não era a primeira vez. Desde o último ano do colégio, Rachel se sentia assim. Sabia dos seus sentimentos por Quinn, e nem mesmo os questionou, entendia perfeitamente. Mas nunca lutou pela loira. Apenas deixou que ela segue com sua vida.

E depois de encontrá-la com Puck, Rachel se arrependeu dessa decisão.

– O que fez nos Natais passado? – Quinn pergunta rouca. Rachel suspirou e desviou o olhar para o lago.

Ela tinha que ser sincera. Quinn estava aqui agora. Ela poderia falar sobre isso com a loira.

– Fiquei em casa. – Deu de ombros antes de continuar com um suspiro. – Sento no escuro e bebo vinho.

Quinn ficou olhando para ela por alguns segundos antes de falar:

– Parece solitário.

– Eu sei que parece, mas eu não sinto isso. Sou judia o Natal não tem um significado tão grande como tem pra vocês. – Explica rapidamente, querendo que Quinn não pensasse o pior dela.

– Eu entendo. – Quinn assente e sorri carinhosa. – Mas... você gosta disso?

Rachel não soube responder. Seus olhos se desviaram mais uma vez. As luzes coloridas na borda do lado a fez sorrir. Ela amava o Natal. Amava as luzes. O clima natalino. Rachel não sabia porque usava a desculpa de não achar que o Natal era importante, mas era. Não adiantava pensar o contrário.

– Não. – Respondeu antes que pudesse se segurar e pensar em outra resposta.

– Então...

– Eu não sei. - Ela respirou e olhou para a loira.

Os olhos dela estavam dourados e Rachel arregalou os seus. Deus! Quinn era linda!

– Você não tem que fazer isso. – Murmurou baixinho sua voz rouca a fez se arrepiar. – Você não precisa ficar sozinha.

– Eu sei disso...

– Porque faz, então? – Quinn questiona duramente e Rachel arregala os olhos de novo. A loira nunca tina usado esse tom com ela, nem mesmo quando elas ainda tinham uma rixa.

– Porque...

– Não arrume outra desculpa, Rachel. – A voz dura de Quinn a fez tremer. – Você não precisa fazer algo que não gosta. Ninguém está lhe obrigando a isso. Na verdade, ninguém gosta de ver você faltar as datas comemorativas e, principalmente, o Natal. Agora me responde sincera: Porque fica sozinha?

– Porque eu não tenho coragem! – Exclamou ofegante. O jeito que Quinn falava com ela a deixou nervosa. – Eu não consigo sair de Nova Iorque. Não consigo ir para Lima!

– E porque não?

– Porque eu vou regredir! – Ela quase grita. Exclamou com força e quando encontrou os olhos dourados mais uma vez, percebeu que estava ofegante.

– Você não vai regredir só por passar o Natal em Lima. – Quinn sussurrou lentamente. Um tom carinhoso que acolheu Rachel e a fez querer chorar. Seus olhos se encheram de lágrimas e ela respirou fundo par anão deixar escapar nada. – Lima só está ali para lhe acolher quando você precisar, não para lhe puxar e tirar você de onde pertence.

Rachel desviou o olhar para o lago e comprimiu os lábios. Uma lágrima escapou dos seus olhos e ela só a sentiu quando o polegar de Quinn tocou sua bochecha. Logo as mãos da loira estavam em seu rosto e virando-o para ela.

– Você não precisa se sentir só. – Quinn disse intensamente, olhando diretamente nos olhos da morena. – Eu vou estar aqui para passar essas datas com você, e quando você estiver pronta, nós vamos para Lima, juntas. E passaremos o Natal com seus amigos e seus pais. Mas não precisa ser agora. Vou te ajudar com isso.

Rachel ficou confusa. Quinn a olhava com um brilho diferente nos olhos. Um brilho encantador. Quinn tinha neve pelo cabelo e pelos cílios, suas bochechas estavam coradas pelo frio e seus lábios secos. Mas ela nunca esteve mais bonita. Principalmente com o brilho das luzes de Natal ao seu redor.

Se inclinou para frente e colou seus lábios.

Não pensou. Não quis pensar. Apenas fez. Poderia ser carência, afinal, ela não tinha alguém a dois anos. E ela sempre soube dos seus sentimentos por Quinn. Vendo a loira agora, só fez os sentimentos florescerem mais ainda e brilharem

Seus lábios deslizavam juntos em uma harmonia maravilhosa. Quinn já tinha puxado seu corpo para próximo do dela. Uma mão da loira ainda presa em seu pescoço e outra ao redor do seu quadril. Rachel tinha ambas as mãos nas lapelas do sobretudo branco, puxando-a contra si.

Quando se separaram ofegantes e se encararam, ninguém soube dizer o que tinha acontecido. Elas conversavam com os olhos, cada uma segurando o coração na mão, prontas para entrega-lo para a pessoa na sua frente. Seus lábios inchados inclinados em um sorriso.

– Isso é...

– Diferente. – Quinn continuou rouca e Rachel sorriu sem graça. – Mas a questão é: Diferente bom, ou ruim?

– Bom, definitivamente, é diferente bom.

Elas se abraçaram apertadas quando uma rajada de vento passou por elas. Rachel ergueu as mãos pelos ombros de Quinn e tocou o rosto pálido. Sorriu para o quão gelado estava. Ficou feliz por não estar tendo uma tempestade de neve, elas estariam péssimas agora.

Quinn tinha a ponta do nariz avermelhada, Rachel sorriu e se inclinou para cima, beijando o nariz gelado da loira.

– O que está acontecendo? – Quinn pergunta depois que Rachel saiu da ponta dos pés.

Seus olhos se encontraram mais uma vez e Rachel ficou com medo da pergunta da loira. Quinn não gostou do beijo? Não deveria ter acontecido? Ela cometeu um erro enorme?

– Como assim?

– O que sente por mim, Rachel?

A pergunta lhe pegou. Ela sabe como se sente, mas teme que Quinn não a corresponda. Pior do que esconder como se sente, é não ser correspondido logo depois de admitir.

– Eu... Quinn eu...

– Você quer dizer agora? – Quinn sorri e Rachel se assusta. Como assim? Quinn já sabia? – Sim, eu sei como você se sente, Rach.

– Sabe?

– Sim, sei. – Acariciou seu rosto e o coração de Rachel acelerou. – E eu me sinto da mesma maneira.

E isso foi o gatilho para Rachel se jogar nos ombros de Quinn, colando seus lábios e se envolvendo em mais outro longo e languido beijo.

– Você vai passar o Natal comigo? – Rachel pergunta contra os lábios da loira. – Vai passar todos os Natais comigo?

Quinn solta uma risada rouca, fazendo Rachel se arrepiar e suspirar contra seus lábios.

– Vou passar todos os Natais que você me quiser. – Quinn responde sorrindo e se afasta para beijar a testa da morena.

Juntas elas saem do Central Park e decidem ir para casa de Rachel, começou a nevar um pouco mais forte e elas queriam se aconchegar juntas. No caminho, pararam para comprar algumas coisas. Do tipo: Uma arvore de Natal – pequena, porque não vendiam mais arvores grandes na noite de natal. – vários conjuntos de luzes coloridas e ainda pararam em um restaurante vegan para pedir comida pra viagem.

Here we are as in olden days,

Happy golden days of yore.

Faithful friends who are dear to us

Gather near to us once more.

Elas comeram e enfeitaram a arvore e ainda alguns locais da casa com as luzes que sobraram. Comeram aconchegadas no sofá e resolveram trocar a taça de vinho pelo chocolate quente. Um cobertor sobre suas pernas entrelaçadas e suas mãos com canecas de chocolate quente. Sentadas no chão em frente ao sofá. A única luz que tinha no apartamento era a luz da arvore.

Rachel olhou para Quinn, que bebericava sua caneca de chocolate quente e observava a arvore brilhar no ritmo de Jingle Bells. Sua mão correu até a mão desocupada da loira e seus dedos se entrelaçaram.

– Vai me dizer porque veio me ver? – Perguntou e viu um sorriso da loira por trás da caneca.

– Liguei para seu pai e perguntei sobre você, ele me contou que nunca mais tinha lhe visto, só quando eles vinham para Nova Iorque, então resolvi fazer a mesma coisa. – Ela dá de ombros e coloca a caneca vazia de lado, virando o rosto para a morena. – Faz tempo que estou querendo te encontrar, Rach.

– E você me achou.

– Sim, eu achei. – O sorriso no rosto de Quinn fez Rachel rir e assentir antes de se aproximar da loira, deitando a cabeça no seu ombro. – Quanto tempo que você tem esses sentimentos?

Rachel suspirou e beijou o pescoço da loira antes de responder.

– Quarto ano do colegial. – Respondeu e se afastou para ver o olhar carinhoso de Quinn. – Me arrependo de não ter lutado por você.

– Você ia se casar. – Quinn fala suavemente.

– Sim, eu ia, mas não era o que eu queria. Ainda estava um pouco confusa sobre como eu me sentia, e tinha todas aquelas coisas bonitas que você dizia sobre nós sermos amigas e sobre Yale... No dia do acidente, eu iria desistir assim que meus olhos encontrasse você.

– Eu me apaixonei por você no momento em que a vi cantando pela primeira vez. – Quinn confessa fazendo os olhos de Rachel se arregalarem.

– Porque nós nunca lutamos para ficar juntas antes?

Quinn dá de ombros antes de erguer a mão para o rosto da morena.

– E agora vamos passar o Natal juntas. – Quinn sussurra e Rachel assente com um sorriso. – Como se sente sobre isso?

Rachel riu e respirou fundo antes de confessar:

– Sinto que amo o Natal.

– E eu amo você. – Quinn termina antes de se inclinar para beijar Rachel. Não lhe dando tempo de ficar surpresa com a confissão, mas correspondeu o beijo demonstrando tudo o que sentia.

Amor.

Someday soon we all will be together, if the fates allow.

Hang a shining star upon the highest bough.

And have yourself a merry little Christmas, now.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram?
Novamente, gostaria de agradecer a Metacase por essa oportunidade, agradeço muito por isso.
Realmente espero que tenham gostado.
Boa Noite!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Let it Snow - Faberry" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.