Hopeless escrita por katiclover


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Voltei!!!
Demorei um pouco por conta de festas de final de ano etc etc, mas vou fazer o possível pra atualizar mais rapidinho!
A partir de agora, a história ficará mais focalizada em Luiza/Kate, e menos em Castle. Logicamente não vou simplesmente fazer ele desaparecer da história e esquecer do nosso tão amado escritor, apenas darei destaque à "nova vida" da nossa detetive.

Um beijo para todos que comentaram e favoritaram! Vocês fazem com que seja muito mais prazeroso compartilhar as minhas ideias malucas aqui!

Boa leitura!!! :)



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Anteriormente em Hopeless...

            Kate Beckett agora era uma mulher fraca, cercada por medos e desconfianças, que se recuperava do maior trauma de sua vida. Sendo forçada a se tornar outra pessoa, passaria a viver uma vida que não lhe pertence. Sem ao menos se dar conta disso.

...

            Uma semana depois...

 

            NOVA YORK

            — Alexis, quantas malas ainda faltam? Até parece que você trouxe tudo o que levou para Londres. – disse Rick, carregando a bagagem da filha pelo corredor em direção ao seu apartamento.

            - Eu trouxe. – respondeu Alexis.

            - O que você quer dizer? Por quanto tempo você irá ficar? – perguntou, adentrando ao apartamento seguindo a menina.

            - Pai... – disse Alexis, se aproximando e segurando a mão de seu pai. – Eu não vou voltar.

            - Alexis...

            - Não, pai. – interrompeu. – Pedi transferência da faculdade. Não vou mais morar em Londres, minha casa é aqui. Você está aqui, e eu preciso estar com você mais do que qualquer coisa neste momento.

            - Era o seu sonho. Você estava feliz...

            - Eu não desisti do meu sonho, só o modifiquei um pouquinho. Acredite, serei muito mais feliz aqui com você. - finalizou, puxando o pai para um abraço. Quando se afastaram, Alexis secou as lágrimas de seu pai e as suas próprias, arrastando-o para o sofá.

            Sentaram lado a lado, e longos minutos se passaram onde os únicos sons do local eram suas respirações e soluços. Alexis o abraçou mais uma vez, tentando acalmá-lo.

            - Vai ficar tudo bem, pai. Estou aqui... – sussurrou.

            - Eu sinto falta dela. – disse, retribuindo o abraço apertado da filha.

            - Eu sei. Eu também. – respondeu, respirando fundo. – Sinto muito.

            Após se acalmarem Alexis levantou, dizendo:

            - Ei... O que acha de tomar um banho e se deitar? Vou preparar algo rápido pra nós comermos enquanto isso.

            - Tudo bem. – respondeu, indo em direção ao quarto.

            Cerca de vinte minutos depois, Alexis adentrou o quarto do pai com a bandeja em mãos. Não o encontrou. Checou no banheiro, também sem sucesso.

            - Pai? – chamou.

            - No escritório. – respondeu.

            Seguiu sua voz, encontrando-o deitado no sofá do escritório.

            - Oi... O que está fazendo? – perguntou, depositando a bandeja na mesa ao lado.

            - Não consigo dormir no nosso quarto ainda. Na verdade, não consigo dormir de jeito nenhum... Não suporto a ideia de deitar naquela cama sozinho. Tudo me lembra Kate, Alexis... Ela está em todo lugar. Seu cheiro no travesseiro, seus produtos no banheiro, suas roupas no closet. Eu nunca imaginei que iria perdê-la. Nunca pensei que um dia estaria chorando a sua falta. – suspirou, sentando-se. – Não sei mais como dormir sozinho, ou preparar o jantar e me sentar à mesa sem tê-la comigo. Não consigo descrever a dor que estou sentindo, e não sei se um dia conseguirei superá-la.

            Alexis sentou-se, encostando a cabeça no ombro do pai, segurando fortemente sua mão, acariciando-a em uma tentativa de confortá-lo.    - Lembre-se de que você não está sozinho. Eu e Vovó estamos aqui sempre e para tudo o que você precisar. Juntos nós vamos nos recuperar e aos poucos retomar nossas vidas.

            Castle ergueu seu braço, acariciando os cabelos ruivos da filha.

            - Uma semana... E para mim, uma eternidade. – suspirou – Ela estava tão machucada, Alexis... A imagem dela deitada naquele caixão não sai da minha cabeça. Seu rosto... Ela...

            - Eu sei, pai... Sinto muito... – interrompeu. – Espere aqui, vou buscar uma coisa.

            Levantou-se indo em direção ao quarto do casal, e voltando um tempo depois, com uma caixa em mãos.

            Adentrou o escritório novamente com um sorriso no rosto. Deixou a caixa em cima da mesa e ligou o monitor, conectando um pen drive e sentando-se ao lado do pai com o controle remoto em mãos.

            - Há alguns meses atrás, Kate e eu estávamos fazendo uma limpeza e encontramos alguns cartões com filmagens daquelas câmeras que não usamos mais, lembra? Ligamos o computador e salvamos todos em pen drives antes de vendermos as câmeras... São vídeos curtos que fizemos em viagens e datas comemorativas. Aqui, escolha algum. – disse, estendendo o controle remoto para seu pai.

            Cerca de duas horas se passaram, e entre risadas e lágrimas, pai e filha relembraram juntos alguns dos melhores momentos que viveram ao lado de Kate. Desligaram a televisão, e acabaram se esquecendo da comida que agora estava fria.

            - Bom, já que você vai ficar por aqui, eu fico também. Não quero que se sinta sozinho. – disse Alexis, jogando alguns cobertores e travesseiros no chão ao lado do sofá onde seu pai deitava.

            - Sua Vó disse que horas voltaria? – perguntou Rick, virando-se para a menina que se acomodava na cama improvisada.

            - Apenas mandou uma mensagem dizendo que não dormiria em casa... Acho que aquele nosso palpite de que há algo sério nesse novo relacionamento estava certo.  – respondeu, sorrindo.

            - Boa noite, Alexis. – disse, sorrindo de volta. – Obrigada... Não sei o que faria sem você.

            - Boa noite. E pai... – chamou-lhe a atenção mais uma vez. – Esqueça as imagens ruins e dolorosas que você teve de Kate naquele dia. Substitua essas memórias pela sua voz alegre e sorriso radiante que vimos nesses vídeos, e sempre quando se sentir mal... Assista-os novamente. Essa foi a mulher que você conheceu, que você ama. É assim que ela gostaria de ser lembrada, e é essa a imagem que você deve guardar dela.

            Castle sorriu e acenou em resposta, secando sua última lágrima antes de ceder ao cansaço e adormecer rapidamente.

LONDRES

            - O que acha desse? – perguntou Luiza, dando uma volta e sorrindo.

            - Perfeito! Essa cor fica fantástica em você. Destaca seus olhos. – respondeu Henry, sorrindo de volta.

            - Bom... Então já tenho o vestido. Vou escolher um sapato e terminar minha maquiagem. – disse, se encaminhando novamente para o closet.

            - Isso, querida! Vou checar como está o nosso jantar. Nossos convidados devem chegar em alguns minutos.

            Levantou-se da cama pronto para deixar o quarto, quando Luiza surgiu mais uma vez, desta vez calçando seus sapatos de salto e indo em direção ao banheiro. Aproximou-se mais uma vez, segurando os braços de Luiza.

            - Você está linda. – disse, encostando levemente seus lábios no da bela mulher à sua frente. – Não se preocupe, Micaela e você se darão bem e Carlos com certeza ficará feliz em te ver.

            - Ainda não sei como será encarar a pessoa que até uma semana atrás era meu chefe. Vou precisar da sua ajuda, Henry.

            - Luiza, ele não é somente seu chefe. Ele é um grande amigo meu. Nosso. Você sempre foi uma de suas melhores parceiras no trabalho, e ele frequenta nossa casa há anos. Tenho certeza de que ele irá lhe ajudar a retomar sua rotina. – disse Henry, acariciando levemente a mão de Luiza. – Vai ficar tudo bem, amor. Eu prometo. – sorriu – Te espero lá embaixo. – finalizou deixando o quarto.

            Henry foi para a cozinha a fim de checar como estava a comida que estava preparando para receber os amigos. Alguns minutos após terminar de arrumar a mesa e preparar o vinho, ouviu a campainha. Se aproximou da porta de entrada, abrindo-a sorridente.

            - Boa noite! – disse, abrindo passagem para o casal.

            - Henry, como é bom te ver, cara! Quando vi as notícias, fiquei aflito. – disse Carlos, puxando o amigo para um abraço.

            - Pois é... Foram dias difíceis, mas aos poucos estamos nos recuperando. – virou-se para a moça ao lado do amigo, dando-a um beijo no rosto. – Micaela, estou feliz por ter vindo. Luiza irá adorar ter uma companhia feminina para a noite.

            - Como poderia recusar? Estava esperando ansiosamente pelo dia que iria conhecer Luiza. Finalmente a oportunidade chegou. – disse, sorrindo.

            - E onde está ela? – perguntou Carlos, percorrendo o cômodo com seus olhos.

            - Ela está... – começou Henry, interrompido pela voz de Luiza nas escadas.

            - Boa noite... – disse timidamente, se aproximando dos três.

            Henry prontamente levantou-se, indo a sua direção e segurando sua mão, acompanhando-a ao sofá onde o casal permanecia. Micaela possuía um sorriso nos rostos, e Carlos uma expressão de susto e desconfiança. Ao ver o casal aproximar-se, porém, colocou um sorriso no rosto e levantou-se para abraçar Luiza, seguido de Micaela.

            - Henry, vamos para a cozinha? Posso te ajudar a finalizar o jantar, e as meninas podem ter um tempo para se conhecerem melhor. – disse Carlos, virando-se na direção de seu amigo.

            - Ah... Claro. Vamos lá. – respondeu, encaminhando-se para fora da sala, onde as duas mulheres se sentavam e começavam a conversar.

            - Henry, que diabos foi isso? O que está acontecendo? – perguntou Carlos, fechando a porta da cozinha bruscamente.

            - Eu disse que haveria uma surpresa... – sorriu Henry, cruzando os braços.

            - Estou esperando sua explicação. Onde está a Luiza? – seu tom de voz ainda exaltado.

            - Carlos! Fale baixo! – disse. – Luiza está morta. – sussurrou, após uma pausa.

            - O que?! Henry... – sussurrou em resposta, sua expressão sendo tomada por espanto enquanto se apoiava na parede mais próxima.

            - Ah, vamos lá! Vocês nunca se deram bem, e agora o que? Está de luto?! – se aproximou, encostando-se na bancada próxima ao amigo.

            - Quem é essa mulher? – perguntou Carlos.

            - Ela também estava no avião. Isso é tudo o que precisa saber...  – respondeu, afastando-se e enchendo duas taças de vinho, estendendo uma a Carlos em seguida. – E além do mais... Eu já havia lhe dito que ela estava sem memória.

            - Oh, claro. Você só se esqueceu de mencionar que ela na verdade é uma total estranha, e Luiza na verdade está morta. – disse, aceitando a taça e dando um grande gole na bebida. – Um mero detalhe, Henry...

            - Carlos... Essa não é a questão. Não é importante, ok? Você e Luiza estavam prestes a acabar com essa parceria e levar o banco à falência por causa de suas brigas. Pense, isso será bom para todos nós. Você ganha uma nova sócia, e eu uma nova esposa. O que ambos queríamos há muito tempo, vamos combinar.

            - Não, isso... Isso está errado! Henry... – baixou o tom de voz, percebendo que as mulheres na sala ao lado poderiam ouvi-lo. – Cara, se alguém descobrir sobre isso tudo, nós iremos presos. Essa moça, ela... Ela tinha uma vida. E se ela desconfiar que algo está errado? Ou pior, o que acontece se sua memória voltar? Você não pensou em nada disso?

            - Você tem uma escolha a fazer. Você pode sair por essa porta e botar tudo a perder, prejudicar todos nós e criar uma grande confusão que pode ser irreversível. Ou você pode confiar em mim, e fazer o que eu te pedir. – respondeu, cruzando os braços mais uma vez e aguardando a resposta do amigo, que veio alguns minutos depois.

            - O que você tem em mente?

            Henry sorriu, arrastando uma cadeira e sentando ao lado de Carlos.

            - Acredito que ela ainda não esteja pronta para voltar, e eu ainda preciso esclarecer algumas coisas para ela para que tudo corra como planejado. – respirou fundo, continuando – Há quanto tempo você está com Micaela?

            - Cinco meses. Por quê?

            - Ela é gerente em uma das unidades do banco, certo? Foi assim que a conheceu?

            - Sim... Em uma reunião de negócios. Henry, aonde quer chegar? O que Micaela tem a ver com isso? Não quero envolve-la nesta confusão que você criou...  – respondeu, balançando a cabeça em negação.

            - Carlos, ela pode ser de grande ajuda para nós. Tenho certeza que se darão bem, e ela não conhecia Luiza. Elas estão sendo apresentadas essa noite, o que facilita para que ela não precise se envolver tão severamente. – deu uma pausa, prestando atenção nas risadas altas vindo do cômodo ao lado – E me parece que elas estão se dando bem. Me diz, você a considera de confiança?

            - Sim. Completamente. – respondeu prontamente.

            - Encaminhe Luiza para trabalhar na mesma unidade bancária de Micaela. Torne-as sócias. Micaela pode ajudá-la a se estabelecer e lidar com os serviços, e ainda se tornar sua amiga. – disse Henry sorrindo. – Você não vê?! É perfeito! Carlos... Nós podemos fazer isso. Não se esqueça de todos os galhos que já quebrei para você, e de todas as roubadas que te tirei. Você me deve isso, cara.

            - E-eu não sei... Preciso de um tempo para pensar, é muita informação para processar ao mesmo tempo. – disse, levantando-se e passando a mão pelo rosto freneticamente.

            - Tudo bem. Me de sua resposta até o fim da noite. Precisamos nos apressar, elas irão desconfiar. Ajude-me a levar o jantar até a mesa.

            Juntos, os dois casais sentaram-se à mesa de jantar e iniciaram uma conversa descontraída sobre como Micaela e Carlos começaram a namorar, entre outros assuntos. Henry, sempre cauteloso, evitava que a conversa seguisse para um território perigoso.

            A noite se passou rapidamente, e após algumas taças de vinho o casal de amigos decidiu que era hora de ir. Levantaram-se para se despedir, e Henry os acompanhou até a porta.

            Micaela seguiu na frente, indo em direção ao carro. Carlos esperou até que a namorada estivesse em uma distância segura, antes de retornar seu olhar para Henry, dizendo:

            - Eu aceito.


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Notas finais do capítulo

Espero vocês nos comentários!
Até o próximo capítulo!! :)