Welcome to my World! escrita por KAT


Capítulo 41
Eu não sou uma peça do seu jogo!


Notas iniciais do capítulo

Oiie gente, desculpem a demora :/ maaas em compensação o próximo capítulo já está até pronto ;)



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— Vitor, me deixa explicar – falei imediatamente, meio em pânico. Mas era tarde demais, Vitor já estava com aquele semblante sério e confuso. 

— O que significa isso, América? – perguntou, sem tirar os olhos daquelas fotos.

— Eu… – tentei dizer algo, mas não sabia como explicar.

Será que eu deveria contar a verdade para ele? Sem saber oque dizer ou como agir, apenas tirei aquelas fotos da mão dele de forma agressiva e as rasquei em seguida, descontando toda minha raiva.

— Você tem exatos três segundos para me explicar oque significa isso – Vitor disse em um tom bem mais elevado. Parecia que podia explodir a qualquer instante.

Eu desejava com todo meu coração poder lhe contar a verdade, entretanto, não sabia se deveria, devido a todos acontecimentos.

Será que Clarisse me odiaria para sempre se eu contasse tudo para Vitor sendo que tudo ainda estava tão recente?

E principalmente, ele acreditaria em mim ou ia simplesmente rir em minha cara chamando-me de hipócrita? A dúvida me consumia por completo!

Vitor estava me olhando fixamente esperando uma resposta… Apertei os olhos com força pensando no que fazer, mas isso fez apenas com que lágrimas caíssem por meu rosto.

— Você me traiu, não é? – aquela pergunta saiu mais como uma afirmação.

Vitor estava olhando-me com tanto nojo que senti minhas lágrimas aumentarem imediatamente.

— Não é nada disso – tentei me explicar, mas ele interrompeu.

— Eu não esperava isso de você; não esperava que fosse apenas mais uma vadia qualquer. — quando ele disse tais palavras, ouvi o estalo de minha própria mão batendo contra seu rosto.

Eu entendo o julgamento que ele tem de mim agora, entretanto, não pode simplesmente me tratar assim sem saber a história verdadeira.

— Não se sinta ofendida, você não é a única! — Vitor falou com a mão onde eu havia batido — Perdi a conta de quantas vezes fiquei com outras, mesmo já estando com você. – Meu mundo pareceu parar quando ele disse tais palavras.

— Você está dizendo que já me traiu Vitor? – Perguntei quase em um sussurro, segurando o choro em minha garganta. Ele não pode estar falando sério.

— Porque está surpresa? Só fiz o mesmo que você, Collins! – Apesar de todas aquelas duras palavras seus olhos estavam marejados. Talvez por isso logo após dizer tais coisas, Vitor apenas saiu dali, deixando-me sozinha.

Chorei descontroladamente quando ele saiu por aquela porta, o que eu mais desejava naquele momento era poder me aconchegar em seu peito sentindo seu cheiro e, acreditar que mais uma vez aquilo foi apenas um pesadelo.

(…)

— Você sabe que ele mentiu, certo? O Vitor jamais trairia você, ele disse isso apenas para se vingar na mesma moeda! – Daniel disse após eu lhe explicar passo a passo daquela terrível discussão.

— Sendo ou não verdade, não importa, isso não diminui a raiva que estou sentindo! Ele nem hesitou antes de quebrar meu coração em mil pedaços, disse aquelas palavras com tão naturalidade que me assustou… –  balbuciei respirando fundo, era péssimo lembrar daquilo. Eu desejava apenas poder esquecer.

— América, tenta entender. Depois do que ele viu é comum uma reação assim! – Daniel tentou defendê-lo, mas aquilo não foi suficiente para que eu mudasse de opinião.

— Eu não quero entender o lado dele Daniel, nem o de ninguém. Tudo que eu faço ultimamente é perdoar as pessoas, ajudá-las e achar desculpas pros erros delas, já me cansei disso. Todos passam a vida inteira julgando tudo que veem. Jogam palavras que não voltam, olhares que machucam, rejeitam, maltratam, usam. Isso dói, tá legal? Não vou mais me esforçar mesmo por ninguém. – falei mais determinada que nunca.

Eu realmente estou tão cansada disso tudo…

Perdoei minha mãe e ela morreu.

Confiei em Rafael por apenas alguns segundos e isso foi o suficiente para ele abusar de mim novamente.

Tentei não odiar meu pai por me tratar como objeto e aqui está ele novamente em minha vida, pensando que pode continuar me tratando dessa forma.

Tentei ajudar Clarisse a ter uma vida normal e agora minha própria vida está destruída por culpa disso.

Boas ações não servem para nada. No final das contas, é cada um por si!

Antes que Daniel pudesse responder, meu pai entrou ali, sem sequer bater antes.

Até então estava ótimo poder receber visitas, mas assim que vi meu pai diante de mim, olhando-me de forma mais presunçosa que nunca. Minha vontade foi que uma enfermeira aparecesse ali novamente, dizendo que eu havia voltado a não poder ver ninguém.

— Olá pequena irresponsável – ele falou de repente, encarando-me.

— Olha só, o pior pai do mundo resolveu tirar um tempo para visitar sua filha rebelde no hospital. Quem diria, não é mesmo? – falei sorrindo de modo sarcástico.

— É bom ver você também América – Ele voltou a dizer – Fiquei sabendo que você brigou com aquele seu tal namoradinho… – logo o interrompi.

— Vitor, pai, o nome dele é Vitor! Não é possível que você já esteja morando conosco há mais de três meses e não saiba disso até hoje.

— Isso não importa. Entretanto, é justamente disso que quero falar. Concordei em ficar aqui por um tempo pois você estava de luto por sua mãe e também não queria se afastar desse tal garoto, mas agora que essa palhaçada toda terminou, voltaremos para casa semana que vem!

— Você só pode estar brincando – falei em baixo tom, mas minha vontade era gritar com ele até não poder mais.

— Okay, acho que é minha hora de sair – Daniel falou, saindo logo e deixando-me sozinha com aquele monstro que eu chamava de pai.

— Qual o problema? Não há nada que lhe prende aqui. – ele respondeu, como se não entendesse meu descontentamento.

— Você é mais ignorante do que eu pensava se acha que eu só queria ficar aqui por Vitor. Ele era sim grande parte da minha vida, mas tudo que resta de mim sem ele, também está aqui. Você não pode me tirar isso pai.

— Desculpe América, mas eu terei que bastar novamente para você. E além do mais, você vai ter mais pessoas lá, seu irmão já tem quase um ano e você ainda não o conhece… E minha mulher quer muito conhecer você, ela poderá ser como uma mãe!

— Ela nunca vai ser minha mãe, ninguém nunca vai ser a mamãe – gritei indignada por suas palavras. Eu não queria nada daquilo, queria apenas continuar com minha vida. – Você está muito enganado se acha que pode me tirar do seu mundo, criar outra vida para você, com uma mulher perfeita e um bebê dos sonhos, e depois simplesmente achar um jeito de me encaixar novamente. Isso não é um quebra cabeças pai, e eu não sou uma peça do seu jogo! – completei tentando não gritar com ele a cada palavra que dizia.

— Sinto muito que pense assim e sinto mais ainda por você não ter escolhas. Voltará comigo querendo ou não. – foi tudo que meu pai disse e depois saiu do quarto. E eu permaneci imóvel, absolvendo tudo que acabara de acontecer. 

Eu tenho todas essas vozes na minha cabeça, mas a sua… É a única que eu não posso viver sem." — Sense8. 


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Notas finais do capítulo

E aí?
O que acharam?
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