Welcome to my World! escrita por KAT


Capítulo 23
Decidi me arriscar mais / Esse é seu plano de vingança?


Notas iniciais do capítulo

Me desculpem por ter atrasado para postar, mas, aqui está o capítulo e bem grandinho inclusive haha ;) Boa leitura!



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Cheguei no endereço que Dan havia me passado e avistei um condomínio, entrei no local e conversei com o recepcionista, explicando que eu era amiga de Sophia e queria lhe fazer uma surpresa, então, ele me deixou subir sem avisá-la;

Entrei no elevador e, logo estava do décimo andar, andei um pouco pelo corredor e logo estava diante da porta do apartamento de Sophia, respirei fundo, pensando por alguns instantes no que eu iria dizer, não tive muito tempo para pensar, logo um homem grisalho abriu a porta.

— Olá – Ele cumprimentou, encarando-me, como se buscasse entender quem eu sou.

— E aí – Falei, sorrindo em seguida – Sou América Collins, queria falar com a Sophia, ela mora aqui?

— Sim, minha filha já falou de você algumas vezes! – Ele comentou, sorrindo – É uma honra tê-la aqui, entre, por favor! – Ele sugeriu, dando espaço para que eu pudesse entrar.

— Obrigada! – Falei, entrando em seguida, fitei o lugar por um instante, era bem grande e dono de uma decoração básica, porém bonita.

— Sophia – Ele gritou, e em questão de segundos a garota já estava ali.

— Hm.. América? – Ela me encarou, sem entender por que eu estava ali.

— Eu preciso falar com você – Expliquei lançando meu melhor olhar de desculpas para ela, provavelmente ela percebeu, considerando que soltou um sorriso amigável e me chamou para seu quarto.

— O que você quer? – Ela perguntou, assim que chegamos em seu quarto.

Apenas a ignorei por um instante, prestando atenção no quarto, as paredes eram completas por colagens, inclusive, essas colagens formavam desenhos incríveis, era algo maravilhoso, realmente digno de admiração.

— Não sabia que você gostava dessas coisas. – Comentei.

— Você deve achar idiotice, mas é o que me distrai e me faz sentir bem. – Ela explicou.

— Não, não... achei incrível, você é bem criativa! Queria conseguir fazer algo assim, mas a minha preguiça não deixa, o máximo que consigo fazer é pegar alguns pôsteres já feitos e colar. – Contei e ela sorriu.

— O que você veio fazer aqui? Realmente não entendi, achei que queria distância de mim.

— Eu.. Eu vim pedir desculpas Sophia, sei que você só estava tentando ajudar, eu não devia tê-la tratado daquela forma! – Falei e ela me olhou, como se não acreditasse em minhas palavras.

— Isso é incrível, não acredito que você está aqui me falando essas coisas! – Ela disse, rindo.

— Eu estou falando sério mesmo.  – Revirei os olhos, tentando fazê-la levar pela primeira vez na vida algo realmente a sério.

— Está tudo bem, Méri. Eu não devia ter me intrometido, mas como você já sabe, sou assim. – Ela disse, ainda rindo.

— Eu sei e já me acostumei com o seu jeito, mas, ontem eu estava passando por um momento realmente difícil. – Expliquei, dando de ombros.

— Quer dividir? – Ela perguntou.

— Não – Fui sincera e ela revirou os olhos, dessa vez fui eu quem comecei a rir .

— Tudo bem, eu só queria ajudar! – Ela explicou.

— Prefiro apenas esquecer tudo que rolou ontem, se você puder me ajudar nisso já está ótimo! – Afirmei, sorrindo de lado.

— Ok ruivinha – Ela sorriu – Amigas? – Perguntou encarando-me.

— Hm... Deixe-me pensar – Cerrei os olhos por um instante, lançando-a um olhar desconfiado – Amigas! – Concordei e ela me abraçou, gargalhando.

— Vamos ver série? – Sugeri, finalizando o abraço e jogando-me em sua cama.

— Nossa, como você é folgada – Sophia disse, cruzando os braços.

— Aprendi com a melhor! – Falei referindo-me a ela, então a garota apontou o dedo do meio para mim, fazendo-me gargalhar.

Então, passamos o resto da tarde conversando, nós tínhamos bastante em comum na verdade, apesar de achar estranho ter realmente uma amiga agora, com certeza estava sendo uma ótima experiência.

Decidi me arriscar mais. Manter distância do mundo, não querer ter amigos nem me relacionar com ninguém, com certeza tinha um lado bom, assim ninguém poderia me machucar, mas mesmo já estando acostumada com a solidão, em algum momento ela iria me incomodar. Eu não queria ter milhões de amigos, apenas a Sophia com toda sua animação e boa vontade para me fazer feliz era suficiente, eu não queria ter a melhor relação do mundo com a minha mãe, mas ter me livrado daquele ódio todo que eu insistia em manter por ela, estava me fazendo bem. São pequenas as mudanças, mas significaram muito para mim, amadureci bastante desde que mudei para cá, perdi algumas coisas, mas, ganhei outras bem melhores e, pensar que meu maior medo era isso. Sinto falta do meu pai, e mesmo sabendo que ele não sente a minha, não quero odiá-lo, não quero que tudo se repita, estou tão cansada de odiar as pessoas apenas por que em algum momento elas irão se cansar de mim. É claro que isso dói, me faz querer continuar mantendo todo mundo bem longe, entretanto, não farei isso, deixarei as coisas acontecerem... Até aqui estou me levantando depois dos momentos ruins, então não vou me privar dos momentos bons pensando que os ruins podem se repetir novamente depois. Aliás, a vida foi feita para ter momentos bons e ruins mesmo, eu acho, bom é o que todos dizem...  Só queria aprender a dar pouca importância para tudo como todos dão, mas é impossível, sou sempre a que irei me importar mais e quebrar a cara no final, essas coisas vão fazendo a gente se fechar mesmo, mas os fracos, sempre tem suas recaídas, só os fortes conseguem se fechar para sempre, e eu com certeza, sou fraca demais.

Dia Seguinte...

Acordei razoavelmente atrasada para a escola, levantei-me da cama e vesti o mesmo de sempre, com um sobretudo vermelho por cima.  Olhei para o relógio e vi que já eram 7:10 da manhã, em seguida, sai sem sequer tomar café da manhã, eu estava muito atrasada, temi que não me deixassem entrar na escola.

Eu estava com tanta pressa, que cheguei a cair do meu skate quando estava perto da escola, machucando meu joelho. Maldição! Sussurrei, levantando-me com certa dificuldade, terminei o resto do trajeto andando e por alguma sorte divina consegui chegar a tempo.

— Estávamos quase fechando os portões, mocinha! – O porteiro alertou.

— Sim, mas já estou aqui. – Entrei em seguida, agradecendo aos céus por ter chegado á tempo.

Antes de ir para a sala de aula, fui até o banheiro para lavar meu joelho e colocar algo para fazer parar de sangrar, no caminho vi algumas pessoas que passavam por mim, soltarem risadinhas e cochicharem alguma coisa enquanto me olhavam. Com certeza achei isso estranho. Qual é o problema dessa vez?  Pensei após constatar que não havia nada de errado comigo, então, simplesmente decidi ignorar.

Quando eu estava prestes a entrar no banheiro, um garoto da minha sala que passava começou a rir e disse:

— Está indo fazer uma rapidinha com quem?

— Deve ser com você, imbecil! – Retruquei irritada.

— Não duvido, já que você anda fazendo de tudo até com quem diz odiar. – Ele disse e saiu rindo em seguida, deixando-me mais confusa do que nunca.

Definitivamente, o que está acontecendo com essa escola?  

Entrei no banheiro e enrolei um pedaço de papel higiênico em meu joelho, em seguida, sai dali, indo até a sala e novamente, mais risadinhas e comentários estranhos vindo de pessoas que eu nem conhecia.

— Sophia, você sabe o que está acontecendo? – Sussurrei sentando-me ao lado dela.

— Está todo mundo falando que você ficou com o Vitor, e na verdade, tem muitos detalhes da suposta transa de vocês dois, eu sei que é mentira, mas quem está espalhando isso quer acabar mesmo com sua reputação, Méri...  – Ela explicou.

— Isso não é verdade! Quem está fazendo isso? – Franzi o cenho sem entender mais nada. Por que essas coisas sempre acontecem comigo?

— Eu não sei, Méri, só posso te dizer uma coisa, o Vitor não parece estar negando! – Ela contou.

— Com certeza é ele quem está fazendo isso – Revirei os olhos.

— Claro que não, por que ele faria isso? Não há motivos.

— Tem sim, isso se trata de uma vingança... – Expliquei.

— Não acredito que ele é tão estúpido assim!

— Ah, mas ele vai se ver comigo! – Levantei-me da cadeira e andei feito uma onça até a mesa de Vitor – Vem comigo, De La Riva – Ordenei, andando até a porta em seguida.

— Você tá louca, garota? Não vou a lugar nenhum com você! – Ele afirmou, cruzando os braços.

— Tudo bem, você prefere que eu fale aqui? Tenho certeza que você não vai gostar, seu machista estúpido do caralho! – Gritei em alto em bom som, fazendo com que a atenção de todos se voltasse para nós dois.

— Tudo bem, eu vou contigo, não precisa fazer escândalo não, sua louca! – Ele afirmou e me seguiu em seguida.

— Onde vocês pensam que vão? – O professor indagou, porém nós apenas o ignoramos e saímos dali.

— O que você tem na cabeça? Está dizendo para todo mundo que eu fiquei com você por quê?  - Praticamente voltei a gritar.

— Isso é só para você entender ruivinha, que ninguém me humilha sem motivo nenhum e sai sem perder nada, ok? – Ele disse no mesmo tom que eu, porém, com a voz carregada de cinismo, tanto que em seguida soltou uma piscadinha um tanto hipócrita para mim.

— Esse é seu plano de vingança? Usar a cabeça machista de todos para acabar com minha reputação? Pois saiba que eu não me importo De La Riva, só lamento por todos ainda serem tão preconceituosos.

— Não é questão de preconceito, Collins. Todos apenas estão te achando uma falsa, já que até ontem parecia me odiar e agora supostamente transou comigo! – Ele explicou, mantendo o tom de deboche.

— Quer saber, se eu realmente tivesse transado com você sem termos nada sério ou coisa assim, não estaria com a consciência pesada, por que o que todos dizem ou deixam de dizer pouco me importa! – Ele me olhou com aquele mesmo olhar de sempre, parecendo que estava “apaixonado por mim”, com certeza ele entendeu que eu quis dizer que não me importava em ficar com ele algum dia, então logo me expliquei – Só que isso jamais aconteceria, por que eu nunca ficaria contigo realmente, por que eu odeio você! Melhor planejar outro plano se sua intenção é me fazer ficar mal. – Avisei e sai em seguida.

“A reputação leva uma vida inteira a construir e pode ser destruída em segundos.” — Capitão Shakespeare – Stardust

 


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Méri e Soso já estão bem ♥ kk. Mas o Vitor e a Méri em compensação ne? Nunca aprendem, será que eles vão voltar a viver como cão e gato igual no inicio da fanfic? Tomara que não ne... Coitada da América, ne gente? O Vitor vacilou, apesar que ele não sabe os motivos dela para não ter aceitado ficar com ele... Enfim, comentem o que vocês acham que vai acontecer agora! Beijos! ♥



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