Ela parece totalmente confusa, mas isso não muda sua aparência magnífica, aliás só a deixa mais linda. Paro de pensar isso pois Edward me lança um olhar não muito amistoso. E eu me pergunto como vai ser esse um ano com os Cullen.

Continuação

P.O.V. Renesmee

O que ele está fazendo aqui? Não pode ser! Os Cullen não fizeram nada! Espera, meu pai está sorrindo, ao lado dele! Como? Ele sabe que ele é nosso inimigo!

— Acalme-se filha, Alec Volturi não veio aqui para nos fazer mal. – Meu pai me tranquiliza, ou pelo menos tenta. Como ele não veio fazer mal? Eu fico extremamente confusa. Meu pai manda um olhar fulminante para Alec.

— Bem filha, ele só veio aqui confirmar a transformação de Liz, e como a família anda em relação a você – Ele me fala calmamente.

— Em relação a mim? – Engulo em seco. Como assim em relação a mim? Serei eu de novo um risco para minha família?

— Não, filha! Você não é um risco, Aro só acha melhor que você seja observada já que para ele você é desconhecida porém fascinante – Ele responde aos meus pensamentos desesperados – E mais uma coisa filha, Alec veio passar um tempo conosco em Forks.

— Tempo? – Pergunto querendo saber mais.

— É, um ano, Aro acha melhor que eu veja como é o dia-a-dia de vocês – Dessa vez quem me responde é Alec, à primeira vista ele não parece ameaçador, sua voz é aveludada e suave e seu rosto é angelical e tem um certo charme. Ah, se eu não soubesse que toda essa beleza é tão perigosa quanto sua névoa que desabilita os sentidos.

Sou tirada desses meus devaneios com o meu pai gritando:

— Como assim? O que esse cachorro fez com você Filha!

Hã? Eu nem estava pensando nisso... Ah, Liz.

— Edward, Nessie o que foi? – Minha mãe pergunta preocupada.

— Mãe é Renesmee! – Digo irritada

— Aquele cachorro fedorento beijou a Renesmee a força, Bella! – Meu pai diz indignado, muito me admira que ele ainda não tenha ido atrás do Jacob.

— O que?! – Minha mãe minha tia Rosalie gritam. Tia Rosalie é uma segunda mãe para mim, sem contar que ela nunca foi muito fã do Jacob.

— Edward por que você ainda... – tia Rose começou, mas nem precisou terminar, meu pai não estava mais na sala

Eu tento correr até o meu pai, pelo menos para interceder por Jacob, ele me deixou irritada, mas é o meu melhor amigo, eu quero ele vivo. Porém, meu pai é muito mais rápido do que eu e mesmo quando eu tento correr até ele minha mãe não deixa, já que seus braços estão me apertando para que eu não saia.

— Filha, não! Você não vai atrás dele, você vai se machucar!

— Mãe ele não pode machucar o Jake, ele me irritou muito, mas ele ainda é o meu melhor amigo!

— Renesmee, venha, você não vai fazer nada lá além de atrapalhar, seus avós já foram até lá para tentar detê-lo, ajude ficando em casa e não se machucando!

Olho para a sala, tia Rose e tio Emmett abraçam Liz enquanto explicam a Alec como Liz é controlada como minha mãe por que foi preparada para a transformação.

Tia Alice e Tio Jasper estavam conversando sobre algo, mas eu não dei muita importância, estava preocupada demais.

Minha mãe me leva até a cozinha e faz brigadeiro, a segunda coisa mais gostosa do mundo, depois de sangue. Quando eu era menor eu não gostava muito de comida humana, porém é muito difícil não amar com a minha avó Esme cozinhando.

Depois de comer brigadeiro ouço uma batida da porta. Depois de sair da cozinha vejo Liz e Seth abraçados na sala, e tia Rose e tio Emmett olhando feio para os dois. Não posso evitar rir. Seth teve um imprinting pela Liz e ela cresceu com a companhia dele. Ele deixou claro que ela não tinha obrigação de ficar com ele, e ela deixou claro que o amava e que não conseguiria ficar longe dele. Embora tia Rose não seja admiradora dos lobisomens, ela não pode fazer nada, primeiro por que Seth e Liz se amam e não tinha sentido separá-los e ninguém em casa realmente implica com o Seth, é impossível não gostar de um cara tão mente aberta e brincalhão. Liz e Seth realmente combinam.

— Oi, pombinhos! -  digo sentando no sofá de frente para os dois

— Olá nes...ai! – Liz belisca ele – Renesmee!

— Tudo bem Seth - abraço ele e me sento novamente – Você viu ele? O meu pai deixou ele vivo, não é?

— Ei, calma, ele não vai matá-lo – ele tenta me tranquilizar

— O tio Edward não é louco de mata-lo, você ama ele e seu pai nunca iria te magoar – Liz me abraça – Vamos dar uma voltinha, vem Seth?

— Claro linda! – ele levanta e coloca o braço na cintura dela

— Ah, a propósito, nós deixamos filha – Tio Emm fala. Todos riem.

Eu subo, pego meu diário para poder escrever no caminho, e nós três saímos.

Eu e Seth apostamos corrida, por que Liz logicamente é mais rápida que nós. Nós dois chegamos com uma pequena diferença, mas eu tenho certeza de que eu ganhei.

— O Seth ganhou! – Anuncia Liz – Seu prêmio – Ela beija ele

— Ei! Não vale – bato no Seth por que ele sente dor e a Liz não – Só por que ele é o amor da sua vida!

Nós três rimos e eles começam a fazer declarações de amor e se pegar, então eu deixo os dois sozinhos, por que é um momento íntimo.

Eu me afasto uns dois quilômetros, me encosto numa árvore e começo a rabiscar e depois começo a escrever e cantar minha música favorita, A Thousand Years, acho que ela tem tudo a ver com a história dos meus pais e como é tão bonita passou a ser a melhor do universo, pra mim.

— I have died every day waiting for you, darling don’t be afraid, I have loved you...

— Bela voz Renesmee – Alguém fala.

Eu dou um pulo assustada e deixo o diário e a caneta no chão.

— Aqui, permita-me – uma mão pálida aparece e pega o diário. Alec.

Ele me entrega o diário e eu fico que nem uma idiota olhando para ele. Oh Deus, ele é lindo! Renesmee pare!

— Ah me desculpe, eu a assustei? – ele se aproxima mais de mim

— S-sim, u-um pouco – eu dou um passo para trás e bato de costas na árvore – Ai!

Ele começa a rir antes de perguntar

— Está tudo bem?

— É claro que está - eu esfrego minhas costas – não ria!

Eu começo a caminhar numa velocidade humana até a casa dos meus avós. Ele me segue.

— Tá legal – ele para de rir e me manda um sorriso encantador que me faz ficar com as pernas bambas

Eu me recomponho e processo o que ele acabou de dizer

— Tá legal? Pensei que Volturis falassem com a mais formal das linguagens...

— E falamos, mas isso não quer dizer que fora de casa eu não fale com uma linguagem coloquial.

— Linguagem formal novamente – eu rio

— Sua risada é bonita – ele me fala, eu encaro os meus tênis que ficaram imundos depois da corrida.

— Obrigada -  digo envergonhada

— Aquela música, que você tava cantando – eu rio quando ele fala “tava” – você pode cantar de novo?

— Ah ... é.... Claro – eu começo – The day we met, frozen, I held my breath. Right from the start, I knew that I found a home for my heart... Por que está me o olhando desse jeito?

Ele parou de andar e ficou me olhando, me deixando corada

— Eu já disse que você fica linda corada? – Ele anda vagarosamente até mim, prende uma mexa do meu cabelo atrás da orelha e aproxima seu rosto do meu...