Broken Glass - Caco de Vidro escrita por Letícia Silveira, Maavi


Capítulo 1
Capítulo 1 - Lar doce Lar


Notas iniciais do capítulo

Essa foi a minha primeira fic, eu escrevia muito mal. Arrumarei o português com o passar do tempo. Espero que gostem e comentem desde o início. Beijos =*



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Eu encontrava-me em uma espécie de campina. Nunca a havia visto, mas algo dizia-me que já estivera ali. Era como se eu estivesse pressentindo que, um dia, eu estaria naquele belo lugar, esculpido pela natureza.

As flores embelezavam o matagal, e eu podia apostar que a fragância delas rodeavam o ambiente. Mas eu não tinha olfato, eu não sentia nenhum cheiro.

Algo muito estranho estava acontecendo; e, de repente, eu o vi. Era o meu milagre pessoal, que eu já não via há três anos: Jacob Black. Eu sentia muita falta dele, com os seus olhos negros como a noite e a sua pele escurecida como todos os Quileutes tinham.

Eu corri e o abracei, mas na verdade não havia nada ali. Eu agarrei o ar e desesperei-me. Por que eu não conseguia senti-lo?

Abri os olhos e encontrava-me no meu quarto, na casa que ficava no interior da Suécia. O local havia sido escolhido pelo meu tio Jasper, que nunca tinha vindo aqui e estava curioso para vir. Eu resolvi esquecer o Jacob quando vim para cá, nao queria pensar nele e aprofundar o buraco que existia em meu peito. A Renesmee do Jacob se foi, agora eu sou mais extrovertida, intrumada, sou menos tímida e sou praticamente a rainha da escola, assim tenho muitos amigos lá. Ah, a escola. Droga, estou atrasado. Já são 6:30! Minha aula começa às 7 horas.

Me esprequiçei e desci para tomar o café. Eu moro com toda a minha família numa mansão nos arredores de San Louis [N/A: cidade inexistente, eu acho ;P / Inventei.]. Quem vê a minha família, pensa que ela é normal, ou quase, a não ser por serem incrivelmente bonitos e pálidos, mas na verdade somos vampiros. Isso mesmo, mas nós não bebemos sangue humano, e sim sangue animal. Pode parecer estranho, mas fazemos isso para não sermos monstros. Na verdade, eu não sou vampira, sou uma meia-vampira e meia-humana. Estranho? Muito. Minha mãe, quando humana, fez sexo com o meu pai que era um vampiro e nem se quer se preveniu! Burra, eu sei e agora eu sou essa aberração que ninguém nunca ouviu falar, ou quase nunca. Sei que sou rara e que posso beber sangue e comer comida humana, mas eu acho-a repulsiva. Quem vai comer uma comida alterada geneticamente? Pra mim, os humanos não são muito inteligentes. Eu sei mais do que os meus professores da escola e do que todos os meus colegas, mas às vezes preciso me fazer de burra e errar uma questão na prova, só para 'despistar'.

"Oi mãe! Oi pai!" - Ah, nem os apresentei. Minha mãe se chama Bella e meu pai Edward e eles se apaixonaram quando mamãe ainda era humana. Meu pai lê mentes, o que é realmente incômodo, pois nem no consciente eu posso ter privacidade! Os vampiros tem uma audição sensível então nas minhas conversas no telefone todos ouvem.

"Bom dia, filha. E desculpe por não te dar privacidade" - ele fez uma careta ao dizer essa palavra - "mas você sabe que não posso evitar!"

"Tudo bem, pai." - suspirei - "O que tem para o café da manhã?"

"Ovos e panquecas."

Arg, comida humana, mas panqueca e ovos eram as mais gostosas que eu conhecia. Eu lembro, quando eu era pequena, que eu e o Jake comíamos o café da manhã e ele comia o dobro da minha quantidade. Talvez aquilo fosse o triplo até.

"Pai, quando nós vamos voltar para Forks?" - perguntei. Forks era a minha antiga cidade, onde eu abandonei tudo para vim pra cá, por causa do meu maldito crescimento acelerado que estava cessando quase por completo.

"Querida, você sabe que não podemos voltar para lá até o seu crescimento cessar..."- minha mãe disse com uma cara com dor. Estranho.

"Mãe, eu só queria saber, porque o meu aniversário está chegando, a gente podia visitar Forks e La Push, né?" - La Push era perto de Forks e se localiza na First Beach.

"Filha, nós prometemos que iremos pensar."

"Mãe, é sempre assim: 'nós vamos pensar'. Faz três aniversários que não vejo o Jake ou o Seth, ou o vovô Charlie, ou o tio Billy! Eu quero ir pra lá e morar lá, estudar lá e viver lá! Não quero que vocês escolham por mim, quero que eu faça as minhas próprias escolhas" - disse chorando e me levantando da mesa, pois perdera o apetite - que não era muita.

"Filha..." - minha mãe falou tão baixo, que senti remorso, pois ela estava sofrendo por minha causa. Ela se sentia culpada, por uma coisa que não era necessariamente culpa dela. Elaa sempre foi tão altruísta... Suspirei.

Me tranquei no quarto e eu nem se quer me arrumei para ir a escola. Eu não tinha vontade de fazer nada, porque a dor que eu quis combater a anos voltou. Ela sempre existiu, desda minha separação com o Jacob, mas eu sempre a evitei. Resolvi que iria tomar um banho quente, para ver se eu ficava mais disposta e também para evitar que as lágrimas que teimavam em cair, caíssem.

No banho, eu me alcalmei, e resolvi procurar a minha única foto que eu tinha dele, pois o resto eu deixei em Forks, pois não queria muitas lembranças dele, para eu não sofrer. Botei uma roupa folgada para ficar em casa e que não fazia juz às minhas curvas, dos meus dezessete anos aparentes. Peguei a foto que eu mais amava no mundo, com a pessoa que eu mais adorava e fiquei observando-a.

A foto era de três anos atrás, nós estávamos na praia. Eu aparentava ter onze anos e ele estava com apenas um shorts. Eu estava com um bíquini novo comprado pela minha tia Alice e uma camiseta larga que deixava os meus ombros de fora. Eu tinha récem ganhado uma câmera fotográfica da minha tia Rosalie de aniversário e levamos a para a praia. Quando tiramos essa foto, estávamos sozinhos na praia de La Push e ele roubou a máquina da minha mão e disse 'olha o passarinho'. Eu fiz uma careta, e ele bateu a foto e deu aquela risada rouca que eu tanto amava. Eu tentei pegar a câmera de sua mão, mas, como ele era muito alto - mais de dois metros -, não consegui pegar a câmera. Ele ficou rindo das minhas tentativas inúteis e eu pedi, amavelmente para ele me alcançar a câmera. Ele nunca conseguiu não fazer algo que eu pedisse e assim ele me entregou a minha câmera fotográfica. Eu pedi para ele sorrir e ele o fez. Sorri automaticamente, ao ver aquele sorriso que eu adoro e bati a foto. A foto que agora está nas minhas mãos.

Nossa, que saudade daquela época. Eu não tinha muitos amigos, conhecia poucas pessoas totalmente humanas, como o vovô Charlie, e aqui eu os tenho, mas sei muito bem que é apenas porque sou popular, líder de torcida e tenho dinheiro. Em Forks, eu tinha os amigos mais fiéis que alguém podia ter em toda a vida. O Seth e o Jake eram os meus melhores amigos, além dos meus parentes.

Nessa hora, eu ouvi passos próximos ao meu quarto e logo depois, uma batida fraca na porta.

"Posso entrar?"- era a doce voz de minha mãe.

"Claro. Entra mãe."- respondi.

"Querida, precisamos conversar..."

"Aí vem bronca..."- reclamei ao interrompê-la.

"Não vou lhe dar uma bronca, nem teria o por quê, na verdade. Mas preciso conversar sobre o assunto da mesa... Sobre ir a La Push. Não me interrompa, por favor"- assenti. -"Filha, eu sei o quanto você senti falta do Jake, foram três anos sofridos e, como o seu crescimento está bem pequeno, acho que podemos voltar para Forks, agora."

Quê? Vou ver o meu Jake? Vou voltar para o meu verdadeiro lar? Ai, meu Deus. Quando vai ser isso?

"Quando mãe? Quando nós vamos?"-perguntei, saindo do meu transe interno.

"Daqui a uma semana, nós iremos e você vai ter que se despedir dos seus amigos aqui. Nós voltaremos definitivamente para Forks. Você vai estudar lá, na mesma escola que o Jake, o Seth, o Embry e o Quil estudam. Não é demais?" - perguntou empolgada.

Apenas assenti. Não consegui sair do transe. Iria ver o Jake em menos de uma semana! OMG! O que eu irei vestir quando vê-lo e... Isso! Vou fazer uma surpresa. Ninguém vai saber que eu estarei voltando.

"Mãe, não comunique a ninguém de La Push ou Forks que nós estamos voltando, OK?"

"OK, mas por quê?"

"Vou fazer uma surpresa para o Jake!"


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