Darkness Brought Me You escrita por moni


Capítulo 46
Capítulo 46


Notas iniciais do capítulo

Oiiieeee
Espero que gostem. estou toda atrapalhada aqui, meu computador está meio doido, atualizou sozinho e perdi tudo que tinha nele, recuperei, mas me deu um trabalhão, fiquei sem meu office e estou escrevendo no word do hotmail que eu não sei usar direito ainda, daí estou meio atrapalhada, mas já eu resolvo tudo isso.



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Não sei realmente se estou pronta para começar uma história nova, mas eu sinto que Paul não tem nada de parecido com tudo que vivi antes, parece que tudo antes dele foi coisa de criança. Nos braços dele meu corpo responde de um modo que não conhecia.  

   Ele acaba de gritar para Douglas que sou sua mulher e sei que qualquer pessoa diria que isso é ridículo. Trocamos meia dúzia de beijos se tanto. 

   Me afasto um momento de seus braços para olhar em seus olhos. Ele é bonito, mais do que isso, tem leveza em seus olhos e depois de tanto tempo no meio do fim do mundo isso é estranhamente bom de ver em alguém. 

   — Vamos bem cedo amanhã. Talvez ainda encontre o Ezequiel em Alexandria e seria bom.  

   —Claro. Vou estar pronta. — Ele toca meus labios em mais um leve beijo. — Vai ter problemas com o Douglas? 

   — Não. Ele vai se acostumar. Agora vou providenciar moradia para Maggie e você decide onde quer ficar. Se for muito cedo para você eu entendo. Eu atropelo as coisas, sei disso, precisa me impor limites as vezes. - Sorrio. Talvez eu nunca tenha realmente estado em um relacionamento antes dele.  

   — Quero passar essa noite com a Maggie, ter certeza que ela está bem para ficar sozinha. Quando voltarmos de Alexandria, se tudo der certo, então vou estar pronta. — Paul me sorri. Algo quebra dentro da sala de Douglas e nos damos conta de que ainda estamos na porta dele.  

   — Ele parece que está digerindo o ocorrido. Vem. Vou mostrar o novo quarto de vocês. Não é como Alexandria. Não espere muito. 

   — Isso é sério? — Pergunto enquanto seguimos de mãos dadas. Ele dá de ombros. - Vocês são os vizinhos ricos.  

   — Tenho que admitir. Aquilo tudo era só fachada. Para manter as aparências.  

   Paul sorri mais uma vez, ele é risonho, me envolve pelo pescoço e me beija o rosto, me faz rir, o sorriso se desfaz quando Maggie surge diante de nós. Me sinto mal por se quer abraça-lo em sua frente. No momento em que ela deve sentir tanto a falta de Glenn. Me afasto de Paul. É instintivo. 

   — Não precisa. — Maggie segura minhas mãos entre as suas, os olhos verdes tão tristes que nem parece ela. — Não você. Merece ser feliz Beth, não me agride, pelo contrário. Me enche de esperança. É mais uma razão para lutar. 

   Em resposta eu abraço Maggie, quero chorar, mas não posso, pela primeira vez eu é que preciso ser forte por nós duas. É minha vez de cuidar dela.  

   — Vamos conhecer nosso quarto? Paul vai achar um lugar para... 

   — Já resolvi isso. — Maggie avisa de modo tranquilo. — Brianne me ajudou. Fica ao lado do seu Jesus.  

   Trocamos um olhar eu e Paul. Talvez essa ânsia por tomar conta de tudo seja só o jeito que Maggie encontrou para conviver com sua dor, de todo modo é bom saber que Hilltop terá seu pulso firme. A menos que Douglas atrapalhe. 

   sigo seus passos com Paul ao meu lado. O quarto é mesmo ao lado do dele, vai ser bom estar perto dela se tudo entre eu e ele der certo. Quero estar do lado dela todo momento possível agora que ela leva um pedacinho de Glenn dentro de si.  

   Não é muito diferente do quarto de Paul. Nesse são duas camas, um pequeno armário e uma cômoda.  O banheiro é comunitário no fim do corredor. Não parece nada com o luxo de Alexandria, mas é muito mais do que tivemos por muito tempo, na rua e mesmo na prisão.  

   Me lembro da minha pequena cela, toda arrumadinha parecendo um quarto de menina, me aperta o coração de saudade de tantos que lá viveram comigo e que agora estão apenas guardados em meu coração. Meu pai antes de todos.  

   Sem querer a imagem de sua cabeça sendo cortada me invade a mente sem autorização e aperto o braço de Paul em busca de proteção.  

   — Tudo bem? — Ele questiona e afirmo com um falso sorriso.  

   — É perfeito. — Paul se curva e me beija os lábios.  

   — Eu realmente gosto de fazer isso. Acha muito? Beijo toda hora? Parece que não cai bem com esse negócio de fim do mundo.  

   — Cai muito bem Jesus. Acho que não tem tempo melhor. - Maggie  diz a ele. Paul pisca em gratidão.  

   — Vou deixa-las. Tenho umas coisas para resolver, se é que a Maggie deixou algo para ser feito. — Ele acena e parte fechando a porta atrás de si. Me volto para Maggie que se deita na cama próxima a janela.  

   — Como está se sentindo Maggie? 

   — Difícil. Não sei dizer. Meu bebê está aqui. — Ela toca a barriga. — Parece minha obrigação ser apenas grata, mas eu perdi tudo... — Ela se cala um momento, controla o choro. — Acho que ele se levantaria e seguiria de encontro aquele monstro como voluntário por mim, por nós. Acho que faria isso porque eu o vi fazer isso um milhão de vezes. Algo sempre dava certo no último segundo. Quando estávamos ali eu jurei que aconteceria o mesmo e quando acabou eu... ainda hoje eu não consigo acreditar que acabou.  

   Caminho até me Maggie, me sento tocando sua barriga. Ela segura minha mão com os olhos marejados e um sorriso que me machuca de tão triste. 

   — Aí é que está. Não acabou. Mais uma vez ele deu um jeito de se livrar e cresce agora dentro de você. Protegido e amado.  

   Trago sua mão até meus lábios e beijo, ela balança a cabeça concordando comigo. 

   — Me lembre disso quando eu fraquejar. 

   — Prometo. Maggie amanhã eu vou com o Paul para Alexandria buscar nossas coisas. vai ficar bem sem mim? 

   — Vou. Tenho que conhecer essas pessoas. Ajuda-las, parece que Douglas não leva muito em conta os desejos deles.  

   — Ele tentou me beijar e coloquei a minha faca no pescoço dele. Depois o Paul chegou, os dois brigaram, ou o Paul brigou com ele. Enfim. Só quero que saiba já que vocês meio que tem que conviver.  

   — Amo demais isso. Sua nova força. Continue assim. Tome cuidado na estrada e volte. Precisamos de você. Nós dois. — Ela toca a barriga e afirmo. — Agora me diga como tudo correu tão rápido assim entre vocês? 

   — Isso é tão estranho, eu sei que vai achar que é só coisa dessa minha cabeça romântica, mas sinto como se nossas almas se conhecessem. 

   — É romântico, mas não quer dizer que não seja verdadeiro. Estou feliz por você. Gosto do Jesus. Dá para ver o quanto ele está completamente apaixonado. Brianne disse que ele nunca teve ninguém. E com você foi logo de cara.  

   — Não sabemos nada um do outro. Quero aproveitar essa viagem para conhece-lo. 

   Maggie aprova, nos tornamos fortes, a vida nos ensinou isso, também nos ensinou a sobreviver longe uma da outra e posso partir tranquila. Jantamos no quarto, depois quando estou pronta para dormir uma leve batida na porta dispara meu coração. Minha irmã sorri, de algum modo nós duas sabemos que é ele. 

   — Sabe aquela coisa de dar boa noite? Achei que era boa ideia. — Ele diz quando surjo na porta, saio para o corredor fechando a porta atrás de mim. Ele me envolve, não um abraço delicado e sim um puxão que cola meu corpo ao dele e me encosta na parede. Toma meus lábios num beijo quente e cheio de desejo. Me deixa sem ar quando nos separamos. — Para o caso da distancia criar alguma dúvida. 

   — Du... dúvida nenhuma. — Gaguejo ainda meio fora do ar. Ele me beija mais uma vez depois de sorrir.  

   — Saímos quando o sol nascer. Vai dormir.  - Rindo e caminhando com aquele jeito leve Paul entra na porta ao lado da minha e custo a ter atitude de me mover e voltar para o quarto. Quando entro Maggie dormia e me deito com os lábios queimando com a memória do beijo.  

   Beijo a testa de Maggie já pronta para partir. Ela abre os olhos e segura minha mão.  

   — Traz Enid? - Me pede e balanço a cabeça concordando. Ela afirma. 

   — É cedo. Descansa mais um pouco. Amo você. Amo vocês dois. Cuida do nosso bebê. - Ela afirma me assistindo deixar o quarto, quando fecho a porta Paul está encostado na parede de braços cruzados e ar divertido. Tenho certeza que não estava ali quando abri a porta.  

   — Você se materializa! - Eu digo rindo. Paul pisca. Vem até mim e me beija.  

   — Vamos Baby, temos um longo dia de caminhada.  

   Na primeira hora de caminhada ele me conta sobre Hilltop, as pessoas, as dificuldades do começo, como a colônia se formou e todos que perderam para conseguir tornar aquele lugar seguro. Depois fala sobre Negan e o primeiro encontro.  

   Pelo que vejo o canalha segue um padrão, mata uma pessoa do grupo para impor respeito e depois ganha escravos submissos. Não desta vez.  

   — E você? Nasceu numa fazenda, me lembro, depois o apocalipse chegou e com ele Rick Grimes e seus amigos, viraram uma família. E depois? 

   — A prisão. A esposa do Rick estava grávida, tínhamos fome e tudo parecia a um passo do fim. Então achamos a prisão. Centenas de zumbis uniformizados. Limpamos. Quer dizer, não fiz muito, ajudei por entre as grades. Vivemos lá um tempo. Meu pai era veterinário, salvou muitas vidas. Teve um surto, um tipo de gripe. 

   — Olhos sangrando? Tivemos isso por aqui.  - Ele comenta pulando um troco de arvore e estendendo a mão para me ajudar. Ignoro sua ajuda e ele ri. - Ainda me intriga baby. E ainda adoro isso.  

   — Meu pai foi um herói, colocou a vida em risco por todos e Daryl caçou os remédios, tudo deu certo. Achamos que sim. Acreditamos tanto nisso. Fiquei isolada nesse tempo. Cuidando de Judith, o bebê do Rick. — Ele balança a cabeça me mostrando que sabe quem é. — A mãe dela morreu no parto, mas não quero pensar nisso agora. Principalmente agora. — Pensar que Maggie pode enfrentar o mesmo me faz morrer um pouco por dentro. — Não estava. Um antigo inimigo surgiu das cinzas, derrubou nossas grades com um tanque.  

   Paro de andar. Lá está de novo o último olhar generoso de meu pai antes do fim, ainda vejo a espada brilhar.  

   — Baby? 

   — Meu pai era seu refém, ele usou a katana da Michonne para cortar usa cabeça na nossa frente. — Paul toca meu ombro. dá um leve aperto e suspiro encarando seus olhos. — Não é fácil reviver tudo isso.  

   — Claro que não. E não precisa continuar se não quiser. — Um zumbi surge, ele faz menção de seguir até ele. eu o seguro.  

   — Quero testar meu facão novo. — Puxo a arma do cinto, caminho decidida e com um movimento firme acerto sua testa, a lâmina é perfeita, o corpo cai diante de mim e me volto para Paul que me observa atento. 

   — Baby, eu não sei onde foi que vi um anjo em você. — Franzo o nariz num sorriso. — Agora me lembrei.  

   Voltamos a caminhar. Me dói lembrar do passado, mas tem uma parte da história que preciso contar a ele. Algo que define um pouco quem eu sou e conta um pouco meus medos.  

   — Depois que a prisão caiu nos perdemos todos. Fiquei sozinha com o Daryl, ele estava intratável no começo, depois nos acertamos. Eu tinha certeza que tinha mais gente viva. De todo modo fomos sobrevivendo e ele foi me ensinando e viramos uma pequena familia. Achamos uma funerária e ficamos por lá. Meu pé estava machucado. Um dia foi invadido por zumbis e nos separamos.  

   — Você sozinha. Não gosto de pensar nisso. — Paramos para beber água e nos sentamos de frente um para o outro. Assim em quanto descansamos olhamos o perímetro.  

   — Antes fosse. Dois policiais de Atlanta me pegaram. Me levaram desacordada para um hospital onde um pequeno grupo vivia. Um lugar sinistro de muitos modos. Acordei numa cama e na cabeça daquele pequeno núcleo eu tinha uma dívida com eles, me colocaram para trabalhar e no fim eu era uma prisioneira.  

   — Que coisa. Esse mundo criou todo tipo de loucos.  

   — Eu sabia que Daryl estava atrás de mim. Precisava fugir. Paul. — Chegamos na parte difícil. Mordo o lábio e junto forçar para contar. — Os policiais abusavam das mulheres, a policial que era líder deles, sabia, ela achava que era o mínimo que as mulheres podiam fazer para manter a ordem. Então ela fingia não ver, mas eu não cedi. Não podia. Tentei fugir. Tentei mais de uma vez. Eu matei policiais. Depois o Daryl me achou e eles me tiraram de lá. O grupo já estava todo reunido de novo. Só estou contando isso por que quero que entenda... 

   — Que foi por isso que teve aquela reação com o Douglas. Eu pensei que pudesse ser algo assim. Eu vi muita coisa desde que o mundo acabou.  

   — Me entende? Não tenho nenhum trauma, não mais do que todos, não é fácil viver nesse mundo. Só que eu me decidi, sou uma lutadora. Estou viva e isso é motivo para lutar e vou fazer isso. 

   — Não vou te colocar num cercadinho e te deixar presa. Não é esse tipo de relação que te proponho. Não se preocupe. Prefiro que lute do meu lado. Vou te ensinar umas coisinhas. Sei mais sobre luta do que aquele seu amigo caçador. E só vou até onde me permitir ir, não vou tocar em você se não quiser, posso esperar se for isso que te fez preferir dormir com a sua irmã. 

   — Quero lutar a seu lado e sobre nós dois. É como eu disse, não tenho esse tipo de trauma. não quando se trata de você. Ontem aquele último beijo de boa noite provou isso. — Fico corada ao admitir. Ele sorri orgulhoso de si mesmo. — Eu quero. É questão de ocasião apenas.  

   — Eu crio o momento Baby, não se preocupe. — Ele me puxa pela mão. — Vamos.  Quero chegar logo.  

   Não paramos mais do que dez minutos a cada três ou quatro horas de caminhada e é noite quando chegamos em Alexandria. Abraço Brook. Só de sentir seus bracinhos finos me envolvendo meu pescoço por um longo momento eu já me sinto refeita da viagem.  

   Enquanto comemos Daryl e Hannah nos colocam a par dos últimos acontecimentos. Ezequiel vai lutar e Paul concorda com o plano de levar todos para Hilltop. Me poupa o trabalho de convencer Enid a deixar Carl e partir comigo.  

   Eu sabia que seria pedir muito. Decido ficar e partir apenas com eles. Posso ajudar na viagem. Agora eu sou um dos braços que lutam e não quero perder a chance de proteger Brook e Judy. 

   Minha família está toda a minha volta me ouvindo contar como está Maggie e depois de tudo decidido Jesus vai ter que partir e preparar as coisas em Hilltop, Maggie com certeza vai ajuda-lo.  

   — Deixo tudo acertado e volto para ajudar vocês. Quem sabe Ezequiel vem junto? Traz o gatinho e será mais seguro. Muita gente assim vai atrair zumbis com toda certeza. — Jesus declara.  

   — O Shiva é tão lindo. Estou querendo ele para mim. Ele tem um abraço tão gostoso Jesus.  

   — Abraçou ele? - Jesus pergunta surpreso. 

   — Abraçou quem? Quem é Shiva? 

   — O tigre! — Um monte deles me responde e fico meio sem acreditar.  

   Paul me conta um pouco sobre a história de Ezequiel e seu amigo, me parece meio absurda, mas como sou filha de veterinário e criada em uma fazendo estou até ansiosa para vê-lo.  

   Depois todos deixam minha antiga casa, ficamos eu e Paul. Faço malas, ele me assiste guardar roupas, coisas pessoas que nos apegamos, são três malas.  

   — Pensei em levar algo do Glenn, mas Maggie ficou com a aliança e o relógio de bolso que meu pai deu a ele. Acho que qualquer outra coisa só vai fazê-la sofrer.  

   — Também acho baby.  

   Indico o chuveiro para ele enquanto arrumo a cama, fico pensando em como vai ser, se estou mesmo pronta. Não sou virgem, mas o que tive foi apenas tolice de adolescente, nem perto de estar com um homem de verdade. 

   Separo uma camisola. Nem sei se é tempo para colocar camisolas. Não estamos mais tão seguros como achamos. Quando me viro Paul está sentado na cadeira ao lado da janela. Seu olhar me penetra e desisto de reclamar dessa sua leveza de chegar feito um gatuno.  

   — Quer ficar sozinha? Posso dormir em qualquer lugar. 

   — Quero que fique aqui. — Confesso sem medo. Ele balança a cabeça concordando. Nenhuma palavra. Só os olhos dele verdes e vivos. — Não demoro. 

   Pego a roupa e sigo para o banho. É como estar realmente em casa. Alexandria já era minha casa e só sob o chuveiro é que me dou conta disso. Lavo os cabelos, escovo os dentes, faço cada coisa duas vezes e isso é só por que depois eu vou ter que deixar o banheiro e estou me sentindo nada adequada para Paul, ele sempre me parece tão decidido, tão consciente de si mesmo.  

   Quando finalmente deixo o banheiro ele encara a noite pela janela, usa uma camisa e calça, está descalço e acho aquilo sexy sei lá porque.  O modo como ele se volta e me encara também ajuda a construir aquela aura de homem decidido que me deixa sempre tremula.  

   Tem qualquer coisa de paixão em seu olhar. Calor. Algo que ele vê em mim que o deixa talvez encantado. Sinto tudo em mim aquecer. Ele caminha em minha direção. Os olhos presos no meu.  

   — Os cabelos soltos. Você é tão bonita. — Ele toca meus cabelos, depois as mãos vem para meu rosto, as duas e isso é tão delicado e carinhoso. Toco suas mãos. tudo fica tão certo que o medo vai embora. — Fico sem saber como lidar com alguém como você. Parece tão perfeita. Me intimida.  

   — Que bom. Por que eu sinto o mesmo. — Gosto de saber que ele é capaz de admitir suas fraquezas, gosto quando com todo cuidado e sem pressa ele se curva para me beijar e não tem nada de bruto ou voraz, é um tipo de carinho que é mais romântico do que qualquer coisa. me deixo levar pelas emoções. 

   Aos poucos, de modo carinhos as coisas vão mudando, do carinho surge desejo e quero mais que os beijos. Tomo coragem para abrir os botões de sua camisa. 

   Depois de ouvir sobre o que me aconteceu ele espera que eu tome a iniciativa. Que mostre que estou pronta e quando toco seu tórax ele compreende. Acho que nunca estive diante de um corpo tão bonito e mesmo que isso não seja importante me faz estremecer e deseja-lo.  

   Ele desce a alça da camisola, ela escorrega e revela de uma vez todo meu corpo, Paul não disfarça o olhar, admira e isso não me intimida como pensei, pelo contrário, me faz sentir desejada e descubro que gosto disso.  

   —Baby você não devia ser assim tão bonita. Parece  até pecado tocar você. Felizmente eu não temo o inferno, antes dele quero visitar o paraíso com você.  

   — Então me leva. — Ele afirma. Me beija e com a agilidade conhecida estamos completamente nus e nem sei direito como foi isso. Só o que sei é que a cama veio até nós, porque não me lembro de ter caminhado até ela. Ele está sobre mim e sinto meu corpo vibrar e descubro que realmente eu não sabia nada.  

   Não tem nada de intimidado em seus movimentos, no modo como seu corpo vai me ensinando a sentir o dele, é intenso, vibrante, seu corpo tem tanta energia, me deixa tão solta que não tenho medo de ousar, fico sobre ele, suas mãos passeiam por mim, seus olhos me desnudam a alma e eu permito porque não me importo de ser descoberta por ele.  

   Quero tudo de uma vez, todas as sensações, todas as possibilidades e quando o prazer chega finalmente para me saciar eu estou completamente entregue e me deixo esgotar em seus braços.  

   Nunca vivi nada parecido. Tudo em mim participou desse momento, não um fragmento, não tinha nada escondido, guardado e protegido, estive inteira e foi a primeira vez que me vi assim.  

   Fico ali deitada em seu peito, tentando recuperar as forças e guardar essa parte perfeita da minha vida em algum lugar sagrado para nada macular. Paul acaricia minhas costas silencioso. 

   — Baby eu estou tentando achar algo para dizer que não pareça cafajeste, não encontro nada. Por isso o silencio.  

   Ele me faz rir. Adoro isso, esse jeito que ele tem de me fazer rir, amar, como se sempre tivéssemos estado juntos. 

    — Você me faz feliz.  

   — Você também baby. Me dá até medo, acho que não tenho forças para deixar você. Isso me assusta. Não pensei que podia acontecer comigo.  

   — É o mesmo comigo. Só que precisamos ser fortes para fazer o que tem que ser feito. quando isso acabar então podemos nos dedicar a viver apenas para nós.  

   — Feito. Me espera aqui que eu vou ali matar o Negan e já volto. — Ele brinca. Me aconchego a seu lado. Meu corpo amortecido pelos momentos de prazer. Paul me beija. Ficamos abraçados em silencio, nos olhando até adormecer. Quando abro os olhos estou sozinha na cama.  

   Paul está de pé. Completamente vestido, encostado na janela me assistindo dormir. Está preocupado,  

   — Não podia estar aí quando acordasse, não teria forçar para te deixar. Tenho que ir e agora eu tenho medo e isso é novo. Eu tenho alguém e precisa me prometer ficar viva.  

   — Sabe que ninguém mais pode prometer isso. — Meus olhos marejam.  

   — Então prometa que não vai morrer sem mim.  

   — Prometo. - Ele balança a cabeça afirmando. Caminha até mim.  

   — Tenho que ir. — Paul se curva. Beija meus labios de modo leve. — Te amo.  

   Ele deixa o quarto de modo rápido, apenas desaparece, depois de dizer que me ama, simplesmente vai embora sem ouvir que eu o amo, sem me preparar para suas palavras, corro para a porta. Abriria e o seguiria para dizer que o amo também, mas me dou conta que estou nua e me sento na cama com um sorriso no rosto.  

   — Paul me ama! 

  

 

    


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Notas finais do capítulo

BEIJOSSSSSSSSSSSS