Darkness Brought Me You escrita por moni


Capítulo 45
Capitulo 45


Notas iniciais do capítulo

Oiiieee Tudo ia bem, eu estava revisando a última linha e então travou tudo e perdi o capitulo todo. Word idiota nem para salvar. Tive que refazer todo ele. Odeio isso, sempre acho que não ficou igual. Espero que gostem. Era para ter saido muito mais cedo.



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   Pov – Hannah

   Nos reunimos em torno do mapa da Virginia. Ezequiel com seu tigre adormecido deitado no canto da sala. O homem age como se tivesse a seu lado um gatinho manhoso. É simplesmente assustador.

   Ainda sinto vontade de esganar Brook pelo que fez há pouco, agarrar o tigre como se fossem velhos amigos? Um arrepio percorre meu corpo, ela podia estar... balanço a cabeça para afastar o pensamento.

   ─Hannah eu vi o tigre derrubar e estraçalhar dois zumbis com uma única patada. Ele é útil. ─ Rick tenta me acalmar. Sabe quanto aquele momento me apavorou.

   ─Que seja. Mesmo assim não é como se me sentisse a vontade com ele aqui.

   Ezequiel olha para o tigre e depois para mim, sorri muito tranquilo. Toca meu ombro tentando me tranquilizar.

   ─Shiva é treinado, nos conhecemos há muitos anos, desde antes do fim do mundo, estamos salvando um ao outro desde que as coisas viraram um caos, ele nunca vai ferir alguém sem que essa pessoa me ameace, não se preocupe. Sua garotinha está a salvo, ele gosta dela.

   ─Melhor assim. Desculpe Ezequiel, não quero ofende-lo, mas se sentir perigo...

   ─Rick me informou que tinham crianças aqui, jamais traria Shiva se não confiasse.

   ─Entendo.

   ─Vamos as decisões? – Rick nos chama. Daryl desperta de seu transe sobre o animal, seu lado caçador não consegue deixar de apreciar a beleza de Shiva. Ele pisca e volta a prestar atenção.

   ─Ezequiel pode começar apontando onde fica a casa dos salvadores, assim estudamos o terreno e o melhor meio de atacar. – Daryl diz apontando o mapa.

   ─Jesus não contou? – Ele parece surpreso. – Ninguém sabe exatamente onde estão. Ninguém nem desconfia. Sabemos que eles têm postos onde se espalham, mas onde efetivamente moram... – Ele balança a cabeça e ficamos mudos.

   ─Então no reunimos para planejar um ataque a fantasmas? – Daryl anda em torno da mesa. – Isso é ridículo.

   ─Calma. – Eu peço a ele. – Vamos pensar juntos. Analisar o que temos. Ezequiel falou em postos. Um destruímos. – Eugene se aproxima com uma caneta vermelha.

   ─Onde? – Pergunta e Rick aponta. Ele faz um X em vermelho. – Alguém conhece mais algum?

   ─Aqui está Alexandria, aqui Hilltop e aqui o Reino. – Ezequiel vai apontando e Eugene riscando com caneta azul. ─ Numa reta entre esses três lugares sabemos que não tem mais nenhum posto, indo e vindo já teríamos descoberto.

   ─Abe, use essa sua cabeça de militar. – Peço a ele. O homem coloca o charuto no canto da boca e se curva atento ao mapa, a cabeça trabalhando.

   ─Vejamos. Ter postos avançados sobre o território é inteligente, permite com que controlem a entrada e saída de tudo no território. Acho que eles têm um desses postos por aqui. Foi onde quase fomos mortos quando voltávamos daquele negócio de desviar a maldita horda. Se lembra Daryl?

   ─Sim. Esse é mesmo fácil de achar.

   ─Bom, então já temos um deles. – Tento parecer confiante.

   ─Eu teria um posto avançado na estrada em direção a Washington. O mundo todo tentou chegar lá, talvez ainda tenha gente tentando. – Daryl nos lembra.

   ─Por aqui. – Rick aponta. – Acha que consegue rastrear algo nessa região?

   ─Sim. Sem dúvida, se tiver um posto aqui eu encontro. – Daryl me olha. Sabe que me assusta e que seja o que for vou com ele.

   ─Eugene. Podemos explodir os postos? – Rick questiona nosso cientista e suas canetas coloridas.

   ─Sim. Preciso de algum material especifico, mas acho que sei onde encontrar. Uma semana e posso confeccionar explosivos.

   ─Perfeito. – Rick comemora. Ainda tem alguma distância em seu olhar, uma nevoa que chamo de ódio e que só vai embora quando puder vingar a morte de Glenn. – Coordenamos de modo simultâneo. Dois ataques, explodimos uma parte deles. Enfraquecemos Negan.

   ─Ele vai saber que foi você Rick, não espera isso de nós ou de Hilltop. Acho que existe uma outra comunidade bem mais ao norte, não tenho certeza. Shiva uma vez encontrou rastros, não quis ir até lá, pensei que podiam ser hostis, ouvi uma conversa do Negan com seus homens sobre ir até lá buscar o que lhes pertencia.

   ─Alguém pode tentar acha-los e trazer eles para o nosso lado, se ainda existirem. – Abraham diz tranquilo.

   ─Parece que todo mundo se rende tão fácil a esse monstro! – Mich reclama tão furiosa quanto Rick. Carl se mantem num canto olhando tudo em silencio. Sombrio como nunca vi antes.

   ─Ele virá com tudo para Alexandria, não vai ser para dar uma lição Rick, ele vem para destruir e matar todo mundo que estiver aqui. – Ezequiel alerta.

   Um silencio pesado recai sobre todos. Quem pode aceitar isso? Como posso pensar em Brook aqui, em risco e longe de mim? Talvez essa droga toda termine por nos matar, posso até aceitar isso, mas jamais aceitaria passar por isso longe dela.

   Algo precisa ser feito, ela não pode estar aqui quando ele chegar. Nenhum deles pode estar. Uma ideia começa a se formar.

   ─Ele não pode mata-los se não os encontrar. – Sorrio com a ideia. – Negan não sabe da união das comunidades. Não desconfia que estamos armando uma guerra. Vamos concentrar todos os indefesos em um único lugar. Levar todos daqui e do Reino para Hilltop.

   ─Gosto da ideia. – Rick declara. – Precisaríamos de menos homens para protege-los se estiverem todos juntos, mais gente para lutar contra ele. O que me diz Ezequiel?

   ─ É razoavelmente fácil para mim, estou mais perto, saio com meu grupo no começo da noite e chego lá antes do dia amanhecer, mas e vocês? – Ele questiona.

   ─Temos um caminhão, cabe todos e podemos levar mais um carro com suprimentos, damos um jeito. Podemos fazer. -Daryl se anima. – Todos nós teríamos mais chance de lutar com a cabeça limpa.

   ─O problema é aquele Douglas. – Mich nos lembra. – Não sei se ele está disposto a fazer parte disso.

   ─Jesus pode conseguir isso, canso de dizer a ele para assumir de uma vez aquele lugar. Não precisamos de mais políticos. Douglas é apenas um político em eterna campanha. – Ezequiel garante.

   ─Certo! Negan tem pelo menos cem homens. – Rick nos lembra. – Quantos homens acham que conseguimos juntar?

   ─O Reino e Hilltop acho que pode reunir uns cinquenta, mas sem muito talento devo dizer, nada que se compare a vocês.

   ─Conseguimos uns trinta? Todos capazes? O que acha Daryl? – Rick questiona. Ele balança a cabeça.

   ─É quase toda Alexandria, mas sim, podemos juntar mais ou menos isso. Se conseguirmos explodir os dois postos avançados deles reduzimos seus homens e talvez seja uma luta mais justa.

   ─Considerando a pouca capacidade de luta da maioria calculo dois para um. – Eugene diz com seu caderno.

   ─Jesus chega amanhã. Se tiver um modo de sabermos onde vivem eu acho que podemos levar a luta para a casa dele, mas se não for possível, então coordenamos os ataques e os esperamos aqui. Prontos para a guerra. Se ele vem então vai encontrar o que procura.

   ─Rick. Se a luta for aqui. Mesmo que a gente vença, talvez Alexandria não sobreviva. Não do jeito que ela é hoje, energia, casas, plantação. – Mich o lembra.

   ─Não vai ser a primeira vez Mich. Já recomeçamos e das outras vezes não tínhamos amigos para ajudar. Vizinhos. – Ele olha para Ezequiel. O homem balança a cabeça confirmando.

   ─Se vencermos, acredite, não vai faltar gente disposta a ajudar, ninguém suporta mais o medo de Negan. O império dele ruindo é tudo que precisamos.

   ─Ótimo. Vamos ao trabalho prático. – Rick decide. – Eugene faz a lista do que precisa e onde encontrar.

   ─Vou com a Sasha atrás disso. – Abraham avisa decidido.

   ─Hannah, pode fazer um inventário das armas e munição? Tudo que pode ser usado nessa batalha?

   ─Claro. Te entrego no fim do dia.

   ─Daryl verifica os carros e o caminhão. O combustível e tudo que precisamos para essa viagem. Gabriel vai me ajudar a falar com a comunidade e organizar a partida. Mich arruma um lugar para o Ezequiel descansar um pouco junto com seus homens.

   ─Faço isso.

   ─O resto volta para seus postos.

   ─Em uns quinze dias Negan vai para o Reino buscar o que ele acha que tem direito, o plano tem que ser posto em prática antes disso. Ou ele vai desconfiar se chegar e não tiver ninguém lá.

   ─Cinco dias é um bom prazo? Reunimos todos em Hilltop e partimos para a guerra de lá.

   ─Posso fazer. Vou descansar um pouco e voltar hoje mesmo. – Ezequiel se aproxima de Rick, estende a mão. Rick aperta. – Não é uma decisão fácil, eu sei que estou levando alguns dos meus homens para a morte. Vamos ter perdas. Vocês estão prontos para isso?

   ─Toda guerra tem baixas. Morrer assim é uma honra! – Abe avisa com seu charuto entre os dedos. – Estava mesmo na hora de tirar a bunda da cadeira e fazer alguma coisa.

   Beijo Daryl de leve, ele me faz um rápido carinho no rosto, mas eu me afasto, não posso fraquejar agora.

   ─Vamos trabalhar.

   Mergulho no processo de organizar nosso arsenal, Carl me ajuda. O garoto anda precisando de ocupação, está sombrio e me assusta ver seu comportamento fechado.

   Faço o mesmo com a despensa e depois me junto a Brook e Daryl para ver Ezequiel e seu tigre partirem. Já é noite. Aperto o braço de Daryl um tanto nervosa enquanto Brook abraça o pescoço do tigre.

   ─Tchau fofinho. Vou morrer de saudade. – Como resposta o tigre lambe Brook, é tão pesado que ela quase cai, mas acha divertido e o envolve mais. – Que bonitinho Shiva.

   ─Ele vai sentir sua falta também mocinha. – Ezequiel sorri.

   ─Então me dá ele. Deixa ele morar aqui comigo? Pode né tia? – Meus dedos quase arrancam a pele de Daryl de tão tensa que estou permitindo que ela abrace aquele gigante.

   Daryl não está mais tranquilo. Ele segura firme o cabo da pistola, pronto para usa-la a qualquer movimento do animal.

   ─Ele precisa me levar para casa. Me proteger, mas vão se ver em breve.

   ─Se comporta Shiva. – Brook pede beijando os pelos e ganha em gratidão uma lambida do cotovelo até a bochecha. Baba minha pequena toda e a faz rir. Meus dedos cravam mais em Daryl. – Tchau.

   Ela se junta a mim quando o animal caminha gracioso em direção ao portão, a cabeça erguida, o rabo balançando tranquilo, quando o portão se fecha finalmente relaxo.

   ─Toda babada de tigre. De tigre! É mesmo o apocalipse. Quando pensaria em algo assim? Mas o que afinal esse monstro come? – Nem conseguimos sobreviver direito e Ezequiel mantem um tigre que me parece muito saudável.

   ─Então Hannah... eu também fiquei curioso sabe... e o Shiva... ele... – Rick enrola para falar. – Ele come os zumbis que derruba. – Diz de uma vez. Olho para Brook toda melada com a saliva daquela coisa que come carne de zumbi. – Ezequiel está bem, o próprio Shiva está, então não tem com que se preocupar.

   ─Banho Brook, agora mesmo, Chuveiro! – Eu a puxo para casa. Daryl me segue silencioso. Esfrego eu mesma a minha princesa, duas vezes antes de ter coragem de desligar o chuveiro.

   Começo a seca-la com a mesma energia que a banhei. Ela resmunga.

   ─Tia isso dói sabia? – Paro na hora.

   ─Desculpe querida. Não fica brava, eu... sinto muito. Que acha de uma sopa e cama?

   ─Acho bom. A senhora Riggs está muito professora.

   ─Está? – Sorrio. Acho que ela está tentando encher a cabecinha deles para não se darem conta do que está a caminho. Só posso ser grata. Beijo seu rosto perfumado. Ajudo minha pequena a se vestir.  – Agora vai ficar um pouco com o tio que vou esquentar sua sopa.

   Ela come a sopa enquanto continuo frenética nos meus afazeres, recolho roupas e sapatos, faço uma mochila para ela com direito a um joguinho para distraí-la, separo um edredom e um travesseiro, ela pode precisar, não sei como é tudo em Hilltop.

   Daryl a coloca na cama enquanto faço o mesmo para nós dois, separo algumas mudas de roupas quentes para o que talvez seja nossa batalha. Mangas longas para ficarmos um pouco que seja protegidos, deixo as mochilas próximas a porta.

   Depois vou para cozinha, coloco todo suprimento que temos em uma caixa, isso também precisa ir para Hilltop. Não é muito, mas mantém Brook por uns dias. A caixa tem o mesmo destino do resto, coloco ao lado da porta.

   Agora preciso recolher as armas que temos aqui. Facas boas, uma pistola e munição no quarto, não posso parar, não posso deixar minha mente analisar o que está acontecendo. Não quero pensar que talvez em algum momento entre agora e o fim dessa guerra não sejamos mais nós três.

   Eu não sou Maggie, não tenho força para sobreviver a isso, não tenho. É por eles que me tornei quem sou. Sem eles eu sou só a garota que se rende assustada, aquela que preferia estar morta, mas não tinha coragem nem mesmo para isso.

   Muda e com a mente trabalhando sem parar eu caminho pela sala, subo as escadas para recolher as armas no quarto. Quando penso em entrar dou de cara com Daryl deixando o quarto.

   Tento passar por ele. Daryl me envolve a cintura num movimento decidido, me ergue e empurra a porta nos fechando no quarto, sem me solta encosta meu corpo de encontro a porta, usa seu corpo para me manter presa.

   ─Daryl temos um monte de coisas para fazer e...

   ─Para! – Ele exige. – Olha para mim. Eu sei que está fugindo de mim. – Encaro seus olhos preocupados, azuis e cheios de angustia como os meus.

   ─Só quero...

   ─Está com medo. – Ele me interrompe mais uma vez. Seu corpo de encontro ao meu. – Tudo bem, eu também estou, me evitar não diminui o medo de me perder e só nos faz infelizes e fracos. Hannah... – Ele se cala. Fixa os olhos em mim. Meu. Ele é tudo que tenho e me faz forte. Meus olhos marejam. – Um dia prometeu me ensinar, eu estava aprendendo, mas então tudo isso chegou e não sei como dizer coisas que te tirem disso, não conheço gentilezas, eu só sei ser quem eu sou e só sei um jeito de fazer as coisas e trazer você para mim.

   Sua boca cobre a minha num beijo voraz e exigente, como quando ele mal podia falar e não sabia nada de carinho. É de novo o Daryl que não sabe o que é um cafuné.

   Cravo meus dedos em suas costas sobre a camisa fina, talvez seja disso que eu precise, dele me tomando para me fazer esquecer. Me entrego aquela sensação dominadora, aceito quando suas mãos pesadas passeiam por meu corpo cheias de malicia e forço meu corpo contra o seu querendo sentir todo ele.

   Meus dedos trêmulos lutam com seus botões enquanto sua boca percorre meu pescoço e colo, afasto a camisa até que ela não me impeça mais de tocar o dorso nu.

   Uso os lábios para sentir sua pele, enquanto ele me ajuda a me livrar da blusa e do sutiã, meu corpo vai de encontro ao dele num beijo furioso e apressado, o que nos cerca vai desaparecendo da minha mente e só posso sentir, não cabe mais pensar, articular. É só o sentir que importa. Sem delicadeza ele me ergue nos braços e me carrega até a cama, nossas bocas coladas, quando afundo no colchão seu corpo vem junto pesando sobre mim me enchendo de um desejo que não me lembro de ter vivido.

   Meu jeans arranha a pele e quero me livrar dele. Enquanto sua boca vai passeando por minha pele ele me ajuda com o resto da roupa, entre beijos e muita pressa nos despimos juntos.

   Não tem espera, preparo, quero ele em mim e sei que ele quer o mesmo e então estamos prontos e deixo o resto do mundo se apagar quando finalmente nosso desejo é atendido e somos um só corpo em movimento.

   Eu o amo, mas esse momento é só paixão, a dor e o medo desaparecem e nada mais pode nos atingir, não naquele momento absoluto. Não falamos, não cabem palavras, elas não podem descrever o que sentimos. Ainda tenho seus olhos sobre os meus. Escuros e pesados.

   Desejo que jamais acabe ao mesmo tempo tenho pressa de ser arrancada do mundo e atirada naquele lugar onde nada existe se não plenitude e silencio.

   Seus olhos me deixam quando seus lábios voltam para minha pele deixando tudo que existe em mim se tornar brasa. Minhas mãos percorrem a pele dele, arranham, e tudo se aproxima e fica imperativo, sem aviso me vejo dominada e num segundo tudo é a paz e o silencio que busquei.

   Ficamos imóveis, olhar preso, aproveitando o minuto de paz. Meu corpo cansado e satisfeito, a alma livre e inteira. Eu pertenço a ele. Daryl me pertence.

   Seus dedos acariciam meu rosto e a paz vai embora naquele simples toque. Eu posso perde-lo.

   ─Não me faz carinho. – Meus olhos marejam. Ele continua a me tocar com seus dedos pesados que agora se esforçam em busca de leveza e cuidado. Meus olhos transbordam o que meu coração não pode transbordar, as lagrimas correm quando seus lábios tocam os meus. – Daryl. – Eu me abraço a ele. E deixo o medo e a dor finalmente vencerem.

   ─Shiu! Vai ficar tudo bem. Não vou perder você. Não vamos perder Brook. – Ele me envolve e deixa meus soluços molharem o peito nu. ─Vamos enfrentar isso juntos. Vamos ser fortes juntos.

   ─Eu só sei ser forte se for por vocês. Faço promessas que não posso cumprir. Não consigo continuar sem você. – Meus soluços me assustam. Fazia tempo que não me sentia tão fraca.

   ─Se livra de tudo isso. Coloca tudo isso para fora. – Ele me beija os lábios e depois o queixo. Seca meu rosto, aos poucos as lagrimas vão se esgotando, a dor vai amenizando e fica só um tipo de esgotamento relaxante.

   ─Obrigada! – Digo beijando seus lábios. – Obrigada por saber o que eu precisava mais do que eu. Desculpe por tudo isso.

   ─Amo você Hannah.

   ─Disse que ainda estava aprendendo. – Nego. – Não Daryl, está ensinando.

   Ele se deita ao meu lado, me leva com ele me envolvendo. Beija meus lábios e depois meus olhos. Me abraça gentil, oposto ao homem que me domou a pouco.

   ─Descansa. Isso vai acabar. Somos uma família. Não lutamos tanto para acabar. Vamos sobreviver, vamos vencer. Aquele homem não pode e não vai nos tirar mais nada.

   ─Olhei para ele. Olhei para aqueles olhos e não parece existir nada ali. Nenhuma compaixão, nenhum sentimento humano. Ele me dá medo.

   ─Da próxima vez que ficar diante dele, se um dia acontecer. Seja essa mulher forte que é. Pense em Brook e tudo que enfrentou por ela. Eu sei que quando pensa nela se torna aquele tigre que nos visitou. Deixe que ele veja o tigre que existe dentro de você e ele é que vai sentir medo.

   Posso fazer isso. Balanço a cabeça concordando, olho para ele. A escuridão dos seus olhos foi embora. Ele está iluminado agora. Me estico para beija-lo, agora um longo beijo, com toda doçura que existe em Daryl e nem mesmo Brook conhece. Por que me pertence.

   ─Dorme um pouco. Não pense mais em nada, só dorme.

   ─Eu te amo. – Sorrio. – E preciso registrar que isso foi poderoso. – Ele ri. Enrola as pernas na minha agora um pouco tímido.

   ─Boa noite. – Me abraço mais a ele e fecho os olhos, me concentro em sua respiração ritmada até que o sono me domine e então é só escuridão.


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Notas finais do capítulo

Para quem gosta dos momentos de ação e tensão eles estão chegando.
Obrigada. BEIJOSSSSSSS