Pétalas de uma semideusa escrita por Paper Wings


Capítulo 4
Cap. 3: Um sonho real


Notas iniciais do capítulo

Hello, gente! Saudades?
Então, deixa eu ver... Digamos que eu estava bem inspirada hoje e voltei agora, uma e meia da tarde para mais um pouquinho de fic.
Boa leitura a todos.



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Eu estava orgulhosa de mim. Quando somos patetas demais para vencer criaturas feitas de terra e barro, aguentar o peso de uma profecia ou até mesmo suportar a existência de três pais, os quais são deuses gregos — não no sentido convencional, e sim, literalmente deuses gregos — além dos pais adotivos e os biológicos, qualquer coisa é questão de glorificar de pé, no caso, escolher minha adaga de bronze celestial.

Quíron levou-me de volta à enfermaria, sem qualquer ataque surpresa de Harpias, e aconselhou que eu dormisse um pouco. Não foi uma ideia ruim, afinal, eu deveria estar descansada o suficiente para proteger a Terra de uma mulher estranha, batalhando ao lado de sete semideuses desconhecidos por mim, mas aparentemente conhecidos e amados por todos. Bom, a pior das hipóteses era eu morrer tentando aprender a lutar, durante o treino. Isso, sim, seria bem difícil de aguentar: ''Lorelai Tate, morta em treinamento'' escrito em minha sepultura.

Mesmo tendo dormido a tarde inteira, o cansaço mental falou mais alto. Minhas pálpebras, logo, pesaram e levaram-me para um lugar estranho. Era normal sonhar, não é mesmo? Eu, pelo menos, costumava sonhar bastante antes de tudo virar de cabeça para baixo. Costumava viajar na maionese enquanto dormia... Sonhos como eu em um seminário, na frente da sala de aula inteira, recebendo apenas risadas debochadas não processadas direito por mim, aí, ao olhar para baixo, deparo-me com meu corpo nu; hamsters piratas que invadiram minha casa e fizeram minha família refém (nada legal); um Natal decepcionante, pois ganhei uma forma de pudim de presente... Eram inúmeras as chances de ter sonhos psicóticos naquela noite, porém, o que aconteceu realmente me surpreendeu.

Primeiro de tudo, eu estava com roupas, ou seja, ''Amém, deuses olimpianos devem existir mesmo''. O que percebi a seguir foi estar segurando minha nova aquisição, a adaga, ou seja, isso não era um bom sinal. Quem sonha estar empunhando uma arma, certo? Enfim, analisei o recinto escuro e enegrecido, como um galpão abandonado perto de algum mangue ou vítima de alguma enchente, pois as paredes estavam meio úmidas e esverdeadas, com fungos e algas entrelaçando-se em um maço quase negro de pura nojeira. O local inteiro estava abafado e gélido ao mesmo tempo, se é que isso era possível, pela brisa que vinha da única saída.

Desviei de poças negras e com cor de terra, e por alguma razão desconhecida, provavelmente pela minha saúde mental não estar em seu juízo perfeito, andei em direção ao cômodo escuro, uma total escuridão mortal. Eu ouvia goteiras, as quais pareciam estar espalhadas de maneira mal distribuída, e sussurros incompreensíveis vindos de todos os lados.

Eu tentava entender a mensagem transmitida pelos murmúrios, mas não conseguia. Quanto mais tentava, mais difíceis de distingui-los do som do vento ficavam. Tentei, portanto, bloquear isso da minha cabeça e concentrar somente nos passos vacilantes que eu dava, tentando iluminar como podia por meio da adaga, que emitia uma luminosidade quase impressionante. Como algo conseguia brilhar tanto? O nome, entretanto, já antecipava isso... Bronze celestial.

Finalmente, estava cara a cara com o breu. Se eu caminhasse apenas mais um pouco, seria engolida pela escuridão, o que não estava exatamente na minha lista de afazeres do dia. Ali, os sussurros estavam mais altos, confundindo-se entre si, como se a saleta concentrasse todas as palavras e as ecoasse algumas vezes. Eu encontrara a fonte dos zumbidos e não estava muito ansiosa para vê-la.

Quando estava prestes a dar uma passada para trás, revendo o que eu queria fazer ali e se não era melhor esperar no espaço iluminado, um vento sobrenatural veio pelas minhas costas, pegando-me desprevenida, e empurrou-me para dentro da sala e, com isso, a enorme e pesada porta de pedra fechou-se com um estrondo, o qual ecoou por alguns segundos.

Era muito escuro, mesmo com a luz bronzeada da arma em um raio de um metro, e os murmúrios haviam cessado, restando somente o som descompassado da minha respiração, a qual sentia um cheiro muito forte de podridão. Sabe quando sentimos a presença de alguém perto de nós? Era exatamente o que eu imaginava naquele momento: não estou sozinha. Que azar o meu, ser o indivíduo escolhido por deuses e presente em uma profecia muito negativa, além de ainda estar sonhando com quartos sem interruptores por perto. Era um sonho, não é? Ou não?

Perdida a criança em nuvens de cólera e tormento... — Uma voz rouca, porém, claramente feminina entoou com uma musicalidade infantil e debochada. — Nas águas maculadas de Roma, a Morte temida à espreita...

Escutei a leve cantoria com um arrepio percorrendo meus braços. Vinha de todo lugar, como se a pessoa brincasse de esconde-esconde, e escapulisse de esconderijo a esconderijo, sem parar de falar. Um tanto desnecessário fazer algo tão medonho assim, uma piada de muito mau gosto. Poxa, eu ainda estava tentando digerir aquelas palavras, não se brinca com os sentimentos de alguém daquela forma.

Decisões perigosas aos sete, um passado turbulento... — Prosseguiu. — ... Culpada pela Sabedoria, às Portas, afinal, desfeita.

Eu quase conseguia sentir o sorriso da mulher ou criatura e já imaginei dentes podres e escamas por sobre seu rosto, idealizando um monstro horrendo.

Ah, filha do trovão, do mar e da morte... — A voz desconhecida mostrou uma espécie de arrasto desconfortável, como se estivesse cansada. — Eu estou acordando e não há nada que possa fazer para impedir.

Era ela. Claro que tinha que ser ela: Gaia, a mulher que estava tentando controlar o mundo. E eu, obviamente, estava encurralada em um cômodo rodeado pela escuridão junto com a Mãe Terra maligna. Seria tão mais fácil se esta fosse igual aos desenhos animados, com um vestido de seda, coelhinhos saltitantes e passarinhos cantando, alegres, mas não... A Mãe Terra tinha que ser uma vilã maligna que falava enquanto dorme.

Faça tudo que quiser, preciosa criança perdida... Seus esforços de nada servirão quando eu, enfim, despertar.

E, assim, levantei de ímpeto em uma esteira, com o coração batendo a mil. Estranhei ao ver a adaga em minha mão, meus nós dos dedos estavam brancos pela força que eu a segurava. Eu arquejava por ar, como se o cheiro ácido de enxofre, misturado a algo metálico, ainda estivesse presente em minhas narinas. Fora tão real.

— Teve um sonho?

Pulei de susto ao escutar Nico, e virei imediatamente, encontrando-o sentado na maca ao lado. Sua postura indicava cansaço, mas era daqueles cansaços tão grandes que se colocar deitado e se obrigar a dormir era um tamanho esforço, o qual não valia a pena.

— Mais para um pesadelo. — Confessei, engolindo em seco.

Coloquei a arma de lado e massageei minhas têmporas, respirando fundo e tentando me acalmar. Eu estava suando frio, mesmo no ambiente caloroso da enfermaria, devido às tochas que iluminavam o recinto.

— Para os semideuses, sonhos são uma espécie de vislumbre do que está acontecendo ou, às vezes, nos transportam para a vida de nossos inimigos ou de pessoas que procuramos... É normal termos sonhos mais perturbadores perto de eventuais batalhas.

Molhei os lábios.

— Resumindo, foi real.

O garoto assentiu em silêncio.

— E você? — Indaguei, curiosa. — Por que não está dormindo? Também teve um sonho digno de molhar a cama?

Não pensei que ele fosse responder. Sei lá... Nico era quieto demais, misterioso demais, ou seja, tudo era um exagero, porém, ele surpreendentemente decidiu compartilhar o que atormentava seu sono.

— Tive um sonho, sim. — di Angelo suspirou. — Sobre as Portas da Morte e dois gigantes, Efialtes e Oto. Ambos chegaram a derrotar Ártemis e até mesmo Ares... Acho que preciso pesquisar mais a fundo sobre o que está acontecendo. Pode ser uma pista sobre a Profecia dos Sete.

— Planeja enfrentar dois gigantes? E Ares não é o deus da guerra? — Franzi a testa. — Quer bater boca com gigantes que derrotaram o deus da guerra? Você é suicida por acaso?

— Cada um tem seu papel nessa guerra... Se esse sonho me deu as informações para encontrar as Portas da Morte, eu vou tentar até o fim, mesmo se dois gigantes estiverem envolvidos. — Seus olhos ficaram novamente com um tom sombrio. — Só que, não, não planejo bater boca com Efialtes e Oto. Se eu tiver sorte, nem vou vê-los pelo caminho.

Dei um leve sorriso, certa de que sorte não existia em um mundo como o nosso, e ficamos apenas refletindo um pouco, cada um com seu próprio sonho/pesadelo em mente. Até que quebrei o silêncio.

— Olha só. — Mostrei minha adaga a ele. — De acordo com Quíron, é de bronze celestial...

Quase senti um sorriso formando-se em seu pálido rosto, talvez pela minha súbita animação diante de um simples objeto brilhante, mas fora somente um vislumbre precipitado porque, logo, uma expressão tristonha, como se a lâmina o lembrasse alguém, formou-se.

— Sim, é um metal forjado por ciclopes ferreiros e Hefesto também o utiliza com frequência. — O jovem rodou minha arma em seus esguios dedos. — Só são prejudiciais para semideuses, deuses e monstros... Os mortais não podem ser feridos com isto.

— Hm, isso é bem conveniente. — Fiz uma careta. — Imagina ser atingido por uma coisa que não é possível ser vista.

— A Névoa não faz as coisas desaparecerem. — Corrigiu-me educadamente. — Os mortais veriam algo diferente do real. Poderia ser, por exemplo, uma pessoa sendo ferida com uma bexiga de festa ou um bicho de pelúcia, por isso, é uma boa escolha a adaga de bronze celestial.

Não pude evitar um riso anasalado ao escutar ''bicho de pelúcia'' saindo da boca do garoto. Era realmente estranho e ele estreitou levemente os olhos, confuso.

— Não esquenta. — Sorri. — É que... Quer saber? Esquece, deveríamos dormir agora.

— Sim, deve descansar. — Nico assentiu. — Amanhã será um longo dia.

— Você não entendeu, Príncipe das Sombras. — Brinquei. — Você também vai descansar. Agora!

Acordei com uma grande movimentação e ruídos na enfermaria e, lentamente, espreguicei e sentei na esteira. Já amanhecera e eu precisava me preparar para ir com Nico a outro acampamento.

Pisquei algumas vezes, na tentativa de acabar com o embaçado, vendo várias figuras de laranja à minha frente. Um tanto incomum... Quase voltei a dormir, porém, minha mente obrigou-me a repassar a recente informação: várias figuras de laranja à minha frente.

Abri bem os olhos, encarando uma multidão de semideuses rodeando-me. No centro de toda aquela massa de gente, estavam o centauro e um homem vestindo bermudas, camisa estampada larga e sandálias. Ele lembrava um turista. Tirando toda a atenção voltada a mim, acho que o último era o segundo mais chamativo ali, ainda mais com sua expressão azeda destoando dos demais presentes.

— Finalmente acordada! — O homem fez uma careta. — Já imaginava que era filha de Hipnos, Loraine.

Demorei um tempo para entender que ele se direcionava a mim.

— Ahn... — Engoli em seco, franzindo a testa. — Meu nome é Lorelai, sou...

— Sei, sei... — Abanou as mãos, desconsiderando meu comentário. — Loraine, a criança perdida.

Fiquei boquiaberta, sem saber o que fazer. Assim, decidi encarar o diretor de atividades com uma cara ligeiramente assustada e um pouco irritada também. Ser ignorada não era meu forte e eu acabara de ser cortada por um turista!

— Lorelai Tate, este é o Sr. D, também conhecido como Dionísio, o deus do vinho. — Quíron explicou-se. — Ele é o diretor do acampamento.

Arregalei os olhos, surpresa. Aquilo dirigia aqueles quilômetros de terra e centenas de meio-sangues? Impressionante...

— Ah, não precisa ficar me lembrando disso! — O suposto deus inflou as bochechas rosadas, irritado. — Eu tenho que ficar aturando esses pestinhas e nem posso mais tomar vinho! Tudo vira Coca diet!

Algumas risadas preencheram o local.

— Você é meio vermelho naturalmente? — Indaguei com uma careta pensativa. — Mesmo sem beber?

Mais algumas gargalhadas deixaram o ''turista'' raivoso. Era melhor eu não ter aberto minha boca, afinal, vai que o terrível deus do vinho nos amaldiçoasse a virar alcoólatras constantemente bêbados por vinho...

— Ora, insolência esta! Só por causa daquela ninfa... — Ele começou a resmungar. — Ela era linda e só porque tentei seduzi-la, Zeus me colocou aqui, preso e sem vinho! Não posso conter minhas necessidades como homem e...

Ok, Sr. D... — O centauro interrompeu-o antes que alguma besteira saísse. — Nós já entendemos. O senhor tinha algo para dizer à Srta. Tate, lembra-se?

— Ah, sim. — O homem gorducho desamassou a camisa estampada. — Quero dizer a você, Loraine, que estamos gratos por ajudar o acampamento e... — Fitou o pulso, lendo uma cola e murmurando algumas palavras. — Espera, aonde eu estava mesmo? Ah, é mesmo... — Voltou o olhar a mim, levantando o tom de voz. — E desejamos uma boa jornada com os outros sete e... — Retornou à cola. — ... droga, aonde está?

Quíron respirou fundo, meio perdido. Ele ficava trotando no mesmo lugar, ansioso para que o diretor terminasse logo de falar. Parecia que um rombo seria feiro no assoalho em breve, tamanha era a impaciência.

— Obrigado, Sr. D. — O barbado sorriu gentilmente, de maneira aturdida, dando fim ao discurso. — Acho que já seguramos Lorelai por tempo demais...

Dionísio bufou e concordou.

— Sim, sim... — O deus fez um bico, entediado. — Loraine, vá em paz.

Arqueei a sobrancelha, enquanto alguns arquejos indignados e divertidos soaram.

— Está dizendo que vou morrer? — Entortei a cabeça com uma careta. — Ahn, está bem, entendi... Estou pronta para sair daqui. Aonde o Nico está?

Eu queria muito deixar aquela enfermaria o mais rápido possível. Já era demais ser acordada com uma multidão de jovens alaranjados e um cara mal-humorado que só reclamava sobre sua vida pessoal.

Rachel apareceu em meio ao bando de adolescentes. Era um pouco difícil notá-la, já que sua juba ruiva a camuflava entre as inúmeras camisetas.

— Venha comigo.

Levantei da esteira, segurando a adaga e sacudi o cabelo com as mãos para deixá-lo com uma aparência mais agradável aos olhos, assim, não era tão evidente que ele estava amassado.

Fui parada por alguns semideuses que me desejaram boa sorte na minha missão e outros anunciaram o quão legal deveria ser saber que era a criança perdida, com uma profecia à parte apenas minha. Deduzi, portanto, que eles tiveram bastante tempo para serem atualizados sobre a minha pessoa. Nem queria imaginar se ficaram de papo durante meu sono, somente dei um sorriso desajeitado, pensando ''Não... Você com certeza não iria querer estar em meu lugar''.

A garota levou-me até os banheiros do acampamento. Eram diversas cabines de tijolos, com portas finas de madeira. Cada uma possuía uma pia com um espelho pequeno, uma privada e um chuveiro.

Ela apontou um que tinha uma toalha separada e outros itens de higiene pessoal. Não era difícil de concluir que a ruiva havia arrumado tudo para mim previamente.

— Fique à vontade, Lorelai. Vou buscar algumas roupas para você na lojinha e trazer a comida que guardei do café da manhã que você perdeu.

Assenti, agradecida e me arrumei. Logo, ela retornou, batendo na portinha com um toque estranho, quase ensaiado — cinco batidas em seguida, rápidas, e outras duas mais singelas — e passando-me uma camiseta limpa que, surpresa, notei que não era laranja e um shorts jeans escuro. Troquei-me rapidamente e saí.

— Nada melhor que um banho, não é? — Rachel sorriu. — Depois de toda essa loucura deve ser a única coisa que pode acalmá-la.

— É...

Sem preâmbulos, ela passou uma sacola de papelão com comida, uma mochila, e um cinto para colocar a bainha, onde guardaria a adaga de bronze celestial. Espiei tudo, agradecida, e mordisquei uma maçã, sem muita fome.

— Obrigada por tudo.

— Não há de quê, Lorelai.

— Olha, pode me chamar de Lori se quiser... — Dei de ombros. — Lorelai me lembra meus pais quando eles estão bravos comigo.

Rachel apontou um dedo para mim, suspirando pesarosamente, mostrando entender exatamente o que eu disse.

— Anotado, Lori. — Ela piscou, sorrindo. — Vamos, Nico está esperando você na entrada do Acampamento.

Caminhamos, subindo a colina, e lá no topo, avistei o pálido jovem. Ele tinha as mãos dentro dos bolsos do casaco de couro, mesmo com o Sol batendo, forte.

— Bom, está entregue, Lori. — A ruiva abraçou-me carinhosamente. — Trate de voltar viva.

Assenti, indecisa. Quero dizer, indecisa de conseguir retornar com vida, porque eu estava bem certa que tentaria permanecer respirando e com o coração batendo por vários anos ainda, só não sabia se teria sucesso.

— Vou ver o que faço quanto a isso.

Deixamos a garota e o Acampamento para trás. Eu e di Angelo permanecemos em silêncio, até eu estancar com os olhos arregalados ao avistar uma criatura logo à frente. Como eu havia parado de andar, ele virou e fitou-me, confuso.

— O que foi?

Apontei debilmente um enorme dragão, enrolado ao pinheiro, o qual eu havia visto no dia anterior. Era um monstro enorme, com dentes amarelados e afiados que poderiam quebrar meus ossos com igual facilidade a de um humano morder um hambúrguer.

— Ah, relaxa. — Nico deu um mínimo sorriso, sem se preocupar com o enorme réptil. — Esse é o Peleu. Ele guarda o Velocino de Ouro para ninguém roubar.

— Velocino de Ouro?

— Sim, é o que protege o pinheiro que, por consequência, protege o Acampamento Meio-Sangue de eventuais ataques.

— Eu não vi essa criatura ontem, quando chegamos.

Ele revirou os olhos, o que achei bem estranho, um tanto incomum. Nico estava achando graça de mim, praticamente debochando na minha cara.

— Essa é a ideia... — di Angelo explicou como se eu tivesse cinco anos de idade. — ... pegar nossos inimigos de surpresa.

Respirei fundo, desistindo de tentar entender toda aquela maluquice. Eu iria fazer o meu tão importante papel de criança perdida naquela guerra contra a Mãe Terra maldita e depois daria um jeito de compreender.

— Enfim, tem como pegar um táxi por aqui?

O menino deu um sorriso, este sendo bem sombrio, fazendo um calafrio despontar em minha nuca.

— Vamos viajar pelas Sombras, filha do trovão, do mar e da morte.


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Notas finais do capítulo

Geente, próximo capítulo tem os sete semideuses da profecia!!! ~Leo Valdez na área~
Confissões de uma escritora #1 Eu realmente já tive um pesadelo de hamsters piratas. Não desejo a ninguém. Roedores caolhos que invadiram minha casa. XD
#2 Já ganhei dos meus pais uma forma de pudim de Natal {Pais trolladores} e depois de ficar uns cinco minutos encarando aquela forma, eles decidiram me dar meu presente de verdade. Foi meio traumatizante como podem ver... T.T
Enfim, o que acharam? Comentem, sim?
Xxxxxx