Meu primeiro amor escrita por Millene Vasconcelos


Capítulo 2
Festa, notícia e mais festa


Notas iniciais do capítulo

Aqui estou eu! Atrasada? Muito, mas aqui. Eu fiquei muito feliz com todos os comentários que o prólogo recebeu, vocês gostaram mesmo e eu me alegro vendo que o esforço que eu tô dando esteja valendo a pena. Ah, e feliz Nataaaaal! Aqui está meu presente pra vocês, boa leitura *--*



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— Vai logo, Paulina! A gente já tá atrasada demais! — Paola gritou em frente a porta do meu quarto.

— Calma, Paola, só tô colocando meu brinco... Pronto. — saí do quarto. — Satisfeita?

— Uau, você tá linda! — ela pegou minha mão e me fez dar uma volta em torno de mim mesma. — Eu sempre falo “Paulina, se arrume mais”, mas você nunca me escuta. Tá vendo como você é muito mais você quando está maquiada?

— Você quis dizer como eu fico muito mais você, não?! — rebati. — Mas dane-se, o Maurício já está vindo? Quero acabar com isso logo. — Maurício era o peguete, ficante, namorado ou o que for, da Paola.

— Uh-hum. — ela fez um breve sinal positivo com a cabeça. — Em poucos minutos ele tá aí.

— O.K., vou descer e me despedir do papai e da mamãe.

E assim o fiz, desci até a sala, com a esperança de que estivessem lá, mas não estavam. Sentei-me no sofá, fechando os olhos e levando meu pensamento pra bem longe. Mais precisamente, para o outro lado do oceano.

“Ah, Carlos Daniel, por que não pode sair da minha mente um segundo sequer?” pensava. Fui despertada dos meus devaneios com uma buzina de carro. Barulho mais irritante que esse, está difícil.

Logo, a pessoa que estava buzinando sem parar adentrou na sala e sentou-se em uma poltrona ao lado do sofá.

— Como vai, Paulina? — Maurício veio me dar um beijo no rosto. Recuei imediatamente. — Já vi que não tão bem.

— Eu estava bem até você chegar. — falei entre os dentes. — PAOLA, O MAURÍCIO CHEGOU! — gritei para não ter que ficar nem um minuto a mais sozinha com aquele infeliz.

Não é exagero nenhum meu, ele é um cafajeste que mesmo ‘comprometido’ com a minha irmã, dá em cima de mim. E toda vez que eu falo pra Paola ele argumenta com “eu achava que era você”. Me poupe, a Paola tem cabelo longo, já o meu é curto, e essa é uma de nossas diversas diferenças, ele com certeza conseguiria nos distinguir.

— Oi Maurício. — cumprimentou-o minha mãe ao entrar na sala, assim que chamei por Paola. — Como vai? — sentou-se ao meu lado no sofá.

— Bem, senhora Montaner. E a senhora?

— Bem também. — ela respondeu e eu revirei os olhos. — Algum problema, Paulina?

— Não mamãe. — dei um meio sorriso. — Nenhum.

— Ótimo, pois vou te dar duas noticias, uma boa, mas outra depende de como você interpretar.

— Pode falar, estou escutando.

— Na verdade, preferia que fosse a sós. — minha mãe falou, o que fez Maurício se levantar.

— Eu vou ver o porquê de a Paola estar demorando tanto, com licença.

E então ele saiu.

— Pode falar agora, mãe.

— Bom, a notícia boa é que os Bracho estão vindo pra cá. — ela falou e eu quase me engasguei com a minha própria saliva.

— Quando eles vêm? — meus olhos brilhavam enquanto eu falava. Imagina só, rever o Carlos depois de tantos anos. Todo dia eu imaginava como ele estava e agora o veria de verdade.

— Próximo mês. A notícia não tão boa, ou seja lá como você interprete, é que o Carlos Daniel não vem com eles... — ela suspirou — De novo.

— O quê? — falei, ou pelo menos tentei. — Por que ele não vem? — perguntei com um fio de voz.

— Ele está acabando a faculdade e tá tudo muito difícil pra ele, de acordo com seus pais. — ela falava me consolando, por mais que eu não estivesse chorando.

— Paulinaaaaaa, vamos embora logo. A gente já tá atrasada pra caramba.

— Tá bom. — fui andando até a porta, mas voltei. — Tchau mamãe. — a abracei.

— Se cuidem, por favor!

— Tá, tá, mãe. — Paola falou depressa. — Tchau. — despediu-se acenando com a mão já de costas pra nossa mãe. Dei mais um abraço nela e saí.

O caminho para a tal festa foi longo com Paola e Maurício junto à suas ambições naquele carro, que parecia minúsculo diante deles. Cada um que apostasse mais no seu futuro, o relacionamento deles parecia mais uma competição do qualquer outra coisa.

— Maurício, — chamei sua atenção — quando você vai pedir minha irmã em namoro? — completei com um sorriso travesso no rosto.

— Pe-pedir a Paola em na-namoro? — ele gaguejava, era uma cena cômica!

— É, ué. Ficou surdo?

— Tá, Paulina, chega. Você sabe que eu não me importo com essas coisas. — Paola dizia, acabando com toda minha diversão.

— Não se importa?! — Maurício perguntou perplexo.

— A gente já está chegandooooo? —perguntei demonstrando que não estava afim de uma discussão.

— Claro que não, Maurício! Você se importa?

O.K., fui ignorada. Obrigada, Paola.

— Tá gente, acabou a DR. Nós estamos perto ou não?

— Sim, Paulina. É na próxima rua. — Maurício me respondeu. — Aliás, você se importaria com um pedido de namoro?

— Vão me incluir na briga de vocês agora? — os dois fizeram que sim com a cabeça. Mereço... — Sim, eu me importo! Como vou saber se estou namorando sem um pedido concreto? Aliás, é muito mais romântico.

— A Branca de Neve aí sempre foi sonhadora mesmo, Maurício. Você sabe que não sou assim.

— Não me chama de Branca de Neve, Lolita, você sabe que não gosto. — sorri.

Ela bufou.

Virei meus olhos pra frente. Uma casa enorme tomou conta de minha visão. A música que saia de lá era estrondosa, como alguém escuta música num volume tão alto assim?

— Chegamos. — Maurício avisou, parando o carro numa vaga que passamos quase dez minutos procurando.

— Percebi. — rebati, descendo do carro.

Acho que nunca estive com um vestido tão justo e curto. Tudo bem, não era nada comparado ao de Paola, mas mesmo assim, eu não sou ela.

Eu acho que andava bem com os saltos. Tive que acostumar-me a eles com tantas festas sociais que participava junto com meus pais.

— Paulina, vem cá. — Paola me chamou. — Quero que venha comigo para conhecer um amigo.

— Ah, eu mal chego à festa e você já vai me empurrando pra Deus e o mundo. Bem sua cara, não é mesmo?

— Paulina, para de ser reclamona e vamos logo. Maurício, — se virou pra ele — já volto.

Segui-a, afinal, o que tinha a perder? Todos esses anos eu não consegui namorar outra pessoa, ou alguma, já que eu e ele nunca chegamos a ser namorados.

— Paulina, — Paola me chamou quando chegamos perto de um rapaz que sorria pra nós — este é o Douglas. Douglas, esta é a Paulina.

— É um prazer. — ele me cumprimentou, beijando minha mão.

Senti meu rosto ficar vermelho na hora.

— Pra mim também. — respondi, tirando minha mão da dele.

— Então... — Paola começou, e nós dois voltamos sua atenção pra ela. — Vou deixa-los a sós. — revirei os olhos.

Ela saiu.

— Fiz algo de errado? —Douglas perguntou e eu virei pra ele surpresa.

— Por que tá me perguntando isso?

— Você revirou os olhos, fiz algo que não gostou? Desculpa, não tenho muito jeito com as mulheres.

— Ah, não. Não foi você. É só a mania da Paola de me empurrar pros homens, sabendo que odeio isso.

— Hm, tudo bem.

— Servidos? — um garçom que passava com uma bandeja cheia de bebidas coloridas passou oferecendo-as.

Douglas pegou uma sem pestanejar, mas eu recusei do mesmo jeito.

— Não vai pegar, Paulina? — ele perguntou assim que o garçom saiu.

— Não costumo beber.

— Ah, minha querida, quer um golinho do meu?

— Não sou sua querida. — rebati, com raiva. Não sou nada dele, muito menos querida.

Ele pareceu ofendido e saiu de perto de mim, assim, sem mais nem menos.

E mais uma vez Paulina Montaner estraga quaisquer chances de relacionamento que tivera, parabéns pra mim.


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Notas finais do capítulo

Gostaram do meu presentinho? Se quiserem comentar, eu deixo, viu? jajaja
Até sábado, sim, sábado eu volto! Yaaaay! Las amo, feliz Natal de novo



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