— Você irá nos matar? – Questionou Rony, olhando cheio de raiva para o homem que os capturara.

— E o que acha que irei fazer com vocês? – John zombou. – Acha que pedirei resgate para conseguir algum dinheiro? De jeito nenhum! Eu quero vingança e é isso que eu terei. Então nada melhor que começar por vocês dois, não é? - E lançou lhes um sorriso malvado.

— Mas, primeiro… eu irei fazer duas perguntas e é bom que vocês respondam, se não irei usar um dos métodos de diversão de minha irmãzinha. – Ele continuou ameaçador. – Existem mais de vocês além de suas famílias?

— Nós não sabemos. – Hermione resolveu responder. E assim que ela fechou a boca, o homem deu-lhe um tapa no rosto. Rony bufou furioso, e se debateu novamente tentando se soltar e deferir um soco naquele pirata.

— Mentira! – Vociferou John. – Está mentindo!

— Não estou! Não sabemos se existem mais de nós, até pouco tempo atrás nós nem sabíamos que o outro era sereia! – Hermione disparou irritando-se.

— Certo… – John murmurou aceitando a resposta. – Segunda pergunta: Lilian Potter está mesmo grávida?

Hermione ofegou diante daquela pergunta. Por que ele queria saber se sua mãe estava grávida? Nenhum deles respondeu de imediato, então John puxou os cabelos de Rony para trás fazendo-o encarar nos olhos.

— Responda! – John mandou.

Rony apenas lhe encarou cheio de raiva, e ao ver a reação de Hermione ele teve a sua confirmação.

— Então ela será a próxima. Tenho que lhe tirar a vida antes que esse monstrinho nasça. – John falou consigo mesmo.

— Por favor, não! Não faça nada contra minha mãe e o resto de nossa família, nós não fizemos nada! – Hermione implorou.

— Ah, vocês fizeram. E irão pagar por isso. – John respondeu e ele virou-se e saiu dali furioso.

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Enquanto isso, na casa dos Potter...

O jantar da família Potter estava pronto, então Lilian decidiu chamar a filha mais nova para comer, já que só faltava ela à mesa do jantar.

Subiu as escadas para o andar de cima e se dirigiu para o quarto da filha. Lilian bateu na porta antes de chamar por Hermione, mas ninguém respondera ao seu chamado. Lilian, então, percebeu que a porta estava aberta. Abrindo-a, encontrou o quarto vazio. Lilian procurou a filha no quarto inteiro. Hermione saiu e não havia lhe contado? Ou...? Não. Não, podia ser. Lilian deixou-se ponderar.

 E Preocupando-se antes mesmo de sair do quarto, correu, chegando nas escadas, não diminuiu a velocidade e desceu não pensando em sua gravidez. Lilian logo chegou na cozinha, ainda muito temerosa com a possibilidade que lhe surgiu. Harry e James olharam atordoados para Lilian.

— Querida…? – James falou confuso.

— Hermione… ela não está lá em cima, não há nenhum sinal dela.

— Você acha que...?

— Sim. – Lilian interrompeu James.

—Temos que ir para a casa dos Weasley’s agora. – Decidiu James, ignorando a comida na mesa.

Rapidamente, eles partiram para a casa dos Weasley.

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Poucos minutos depois, na casa dos Weasley....

— Você tem certeza que ela iria sair com Rony? – Lilian perguntou incerta.

— Sim, ele mesmo me disse antes de sair. – Molly confirmou.

— E isso foi a quanto tempo? – James questionou.

Molly pensou por um instante antes de responder.

— Na verdade… já faz algum tempo. – Ela disse, ao constatar isso também começou a preocupar-se.

— Nós temos que descobrir a paradeiro desses dois agora. – James declarou. – Harry, Gina, quais são os lugares que vocês frequentam?

Gina fez uma careta antes de responder.

— Toda a cidade, não é como se fosse uma cidade grande. – Ela falou e depois pensou. – Bom… só não entramos em lugares com bebida alcoólica.

— Então teremos que nos dividir por toda a cidade, acho que teremos que chamar reforços. – James decidiu aparentando estar estranhamente calmo diante da situação. – Carlinhos, ligue para os Logan. Gina, ligue para Neville e Luna, eles poderão nos ajudar na busca.

— Certo. – Gina E Carlinhos concordaram e logo foram fazer o que James mandara.

— O resto de vocês, se espalhem pela cidade. Nós temos que encontrar esses dois. – James mandou, finalmente deixando aparecer um pouco da preocupação dentro de si.

Todos assentiram e foram saindo da casa.

— Você está bem? – Arthur o questionou tocando em seu ombro antes de sair.

— Não. Minha menina foi pega por um pirata maluco, Arthur. Tenho medo do que ele possa fazer com ela. – James confessou.

— Estou na mesma situação, mas antes de enlouquecermos precisaremos ter certeza que eles estão com esse pirata. – Arthur tentou tranquilizar a James e a ele mesmo.

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No navio pirata...

— Hermione? – Rony a chamou e ouviu a menina fungar antes de responder.

— Sim?

— Não se preocupe, está bem? Tenho certeza que de alguma forma iremos escapar dessa.

— Você acha? … Estou com medo, Ron. Esse homem… ele me assusta e eu não gosto disso. – Hermione confessou hesitante.

— Eu também estou com medo, olhos de mel, mas acredito que nossa família já deve estar nos procurando e que logo nos acharão. – Rony tentou acalma-la.

Hermione sorriu.

— Eu também acredito nisso, ruivo.

Como suas mãos estavam amarradas próximas uma da outra, Rony pegou a mão de Hermione e a apertou, sentindo ela apertar a sua mão em retorno.

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Próximo a pedra do pôr-do-sol de Gina...

Gina e Harry já estavam ficando desesperados com o sumiço de Hermione e Rony, eles sabiam que só podia ter dedo de John no meio, e também desconfiavam de que tinha o dedo de Tom também. Aquele garoto não era confiável, por mais que Rolf insistisse o contrário.

— Onde será que eles estão? – Gina indagou, olhando para os lados esperando encontrar os dois em algum lugar por ali.

— Não faço a mínima ideia. – Harry respondeu frustrado enquanto também olhava para os lados. – Isso me preocupa…

— O que faremos? – Gina questionou, sabendo que do jeito que estavam fazendo, não achariam Rony e Hermione tão cedo.

— O que acha de irmos até Tom? Estou desconfiado que há o dedo dele nisso. – Harry sugeriu.

— Sim, vamos. – Gina concordou já começando a caminhar. Harry logo a seguiu.

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Em algum ponto da cidade...

Rolf e Tom andavam juntos pela cidade à procura de Rony e Hermione.

— Tom…

— O que?

— Você… você não tem nada a ver com esses sumiços, não é? Você não ajudou papai a pegar eles, não foi? – Rolf questionou duvidoso.

— Olha, eu sei que por todas as coisas que eu fiz e por causa de como eu agia, eu posso não ser confiável, mas, dessa vez, eu realmente não fiz nada, papai fez tudo sozinho. Acho que ele já deve saber que mamãe falou comigo e não quer me dizer mais nada. – Tom respondeu parecendo realmente estar falando a verdade.

— Ótimo, fico feliz com isso. Você é meu irmão mais novo e não quero que se meta nessas coisas, caso aconteça alguma tragédia com papai ou com um de meus amigos. – Rolf respondeu aliviado. Ele realmente queria o bem do irmão.

— Sabe…, eu gostaria de ter amigos também. – Tom confessou olhando para o chão enquanto caminhava.

Rolf ficou surpreso com aquilo.

— Como assim? Eu sou seu amigo. Você é meu irmão e, apesar de tudo que passamos, eu te amo.

— Se você diz. – Tom sorriu. – Eu também te amo, cara chato.

Eles riram juntos, como a muito tempo não faziam. E, de repente, algo colidira com Tom, o prensando na parede próxima. Logo descobriram que era Gina e, céus, como aquela menina era forte.

— Onde raios você colocou a Mione e meu irmão?! – Gina disparou, ainda o prensando na parede.

— Nossa garota, você é forte! – Tom falou um pouco desnorteado.

— Gina, larga ele. Tom não tem nada a ver com isso. – Rolf pediu, levantando a mão para fazer Gina soltar Tom.

— Como você pode ter certeza? – Harry o questionou, entrando na sua frente.

— Na hora em que vocês disseram que Rony e Hermione sumiram, ele estava comigo e com a mamãe o tempo todo. E eu acabei de perguntar a Tom se ele fez alguma coisa e deu para ver em seu rosto que ele não estava mentindo. – Rolf respondeu impaciente. – Ele consegue mentir para qualquer um, menos para a própria família. Ele não mentiu. – Reforçou quando pareceu que Gina não iria solta-lo.

E só então Gina o soltou e começou a entrar em um pequeno desespero interno. Onde estava o seu irmão? E Mione?

— Meu deus, onde eles estão? – Gina questionou, mais para si que para os outros.

— Calma, os outros podem ter achado eles. Vamos voltar para a sua casa, está quase na hora que marcamos para voltar. – Rolf tentou a aquietar.

— Certo. – Gina respondeu e respirou fundo buscando por controle. Então eles voltaram para a casa dos Weasley’s.

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Já na casa dos Weasley’s…

— Procuramos por todos os lugares da cidade e não encontramos nenhum dos dois. – Neville afirmou jogando-se no sofá da sala dos Weasley’s.

— Em todos, menos no mar. – Luna se fez ouvir.

Todas as sereias e piratas se entreolharam.

— Porque não pensamos nisso antes? – Jorge indagou sentindo-se um completo tapado.

— Eles podem estar na água. – Fred declarou jogando-se ao lado de Neville.

— A questão é… dentro ou fora dela? – Merópe se manifestou.

— O que você quer dizer com isso? – Gina questionou perdida.

— Eles podem estar no navio da família. – Merópe explicou.

— O navio que eu e Hermione vimos? – Harry perguntou lembrando-se do dia em que estava no mar com Hermione.

— Vocês nos viram chegando? – Rolf conversou.

— Sim. – Harry respondeu. – Mas isso não vem ao caso agora, nesse momento só precisamos achar esse navio. Se Rony e Hermione não estão na cidade estão no mar. Então começaremos pelo barco.

— Navio. – Tom, Rolf e Merópe o corrigiram.

— Tanto faz. – Harry deu de ombros.

— Nós não o deixamos perto da margem, então papai realmente está no mar com eles. Mas provavelmente não está mais onde deixamos o navio antes. – Tom observou.

— Então teremos que nadar para chegar lá. – James concluiu. - E o que faremos em seguida?

— Eu tenho um plano. – Luna falou novamente e todos olharam para ela.

— Tem? – Gina perguntou quando ela não falou mais nada.

— Sim, mas iremos precisar de mais… humanos. – Luna respondeu com certa firmeza.

— Humanos? – Harry questionou.

— Sim. Policiais, para ser mais exata. – Ela anunciou.

Todos ali se entreolharam. O que Luna estava planejando?