Hermione esbanjava a sua barriga de oito meses. Dois meses sem Draco, doía.
Harry, que já era chefe do departamento de aurores veio até ela no intervalo da faculdade, iria comer lá mesmo.
-oi-diz Harry coçando a cabeça pra amiga tristonha-notícias de Azkaban- viu o brilho nos olhos dela e teve medo de dar a notícia- ele pegou uma doença e não resistiu-Hermione sentiu um pedaço de seu coração desabar, e soltou um grito rouco pondo as mãos no coração, se desabando a chorar.
Enquanto isso tem Azkaban
A cela era pequena, tinha uma cama e uma lamparina no teto. Uma pia, uma privada, uma geladerinha e um mini fogão. Não tinha contato humano, os poucos livros eram revisados até que não se encontrasse nenhum sinal de perigo.
Ele sentiu um repentino aperto no coração e pegou o lápis e papel que tinha lá e começou a rabiscar sua Hermione, todas as memórias vivas dela.
Hermione estava sentada na cama que dividia com ele. Segurava uma foto de quando estavam na praia em Paris. Haviam descoberto a pouco tempo que esperavam sua pequena Alice.
Ela pegou fotos de quando ainda eram namorados, todo o seu corpo doía. Seu coração estava sendo comprimido.
Viu uma foto, ela estava de biquini e com o barrigão de 6 meses, ele estava atrás, beijando o pescoço dele com as mãos enlaças na barriga. Podia sentir os lábios dele em contato com sua pele. A porta foi aberta, Narcissa entrou em lágrimas, caindo de joelhos, usava uma calça jeans preta e uma blusa de mangas longas e um blaser branco e Scarpin preto de solado vermelho Louboutin. Era editora de uma revista famosa. Hermione acariciou a barriga e Narcissa fez força para levantar e acariciar a barriga da mesma.
-Não...-sussurrou Hermione e logo desmaiou. Narcissa entrou em estado de pânico e foi de lareira até o St.Mungos com ela.
Ficou chorando na recepção com as mãos no rosto.
-Ela está bem?
a enfermeira apenas fez sinal para que a acompanhasse.
Hermione já estava vestindo suas roupas, calçou a sapatilha. Abraçou Narcissa.
-Dói tanto.
...
Hermione comia por sua filha, não sentia fome.
Chamaram-na, usava um vestido preto e um casaco, se pôs de frente ao caixão fechado e se debulhou em lágrimas.
-Como eu queria que você estivesse aqui...-sussurrou-Draco Malfoy... -amassou o papel e arremessou no lixo-vou ser sincera, ok, por você. Draco Malfoy, inimigo, namorado, noivo, esposo, pai da minha filha, amor da minha vida. Você não sabe o quanto eu estou triste, não achei que seria tão curta nossa história. Caramba, eu tinha dezesseis, um Ano e já sabia que ia passar o resto da minha vida com você. Com dezessete uma guerra-frisou a palavra guerra-nos separou. Com 18 me casei e estou aqui, não me arrependo de nenhum segundo. No livro trouxa Razão e Sensibilidade, Jane Austen diz:Sofri os castigos do amor sem desfrutar nenhuma de suas vantagens.
Todos ficaram em silêncio.
-mas eu desfrutei de todas as vantagens do amor, graças a Draco, só me resta sofrer os castigos do mesmo. Espero poder cantar para nossa filha a nossa música, e ver nos olhos dela o mesmo brilho dos seus. Sei que verei. E, eu ouço você, eu sinto você como se fosse um fantasma. A ideia de que vou viver sem você me aterroriza, mas sempre terei um pedaço de você comigo. Eu amo você, meu dragão de má fé- sussurra a última parte com a mão no caixão e vai sentar. Narcissa usava a mesma roupa da noite seguinte, sem o blaser.
Ela não conseguia falar.
Chorava sem parar.
Draco Malfoy, seu filho. Morto.