"A consciência é aquela voz interior que nos adverte de que alguém pode estar a olhar."

H. L. Mencken

Surdo exterior

O carro atravessou a pequena estrada de terra parando em frente a Bela casa com grandes janelas em meio ao Floresta,  a quanto tempo estava morando ali em meio aquele imenso verde, ar gelada, aquele silêncio, aquela calma, nem se lembrava mais.

Antigamente morava na cidade grande em meio das grandes monstros de cimento, poluição, barulho, nunca havia se sentido seguro na cidade, mas, agora estava, mais do que nunca.

Havia um assassino solto na cidade havia matado três pessoas em menos de 5 dias as homens haviam sido brutalmente mutilados e seus corpos abandonados no meio da rua, as vítimas não tinham nada em comum, nada físico, idade, cor ou classe social, mas havia uma única coisa que as ligavam  um lugar onde era mesmo ...   Não conseguia se lembrar.

Saltou do carro e uma rajada forte de Vento o atingiu fazendo seu corpo inteiro tremer, então rapidamente entrou na casa em busca d aconchegante calor de sua lareira.  Aquela noite seria mais fria do que as outras.

Preparou uma bela refeição e um pouco de café para depois, aproveitou aquele longo momento de descanso e conforto, o céu ficou escuro e o breu preencheu todo lugar, que só era iluminado pela luz que vinha da lareira, já era mais de 10:00 da noite e o sono já se sentia.  Recolheu a louça suja e deixou tudo dentro na pia, ia lavar tudo no outro dia.

De acordo ia para o quarto Fechava todas as portas e janelas, chegando ao quarto se deitou debaixo das grossas cobertas, era tão quente e prazeroso todo aquele Silencio. 00:01 acordou ao ouvir um barulho, seus olhos levaram algum tempo para se acostumar com a escuridão.  O som foi ouvido novamente vinha da sala.

Ainda muito letárgico pelo sono caminhou lentamente em direção ao cômodo, chegando lá, levou as mão ao interruptor, mas as luzes não se acenderam, um roedor deve ter comido os fios do gerador novamente.

Pegou a lanterna e caminhou em direção à porta ao pegar a chave e destrancar a maçaneta notou que a mesma já estava aberta, será que havia esquecido fecha-la, e logo a da frente.

Uma vozinha falava para trancar a porta novamente e que se dana-se o gerador aquilo era um mal sinal havia trancado a porta, ao mesmo tempo sua razão dizia que aquilo era besteira quem estaria ali no meio do nada fora ele e ele já havia outras vezes esquecido a porta aberta. Pegou a lanterna que sempre deixava atrás da porta e foi em direção aos fundos da casa, abriu apequena porta que levava ao aparelho um cheiro de queimado subiu, havia um esquilo chamuscado perto do gerador, devia ter tentado roê-lo e causou um curto, amanhã resolveria aquilo estava muito frio lá fora.

Caminhou de volta, uma lua minguante enfeitava o céu, clareando minimamente, ouve um grande som de farfalhar de folhas, o vento estava forte, e sua mente deu um estalo, as vitimas dos assassinatos o que ela tinham em comum, era um lenhador, um pescador e um trilheiro ambos frequentavam ali a floresta.

Acelerou seus passou em direção a porta, esticou o braço em a maçaneta, ela não abria, a vozinha que antes estava no fundo de sua mente gritava, esperneava dizendo “EU AVISEI”.

Um estalo de galho quebrando chamou sua atenção para as arvores, e lá estava ele, a lua, um vulto e a floresta.