Escrito nas Estrelas escrita por Jamillygm


Capítulo 21
Longe


Notas iniciais do capítulo

Muito obg pelas mais de 15 mil visualizações!! estou muito feliz que estejam gostando e acompanhando a história!! vcs são muito importantes pra mim ♥ ♥
Boa leitura!!



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Os Medeiros de Mendonça e Albuquerque já tomavam o café da manhã quando Lucas e Eduarda desceram. Ele desceu a escada primeiro e ela vinha logo atrás segurando em seus ombros.

Sobre o olhar atento de Maria Marta, sentaram na mesa e se serviram.

—Agora ela toma café com a gente?— a matriarca disse.

—Qual o problema?— Lucas disse encarando a mãe.

—João Lucas....— Marta ia continuar a manifestar sua indignação, mas foi interrompida por Zé Pedro.

—Também acho que ela não deveria sentar conosco.

—Porque você não cuida da sua vida heim?— Lucas disse – a Du vai tomar café comigo, não vejo problema nenhum.

—Vamos parar de confusão— Zé Alfredo se manifestou e olhou para a menina – pode tomar café aqui, viu mocinha?!

—Zé Alfredo...— Marta disse, olhando seriamente o marido.

—Continue tomando seu café Marta, se não ele vai esfriar.

Marta respirou fortemente e continuou o seu desjejum.

Eduarda estava totalmente sem jeito. Sentia os olhares fulminantes de Maria Marta. Agradeceu mentalmente quando o café acabou e os Medeiros estavam tomando o caminho da Império.

—A gente se vê mais tarde, leki— Lucas disse. Tinham subido para o quarto, João Lucas inventou, para a família, que tinha esquecido o celular só para ter uns minutos a sós com Du.

—Tá certo— ela disse.

João Lucas aproximou-se e a beijou.

Os dois desceram juntos no elevador. Lucas queria leva-la em casa, mas Du não quis, alegando que ele iria se atrasar para chegar na empresa e ela não queria que ele se prejudicasse.

Antes de entrar no carro, ele ainda conseguiu roubar um selinho dela.

Eduarda chegou em sua casa e foi direto para o quarto, tirou o tênis e deitou na cama. As lembranças da noite anterior estavam bastante vivas em sua memória. Ouviu umas batidas na porta e logo em seguida a voz de Rosa.

—Menina, Du?

—Oi, Rosa

—Posso entrar?

—Entra aí

Rosa entrou e sentou na cama, observando a menina.

—Você tá diferente— ela disse. Eduarda a olhou surpresa.

—Eu só não sei o que é, mas que tá diferente tá— Rosa continuou.

—Eu tô a mesma de sempre— Eduarda falou, sentia o rosto corar, mas tentava disfarçar.

—Não tá não— Rosa disse e ficou a encarando – já sei, parece que tá mais feliz, aconteceu alguma coisa, minha menina?

Eduarda sentia o rosto corar mais ainda. Rosa a conhecia tão bem. Realmente estava feliz. Uma felicidade que não cabia em si. Agora perguntava-se se o motivo não estaria exposto no seu rosto.

Eduarda sempre teve dificuldade de falar sobre seus sentimentos. Já tinha tido aquele tipo de conversa com Rosa, mas toda vez era difícil. Foi com Rosa que conversou sobre as mudanças em seu corpo, ela era sua avó do coração e sentia-se acolhida perto dela. Rosa sempre foi muito carinhosa e atenciosa em cada etapa de sua vida. Sua mãe nunca fora muito presente, nunca soube conversar sobre nada com a filha. Rosa que tinha exercido esse papel.

—Você sabe que pode confiar em mim, né?!— Rosa disse.

Eduarda sabia disso.

—Eu sei.

Eduarda sentou na cama e criou coragem para falar. Estava tão feliz que precisava contar o quanto se sentia bem.

—Eu preciso te contar uma coisa— ela começou.

Rosa a olhou bondosamente.

—Eu realmente estou feliz, como nunca me senti antes— Rosa percebeu que os olhos da sua menina brilhavam.

—Eu até imagino o que seja— Rosa disse, surpreendendo Eduarda.

—Tem a ver com o Lucas? Acertei?— ela continuou.

Du não pode conter o sorriso.

—Eu já percebi que ele é muito especial para você— Rosa fez carinho no rosto da menina.

—Ele é muito especial mesmo— Du disse, ainda sorria.

—Você gosta dele né?!— Eduarda corou com a pergunta.

—Eu vejo nos seus olhos, minha menina. Eu gosto muito dele, sabia? Ele te faz bem.— Rosa disse.

—Eu nunca senti nada parecido por ninguém— Du disse.

Rosa sorriu.

—Sabe, eu sempre achei que vocês iam namorar.

—Toda a nossa galera no colégio achava que a gente tinha algo— Eduarda sorriu.

—É porque dá para perceber a ligação forte que vocês tem— Rosa disse

—Você tá feliz?— Rosa continuou.

—Muito— Eduarda ainda mantinha o sorriso nos lábios.

—É isso que importa— Rosa a abraçou. Eduarda deitou a cabeça em seu colo e sua avó do coração lhe fez cafuné.

Na Império todos já estavam bastante ocupados em suas funções. Lucas já estava a horas tentando fazer o que lhe foi pedido, mas sem sucesso. Não conseguia parar de pensar em Eduarda. O garoto contava os minutos para poder vê-la novamente.

Estava sentado em sua mesa olhando uma foto dos dois em seu celular. Uma foto em que ela sorria para a câmera e ele a olhava.

O garoto estava tão distraído que nem percebeu quando sua mãe entrou na sala e parou diante sua mesa, até ela chamar seu nome.

—João Lucas.

—Oi— ele guardou o aparelho.

—Eu preciso conversar com você— ela disse e Lucas só a olhava.

—Não quero que aquela garota estranha participe das nossas refeições, já basta ela não sair lá de casa.

—Qual é o problema, dona Marta?

—Vou ter que fazer uma lista pra você? Não quero e pronto João Lucas.

—A Du é melhor do que muita gente que senta naquela mesa tá?— ele disse, não aguentava mais o jeito da mãe.

—Olha como fala seu moleque

—Eu falei a verdade e agora faz o favor de me deixar sozinho.

—Não adianta falar como você mesmo. Aquela casa é minha e você vai ver quem é que manda.

—Aquela casa não é só sua.

—Mas eu mando lá— Maria Marta olhou seriamente o filho e saiu. Não queria aquela amizade para o seu filho, já tinha deixado essa história ir longe demais. Não admitiria aquela garota agindo como se fosse da família. Iria ter que por um basta nisso antes que acontecesse o pior.

O dia passou vagarosamente para João Lucas e Du. Estavam ansiosos para se ver novamente. Eles passaram o tempo todo trocando mensagens e combinaram dela o esperar em seu quarto, como sempre fazia.

Eduarda resolveu ir logo para a casa dele, seria muito melhor esperar lá. Quando chegou, foi direto para o quarto e avisou ao namorado que já tinha chegado. Lucas respondeu que já estava terminando suas tarefas e logo chegaria.

A garota de cabelos vermelhos, para passar o tempo, resolveu jogar vídeo game.

Maria Marta chegou mais cedo em casa, estava com muita dor de cabeça por causa dos problemas da Império. Ela e José Alfredo estavam brigando constantemente e isso a estava esgotando.

Chegou em casa e foi recebida pelo seu fiel mordomo, Silviano. Ele sempre lhe contava tudo o que acontecia e informou sobre os passos da esposa de Zé Pedro e sobre a visita de Eduarda.

—Então ela tá ai?— Marta perguntou. Os dois haviam subido para o quarto da imperatriz.

—Sim, madame.

—Silviano, prepare o meu banho do jeito que só você sabe que eu gosto.

—Farei com muito gosto madame.

Eduarda estava distraída com o jogo deitada na cama. Assustou-se com a entrada repentina de Maria Marta. Olhava para a madame procurando alguma pista sobre o motivo dela estar ali. Pelo o olhar serio que Maria Marta a lançava, sabia que não era nada bom.

—Preciso falar com você garota— Marta disse.

Eduarda parou de jogar e sentou na cama.

—O que foi dona Marta? Olha, seu filho deixou eu ficar aqui viu? Ele já tá chegando— Du disparou a falar, já estava ficando nervosa.

—Fica quieta, garota. A nossa conversa não vai ser muito longa não. Eu vim te falar que não quero mais que você ande com meu filho. Estava até suportando essa amizade de vocês, mas parece que você não enxerga o seu lugar. Não quero mais te ver nessa casa, estamos entendidas?

Eduarda ainda estava digerindo aquelas palavras. Não estava acreditando no que ouviu. Seu coração começou a acelerar de nervoso. Óbvio que Marta queria a afastar de seu filho. A imperatriz era poderosa, sempre dava um jeito de conseguir o que queria, podia conseguir separar ela de Lucas. Justo ela, que já não conseguia viver mais sem ele.


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Notas finais do capítulo

Comentem bjss!!



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