Eduarda sentia o sangue ferver nas veias. Ela entendeu perfeitamente as intenções daquela mulher. Observava Lucas e irritava-se mais ainda por ele parecer que não estava entendendo nada do que estava acontecendo.

Como ele é lerdo!

—Oi, Du. Você tá bem?— Lucas a olhava intrigado.

—Tá, tá tudo tranquilo— ela cruzou os braços, sentia um calor no rosto, provavelmente estava com o rosto vermelho e isso a irritava mais ainda.

—Tá mesmo?— ele tentou se aproximar, mas ela deu um passo para trás. Lucas teve certeza que tinha alguma coisa errada.

—Tá sim, Lucas— Du olhou para a garota que continuava parada a encarando - e você, tá bem?— perguntou para ele

—Tô— Lucas respondeu.

—É. Parece que você tá bem mesmo né Lucas? acho que cheguei na hora errada— a raiva tomava conta dela e o nervosismo transparecia na voz.

—Claro que não, Du— ele estava bastante intrigado, seu coração já estava apertando no peito.

Porque ela tava o tratando assim?

— Desculpa se eu tô causando algum mal entendido— Júlia falava olhando Eduarda - eu já vou embora. Desculpa qualquer coisa seu Lucas— ela saiu apressada.

—O que foi que aconteceu Du?— Lucas a encarou confuso

—Você não entendeu até agora, leki?

—É por causa da Júlia? se for não precisa ficar com ciúme ela é só...

—Sua amiguinha?— Eduarda o interrompeu

—Colega de trabalho— Lucas disse

—Você não percebeu que ela tava dando em cima de você? sério Lucas?— Eduarda soltou os braços e passou a mão pelo cabelo. Estava nervosa.

—A gente só tava conversando e sei lá Du, ela sempre foi simpática comigo...— dessa vez foi ele que passou a mão pela cabeça, não queria que eles brigassem - mesmo que ela estivesse dando em cima de mim eu não ia querer nada com ela.

Eduarda respirou fundo. Não queria admitir, mas estava morrendo de ciúme dele. Ele poderia ter qualquer mulher que quisesse. Todas se jogavam aos seus pés. Durante muito tempo pensou que ele não a via como uma mulher, tinha certeza que ele a via sempre como seu melhor amigo e aquela mulher era tão linda, tão bem feita e estava se jogando pra cima dele, que ficou insegura.

Aquela situação de romance entre os dois era nova e isso a assustava. Estava acostumada e sabia sempre como agir quando eles eram só amigos. Agora que eles eram bem mais que isso, não sabia como agir. Era uma situação totalmente nova. Era como andar no escuro.

—Você nunca enxerga nada do que tá na sua frente Lucas. Você ia deixar mesmo ela se jogar pra você?— ela o olhou atenta, seu coração quase parando no peito.

—Claro que não Eduarda— ele se aproximou dela e dessa vez ela não recuou - vamos conversar direito, esclarecer tudo? eu não quero brigar com você— ele segurou o rosto dela com a mão e a olhava nos olhos.

Quando os olhos de Eduarda encontraram os dele ela viu verdade. Conhecia tão bem ele que percebeu que ele não estava mentindo. Ele não sabia mentir, ela sabia disso por causa de todos esses anos de amizade.

—A gente precisa conversar mesmo— ela continuava olhando em seus olhos.

Lucas respirou mais aliviado e a beijou. Um beijo calmo. Eduarda retribuiu, mas ainda tinha uma sensação estranha entre eles e Lucas percebeu.

—Vamos?— ele disse. Ela acentiu e os dois foram até o carro dele. Andavam lado a lado, sem se tocar.

Lucas foi dirigindo dessa vez, ela não fez questão. Ele ficou triste, pois sabia que ela adorava dirigir e ele amava ver como ela ficava feliz. Durante o caminho todo não falaram nada. Eduarda olhava pela janela do carro, perdida em seus pensamentos. Lucas não sabia como puxar assunto e resolveu ficar calado. Os dois precisavam estar calmos para o ciúme não tomar conta e acabarem brigando de vez. A possibilidade deles se desentenderem de vez o assustava. O garoto não se imaginava mais sem ela.

Quando chegaram no apartamento dos Medeiros foram direto para o quarto do garoto. Eduarda sentou na poltrona perto da cama dele. Lucas a observava sem falar nada.

O garoto que estava de terno, começou a afrouxar a gravata, estava nervoso e sentia a gravata o sufocando. A menina que vestia uma blusa cinza, uma calça jeans rasgada no joelho e um all star, continuava calada e isso inquietava ainda mais João Lucas.

O menino sentou na cama e ficou a olhando por alguns minutos antes de começar a falar.

—Fala pra mim tudo o que tá pegando, leki— ele disse.

Eduarda que ainda não tinha olhado pra ele o encarou e respirou fundo antes de falar.

—Tá certo, leki— ela procurava as palavras - a gente precisa conversar mesmo.

Lucas a olhava atento.

—Seja sincero comigo, Lucas.

—Eu sempre sou, leki— ele falava baixo.

—Você tá levando a sério o que a gente tem?— ela estava com medo de perguntar. Tinha medo da resposta, mas precisava saber.

O coração do garoto apertou mais ainda quando ouviu aquela pergunta.

Será que não estava estampado na sua cara o que sentia? Será que ela ainda não tinha percebido o quanto era louco, apaixonado por ela?

—Você foi a melhor coisa que podia ter acontecido na minha vida. Eu agradeço todo dia por você querer estar perto de mim. Por que você tá agindo assim? não confia em mim?— ele falou essa última parte com certa mágoa.

Eduarda sentiu a garganta travar.

—A gente tá namorando Eduarda. Eu levo muito a sério isso, eu levo muito a sério você— ele falou com um olhar tão sincero que bateu fundo do coração dela.

—É que...você é muito importante pra mim. Você é meu melhor amigo e agora a gente tá namorando. É uma situação nova e eu não tô sabendo como agir. - ela sentia o rosto corando.

—Essa garota com quem você trabalha tava dando em cima de você e você tava deixando— ela falou. O ciúme falava.

—Eu não tava dando confiança pra ela , Du. - ele disse

—Você é muito lerdo, Lucas. Você percebeu as intenções dela, não percebeu?— ela se levantou irritada. Seu coração estava apertado. Sentia que ia chorar.

—Eduarda— ele respirou fundo - eu nem percebi isso, porque eu vejo ela só como a secretária do meu irmão. Eu juro pra você que eu não quero nada com ela.— ele também se levantou

—Doeu quando eu vi o jeito dela pra cima de você. Doeu saber que ela vai passar o tempo inteiro perto de você.— ela sentia o rosto quente. Estava morrendo de ciúme e não sabia como disfarçar. Ela passava as mãos no cabelo tentando se acalmar.

—Eduarda, não precisa ficar assim. Você me conhece melhor do que ninguém, não confia em mim?— Lucas estava com um olhar angustiado.

Eduarda olhou nos olhos dele. Também estava angustiada, tinha medo de o perder, mas quando ela o olhou viu seu melhor amigo, confidente, percebeu que estava sendo sincero.

—Confio— o coração dela falou mais alto do que o ciúme, era verdade, ela conhecia ele melhor do que ninguém, sabia que ele nunca iria mentir pra ela.

—Desculpa se eu te fiz sofrer. Se eu te fiz duvidar do que eu sinto por você— ele estava emocionado. Lucas aproximou-se dela e segurou suas mãos.

Eduarda sentia o choro vindo. Amava tanto ele, que o medo de o perder a cegava. Tinha deixado o ciúme a dominar e quase estragar tudo.

—Me desculpa, Lucas. Eu fiquei cega. Eu confio em você.— ela sentia as lágrimas descendo.

Lucas limpou as lágrimas dela.

—Tá tudo bem leki.— ele a abraçou. Seu coração acalmou quando a sentiu em seus braços.

Eduarda foi sentindo-se mais aliviada. Não conseguia mais se imaginar sem ele.

—Não vamos brigar mais tá?— ele falou no ouvido dela

—Nunca mais— ela respondeu.

—Porque eu não sei mais viver sem você— ele falou próximo ao ouvido dela e ambos sentiram um arrepio percorrer pelo corpo.

—Eu não quero perder você— Lucas beijou o pescoço dela e Eduarda sentiu o coração disparar novamente. Lucas sentiu o arrepio percorrer de novo seu corpo. Sempre se sentiu atraído por ela, desde quando a conheceu e ela estava ali, em seus braços. Sentiu o coração bater forte no peito.

Lucas beijou, novamente, o pescoço dela e ela arrepiou-se com seu toque. Ele a segurou mais forte em seus braços e Eduarda fechou os olhos com os beijos que ele dava em seu pescoço. Sentiu o corpo tremer quando ele mordeu sua orelha.

O garoto percebeu essa reação instantânea dela. Afastou-se um pouco para olhar em seus olhos. O olhar dela expressava o sentimento que trazia no coração e que agora ardia na pele. O coração do garoto pulsou forte no peito.

Teve a certeza que ela sentia o mesmo que ele.

Lucas olhou para a boca dela. Aqueles lábios tão macios. Aproximou-se, calmamente, e a beijou. O arrepio veio com mais força na intensidade daquele beijo. Quando afastaram-se para respirar, Eduarda segurou o rosto dele com as mãos e fez carinho. Lucas a beijou novamente e a mão dela foi parar na nuca dele, fazendo carinho.

Lucas já estava sentindo seu corpo quente. Eduarda estava derretida nos seus braços. Eduarda sonhava com a sensação de estar nos braços dele, naqueles seus sonhos mais malucos. Sentia as pernas perdendo a força e o corpo incendiar.

Lucas foi a conduzindo para a cama. Eduarda sentia seu corpo sendo deitado calmamente e logo em seguida o peso do corpo de Lucas sobre o seu. Ela passou as mãos nas costas dele. Sentia o coração disparar mais ainda no peito.

O beijo foi ficando cada vez mais intenso. O desejo já tinha tomado conta de seus corpos. Quando precisaram respirar, pararam o beijo e se olharam nos olhos. Quantas vezes já tinham sonhado com aquele momento. Um sorriso lindo se formou nos lábios dela.

O garoto a observava. O cabelo dela estava bagunçado, o rosto corado, estava tão linda. Como ele a amava. Ele acabou sorrindo também antes de beijá-la novamente. Os beijos foram descendo pelo pescoço dela. Como ela tinha uma pele macia. Ele queria que aquele momento durasse para sempre.

As mãos de Eduarda passavam por debaixo do seu blazer. Foi então que ele ficou de joelhos na cama para tira-lo. Lucas jogou aquela peça de roupa em qualquer canto do quarto. Eduarda o observava atenta. Quando ele começou a desabotoar a camisa, ela ficou de joelhos também, foi quase instintivo, suas mãos foram parar na camisa dele o ajudando a tira-la. Lucas deu um sorriso de lado e quando consegui tirar, jogou-a em qualquer canto, puxou a garota pela cintura e a beijou novamente.

Eduarda sorriu entre o beijo quando sentiu as mãos dele tentando tirar sua blusa. Ela se afastou e tirou a peça. Lucas a olhou hipnotizado. Ela sentiu o rosto corar com o olhar de desejo dele.

Ele a puxou pela cintura novamente e a beijou. A deitou na cama e foi distribuindo beijos pelo seu pescoço, pelo seu colo, na sua barriga. Cada beijo que ele dava, a pele dela arrepiava. Ele parou os beijos quando chegou no cós da calça dela, ficou de joelhos novamente e desabotoou a calça dela.

Eduarda observava atenta, seu coração disparava no peito. Lucas foi puxando a calça devagar até tirar completamente. Jogou a calça dela no chão e ficou a observando. A pele dela era tão branca. Ele queria beijar cada pedacinho dela. Ele segurou o pé dela e beijou.

"como a pele dela era macia"

Ele foi fazendo uma trilha de beijos na perna dela. A cada beijo Eduarda se arrepiava, o seu desejo aumentava mais. Lucas foi subindo com os beijos pelo o seu corpo até, por fim, morder a sua orelha. Eduarda tomou os lábios dele novamente, já sentia uma urgência pelo o seu corpo.

Lucas arrepiou-se quando sentiu as unhas dela arranhando suas costas. Suas línguas travavam uma guerra. Lucas foi se erguendo na cama e a puxando junto até ele sentar na cama e ela sentar em seu colo. As pernas dela cruzavam a cintura dele.

Ele a abraçava como se ela fosse escapar de seus braços. A abraçava forte. Nunca tinha sentido uma atração tão forte por alguém, muito menos aquela sensação de como o seu coração fosse sair do peito a qualquer momento.

Ele beijava o pescoço dela enquanto suas mãos passeavam nas costas dela a procura do fecho do sutiã. Quando, finalmente, conseguiu abri-lo foi deslizando a peça. Eduarda afastou-se um pouco e terminou de tirá-la. O coração dela batia tão forte. Ela sentiu o rosto queimar quando ele paralisou contemplando os seus seios.Ela perdeu a respiração por um instante quando ele beijou entre seus seios, depois começou a beijar um e apertar o outro.

"como ele fazia isso bem"

Eduarda começou a gemer baixinho deixando Lucas cada vez mais excitado. Ele beijou a boca dela mais intensamente. Estava cada vez mais enlouquecido por ela que acabou mordendo sua boca entre o beijo. Eduarda estava tomada pelo desejo, levou as mãos até o cós da calça dele desabotoando e abrindo o seu zíper. Lucas sorriu malicioso.

Eduarda puxava a calça dele tentando tirar. Ele a ajudou nessa tarefa, não aguentava mais ficar de calça. Eduarda saiu de seu colo e começou a puxar sua calça, quando terminou a jogou longe. Ela percebeu que ele estava totalmente excitado pelo volume em sua cueca.

Seu corpo estava ardendo de desejo. As suas mãos foram parar no cós da cueca dele. Ela foi puxando lentamente e o seu desejo aumentou quando ela viu o membro dele totalmente ereto. Lucas a beijou novamente e a deitou na cama. Ele apertava sua coxa enquanto beijava o seu pescoço.

Eduarda estava tão concentrada em seus beijos que quase não percebeu quando ele tirou sua calcinha. Lucas posicionou-se entre suas pernas enquanto beijava seu pescoço. Queria que aquele momento fosse perfeito.

Quando percebeu que ela estava totalmente excitada ele olhou em seus olhos. Eles tinham um brilho que ele nunca tinha visto antes. Ele a beijou com calma enquanto a penetrava. Fazia movimentos lentos. As mãos de Eduarda passeavam pelas suas costas.

" sempre soubera que ela era sua companheira na vida, agora sabia que era em todos os sentidos."

Depois de algum tempo Eduarda movimentou o quadril mais rapidamente pedindo por mais. Lucas logo entendeu e aumentou o ritmo de seus movimentos. Os gemidos dela aumentavam ainda mais o seu tesão. Eduarda arranhava as costas dele e ele gemia o nome dela. Os seus corpos tinham uma sintonia perfeita.

Os movimentos de Lucas eram cada vez mais fortes e ele tomou os lábios dela na tentativa de abafar os gemidos. Os seus corpos se conectavam perfeitamente. Lucas enlouquecia com cada movimento e gemido dela. Eduarda sentia que Lucas parecia conhecer tudo o que a dava prazer, pois seu corpo respondia muito bem a tudo que ele fazia. Eles estavam entregues um ao outro. Totalmente entregues aquele amor.

O orgasmo de ambos ia se aproximando e seus beijos ficaram cada vez mais intensos. Seus corpos tremeram quando atingiram o ápice. Beijaram-se para evitar gemer alto. Eles estavam exaustos, seus corpos suados, as respirações estavam descontroladas.

Lucas olhou nos olhos de Eduarda e viu aquele brilho de felicidade. A mesma felicidade que ele também trazia no olhar. Ele a beijou calmamente e depois deitou-se ao seu lado, a puxou para deitar em seu peito e beijou a cabeça dela. Eduarda fazia carinho no peito dele enquanto escutava o seu coração acelerado.

Aquele amor puro, sincero e verdadeiro. Amor de desejar o bem um do outro. Amor em todos os momentos, bons e difíceis. Amor de não saber mais viver um sem o outro. Amor nascido de uma amizade. Amor que tinha se entregado ao fogo da paixão. Amor que tinha aquela calma por saber que era eterno. Amor que tinha sido escrito nas estrelas e a sua intensidade iria durar para sempre. Eles tinhas se entregado a esse amor de corpo e alma.