Eduarda já estava preocupada com essa conversa do Lucas com o Comendador. Quando ele saiu do quarto não conseguiu mais se concentrar no jogo. Quando ele, finalmente, voltou para o quarto, agradeceu mentalmente.

—E aí leki? como foi a conversa?— ela perguntou ansiosa sentando melhor na cama.

—Você tá olhando para o mais novo funcionário da Império— ele sorriu e parou na frente dela.

—Parabéns— ela sorriu - mais como foi a conversa?— Lucas sentou na cama ao lado dela.

—Foi tranquila. O meu pai me abraçou Du. Acho que ele ficou feliz.— Lucas estava com uma expressão feliz e Eduarda sentiu o coração acalmando.

—Que bom. Tô feliz por você— ela sorriu. Lucas sorriu mais ainda e a beijou.

—Amanhã eu começo Du— ele disse quando se afastou dela.

—Vai dar certo, não fica nervoso.

Lucas assentiu com a cabeça.

—Espero conseguir fazer o que eles me pedirem lá né?! porque eu nunca trabalhei na minha vida, sei nem com é que funciona— ele disse meio preocupado

—Fica calmo. Ninguém nasce sabendo trabalhar, a gente aprende. Eu tenho certeza que você vai conseguir.— ela segurou na mão dele.

—Só você mesma pra acreditar em mim— ele sorriu

—É porque eu conheço muito bem você— ela retribuiu o sorriso.

—Que bom que eu tenho você na minha vida— ele falou sinceramente. Afinal, tudo de bom que tinha lhe acontecido tinha vindo dela.

Os dois passaram o resto da tarde jogando, ouvindo musica e namorando. Lucas deixou Eduarda em casa no começo da noite. Rosa ligou avisando que não estava se sentindo bem, parece que a pressão tinha caído e a menina não quis deixa-la só em casa, já que sua família tinha saído para os seus compromissos e, mesmo se ficassem em casa, não dariam a devida atenção que Rosa merece.

Quando Eduarda chegou em casa, Rosa já estava melhor, mas mesmo assim, a menina,decidiu dormir no quarto dela para se certificar que realmente estava bem.

No dia seguinte Lucas havia acordado cedo e vestido o terno que tinha ganhado de sua mãe, fazia alguns meses. Desceu para o café da manhã surpreendendo seus irmãos.

—Lucas você tá lindo nesse terno— Clara disse com um sorriso enorme e Lucas sorriu de lado coçando a cabeça.

—O que significa isso?— Zé Pedro disse incrédulo.

—Significa que o nosso irmão vai trabalhar com a gente Pedro— Clara disse.

—O que?— Pedro disse.

—Isso mesmo que você ouviu— o Comendador disse ao entrar no cômodo junto com Marta.

—Pai isso é um absurdo....

—Eu não pedi sua opinião Zé Pedro. O Lucas vai trabalhar na Império e tá decidido.— José Alfredo falou deixando Zé Pedro mais indignado.

—Pelo menos vai criar juízo— Marta disse ao passar por Lucas

—Agora vamos tomar logo esse café porque temos uma reunião já já e eu ainda vou mostrar para o Lucas onde ele vai trabalhar.

O Comendador sentou na cabeceira da mesa, Marta ao lado do filho mais velho e Lucas ao lado de Clara. Não conversaram mais nada. Terminaram o café e foram para a empresa.

Quando chegaram na empresa todos foram para as suas salas e Lucas seguiu com seu pai para o local onde ficaria trabalhando. Lucas estava ansioso andando com seu pai pelos corredores da empresa. Até que o Comendador, finalmente, entrou em uma sala. Sala essa que era a de seu irmão.

—Pai?— Zé Pedro falou - o que vocês estão fazendo aqui?

—O Lucas vai trabalhar no setor administrativo como você Zé Pedro.

—O que? você vai fazer eu tomar contar desse irresponsável?

—Não fala assim comigo.—Lucas se irritou.

—Parem os dois— o Comendador ordenou - o Lucas vai trabalhar aqui sim, mas vai ter as funções dele. Óbvio que se ele precisar de ajuda você vai auxiliar Zé Pedro, afinal todos nós queremos o sucesso da Império.

—Eu tenho muito trabalho nessa empresa, não tenho tempo de ser babá de moleque.

—Pare de confusão Zé Pedro. Você como funcionário dessa empresa e meu filho vai fazer o que eu mando. Entendeu?

—Mas pai eu sou um profissional formado, sério...

—Então como profissional sério você vai ajudar seu irmão nesse setor para o bem da empresa.Entendeu Zé Pedro?

—Tá certo— Zé Pedro respondeu seriamente. Claramente indignado com a situação.

O Comendador e Lucas saíram da sala e foram andando por aqueles corredores até que entraram em outra sala.

—Você vai trabalhar aqui Lucas. Essa é sua sala.

A sala não era muito grande como a de seu pai, mas era bastante confortável.

—Legal— foi o q Lucas disse ainda olhando a sala.

—Que bom que gostou. Agora tenho que resolver umas coisas. Fique a vontade.— o Comendador saiu deixando Lucas parado na sala.

Não demorou muito pra aparecer a secretária do seu irmão lhe trazendo serviço. Ela foi simpática e percebendo a total inexperiência dele resolveu ajudar. Seria o começo de um longo dia.