Escrito nas Estrelas escrita por Jamillygm


Capítulo 11
Sempre juntos


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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Amanheceu na casa dos Medeiros e Eduarda acordou sentindo-se muito bem. Ela passou quase a noite inteira sonhando com Lucas. Tinha acordado de madrugada com ele se mexendo na cama, ficou com o coração apertado pensando que ele estava tendo um pesadelo, mas depois que percebeu que ele tinha adormecido tranquilamente, dormiu e voltou a sonhar que estava deitada nos braços dele.

Sentou-se e observou Lucas dormir. Ele tinha se desenrolado e estava com um sorriso no rosto. A menina ficou perguntando-se o que ele estaria sonhando. Eduarda não conseguiu parar de olhar Lucas e ficou ali, não sabe quanto tempo, velando o sono dele. Quando viu que ele ia acordar ela deitou-se novamente. Ouviu ele se mexendo na cama, como estivesse se sentado e então sentou-se também.

—Bom dia Du— ele disse coçando os olhos.

—Bom dia leki— ela também coçou os olhos e viu que ele a olhava, lembrou-se que deveria estar toda assanhada e sentiu o rosto corar.

João Lucas tinha sonhado com ela o resto da noite e observava como ela conseguia ser linda mesmo com o cabelo todo assanhado e com cara de sono. Sentiu um arrepio percorrer o corpo quando ela começou a passar as mãos nos cabelos, os arrumando. A garota de cabelos vermelhos os tinha colocado de lado e isso mostrava bem o seu pescoço branquinho. Ela era realmente muito linda e tinha uma sensualidade natural. O garoto percebeu que ela estava começando a ficar vermelha e perguntava-se se era assim que ela ficava toda vez ao acordar.

Seus pensamentos foram interrompidos por algumas batidas na porta. Era o Silviano, fiel mordomo da família.

—Master Lucas

" tinha que ser o Silviano pra me incomodar agora"

—Que foi Silviano? - ele disse olhando para a porta.

—Sua mãe esta o chamando para o desjejum

—Já vou— o menino disse coçando a cabeça e voltando a olhar para a sua amiga.

—Ta com fome leki?

Eduarda colocou a mão na barriga.

—Um pouco leki

—Topa um café com os Medeiros?— ele disse com um sorrisinho.

—Não, tô nem maluca— Eduarda fez uma careta. Lucas riu e ela riu em seguida.

—Então vou arranjar alguma coisa pra você comer— Lucas disse levantando da cama.

—Não precisa leki, eu já vou indo— Du levantou e começou a dobrar o lençol.

—Cê não disse que tava com fome?— ele perguntou, tinha sentado na cama.

—É, mas eu acho que a sua mãe vai ter um treco se me ver na mesa com você— ela disse sincera. Lucas havia lhe contado tanto sobre sua familia que ela já imaginava que eles não iriam gostar dela.

—Eu vou estar lá também leki, não deixo falarem nada com você— ele insistiu

Sério leki, eu prefiro assim— ela disse.

—Então tá, te levo até a saída— ele concordou, queria ficar na companhia dela, mas sabia que a sua família não era fácil.

Lucas levou Du até a saída e disse que mais tarde aparecia pela casa da garota para curtirem a noite. A menina assentiu e deu graças a Deus por não ter visto ninguém da família dele.

Eduarda chegou em casa e foi direto na cozinha, como de costume. Rosa estava de costas para ela lavando a louça do café. Como sempre seu pai e irmãos tinham saído para trabalhar e sua mãe também tinha saído, devia estar em algum salão da vida.

—Oi Rosa— ela disse

—Eduarda— Rosa disse se virando para ela - custa pelo menos ligar pra avisar que vai dormir fora?— ela pôs a mão na cintura.

—Foi mal, esqueci— Du começou a se defender

—E onde você estava? posso saber? - Rosa continuava com a bronca

—Na casa do Lucas

Rosa fez uma expressão de surpresa e depois se aproximou dela.

—Du....é....vocês dois....— Rosa começou e Eduarda logo entendeu.

—A gente é só amigo— Eduarda sentiu o rosto corar.

—Mas você me disse que dormiu na casa dele

—É, só dormi, nada demais— Du queria fugir daquela conversa - eu vou pro meu quarto, depois venho comer

A menina foi para o seu quarto e se deitou na cama, tinha acordado cedo demais e não fazia isso a tempos, queria dormir novamente.

Ouviu a porta do quarto abrir e viu que era Rosa.

—Precisamos conversar— Rosa tinha sentado na cama e Eduarda sentou-se também.

—Qual é a treta?— ela disse

—Você só dormiu na casa dele?— Rosa começou.

—Não acredito que você veio me perturbar por isso

—Eu me preocupo com você— Rosa olhava carinhosamente para ela.

—Eu só dormir, tá satisfeita? posso dormir agora?— Eduarda sentia dificuldade em falar sobre assuntos que realmente eram importantes para ela e Lucas, era um assunto só seu.

—Não quero que se irrite comigo, só quero que saiba que pode conversar sobre qualquer coisa comigo— Rosa disse bondosamente.

—Eu sei Rosa— Du imaginava que Rosa soubesse e respeitava o seu jeito marrento.

—Du, eu sei que o Lucas é um amigo muito especial para você— Rosa percebeu que Du estava ficando totalmente sem jeito - e.....e eu tô aqui para o que você precisar viu?!

Du assentiu e Rosa beijou o topo da cabeça dela antes de se levantar.

Rosa— Du chamou antes que ela fechasse por completo a porta do quarto - obrigada

Rosa também sorriu e saiu.

O dia foi passando rápido e Lucas já estava quase chegando em frente do prédio da amiga.

Eduarda estava no seu quarto quando ouviu o toque do celular, era uma mensagem de Lucas, avisando que já estava chegando.

A garota guardou o celular na bolsa e saiu do quarto.

—Ja vai sair de novo?— sua mãe disse.

—Não tá vendo?— a menina disse.

—É com aqueles seus amigos esquisitos? - a mulher continuou vindo até ela.

—Não interessa— Eduarda disse saindo do apartamento.

Du chegou na recepção e foi caminhado até a calçada e olhou para ver se via o carro do amigo.

—Quero ver com quem você esta saindo— Helena, a mãe, disse. Tinha descido atrás da filha.

—O que você tá querendo heim?!— Du disse.

—Me respeita

—Respeito? sério isso?— Du disse e foi andando rapidamente pela calçada.

—Volta aqui— Helena segurou no braço de Eduarda e a puxou para a entrada da recepção novamente.Eduarda assustou-se com o gesto. Começou a sentir raiva por ter que passar por uma confusão.

—Respeito sim, eu sou sua mãe— Helena disse, a voz já estava ficando alterada.

—Mãe? você não liga pra mim! isso é ser mãe?— Du também falou alto.

João Lucas chegou perto do prédio dela e viu o que acontecia e apressou-se para estacionar o carro.

—Olha pra você Eduarda, com essas roupas, esse cabelo, nem parece que é minha filha— Helena disse olhando de cima a baixo a filha.

—Ainda bem né e me solta— Helena segurava forte o braço da garota

—Eu não sei onde foi que eu errei, além de ser esquisita ainda fica me gritando em público— Helena falava cada vez mais alto

—Me solta— Du disse e Helena a soltou, mas continuou a falar.

—Sabe se lá o que você vai fazer agora né?

Lucas chegou na recepção

—Tinha que ser esse moleque— Helena notou a presença dele.

—Du o que tá pegando?— Lucas disse. Aquela cena o lembrava as confusões que tinha em casa e aflingiu-se em ver a Du passando por isso.

—Você só pode tá envolvida com coisa ruim mesmo né Eduarda? esse moleque de novo?

—Vambora leki— Du disse saindo do prédio e Lucas a seguiu. A menina queria ir o mais longe dali. Sentia raiva da mãe, vontade de chorar, gritar, sumir. Perguntava-se porque sempre era assim?

—Vai, e não quero ver esse tipinho aqui novamente, viu Eduarda, eu chamo a polícia!— eles ainda puderam ouvir Helena falando.

O carro de Lucas estava estacionado do outro lado da rua. Os dois entraram rapidamente e Lucas arrancou com o carro.

Eduarda olhava pela janela. Estava um pouco sem jeito pelo fato de Lucas ter presenciado aquilo. Já estava acostumada com as brigas, mas toda vez ficava triste.

Lucas estava dirigindo sem rumo, estava preocupado com a amiga. Imaginava como ela devia estar se sentindo. Seus pais também pegavam pesado com ele, mas ver ela, que era tão forte, passando por aquilo o estava deixando com o coração apertado.

Ele dirigiu até a praia e quando estacionou o carro chamou Eduarda para descer. Os dois caminharam na areia, já era noite e por isso o lugar não estava tão movimentado. Lucas sentou-se e ela também.

—Você tá bem?— ele perguntou.

—Tô— ela disse, mas Lucas sabia que era só da boca pra fora.

—Pode se abrir comigo leki— ele olhava a amiga. Eduarda olhava o mar.

—Eu não queria ficar triste— ela falou baixo

—Te entendo. A gente ja leva tanta bronca, mais toda vez dói do mesmo jeito.— Du olhou pra ele. Ela estava com a expressão triste e aquilo o afingiu mais.

—É exatamente assim que eu me sinto— era impressionante como eles se conheciam —Desculpa pelo barraco da minha coroa

—Não precisa pedir desculpa a gente é amigo— ele também falava baixo.

—As vezes eu fico me perguntando o porque que eu não posso me dar bem com a minha família, será que o problema sou eu?— a voz dela estava um pouco embargada e Lucas sentiu uma dor no coração e uma raiva da família dela por não enxergar a pessoa maravilhosa que ela é.

—Claro que não Du, são eles que tem um problema não você— Lucas sabia como ela estava se sentindo e sentia-se cada vez mais triste.

Eduarda estava sentada com as pernas cruzadas e a sua mão estava apoiada na areia proxima a dele. Lucas pegou a mão dela o que a fez olhar nos olhos dele.

—Obrigada leki. Obrigada por tá aqui comigo— ela disse. Ele era a única pessoa com quem ela queria estar naquele momento. Só Lucas a fazia ter coragem de contar tudo o que sentia. Ela sentia que ele era o único que a entendia e sempre seria assim.

—Cê sabe que pode sempre contar comigo né!— ele disse e ela assentiu com a cabeça. Lucas sentiu uma vontade enorme de poder tirar todo o sofrimento que ela estava sentido e passar para o seu próprio coração. Ele já estava acostumado.

Lucas colocou a mão no ombro dela e a abraçou de lado. Queria a proteger de tudo, não aguentava ve-la triste. Eduarda se deixou levar e apoiou a cabeça no ombro dele. Estava precisando de carinho. Lucas foi descendo a mão até a cintura dela, a puxando mais para si. Eduarda sentiu o coração bater mais forte ainda e acabou o abraçando também, ajeitando a cabeça no seu peito. Sentir o calor do corpo dele e o seu cheiro a estava acalmando.Ele parecia saber do que ela estava precisando.

—Eu vou sempre estar aqui com você. Nunca vou te deixar só.— o garoto beijou o topo da cabeça da menina e apertou em seus braços. O que ele disse era verdade, sentia que sempre estaria do lado dela, fosse da maneira que fosse, sempre iria cuidar da sua Du.


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Notas finais do capítulo

Desculpem pela demora, até o proximo, acho que mais dois cap eles começam finalmente esse romance lindo!