I don't belive in love escrita por CRAZY


Capítulo 10
Capitulo 10


Notas iniciais do capítulo

Oi povo! Tá aí mais um capitulo!
Boa leitura!!



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– Violetta o que aconteceu? – Ele perguntou quando nos separamos.

– Eu... Briguei com a Angie. – Eu disse limpando as lágrimas.

– Calma! Vamos pra algum lugar coberto tá bom? – Ele disse segurando a minha mão e andando rápido. Até que chegamos em uma lanchonete que não estava muito lotada. Fomos para uma daquelas mesas que ficam encostadas na parede, e em vez de cadeira, é tipo um sofá.

– O que vão pedir? – Uma garçonete disse se aproximando da mesa.

– Você quer alguma coisa? – Ele perguntou.

– Não, obrigado.

– Tudo bem. Qualquer coisa é só chamar. – Ela disse indo embora, com cara de sono. León esperou ela se distanciar e perguntou:

– O que aconteceu?

– Eu fiquei meio brava com a Angie e começamos a discutir. Eu estava muito magoada com ele e eu não queria ficar em casa, não queria ter que ficar escutando ela, escutando o mesmo sermão de sempre.

– E o que ela disse pra você ficar brava? – Ótimo, e agora?

– O mesmo de sempre. Que eu tenho que deixar as coisas acontecerem, que tenho que me apaixonar, que não posso ter medo... Mas eu não quero isso entendeu? Eu não acredito nessas coisas e ela sabe que eu penso assim!

– E porque você tem medo?

Eu fiquei quieta, olhando pra ele. Eu sabia que essa assuntou ia voltar a tona uma hora ou outra.

– Eu não quero falar sobre isso.

– Mas eu acho que você precisa Violetta. – Ele disse.

– Como é?

– Tem alguma coisa nessa história que não tá te fazendo bem.

– Por favor León, não comece com esse assunto de novo.

– Eu sempre soube que tem alguma coisa te incomodando muito, você tem um peso e você tem que acabar com isso. Não quer contar o que aconteceu?

– Não! – Eu disse rápido. Não acredito!

– Violetta guardar as coisas desse jeito não faz bem.

– Eu já disse que não quero falar! – Eu disse levantando um pouco mais a voz e fazendo alguma pessoas olharem pra mim. Corei.

– Ok, vamos pra outro lugar. – Ele disse se levantando.

Me levantei também e fomos embora. Ele começou ir pra um lugar que eu não conhecia. Comecei a ficar nervosa. Até que chegamos na frente de uma casa que parecia abandonada. Ele abriu a porta e eu fiquei sem saber se entrava ou não.

– O que está acontecendo León?

– Relaxa, muitas vezes a nossa turma se encontra aqui depois das aulas. Não se preocupe.

– Tem certeza? – Eu disse e ele sorriu.

– Tenho. Confia em mim Violetta.

Aí ele pediu muito. Depois que a minha mãe morreu era quase possível eu confiar em alguém que não fosse a Angie. Mas naquela ocasião eu não tinha muita escolha. Entrei na casa e logo depois ele entrou atrás de mim e acendeu as luzes. Era um lugar não tão grande, tinha apenas um sofá e algumas cadeiras. Me sentei no sofá e León se sentou ao meu lado.

– Pode falar. – Ele disse.

– Você é persistente né.

– Que bom que percebeu.

– Pelo jeito não tem escapatória.

– Não.

Respirei fundo. Eu não queria reviver aquilo tudo de novo. Era doloroso demais. Mas talvez León e Angie estivessem certos, contar poderia me ajudar a aliviar um pouco, mas eu sempre fui muito orgulhosa. Ele percebeu o quanto aquilo seria difícil, então segurou as minhas mãos.

– Eu tinha onze anos. Eu estava em casa assistindo TV com Germán, o meu pai, minha mãe, Maria, não estava em casa, tinha saído para uma festa no trabalho. Meu pai não parava de ligar pra ela no telefone. Depois de muito tempo fazendo isso ele disse que já voltava e saiu de casa com o carro, me deixou sozinha em casa. Ele foi até o lugar que a festa estava acontecendo e a viu conversando com outro cara. Germán sempre foi muito ciumento e por isso o relacionamento não era um dos melhores. E então, quando ele viu a cena ele ficou maluco. Ele pegou um extintor de incêndio e foi pra cima do cara, mas ele desviou e Germán acabou atingindo a minha mãe. Ela caiu no chão e morreu na hora. Meu pai voltou pra casa depois, fez alguma malas bem rápido e foi embora sem me dizer um palavra. Eu o chamei, perguntei o que estava acontecendo e ele simplesmente me ignorou, nem me olhou. Então eu liguei pra Angie, ela foi até a minha casa e ligou pra minha mãe. Um policial atendeu e explicou tudo pra gente. Desde então eu comecei a morar com a Angie. Eu nunca mais vi o meu pai e nem quero. Ele destruiu tudo, destruiu a nossa família. Eu nunca vou entender. – Chorei. Chorei pra caramba enquanto eu contava tudo. León não me interrompeu nenhuma vez. Escutava tudo com atenção.

– Sinto muito. Desculpe, eu não sei mais o que dizer.

– Não tem problema.

– Mas é por isso que você não se relaciona com ninguém?

– É. Não entendo que amor é esse. Não faz sentido!

– Olha, antes de qualquer coisa quero te parabenizar e agradecer por se abrir comigo.

– Obrigado León, eu acho que eu tô me sentindo melhor. – Eu disse limpando as lágrimas.

– Que bom, era isso que eu queria.

– Eu sempre fui desse jeito nerd e antissocial para as pessoas não se aproximarem de mim. Eu tenho medo de que aconteça comigo o mesmo que aconteceu com a minha mãe.

– Então você sempre evita que as pessoas gostem ou até amem você por causa disso? – Ele perguntou com cara de indignado. Tá, não é pra menos.

– Isso mesmo. Eu sei que é estranho, mas não pensei em outra coisa.

– Desculpa informar, mas não deu certo.

– Como assim?

– É que conheço muitas pessoas que gostam de você.

– Quem?

– Todos os nossos amigos gostam de você.

– Eu também gosto deles. – Eu disse sorrindo.

– Mas eu te amo.

Como é que é? Meu coração disparou e eu não fazia ideia do que dizer. Eu fiquei olhando pra ele com os olhos arregalados e ele sorriu. Realmente a minha cara devia estar meio bizarra. Eu não sabia se ficava feliz, triste, mas eu estava surpresa.

– Sério? – Foi o que saiu da minha boca. Mais ridículo impossível.

– Sério. – Ele disse com a maior naturalidade do mundo. Ele ainda não tinha largado as minhas mãos. Será que ele percebeu o quanto elas estão frias e, consequentemente, percebeu o ataque interno que eu estou tendo?

– Eu... É...

– Nenhum menino te disse isso? – Ele perguntou.’

– Não.

– Então é por isso que está nervosa. – Ele disse sorrindo e confirmando que sim, ele havia percebido o meu ataque interno.

– Você não tá dizendo isso só porque, agora que você sabe a história, ficou com dó né?

– Não, claro que não! Eu te amo de verdade. – Ele repetiu aquilo de novo. Meu Deus!

– Desculpa León, mas eu não sei exatamente o que dizer.

– Você me ama?

– Eu?

Ele confirmou com a cabeça. Respirei fundo e falei de uma vez:

– Sim.

– Sério? – Foi a vez dele de fazer essa pergunta só que, ao contrário de mim, sorrindo.

– Pois é.

– Isso é totalmente contrário do que você me disse há dez minutos atrás. Pensei que não quisesse sentir isso.

– Mas não é questão de querer León. Tô tentando deixar meu orgulho um pouquinho de lado.

– Fez muito bem.

– Obrigado. – Eu disse rindo.

– Você é muito mais do que imagina Violetta. – León disse se aproximando.


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Notas finais do capítulo

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