Tempestade - A égua indomável escrita por Uma Leitora
Notas iniciais do capítulo
Boa leitura!
Autora's Pov.
Já era de noite quando o bando chegou na clareira em que moravam, Tempestade estava pastando junto do grupo e sua mãe. Seu pai estava de vigia, e logo seria o turno de Tempestade, por isso a égua pastava rapidamente. Ela adorava vigiar o bando, dava uma sensação de estar orgulhando seus pais. Chuva se aproximou da filha ao vê-la pastando mais rápido do que o comum.
"Qual a pressa querida?" Chuva relinchou baixinho.
Tempestade levantou sua cabeça rapidamente, mastigando rapidamente a grama em sua boca e engolindo tudo de uma vez, fazendo uma careta logo depois. Chuva sorriu e bagunçou a crina da filha com a boca.
"Desculpe mãe." A égua relinchou envergonhada.
"Desculpas aceitas, tente comer mais devagar, comer nessa pressa faz mal." Chuva relinchou reprovadora para sua filha.
Tempestade assentiu e voltou a pastar calmamente, sobre o olhar atento de sua mãe, quando acabou ofereceu um pouco para a mesma, que aceitou de bom grado. Spirit relinchou avisando que era o turno da filha, a égua rapidamente galopou até seu pai que relinchou e esfregou seu rosto no da filha.
Quando seu pai foi para o meio do bando ela tomou sua posição, observando o bando pronta para protege-lo a qualquer sinal de ataque. A águia que um dia acompanhou Spirit em suas aventuras pousou nas costas da égua que virou seu pescoço olhando suas costas e relinchou alegre em cumprimento a velha amiga, logo voltando sua atenção para o bando.
Após algumas horas observando o bando, a égua viu uma luz dourada em meio a floresta. Tempestade observou atentamente aquela luz e apurou suas orelhas para ouvir algo, logo ela notou um som estranho vindo da luz, depois de um tempo o som parou. A égua fez uma careta e virando sua cabeça para o bando relinchou chamando seu pai.
Spirit acordou repentinamente com o relincho de sua filha e galopou até o monte curioso.
"Olha pai, uma luz estranha está vindo dali, parece com o sol." A égua relinchou apontando para a luz.
Spirit olhou para a luz e lembrou-se de como foi parar naquele lugar estranho onde montavam nele e colocavam uma coisa estranha em sua boca tentando controla-lo. O cavalo estremeceu com as lembranças e ao ver a curiosidade no olhar da filha bufou.
"Talvez seja isso que esteja acabando com a comida dos tigres." Bufou curiosa. "Eu tenho que ver o que está acontecendo." A égua relinchou batendo com seu casco na grama.
"Não, você não vai lá. É perigoso!" Spirit relinchou em protesto e reprovação, mordendo a crina de sua filha carinhosamente.
"Não vai acontecer nada comigo pai, não se preocupe tanto comigo eu sei me cuidar. Já sou independente!" Tempestade relinchou revoltada começando a galopar em direção a luz.
"Tempestade volte aqui!" Spirit relinchou a chamando mas a égua apenas ignorou o pai e acelerou mais sua corrida.
O corcel até cogitou correr atrás de sua filha, mas desistiu ao lembrar que ela era teimosa o suficiente para convence-lo a voltar para casa. Spirit bufou, acordando sua companheira, Chuva, que se aproximou dele.
"O que houve? Onde está Tempestade?" A égua relinchou olhando ao redor um pouco aflita.
Spirit apontou com a cabeça a luz estranha por entre a floresta.
"Oh não! Não! Ela foi atrás da luz!" Chuva relinchou agora, completamente desesperada.
"Acalme-se, com sorte ela será esperta o suficiente para não acordar as criaturas que andam em duas patas." Spirit relinchou, incomodado com o desespero de sua companheira.
"Ela nunca teve contato com um deles! Como pode ser tão irresponsável?" Chuva deu um dos mais altos relinchos que Spirit já viu, o desespero nos olhos da égua o perturbou. E foi esse mesmo desespero que o fez enxergar a estupidez que havia feito.
"Eu vou atrás dela." O corcel relinchou, começando a galopar na direção da luz.
Chuva galopou atrás de Spirit e quando percebeu que ele iria manda-la proteger o bando, relinchou em protesto e isso foi o suficiente para faze-lo aceitar sua presença.
E assim, os dois partiram em direção a luz a procura de sua filha.
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