Your Eyes escrita por STatic


Capítulo 3
Capítulo Três


Notas iniciais do capítulo

Olá!! Eu demorei um pouco -certo, muito-, mas aqui estou com o último capítulo: O segredo final! Mentira, esse não é o nome mas é bem impactante, não? aksjhsuhasjaj okay, eu não vou enrolar muito aqui, vou apenas agradecer todo mundo que leu, comentou, as meninas MARAVILHOSAS do fanfics no facebook e a Lele (lindaa) que também favoritou. Vocês são incríveis e não imaginam como me fazem feliz.
Agora, eu amei e me diverti demais escrevendo essa história, e me deixa super feliz ver que vocês se divertiram assim como eu, então MUITO obrigada!
Enfim, boa leitura e espero que gostem!!
PS: Era para eu ter postado esse capítulo há... muito tempo, mas tive alguns problemas pessoais, problemas técnicos que me fizeram perder uma parte do capítulo -burra.com- e problemas impossíveis com a internet, ou seja, não foram bons dias para a pessoa aqui, maaas o capítulo está enorme!



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Castle POV

Nós chegamos ao apartamento de Kate em pouco tempo, considerando que já estava a noite e o transito estava calmo. O caminho foi silencioso, especialmente por parte dela. Ela parecia inquieta e um pouco constrangida, e depois de um tempo eu parei de provoca-la, deixando que o silêncio se instalasse de vez no carro.

Uma vez dentro do apartamento, eu já começava a me perguntar o que diabos estava errado. Tudo bem, ela tinha uma concussão e essas coisas, mas ainda assim... Ela estava estranhamente quieta, e eu estava mais do que disposto a descobrir o porquê.

–Eu vou tomar um banho... –anunciou, trazendo cobertores e travesseiros para o sofá. –Só vai levar um minuto.

–Tudo bem, eu vou pedir o jantar por que eu não preciso olhar dentro da sua geladeira para saber que não tem absolutamente nada dentro.

–Você me conhece! –ela disse, rindo um pouco antes de sacudir a cabeça, fazendo uma careta. –Eu vou... – ela não terminou a frase, apenas desapareceu para dentro do apartamento.

Ela estava envergonhada! Eu pude ver seu rosto ficando mais corado quando ela disse sobre eu a conhecer, e eu só podia imaginar ter a ver com o havia acontecido antes.

Eu não pude evitar rir enquanto pegava o meu celular, discando o número do restaurante que eu sabia que ela gostava. Mas é claro que eu a conhecia. Eu havia escrito livros baseados nela, pelo amor de Deus! Mas ainda assim, ela estava envergonhada. Era bastante engraçado, dependendo do seu humor.

Fiz nossos pedido imaginando o que aconteceria aquela noite, imaginando o que faria para tirar aquele olhar envergonhado do rosto dela.

Kate POV

Eu estava nervosa. Eu estava absolutamente nervosa e não fazia a menor ideia do porquê. E daí que eu havia dito certas coisas para Castle que eu jamais me imaginaria dizer? Ele certamente não parecia constrangido, então por que eu deveria? Na verdade ele parecia estar se divertindo com toda a situação. Se divertindo até demais.

Tudo bem, talvez eu não estivesse constrangida pelo que eu sabia que tinha dito. Eu estava apavorada pelo que eu não sabia. Eu tinha reparado a expressão de Castle quando eu perguntei se havia algo mais que eu havia dito, e ele não respondeu com o médico entrando e interrompendo.

E se Richard Castle havia hesitado em falar, eu estava mais curiosa ainda.

Tomei o banho o mais rapidamente possível, mas ainda assim precisei lavar os cabelos. Eu simplesmente precisava tirar aquele ar de hospital de mim, sem contar que eu estava totalmente mais relaxada uma vez que tinha terminado.

Coloquei um short qualquer e uma blusa que definitivamente era grande demais para mim, agarrei a toalha e fui em direção a cozinha, secando meu cabelo no caminho, sem ao menos desperdiçar um pensamento com o secador. A toalha teria que servir.

–Bem na hora! –Castle me saldou quando me viu. Ele parou de arrumar a comida e me olhou, se demorando um tempo longo demais em minhas pernas descobertas.

–Olhos aqui em cima, Castle. –respondi e passei por ele, imediatamente pegando algo para comer. Chinesa. Droga, ele me conhecia mesmo bem.

Segui para o sofá e ele me acompanhou, se sentando ao meu lado enquanto eu ligava a tv. Nós comemos em um silêncio confortável por um tempo, apenas o som do filme que passava entre nós.

–Você não pode estar seriamente assistindo isso! –ele reclamou depois de alguns minutos.

–O quê? É um ótimo filme!

–É um filme de garotas. –ele fez uma careta.

–Bom, então talvez você devesse gostar mais. –retruquei e ri da cara chocada que ele fez.

–Katherine Beckett! –disse e eu dei de ombros.

Ele sacudiu a cabeça lentamente e eu ri, antes de respirar fundo e dizer: -Sabe, eu acho que nós estamos em desigualdade aqui.

Ele me olhou curioso, mas esperou que eu concluísse.

–Você obviamente ficou sabendo alguns segredinhos meus hoje mais cedo...

–Então você quer que eu te conte alguns segredos meus? –ele adivinhou e eu toquei a ponta do meu nariz com o indicador duas vezes. –Por livre e espontânea vontade? –ele parecia cético.

–Bom, eu não posso te drogar! –disse. –E nem tenho muita certeza se poderia usar minha arma agora, então... É exatamente isso.

Ele me encarou por um momento, parecendo pensar.

–Nós podemos jogar outra coisa. –concluiu.

Eu ri. –De jeito nenhum! Vamos, Castle, me conte alguns segredinhos sujos.

Ele sacudiu a cabeça: -Eu não tenho segredinhos sujos! –fez aspas no ar.

–Ah, por favor! Você é a definição de segredinhos sujos.

–Isso é uma calúnia. –respondeu e eu estreitei os olhos. –Nossa, não precisa ser toda detetive Beckett! Eu conto!

Agora sim eu via alguma justiça naquilo tudo. Coloquei a embalagem da comida na mesa de centro e me virei, cruzando as pernas de maneira que pudesse estar sentada diretamente em sua frente. Ele me observou por um segundo, sua expressão divertida e então imitou meus movimentos.

–Não tão novo para isso... –murmurou enquanto tentava cruzar as pernas em cima do sofá estreito.

–E você reclama quando te chamo para correr... Certo, sem enrolação. Manda! –apontei um dedo para ele.

–Tudo bem... Deixa eu pensar. –parou.

–E então?

–Eu amo seus olhos também. –disse e era uma coisa boa eu não estar mais comendo ou engasgaria.

–Castle! –reclamei, tentando esconder meu embaraço. Em vão, por que ele riu.

–O quê? Não é tão fácil quanto parece, você já leu minha ficha! –respondeu ainda rindo e eu o acertei com uma das almofadas. Meu punho estava começando a doer, mas de maneira alguma eu tomaria um remédio para dor agora. –Certo, sem motivos para agressão... Tudo bem, eu seduzi uma professora no ensino médio.

Sério mesmo?

–Por que será que isso não me surpreende? –perguntei e sacudi a cabeça.

–Em minha defesa, eu estava prestes a ser expulso e precisava de um aliado. Ou aliada. E nós não fizemos nada, tire sua mente do esgoto!

–Mesmo? –coloquei minha melhor expressão cética.

–Eu apenas fiquei muito próximo dela, ela era um pouco solitária. –ele deu de ombros. –Foi bom para todos os envolvidos. Eu não fui expulso, ela fez um novo amigo.

–Você é impossível! Usando a moça dessa maneira! –acusei.

–Não tão moça assim... Ai! –reclamou quando o acertei no peito. Nós parecíamos dois adolescentes. – Tudo bem, não foi meu melhor momento, eu sei. Não conte para a minha mãe.

–Não mesmo... Seduzindo uma senhora... –sacudi a cabeça. –Tudo bem, próximo.

–Outro? –perguntou, parecendo chocado.

–Você achou mesmo que ia acabar tão fácil?

–Bom, eu tinha esperanças... Deus, não precisa me dar esse olhar, eu falo! –ele parou e de repente sua expressão se iluminou. –Tudo bem, lá vai. Pronta? –ele perguntou e se inclinou, se aproximando de mim. Eu o imitei institivamente e nossos rostos estavam enlouquecedoramente pertos agora. Eu tive que usar toda minha energia para me impedir de desviar o olhar para os seus lábios.

–Anda! –eu estava genuinamente curiosa com aquele suspense.

Ele piscou com um olho e respondeu, a voz baixa e o sorrisinho de mais cedo de volta ao seu rosto: -Eu também dançava com as Spice Girls.

Aquilo era sério mesmo?

–Eu realmente odeio você. –murmurei e ele riu.

–Não odeia, não.

Não odiava. Eu amava. Droga, droga, aquele sorrisinho.

–Eu ainda não acredito que me fez te contar isso! –abaixei a cabeça e escondi o rosto entre as mãos.

–Eu ainda não acredito que você me contou todas as outras coisas, então... –ele falou sem pensar e depois parou. Levantei minha cabeça e o encarei, seus olhos trancados nos meus.

Certo, eu definitivamente precisava saber o que tinha falado.

–Tudo bem, você vai me contar o que mais eu disse ou vou ter que te jogar da escada e te drogar? -perguntei. Eu não faria aquilo. Ao menos eu achava que não.

Ele saucudiu a cabeça, parecendo um pouco desconfortável, o que era bem estranho.

–Certo. Mas lembre-se de que foi você quem pediu. -alertou, se endireitando. Eu estava nervosa, mas não disse nada, apenas esperei. -Você disse que pensa no nosso beijo, que está tentando voltar aquilo e...-sua voz era doce enquanto ele falava, me acalmando um pouco.

O interrompi, subtamente me lembrando do que havia dito. -Que estava apostando todas as minhas fichas em nós. -fechei os olhos.

Eu não havia mentido. Eu estava mesmo tentando ficar melhor, ser melhor. Por ele. Para ele. As constantes consultas com o Dr. Burke eram provas mais do que concretas.

–Sim. -ele respondeu, ainda calmo.

Eu suspirei, tomando alguns segundos para resgatar minha calma e abri meus olhos, notando que os dele me encaravam profundamente, toda uma esperança ali.

–Eu estava falando sério. -disse, respirando fundo outra vez. -Tudo completamente verdade. Eu estou mesmo tentando, Castle.

Minha voz estava carregada agora, e apesar de me olhar seriamente, o sorriso que eu tanto amava e havia sentido falta durante aqueles meses distantes voltara ao seu rosto.

– Eu sei. -disse suavemente. -E eu disse que esperaria.

Foi inevitável o sorriso que se espalhou em meu rosto ao ouvir aquelas palavras. Eu ainda não acreditava que havia mesmo dito aquilo para ele. Quer dizer, eu com certeza era covarde demais para dizer enquanto sóbria, mesmo achando que já era hora. Mesmo já estando exausta de esperar. E de repente a realização me atingiu: Eu estava exausta de esperar. Sem dúvidas ainda existiam um milhão de motivos que provavam que eu não estava completamente pronta. Mas ainda assim, nenhum era um motivo forte o suficiente para me impedir de tentar, ao menos.

Então eu fechei meus olhos uma última vez, respirando fundo e depois o encarei, o sorriso brincando em ambos nossos rostos.

–O problema é, Castle -disse fazendo uma pequena careta. -é que eu não aguento mais esperar. Eu não posso mais esperar. Eu quero isso -apontei para nós e depois para a sala um pouco bagunçada ao nosso redor - agora. E sempre.

Ele me encarou, parecendo chocado e eu segurei minha lingua. Será que havia sido demais? Quer dizer, talvez ele não estivesse pronto ainda. Talvez eu tivesse estagado tudo, com minha boca grande e desenfreada.

Quando meu desespero começava a atingir um novo nível, ele sorriu, se aproximando um pouco.

–Então o que estamos esperando, detetive?

Meu sorriso espelhava o seu enquanto nos aproximávamos, nossos olhos se fechando ao mesmo tempo, nossas respirações ficando cada vez mais próximas. Quando pude sentir seu hálito quente em meu rosto, eu abri meus olhos. Eu simplesmente precisava ver o rosto dele agora, nesse momento e, ao que tudo indicava, ele também precisava. Seus olhos estavam abertos, me encarando de uma maneira assustadoramente profunda, as irís azuis escurendo pouco a pouco e um brilho indescritível ali. Eu podia apostar qualquer coisa de que eu estaria da mesma maneira, isso sem contar os sorrisos bobos, animados e felizes.

Sua mão direita se ergueu e tocou meu rosto, meus olhos se fechando e meu sorriso se tornando mais prenunciado em resposta, e então seus lábios estavam nos meus. Não era nada como aquela primeira vez. Meu coração pulsava alto em meus ouvidos, meu corpo já começando a responder à ele, minha mão que não estava machucada buscando imediatamente por sua nuca, me agarrando em seus cabelos e o puxando para mais perto.

Assim como naquela noite.

Mas ainda assim, não era nada como aquela noite. Naquela primeira vez, ouve a surpresa, e o puro desejo e a descoberta. Dessa vez havia tudo isso, porém muito mais. Havia o reconhecimento. O reconhecimento dos sentimentos, o reconhecimento de todo o tempo de espera. O reconhecimento um do outro. Era tudo completamente novo, mas ainda assim parecia familiar, certo.

Quando me ajoelhei em sua frente no sofá, tentando ficar mais perto dele, e senti suas mãos fazendo o caminho da minha cintura, adentrando o tecido da minha blusa e subindo, sua pele queimando a minha, eu me afastei.

Alguns segundos se passaram até que ambos conseguissemos recuperar o folêgo, e quando finalmente fui capaz de levantar minha cabeça e o encarar, sua expressão me deixou confusa. Ele parecia embaraçado.

–Me desculpe... -ele começou, parecendo realmente sincero e envergonhado. -Eu não devia...

Espera, ele achou que eu não queria aquilo? Que ele estava de alguma forma tirando vantagem do meu estado afogada-em-medicamentos? Aquilo era ridículo. Eu queria aquilo. Queria muito.

–Não, tudo bem... -me apressei em responder- Eu só... Eu não posso fazer isso, Castle. - voltei meu olhar para o seu rosto.

–Certo. -ele sacudiu a cabeça. -Me desculpe, você está doente e eu não queria...

–Não, não, não... -o cortei. -Você não tirou vantagem de ninguém, e eu não estou doente. Eu quero isso, Castle. Quero demais! -ressaltei a última palavra.

–Então... -ele parou, obviamente confuso e eu repirei fundo.

Eu precisava contar a ele. Não era justo, nada justo. Eu havia mentido, e pior, mentido para ele sobre algo tão importante! Mesmo com todos os meus motivos, ainda assim não era justo com ele e ele precisava saber. Mesmo que a verdade o mandasse correndo de volta para casa, desejando nunca ter me conhecido.

Eu entederia, mas ainda assim o mero pensamento mandou uma onda de pura agonia por todo o meu corpo.

–Kate. -ele chamou.

–Castle. -olhei em seus olhos, implorando que ele me entendesse. Que me perdoasse. -Eu menti. Sobre o que aconteceu no cemitério: Eu menti. Menti sobre não me lembrar, e eu fui egosísta e eu sinto muito.

Seu olhar antes confuso agora carregava um tom de quem havia sido traído. O que havia, de certa maneira.

–Você... -ele parou.

–Eu me lembro. Sobre o que você disse naquele dia.

–Você se lembra? Todo esse tempo e você se lembra? -ele se levantou, parecendo ultrajado. Meu coração se apertou e minha respiração ficou presa quando ele fez um movimento em direção a porta. Ele se virou para me olhar e sua expressão tornava tudo ainda mais torturante. -Por quê?

–Eu estava com medo. -adimiti com sinceridade. - Eu havia levado um tiro no coração, e tinha um alvo nas minhas costas. Eu estava perdida e uma bagunça, e não sabia o que fazer comigo mesma. Eu precisava de um tempo para me curar, e não era justo trazer você para dentro de tudo aquilo.

–Então você simplesmente mentiu e ignorou o que eu sentia durante meses?

–Eu queria te contar! Mas de repente me veio o pensamento de que você talvez tivesse dito aquilo porque eu estava ali, morrendo na sua frente. É claro que essa teoria não durou muito...

–Não? -ele perguntou, um pouco da raiva sendo substituída pela curiosidade e eu quase suspirei de alívio.

–Rick, cada dia que você entrava pela porta da delegacia, cada gesto, cada palavra provava que eu estava errada. -eu sorri um pouco, notando que algumas das lágrimas que eu tentava segurar haviam encontrado um jeito de escapar. -Eu estava errada, mas ainda precisava de tempo. Eu precisava ser boa o suficiente para você.

Sua expressão se suavizou um pouco e ele deu um passo em minha direção. -Você é, Kate. Você sempre foi e sempre será boa para mim. É exatamente o que eu preciso.

Ele deu mais alguns passos em minha direção, acabando com a distância que nos separava. Sem os saltos -que aliás, não estavam quebrados- eu era consideravelmente mais baixa que ele, e tive que levantar minha cabeça para poder ver seus olhos. Eles estavam bem mais claros e azuis agora, um sorriso brincando no canto dos seus lábios.

Nós não estávamos nos tocando, apenas ficamos ali, parados muito próximos um do outro, tentando ler o que o outro pensava através dos olhos.

–Me desculpe. -sussurrei por fim.

–Tudo isso me magoa de verdade, Kate. -ele disse e eu esperei. -Mas eu consigo entender seus motivos. E eu disse que esperaria por você.

Eu sorri um pouco. -Você disse.

Ele sorriu de volta e abaixou um pouco a cabeça, colando nossas testas ao mesmo tempoem que pegava minha mão boa. Eu fechei os olhos, suspirando ao mero contato.

Ficamos parados ali por mais algum tempo, ouvindo a respiração um do outro, nossos olhos fechados.

–Por que você decidiu dizer isso agora? -perguntou.

–Por causa daquilo!- apontei para o sofá, onde apenas alguns minutos atrás nós estávamos tendo um momento, e ele riu. -E porque eu não quero mais esperar. Eu quero você -continuei, minha voz mudando para um quase sussurro novamente. -e eu quero nós. E eu quero ouvir aquilo de novo.

–Aquilo? -ele perguntou e eu levantei a cabeça, observando seu sorriso. - Oh, aquilo.

–Mas principalmente, por que eu quero poder dizer, Rick. -suspirei, tentando fazer com que as palavras continuassem a sair. Esperei que ele me olhasse, e então conclui minha frase: -Eu amo você, Richard Castle.

Eu esperava que ele visse toda a sinceridade ali.

Ele tinha um pequeno sorriso no rosto, e toda a imagem o tornava angelical.

–Eu ainda não estou totalmente pronta, mas eu amo você e... -minha frase foi cortada quando seus lábios encontrarram os meus, rudes mas ainda de maneira doce.

Ele me beijou devagar, e logo se afastou. Eu esperei que ele dissesse algo, e quando ele não o fez eu abri meus olhos. Ele me encarava, a expressão radiante de alguém que havia acabado de receber a notícia de que havia ganho na loteria. O jeito que ele me olhava, o amor e dedicação, tudo me fazia sentir uma completa idiota. Como eu pude algum dia correr dele? Mesmo sabendo meus motivos, eu ainda me sentia idiota.

–Eu amo você, Kate. -ele disse e eu sorri abertamente, meus estômago dando giros ao ouvir aquilo novamente.

Sorrimos como idiotas um para o outro por um momento, e então eu o beijei, voltando minhas mãos para seu pescoço enquanto ele voltava as suas para minha cintura, continuando exatamente de onde tínhamos parado antes.

Quando estava ficando sem fôlego eu me afastei, recebendo uma encarada incrédula.

–Você precisa parar de fazer isso! -Castle reclamou e eu ri.

–Eu só achei que fossemos ficar mais confortáveis em outro lugar. - sugeri e ele me encarou, piscando algumas vezes. Ele podia ser lento quando queria. Revirei os olhos, me afastando e caminhando em direção ao quarto. Me virei quando não ouvi qualquer indicação de que ele estava me seguindo.

–Você vem, Castle?

Ele piscou, parecendo ter saído de um transe e sorriu, totalmente malicioso.

–Você vai dançar Spice Girls para mim, detetive Beckett?

Ele estava mesmo negociando? Revirei os olhos, mas decidi entrar no joguinho.

–Se você dançar para mim, escritor...

Ele estreitou os olhos, como se estivesse mesmo pensando.

–Temos um acordo. -respondeu sério.

Ele andou em minha direção, colando seu corpo no meu, voltando a me beijar com ferocidade e ao mesmo tempo que eu tentava manter um pensamento coerente, eu tentava achar o caminho até meu quarto. Meu cérebro parecia transformado em gelatina cada vez que ele me tocava, meu corpo queimando e eu esperava -sabia, na verdade- que aquilo fosse apenas o começo.

–Sua boca também é digna de nota, Castle. -disse enquanto tentava recuperar o ar, podendo sentir seu sorriso contra o meu rosto.

Ele voltou a me beijar, mas parou quando eu arfei. Meu punho começava a realmente me incomodar agora, e minha cabeça estava girando. Se era efeito Castle ou efeito concussão, eu jamais saberia.

Ele me olhou preocupado por alguns instantes. Droga de escada idiota no lugar errado, droga de punho machucado e droga de concussão.

–Que tal eu ir buscar seus remédios, depois te levar para o seu quarto e nós podemos ficar encolhidinhos por um tempo?

Sério? Eu estava frustrada-extremamente frustrada- mas para ser sincera, aquela parecia uma ideia muito boa considerando minha situação atual.

–Concussão é uma vadia. -reclamei e ele riu.

–Eu sei. -ele concordou e pegou minha mão, me guiando em direção ao quarto. -Mas uma hora ela vai passar, e nós vamos continuar de onde tínhamos parado.

–Você pode apostar! -disse enquanto me deitava na cama.

–Ooh, eu não preciso! -riu.

–Eu vou estar sóbria e você vai adorar, escritor! -disse. De onde aquilo tinha saído? Mas ele apenas riu.

–Eu tenho certeza disso. -se inclinou e me beijou rapidamente, parecendo bastante satisfeito consigo mesmo quando minha cabeça voltou a girar. Exibido. -Eu vou buscar os remédios e então nós vamos ficar encolhidinhos! -sorriu.

Certo. Apenas Richard Castle pararia o que estava acontecendo por uma noite "encolhidinhos e dormindo" e eu me sentia a garota mais sortuda do mundo. Me sentia a garota mais sortuda do mundo, como se tive tivesse sido separada em duas e depois colocada junta novamente, por que ele me tocava em todas as maneiras certas e ele me amava em todas as maneiras certas e quando ele me segurava, eu sentia que finalmente podia ser mais do que quem eu era.

Observei enquanto ele se virava e ia em direção a porta afim de buscar os tais comprimidos para dor, não conseguindo evitar o sorriso.

Ele tinha mesmo uma bela bunda.


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Notas finais do capítulo

Então é isso!!
Destaque especial para a bunda por que, sério, ela devia ser estudada! Por mim, de preferencia khashaalhda ok, não? Tudo bem.
Essa é a primeira fic que eu termino -tirando a one, claro- e eu espero meeesmo que tenham gostado!
De novo, muitoo obrigada e nos vemos nos comentários?? Me contem o que acharam!
Beeijo!