Your Eyes escrita por STatic


Capítulo 2
Capítulo Dois


Notas iniciais do capítulo

Oláa amores!!
Eu fiquei completamente surpresa e apaixonada pela reação de vocês a história. Eu tinha ela escrita já faziam algumas semanas, e decidi postar, sem jamais imaginar que vocês iam gostar tanto! MUITO obrigada, os comentários me deixaram super feliz, os daqui assim como os das meninas no grupo do facebook ou no twitter. E obrigada Poi Peterson, Bella Caskett, KBecks, serenapgaiola, ClauCaskett e Jana Lemes que favoritaram, vocês são incríveis!
Agora, essa fic era para ser uma one, mas vocês e principalmente Miky com o comentário cheio de ideias me animaram e encheram de inspiração, então decidi continuar. Vão ser três capítulos no total, e espero que gostem!
De novo, MUITO obrigada e boa leitura!



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Kate POV

A primeira coisa que pude notar quando acordei era que minha cabeça doía. Não de um jeito enlouquecedor, apenas de uma maneira incômoda, como um ruído no fundo da mente que eu não podia desligar.

Eu podia notar mesmo sem abrir os olhos que estava em um hospital, e me lembrava vagamente sobre o que me levara ali. Um idiota em um corredor, e depois uma escada estreita demais e bom... O resto era de fácil dedução.

Eu espero que alguém o tenha pego.

Eu espero que não tenha quebrado meu salto. Eu realmente amo aquele sapato. E se tiver quebrado, então eu realmente espero que os menino tenham pego o idiota.

Minha cabeça ainda doía, e parecia que quanto mais eu pensava, pior a dor ficava. Gemi um pouco e virei a cabeça no travesseiro macio, abrindo os olhos apenas para me arrepender profundamente.

–Droga. –praguejei baixinho, levando minha mão esquerda para cobrir os olhos.

Ouvi um movimento em algum lugar perto de mim, e virei a cabeça naquela direção, voltando a posição que eu estava antes.

–Está mesmo acordada dessa vez? –uma voz perguntou baixinho, e eu não precisava ver para saber a quem pertencia. Ela esteve presente em praticamente todos os dias na minha vida durante os últimos quatro anos e eu a conhecia perfeitamente bem.

–Castle? –perguntei mesmo assim, tentando abrir os olhos mas falhando miseravelmente. –Você pode diminuir essa luz, por favor?

–Uh, claro... –ele disse rapidamente, e posso assumir que ele se levantou e fez exatamente isso, porque alguns segundos mais tarde senti seu toque gentil no meu braço, e eu pude abrir os olhos.

–Por que estava tão claro aqui, afinal? –perguntei, incapaz de não parecer irritada. Minha cabeça ainda era um problema, e a luz não havia ajudado.

–Hm, não estava. Isso é a concussão falando. –eu podia ouvir o sorriso em sua voz, mesmo sem estar olhando diretamente para ele. Meus olhos estavam tendo um trabalho para se ajustarem. –Sensibilidade a luz... –ele deixou a frase morrer.

Eu murmurei em concordância, nós dois ficando em silêncio. Depois de alguns minutos minha visão finalmente parecia estar ficando mais clara, e eu arrisquei um olhar em sua direção. Ele me olhava diretamente, sem ao menos tentar disfarçar, mas apesar de estar acostumada com esse tipo de comportamento, sua expressão me deixava inquieta. Seus olhos tinham um brilho diferente, um tanto travesso e sua boca estava curvada em um sorrisinho divertido, e eu realmente estava com medo de saber o que o colocara ali.

O que ele estava falando antes? Algo sobre eu estar mesmo acordada dessa vez? Dessa vez? Oh, droga, Aquilo não era bom. Nada bom.

–Então... ham... –murmurei enquanto olhava para o meu corpo, observando minha mão direita que estava enfaixada.

–Está quebrado. –ele responde e eu olho de volta para ele, constatando que o sorrisinho ainda estava ali, muito presente. –O punho... Vai ficar bom logo, mas ele fizeram uma pequena cirurgia.

Assenti, murmurando um “okay” quase inaudível, esperando pelo que estava por vir. Por que eu podia sentir: Aquilo estava prestes a ficar muito pior.

–Não se preocupe, você estava anestesiada. Completamente apagada. –ele quase cantou, fazendo um movimento com as mãos. – E teve uma concussão. Junte tudo isso e você terá como resultado muitas horas de sono recuperadas.

Ele continuava falando, mas minha mente ainda estava presa na parte da anestesia.

–Então você estava aqui durante todo o tempo que dormi? –perguntei, com medo da resposta mesmo já sabendo qual seria. Ele não teria ido embora. Claro que não.

–Sim. –observei enquanto seu sorriso ficava ainda maior, um brilho de malícia adicionado a todo o resto. – Durante todo o tempo.

Droga.

–Tá legal, Castle. –disse, decidindo acabar com aquele showzinho todo de uma vez. – O que foi que eu disse? Quais coisas ridículas e embaraçosas eu te dei para jogar na minha cara para todo o sempre?

Ele riu alto, a faixada cuidadosa que ele havia construído sendo arruinada quando ele jogou a cabeça para trás, voltando a me encarar. Ele suspirou, mas não disse nada.

–E então? –perguntei quando ele continuou não dizendo nada.

–Oh, não muito. Algo sobre um vaso quebrado que você havia posto a culpa no cachorro... Sinceramente, Kate, eu acho que sua mãe sabia que o cachorro não havia quebrado o vaso dela... Quer dizer, ele estava em lugar bastante alto.

Bom, aquilo não era tão ruim. Entretanto bastava uma olhada para ele para perceber que estava me enrolando. Oh, céus.

–Os pais sempre sabem. –concluiu e de repente era uma boa coisa eu não estar com minha arma.

Eu revirei os olhos, logo aprendendo que não era uma boa ideia quando minha cabeça latejou mais fortemente. Eu decidi ignorar, voltando ao que realmente importava.

–Sério, Castle? Um vaso? –ergui as sobrancelhas, descobrindo que o movimento não doía. –E ele era um cachorro grande.

–Certo. –ele riu, antes de voltar a falar. – Talvez tenha tido algo sobre dançar somente de calcinha ao som das Spice Girls!

Eu engasguei, sentindo meu rosto ficar mais quente imediatamente.

–Eu não te contei isso. –ele não disse nada, apenas continuou me encarando e eu suspirei, vencida. –Elas era muito boas e é uma ótima maneira de relaxar.

Sua boca se abriu imediatamente após eu ter acabado de falar e ele puxou uma respiração irritantemente demorada, mas não disse nada. Não era necessário, entretanto. O brilho em seus olhos já denunciava tudo.

–Eu não te contei isso, não foi? –perguntei em uma voz sem emoção e ele sacudiu a cabeça. –Droga, Castle, eu odeio você!

Ele riu novamente e eu escondi o rosto com as mãos, o sentindo ficar ainda mais quente.

–Mas agora eu sei! –ele concluiu e quando voltei a encará-lo ele estava sorrindo enlouquecidamente, como se não se divertisse assim em anos.

–Eu odeio você. –repeti, sacudindo um pouco a cabeça, o que não também não era uma boa ideia.

Ele se endireitou na cadeira, tentando se controlar mas parecendo incapaz de tirar o sorrisinho idiota e satisfeito do rosto.

–Não foi o que você disse mais cedo...

Aquilo não ia mesmo acabar, não é mesmo?

–Sabe, eu gostaria de voltar a dormir, você pode se retirar? –perguntei, mas ainda assim sua expressão não mudou nem mesmo um milímetro.

–Ah, qual é! Não foi tão ruim.

–Mesmo? –perguntei. –Então porque você não me conta o que eu falei, já que não foi tão ruim assim?

–Com muito prazer, detetive. –ele respondeu, se curvando de modo que estava mais perto de mim agora. –Aparentemente, meus olhos são lindos... Azuis e lindos. –eu fechei os olhos. -E a minha bunda é sensacional!

Eu abri meus olhos imediatamente e o olhei. Por motivos óbvios, ninguém podia negar o que ele estava falando. Ainda assim, não tinha a menor possibilidade de eu ter mesmo dito aquilo para ele. De jeito nenhum. Estreitei meus olhos, tentando ver por trás da expressão irritante dele, e tudo o que vi foi que droga, eu havia mesmo dito aquilo.

Voltei a esconder meu rosto com as mãos, por que eu tinha elogiado a bunda de Richard Castle para ninguém menos do que ele próprio.

Como se o ego já não fosse grande o suficiente.

–Oh, não precisa ficar constrangida. –ele disse e pegou meu braço, o tirando do meu rosto, e eu o encarei aborrecida. – Já é um fato, todos sabem.

–Sério, Castle? Como você ainda consegue passar pela porta com essa cabeça inflada dessa maneira?

–Eu passo de lado. –respondeu inocente e eu não pude deixar de rir.

–Certo. Mais alguma coisa vergonhosa que eu deveria saber?

Ele fica mais sério agora, e eu posso ver que está decidindo entre me contar ou não alguma coisa. E eu pensando que o pior já tinha passado. Quer dizer, quantas coisas eu poderia ter falado sob os efeitos de remédios? Certo, talvez eu tivesse algo para esconder.

Como o fato de ter mentido sobre não me lembrar de sua confissão no cemitério.

Meu coração voltou a bater mais forte ao pensar sobre aquilo. Não era nada bom e eu estava realmente assustada agora. Esse não era nem de longe o jeito que eu queria que ele soubesse que eu me lembrava. Ou que eu sentia o mesmo. Por que sentia, certo? Eu amava Richard Castle e se ainda restasse qualquer dúvida disso em mim, ela havia evaporado ao notar o medo puro que eu estava sentindo agora, ao imaginar que ele podia se levantar e ir embora ao descobrir minha mentira. Ao imaginar que ele podia não mais voltar, e não me querer mais.

Mas ainda assim, aqui estava ele, e ele não parecia estar magoado, o que me parecia uma confirmação de que eu não havia falado nada. Bom, isso era um alívio.

–Então? -Voltei a perguntar, mas antes que ele pudesse responder um médico entrou no quarto.

–Boa tarde, Sra. Beckett. –ele disse e sorriu para nós.

–Detetive. –corrigi instintivamente enquanto me sentava.

–Detetive... Eu fico feliz em te ver acordada. Como está se sentindo?

Minha cabeça doía. E eu estava definitivamente um pouco tonta agora que havia me sentado. –Bem. –respondi de toda maneira. Não precisava lhe dar um motivo para me prender ali por mais tempo. –Quando posso ir para casa?

Ele se aproximou e apontou uma luz para os meus olhos e pela segunda vez em poucos minutos eu agradeci por não ter minha arma. Eu me encolhi sob a luz, fechando meus olhos e ele se afastou.

–Tudo bem, se você estiver se sentindo bem, você pode ir. –eu me animei, fazendo um movimento para me levantar. –Se tiver alguém para ficar com você, te acordar com algum intervalo de horas... Por causa da concussão.

Eu pensei por um segundo, mas antes que pudesse dizer algo, Castle se manifestou.

–Eu fico com ela.

Eu parei, considerando minhas opções. Ou eu ficava no hospital até o outro dia, ou deixava Castle ir para casa comigo. Não me parecia que eu tinha uma escolha, na verdade.

–Tudo bem. –concordo. Aquilo não parecia que acabaria em algo bom. De maneira alguma. Não depois de sabe-se lá o que que eu havia falado.

–Certo. Você só precisa preencher alguns papeis e está livre. –sorriu e saiu.

–Você não precisa fazer isso. –informei a Castle no segundo em que o médico se virou. Eu joguei os lençóis para o lado, me virando e levantando da cama rapidamente, minha cabeça girando fora de controle e Castle estendeu os braços rapidamente, me segurando antes que eu pudesse cair de cara no chão. Levantei o rosto para olhá-lo e suas sobrancelhas estavam erguidas, contestando meu argumento. Certo.

–Eu preciso.

–Eu não tenho um quarto de hóspedes. –assinalei.

–Eu fico no sofá. Ou na sua cama, já que claramente nós já cruzamos esse limite. –ele sorri e eu faço uma careta. –Lanie trouxe algumas roupas para você.

–Certo. –murmurei olhando a roupa ridícula do hospital.

Ele beijou minha testa e se virou, saindo do quarto e me deixando completamente estupefata ali. Ele beijou minha testa. Quando foi que viemos parar aqui? Ao que parecia, meus segredinhos revelados haviam avançado nosso relacionamento para um novo nível.

Espera, relacionamento?

Sacudi a cabeça e me vesti rapidamente, receosa de que ele poderia voltar para procurar por mim. Depois de tudo isso, a última coisa que eu precisava era que ele me encontrasse sem roupas. Peguei o restante das minhas coisas no pequeno sofá e saí, procurando por ele, que me esperava com os papeis já em mãos.

–Você é tão eficiente as vezes.

–Troque por “sempre” e depois shhhh! –ele disse e eu ri.

Assinei os papeis e os devolvi.

–Podemos sair daqui? –perguntei. Eu realmente odiava hospitais.

–Claro, Espo trouxe o seu carro. –disse e eu suspirei aliviada.

Caminhamos até o estacionamento em silencio, e eu podia sentir o olhar de Castle em mim, como se esperasse que entrasse em colapso a qualquer momento.

–Eu não vou desmaiar, nem vomitar e nem nada do tipo, Castle. Para de me encarar! –disse e me virei para ele quando chegamos ao meu carro. Ele estava com as mãos estendidas. –O quê?

–As chaves! –respondeu como se fosse óbvio.

–Eu posso dirigir! –retruquei, já vasculhando a bolsa a sua procura, fechando minha mão firmemente ao redor dela.

–Você tem uma concussão. Eu dirijo dessa vez!

Ele tinha um ponto. De maneira alguma eu deveria dirigir assim.

–Certo! –me dei por vencida, soltando as chaves na mão dele que ainda esperava, a palma aberta. Ele deu um sorriso como se tivesse acabado de ganhar o dia, e praticamente pulou até o lado do motorista. –E tire esse sorrisinho da cara.

–Eu sou um amigo tão bom, você devia me agradecer. –ele disse, e eu me prendi na palavra “amigo”. Eu esperava poder mudar aquele status em breve.

–Agradecer?

–Claro! Não deixando que você dirija bêbada, essas coisas...

–Eu não estou bêbada!

Ele me olhou, o sorriso estampado em seu rosto de uma maneira absurda, seus olhos se estreitando daquela maneira adorável, seu ar de invencível.

–É quase como se estivesse. –responde. –E pare de olhar meus olhos assim. Eu sei que eles são lindos e azuis e adoráveis.

Eu abri a boca em choque, mas nada saiu dela e ele riu, olhando para frente.

–Vamos para a casa, detetive. –disse enquanto iniciava o carro. –Vamos descobrir o resto dos seus segredinhos sujos.


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Notas finais do capítulo

YAY, mais segredinhos? HAHAHAH
E aí? Eu realmente espero que tenham gostado!
Me contem o que acharam, e ainda temos o terceiro e último capítulo nos próximos dias!
Lembrando que dançar spice girls está totalmente liberado hahahah
Beejos vocês!



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